Fotos: © Maria João Pombo Rodrigues. (2015). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
1. Mensagem da nossa leitora Maria João Pombo Rodrigues. com data de 2 do corrente (*):
Boa tarde,
Aproveito para enviar umas fotos recentes do meu pai que agora está em Lisboa. Muito obrigada pela partilha, fiquei muito orgulhosa.
Bom ano e bem haja!!
Maria João
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Notas do editor:
Último livro de visitas > 9 de dezsembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13998: O nosso livro de visitas (180): António Santos Dias, ex-Fur Mil da CTransp 9040/72 (Guiné, 1974)
Maria João
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Notas do editor:
Último livro de visitas > 9 de dezsembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13998: O nosso livro de visitas (180): António Santos Dias, ex-Fur Mil da CTransp 9040/72 (Guiné, 1974)
(**) Vd. postes de:
28 de abrtil de 2012 > Guiné 63/74 - P9823: (Ex)citações (177): Ainda os mísseis Strela e os seus efeitos na operacionalidade da FAP (Carlos Jorge M. Pereira / António Martins de Matos)
6 de janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2411: O que será feito do Comandante Pombo e do seu teco-teco, o Cessna vermelho dos Transportes Aéreos Civis ? (Álvaro Basto)
6 de janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2411: O que será feito do Comandante Pombo e do seu teco-teco, o Cessna vermelho dos Transportes Aéreos Civis ? (Álvaro Basto)
9 comentários:
Voei uma vez no Cessna com o comandante Pombo. Aqui vai a descrição da viagem de Bissau para Catió, com escala em Empada, no meu Diário da Guiné,em Março de 1974.
"Vim na avioneta civil, o Cessna dos TAGP (Transportes Aéreos da Guiné Portuguesa) e só havia cinco lugares, todos ocupados.
Ainda não tinha experimentado voar nestes aviões pequeninos, mais bonitos e confortáveis do que as DOs. De manhã, no Depósito de Adidos onde se trata das viagens dentro da Guiné, ouvi falar num avião civil fretado pelo exército para transportar oficiais com destino a Empada e Catió. Agarrei-me logo. De Catió a Cufar podia fazer os dez quilómetros por estrada.
Saímos de Bissau, voámos sobre Tite e a região do Quínara, atravessámos o rio Grande de Buba direitinhos a Empada, um aquartelamento importante já no sul da Guiné. Descemos em Empada, onde saíram dois alferes e entrou o meu coronel ( o páraquedista, João José Curado Leitão) que estava na povoação numa espécie de visita de inspecção.
Fiquei admirado com a forma como voam os aviões civis. Já havia constatado que não tomam aquelas precauções todas contra os mísseis terra-ar do PAIGC, ou seja voar a mais de dois mil metros ou a “rapar”, logo acima do solo, ou subir e descer em parafuso sobre as pistas de aviação. Foi a vez de experimentar pelos céus do sul da Guiné um voo quase normal, embora estivéssemos perfeitamente ao alcance dos mísseis IN, tanto mais que sobrevoámos à descarada zonas onde os guerrilheiros se movimentam à vontade. Deve ser verdade, eles não atacam aviões civis e a avioneta, vermelha e branca é facilmente identificável cá de baixo. Se nos tivessem mandado abaixo seria um grande “ronco”, éramos quatro alferes e, de Empada para Catió, ainda um coronel, o meu chefe. Estas avionetas civis continuam a voar quase como nos bons velhos tempos e como o Cessna vinha relativamente baixo, distinguiam-se nitidamente os trilhos utilizados pela população e pelos guerrilheiros nas áreas que controlam. Semi-escondidas nas florestas, adivinhavam-se umas tantas aldeias."
Um abraço forte ao comandante Pombo, pilotava o Cessna como se fosse um brinquedo. E porque é que não era atacado?
António Graça de Abreu
Através da sua filha, Maria João, convidei o coamdantre a integrar a nossa Tabanca Grande. Aqui vai um excerto da mensagem:
Cara amiga: Obrigado pelas fotos e pelas notícias sobre o seu pai que, como sabe, é um camaradas muito estimado pela malta que passou pelo teatro de operações da Guiné, desde a malta da FAP à do exército. E vários de nós viajámos com ele (veja, por exemplo, o testemunho que foi deixado, na caixa de comentários a este poste... Clique em "enviar comentário", no fim).
Gostaria que o seu pai integrasse a nossa tertúlia, a nossa Tabanca Grande. Somos já perto de 7 centenas os camaradas e amigos da Guiné. registados, neste blogue de partilha de memórias (e de afetos).
