Vídeo (12' 42'') > You Tube > Luís Graça
[Pode-se aumentar o volume de som, clicando na imagem, em baixo, à direita]
Intervenção de Catarina Gomes, organizadora e moderadora do painel, em que intervieram ainda Margaridade Calafate Ribeiro, Luís Graça e Rafael Vale e Reis. A Catarina é a primeira, à esquerda.
A jornalista do Público deu visibilidade mediática ao problema dos filhos da guerra ou filhos do vento. E, mais do que isso, apoiou, discretamente, à criação, em Bissau, da associação Fidju di Tuga (que ainda não tem existência legal por falta de meios financeiros e logísticos). Voltará a Bissau no próximo dia 29.
Ver (ou rever) aqui, no Público, a reportagem, Filhos do Vento, de Catarina Gomes (texto), Manuel Roberto (foto) e Ricardo Rezende (vídeo). [Trata-se de um trabalho financiado no âmbito do projecto Público Mais]
(...) No tempo da guerra colonial havia quem lhes chamasse "portugueses suaves", agora, há entre os ex-combatentes quem prefira "filhos do vento". A maioria dos filhos de militares portugueses com mulheres guineenses guarda pedaços de história incompletos, com a ambição de que um dia esses poucos dados os venham a reunir aos pais. Andaram boa parte das suas vidas Em busca do pai tuga. (...).
2. Na altura da publicação da reportagem da Catarina Gomes, por volta de julho de 2013, escrevemos, entre outros e outras coisas, o seguinte, no nosso blogue (**);
(...) "Pronto, a Catarina Gomes e o 'Público' abriram a 'caixinha de Pandora'!... E ainda bem... A comunicação social chega a outros públicos que nós não podemos atingir... Nós que, no blogue, há já muito que falamos destas e doutras coisas da Guiné, esquecidas, se não mesmo silenciadas... Sempre o dissemos e sempre temos defendido que no blogue não há (nem deve haver) tabus...
Por outro lado, a liberdade de pensamento e de expressão é um valor intocável, inalienável... De qualquer modo, não deixam de ser disparatados alguns comentários que alguns leitores estão a mandar para o sítio Público > Filhos do vento...
É bom que alguns de nós lá escrevam, e deem o seu testemunho. Às tantas vamos todos ser crucificados como os maiores... bandidos da história!... Admito que alguns comentários sejam meras provocações, outros sejam pura ingenuidade, e outros ainda fruto da compulsiva necessidade de "marcar o terreno" (, como fazem alguns grafiteiros quando veem um muro limpinho)...
Por outro lado, a liberdade de pensamento e de expressão é um valor intocável, inalienável... De qualquer modo, não deixam de ser disparatados alguns comentários que alguns leitores estão a mandar para o sítio Público > Filhos do vento...
É bom que alguns de nós lá escrevam, e deem o seu testemunho. Às tantas vamos todos ser crucificados como os maiores... bandidos da história!... Admito que alguns comentários sejam meras provocações, outros sejam pura ingenuidade, e outros ainda fruto da compulsiva necessidade de "marcar o terreno" (, como fazem alguns grafiteiros quando veem um muro limpinho)...
Enfim, há de tudo, dos comentários de gente intelectualmente séria e honesta aos mais hipócritas e cínicos... Alguns fazem-me simplesmente sorrir... De qualquer modo, temos de prevenir e combater a santa ignorância que é a mãe do pérfido preconceito, a par do falso moralismo que é o pai de muitas tiranias... Felizmente que a vida e a história dos homens e das mulheres não são feitas nem escritas a 'preto e branco' " (...).
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Notas do editor
(*) Últimos postes da série:
(*) Últimos postes da série:
24 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14657: Filhos do vento (31): Festival Rotas e Rituais, 2015: 22 de maio > Conferência "Filhos da Guerra": vídeo com a intervenção de Rafael Vale e Reis, especialista em bioética e direito da família ("Filhos do Vento: direito ao conhecimento das origens genéticas ?")
25 de maio de 2015 > Guiné 63774 - P14659: Filhos do vento (32): Festival Rotas e Rituais, 2015: 22 de maio > Conferência "Filhos da Guerra": apontar o dedo ou dar a mão para ajudar ? (Hélder Sousa / João Sacôto)
26 de maio de 15 > Guiné 63/74 - P14663: Filhos do vento (33): "Quando a guerra terminar, e a tropa se for embora, ainda hei-de ver por aqui alguns brancos a trepar às palmeiras", dizia-me um chefe de tabanca no meu tempo (Domingos Gonçalves, ex-alf mil, CCAÇ 1546 / BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)
23 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8813: Filhos do Vento (1): Nem branquear os casos nem culpabilizar ninguém (José Saúde)
20 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8799: (In)citações (36): Filhos do vento, ontem, brancu mpelélé, hoje (Cherno Baldé)
19 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8798: Memórias de Gabú (José Saúde) (3): reflexos de uma guerra que deixou marcas no tempo: “Filhos do vento”
Na realidade o tema é mais antigo ainda, no blogue, se quisermos, já vem dos "primórdios", provando que não temos tabus:
20 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4710: Blogoterapia (119): As Fantas, as Marias, as Natachas, ou o amor em tempo de guerra e de diáspora (Cherno Baldé)
29 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1900: Estórias cabralianas (25): Dois amores de guerra e uma declaração: Não sou pai dos 'piquinos Alferos Cabral' (Jorge Cabral)
22 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXXX: Do Porto a Bissau (20): Os filhos que lá deixámos (A. Marques Lopes)
18 de fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DLX: Nha fidju i fidju de soldado (Paulo Salgado)
(**) Vd, poste de 24 de julho de 2013 > Guiné 63/74 - P11867: Filhos do vento (17): Comentário: "Não quero nada dele, [do meu pai], apenas o nome" (José Teixeira)
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