Companheiro Carlos e toda a Tabanca Grande boa noite.
Companheiro Carlos, na Quarta-Feira, mandei um email para o Luís Graça com umas fotos mas foi-me devolvidas, talvez erro no endereço. Vou tentar mandar novamente para o teu endereço.
As fotos foram-me dadas em 1965 em Jumbembem por companheiros da CArt 730, e disseram-me que eram de uma operação que foi feita em Morés em 1964 com a Companhia do Olossato e a 730. Será que haverá alguém da nossa Tabanca que estivesse na dita operação, ou até, quem sabe, esteja nas fotos?
Carlos, se entenderes que deves publicar, podes avançar. Também tenho mais umas quantas fotos que depois te enviarei, também não sei bem do que se trata.
António Paulo S. Bastos,
ex-1º Cabo do Pelotão Caçadores 953
Cacheu, Bissau, Farim,Canjambari e Jumbembem
Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Foto 5
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 9 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9590: Fotos à procura de uma legenda (19): Imagem enviada pelo José Saúde (ex-Fur Mil Op Esp, CCS / BART 6523, Nova Lamego, 1973/74)
12 comentários:
Caro António Bastos:
Prazer em conhecer-te.
Julgo que a Comp.ª sediada no Olossato na altura dessa operação era a CArt. 566 pois a minha CCaç. 816 foi substiuí-la em Outubro de 1965 e a 566 já estaria ali praticamente a sua comissão.
Um abraço
Rui Silva
Caro amigo A. Bastos,
Manga di ronco, não é?
Entretanto o PAIGC recebia outras ainda mais sofisticadas.
Nas regiões de Oio/Morés e Oio/Caresse até 98 a força ofensiva pertencia as NT, mas a partir dai a iniciativa passou para o IN, de modo que a ligação entre Canjambari e Fajonquito estava proibida e a região era controlada por eles.
Dá os meus cumprimentos ao velho Inácio M. Gois e diga-lhe que gostaria de saber como adquirir o seu Diário de guerra.
Um grande abraço para si,
Cherno Baldé
Meus Amigos
Meu Caro Cherno Baldé
"Manga di Ronco", foram muitos realizados pelas NT durante todo o período da guerra e o mais importante verificou-se em Agosto/1969 efectivado no Norte ao lado de Cuntima, mais própriamente nas Faquinas, fula e mandiga. Foram 24 toneladas, o maior de todos os tempos e em toda a África, pois nunca se verificou tal êxito nas guerras de libertação dos países francófonos.
Um "ronco" levado a cabo por forças do meu Bat Caç 2879; CCaç 2529; Pel Milícias "Roncos de Farim" e Páraquedistas
Vide Post 2525 aqui publicado no blogue e meu site - www.carlosilva-guine.com
Portanto, a iniciativa não passou para o IN em 1968 e muito menos até 1971, ano em que regressei à Metrópole
Um abraço
Carlos Silva
Caros amigos, o Móres é um local que sempre me interessou saber os acontecimentos lá sucedidos. Há mais detalhes ??
Fico com curiosidade. Obrigado
Um abraço.
ex-CCS BCaç 3872 Galomaro/71
Desculpem a branca, esqueci-me de assinalar a actualização de coments.
Ob
Ora viva, Carlos Silva,
Muito obrigado pelo esclarecimento, lembro-me de ter lido aqui alguma coisa sobre a operacao a que se refere na zona das Faquinas e ainda tenho na memoria o nome de Cherno Sissé.
Mas, quando vejo nos registos do Diario de Inacio Maria Gois que o raio de accao da companhia sediada em Fajonquito entre 1965/67 ia até Sitato na fronteira ao norte (perto de Cuntima) e Saré Dico a sudoeste (perto de Canjambari), entao, nao é dificil constatar que a extensao das quadriculas nesta regiao diminuiu drasticamente entre os dois periodos, porque depois de 68 a companhia de Fajonquito nao ia para além de Saré-Djamara ou seja para la das nossas bolanhas de arroz.
Um abraco,
Cherno
Olá Cherno
1 - Eu tenho o livro do Inácio e já o li 2 de fio a pavio
2 - O facto da Cª 674 ir a Sitató, para mim e para a minha C Caç 2548 é um local de má memória, pois aí tivemos o 1º morto em 28-11-1969, não significa que houvesse diminuição de quadrículas, que não houve.
3 - Nessa altura, 1969 a minha CCaç ainda estava em Farim e fomos para Sitató 3 semanas tendo em vista construir ali um aquartelamento, mas não sei porque posteriormente não se construiu
O Sector O2 de Farim, quando foi criado em 1964 com a instalação do BCav 490, manteve-se até ao fim da guerra e as quadrículas dos subsectores mantiveram, apenas havendo pequenas alterações para o lado leste com a inclusão de Binta ou Guidaje no sector, pequenos reajustamentos e nada mais, não tem nada a ver com aumentos ou diminuições de quadrículas.
4 - O Sector de Farim, conheço-o muito bem quer durante a guerra, quer posteriormente, assim como a Guiné, pois vou lá quase todos os anos, onde tenho muito amigos.