Incentive o sue pai a escrever e a partilhar pequenas histórias da sua vida na Guiné, antes e depois da independência, faz-lhe bem a ele e a nós... Por certo que ele deve ter fotos desse tempo, que depois de digitalizadas e legendadas podem ser publicadas no nosso blogue...
A título de informação, refiro que o nosso blogue vai fazer 11 anos em 23/4/2015, já publicámos mais de 14 mil postes, 55 mil comentários, mais de 25 mil imagens... É hoje uma fonte, respeitada, de informação e conhecimento sobre a Guiné e a guerra colonial na Guiné (1961/74), contada na primeira pessoa do singular...
Mantemos também uma "ponte solidária" com aquele país lusófono, com aquela terra verde e rubra que nos marcou a todos...
O seu pai, por certo, que se idenficará facilmente com as nossas regras editoriais, que reproduzo em baixo (e que constam da coluna do lado esquerdo da página de rosto do blogue).
Muita saúde e alegrias para o comandante Pombo. Um beijinho para si, Maria João.
(...)
Caros Camaradas
Quando estas coisas acontecem ficamos todos, certamente, com uma grande alegria.
Pelos artigos e referências que por aqui já foram colocados, pode-se ver, sentir, verificar, que a figura do Comandante Pombo concita a simpatia e a admiração de quem a ele se refere.
Por isso, (re)encontrá-lo aqui, através da filha que tem, também, o inegável mérito de procurar e encontrar memórias do Pai, ainda por cima vivo e aparentemente de boa saúde, é gratificante e volta a mostrar (se preciso fosse) a utilidade do nosso Blogue.
Se houver continuidade de fotos e/ou histórias, tanto do 'nosso tempo' como já depois da Independência, melhor ainda.
Hélder S.
Olá Camarada
Aqui vai uma história do Cmdt Pombo.
Creio que em Fevereiro de 1973, o (na altura) Cap. Art.ª Otelo Saraiva de Carvalho apareceu em Mansabá com uma jornalista sueca. A coluna do Batalhão trouxera-os até Mansabá onde almoçaram e eu teria de os ir entregar ao Batalhão de Farim, onde tomaria o avião dos TAGP.
A jornalista era uma velhinha magrinha e calçada com umas sabrinas de pano e que estava interessadíssima em ver hospitais e igrejas. Não tínhamos hospital, mas a nossa enfermaria era bastante boa. A igreja era sempre improvisada quando necessário. Apesar de tudo, as coisas correram bem e eu creio que a senhora estava satisfeita. Organizámos a coluna e recorri a um jeep emprestado pelo administrador de Mansabá dado o estado físico da senhora, mas que... não tinha travões. Talvez porque estivéssemos atrasados, um pouco antes do K3 num troço recto e de bom piso da estrada. O Cmdt Pombo surgiu à vertical da coluna e no mesmo sentido. "Fez-se à pista" e aterrou à frente da primeira viatura. Deu a volta ao avião recolheu os dois VIP e, sem desligar o motor, descolou de novo em direcção a Bissau.
Um Ab.
António J. P. Costa
Eu também tive uma experiencia aérea civil, que pelo que entendo só pode ter acontecido com o Cmdt Pombo.
Estávamos em Ago73 e tendo férias marcadas para Lisboa com a data de embarque na TAP aproximar-se dia 22, não havendo tpt para Bissau por esses dias, solução adquirir bilhete pelos TAGP, se não falho a coisa custou quase metade do pré cá do rapaz 400 e talvez 3 ou 4 pesos o seu valor não consigo precisar mas, ando lá perto.
Ora nesse dia (época das chuvas), a coisa estava feia, chuvia e abanava como a malta sabe como era, o cesna abanava e não era pouco, depois de passar o Xime o Cmdt (meteu), o avião por cima do Geba porque a coisa junto as palmeiras também não dava, mais um pouco e o Cesna passava a ser submarino, a coisa próximo de Bissau estava muito melhor e foi ver o transporte picar direito ao azul do céu.
E pouco depois estávamos em Bissau com os pés no chão e já a pensar em Lisboa.
Mais um enter à "papo seco",
Um grande alfa bravo para o Cmdt e para os camaradas da Guiné.
ASantos
SPM 2558
Caro amigo (de outros tempos)Pombo
Um abraço.
AMM
Depois da independência da Guiné o Cmdte Pombo foi um dos pilotos da TAGB. Especulou-se na altura que o Cmdte Pombo teria fugido da Guiné pilotando um avião propriedade do Governo Guineense. Existe alguma verdade nessa história?
Antônio Pedro Pina
Praia
Cabo Verde
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