6 - O "Homem Grande" Cherno Sissé, falecido em Março do corrente ano, alinhamos juntos quando o Pelotão dos "roncos" comandado por ele se encontrava de reforço à minha Companhia em Jumbembem e não foi por causa dos Ataques IN, mas sim porque a nossa actividade era demasiada, pois estávamos no centro do sector e havia colunas para Canjambari, Cuntima, Binta etc, para transportar os materiais para a construção das milhares de tabancas, que a após a independência não vi mais nenhuma construída
7 - Acresce dizer que nunca o IN atacou o aquartelamento de Jumbembem enquanto a minha Cº lá permaneceu desde 1/11970 a fins de Junho de 1971 quando de lá saímos para o Cumeré de regresso à Metrópole.
Foi a única Cª que esteve em Jumbembem que nunca ali foi atacada e porquê, porque nós iamos ao encontro deles até na fronteira do Senegal e por várias vezes tivemos confrontos cara a cara em pleno corta-mato.
Para um maior conhecimento do Sector convido a ver o meu site que ainda está muito incompleto mas é o que mais informação detém sobre o sector
Com um abraço
Carlos Silva
... ao veterano António Silva Bastos,
Com agradecimento pela partilha daquele conjunto das cinco fotografias – que retrata o bom resultado «de uma operação que foi feita em Morés em 1964 com a Companhia do Olossato e a 730» –, provavelmente referem-se a um 'op' realizada nos finais daquele ano (Novembro? Dezembro?).
O veterano João Severo Parreira – que, antes de ingressar no GrCmds 'Fantasmas', estava integrado na CArt730 –, talvez possa ajudar à legendagem das fotos por si expostas neste postal; no mesmo sentido, também os veteranos Rogério Martins Cardoso (CArt643), Artur António da Conceição (CArt730), Manuel Araújo Lomba (CCav703) ou Luís Almeida Rainha (CCav704 e posterior cmdt GrCmds 'Centuriões').
Por ora, eis algumas ajudas-de-memória:
A CArt566 (referida pelo veterano Rui Ferreira da Silva), desde 04Set64 atribuída ao reforço do BArt645, foi colocada – junto da subunidade orgânica CArt643 – em Bissorã, com um dos seus pelotões destacado no Olossato e para onde foi em 09Dez64-25Set65 integralmente deslocada. Também em Bissorã, para reforço do dispositivo operacional do referido batalhão (cmdt TCor Braamcamp Sobral), estiveram sediadas a CArt731 (que no período 06Dez64-18Fev75 substituiu a CArt566), e a sua supra citada 'irmã' CArt730 (no período 14Dez64-04Jun65), ambas subunidades orgânicas do BArt733 cedidas ao 645, tendo no sector deste último actuado os GrCmds 'Fantasmas' em 09-10Dez64 (Talicó) e 16-17Dez64 (Santanbato, Maqué>crz.Talicó-Madane e Cã-Farã>Maqué), 'Camaleões' em 11Dez64 (Mamboncó) e 'Panteras' em 17Dez64 (Santanbato).
Entretanto naquela região do Morés-Oio, sob comando do BCav705 (TCor Correia de Freitas), havia decorrido no período 04-23Nov64 uma sucessão de três operações – onde estiveram empenhadas algumas das já referidas subunidades de artilharia, e também as subunidades orgânicas de cavalaria 702, 703 e 704 –, sendo de realçar a "Op Notável".
Cpts,
Abreu dos Santos
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... ao veterano Carlos Pereira da Silva,
Refere-se no seu comentário, a «guerras de libertação dos países francófonos».
Com excepção da Argélia, que se saiba, em nenhum dos territórios da (então) AEF/AOF - desconsiderando umas 'cegadas' provocadas pela sucursal da CGT em Brazzaville no seio da etnia 'lári' -, decorreram quaisquer "guerras de libertação".
Era mesmo "francófonos", que desejava ter escrito? Ou seria lusófonos?
Cpts,
Abreu dos Santos
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Boa tarde amigos,
Embora o meu nome seja referido como potencial legendador das fotos, confesso que na data em que foram tiradas eu ainda não estava na Guiné.
Para o meu amigo Carlos Silva, que refere no ponto 7 do seu comentário, de que a sua Compª foi a única que não foi atacada em Jumbembem, quero recordar-lhe que a Compª 730 também nunca sofreu qualquer ataque.
Um abraço para todos.
Artur Conceição
Cart 730
Amigo Carlos Silva,
Eu preciso do livro do Gois e conto consigo para o conseguir.
Da proxima vez que vier a Bissau, contacta-me para continuarmos esta troca de impressoes.
Mais uma vez obrigado pelas informacoes.
Um abraco,
Cherno
> reproduz-se msg recebida por email:
---«quote»---
de: Rogerio Cardoso
para: Abreu dos Santos
data: 8 de Novembro de 2012 23:33
assunto: Re: [...] - P10630: Fotos à procura de uma legenda...
Caros camaradas
Procurando responder e a esta distância, lembro que fui a Morés diversas vezes e esta acho que também me calhou.
A data destas fotos é que, acho que, é em Maio de 65, porque também tenho 2 fotos com um heli a descarregar material capturado, que no verso marquei a data.
Mas esperemos por mais análises de camaradas nossos.
Um abraço, Rogerio Cardoso
Cart 643-Aguias Negras
---«unquote»---
Cpts,
JCAS
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