Capa do "Livro Sexto", de Sophia (Lisboa, Morais, 1962)... Um dos mais belos livros da poesia portuguesa do séc. XX. Levei-o comigo, na minha bagagem, no "Niassa", em 24 de maio de 1969. Um dos meus livros de cabeceira em Contuboel (jun/jul 69) e em Bambadinca (jul 69 / mar 71). Ajudou-.me a manter a minha sanidade... mental no TO da Guiné. É, além disso, uma dos meus poetas preferidos, a par de Álvaro de Campos / Fernando Pessoa, Alexandre O'Neill e Ruy Belo. (LG)
Exílio
Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades
E a luz que nos rodeia é como grades
Sophia de Mello Breyner Andresen,
"Livro Sexto" (1962)
1. Mensagem de Cláudia Silveira, da editora A Esfera dos Livros:
Data: segunda, 6/05/2019 à(s) 16:37
Assunto : SOPHIA de Mello Breyner Andresen, de Isabel Nery
Olá!
Isabel Nery é jornalista, ensaísta e investigadora em Jornalismo Literário, Isabel Nery é autora de várias obras de não-ficção, entre elas o livro de reportagem As Prisioneiras e o ensaio Chorei de Véspera, ambos adaptados para curtas-metragens pela realizadora Margarida Madeira.
Cláudia Silveira | Comunicação | A Esfera dos Livros
esferadoslivros.pt
R. Professor Reinaldo dos Santos nº 42 R/C
1500-507 Lisboa
Tel. 21 340 40 64 | Tlm: 925 487 990
claudia.silveira@esferalivros.com
Nota do editor:
Último poste da série > 3 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19741: Agenda cultural (680): "Memórias Boas da Minha Guerra", vol III, de José Ferreira. Lançamento do livro, dia 11 de maio, às 11 h, seguido de almoço, na Tabanca dos Melros, Fânzeres, Gondomar.
1. Mensagem de Cláudia Silveira, da editora A Esfera dos Livros:
Data: segunda, 6/05/2019 à(s) 16:37
Assunto : SOPHIA de Mello Breyner Andresen, de Isabel Nery
Olá!
SOPHIA é sinónimo de figura maior da literatura portuguesa, de poesia luminosa e despojada, de contos infantis que continuam a marcar gerações, mas também de poeta que pendurou palavras na ponta das espingardas para chamar «velho abutre» ao ditador; que usou de pontaria certeira enquanto deputada na Assembleia Constituinte, onde lembrou que só haveria liberdade se houvesse justiça e que um país mais justo passava por um Portugal mais culto; que teve a coragem de dizer adeus às armas quando constatou que, depois do 25 de Abril, a poesia esteve na rua, mas rapidamente voltou para dentro de casa.
No ano em que se assinala o centenário do seu nascimento, a jornalista Isabel Nery percorre lugares e pessoas que fizeram parte da história de Sophia de Mello Breyner Andresen. Porque não é possível escrever a sua biografia sem visitar o Porto, a Grécia, Lagos, a Travessa das Mónicas na Graça, ou mesmo a pequena ilha de Föhr, no mar do Norte, de onde Jan Andresen, bisavô da poeta, era originário. Ou entrevistar quem com ela privou, o que resultou na recolha de 60 testemunhos: do pescador José Muchacho que levava Sophia a visitar as grutas em Lagos, ao amigo Manuel Alegre, até ao ensaísta Eduardo Lourenço, passando por companheiros das letras e da política, família, tradutores e investigadores. Porque não é possível escrever a sua biografia sem ler os relatórios dos interrogatórios a que foi sujeita na sede da PIDE, sem compreender o contexto histórico em que viveu ou as suas relações familiares.
A biografia que faltava sobre a primeira portuguesa a receber o Prémio Camões. A única mulher escritora com honras de Panteão Nacional, a quem muitos gostavam de ter visto atribuído o Prémio Nobel.
Isabel Nery é jornalista, ensaísta e investigadora em Jornalismo Literário, Isabel Nery é autora de várias obras de não-ficção, entre elas o livro de reportagem As Prisioneiras e o ensaio Chorei de Véspera, ambos adaptados para curtas-metragens pela realizadora Margarida Madeira.
Com Sophia de Mello Breyner Andresen, estreia-se agora no género Biografia. A curiosidade pelo outro levou-a a estudar na Alemanha ainda adolescente, e mais tarde em Espanha e nos EUA. A mesma curiosidade levou-a até ao jornalismo, amor à primeira vista, depois da licenciatura em Relações Internacionais e do mestrado em Comunicação.
Enquanto jornalista passou pela televisão, diários e semanários, tendo trabalhado quinze anos na revista VISÃO. Atualmente é também vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas. O trabalho de Isabel Nery foi já distinguido com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO.
Cláudia Silveira | Comunicação | A Esfera dos Livros
esferadoslivros.pt
R. Professor Reinaldo dos Santos nº 42 R/C
1500-507 Lisboa
Tel. 21 340 40 64 | Tlm: 925 487 990
claudia.silveira@esferalivros.com
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Nota do editor:
Último poste da série > 3 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19741: Agenda cultural (680): "Memórias Boas da Minha Guerra", vol III, de José Ferreira. Lançamento do livro, dia 11 de maio, às 11 h, seguido de almoço, na Tabanca dos Melros, Fânzeres, Gondomar.
2 comentários:
Acho que na altura sabia quase todos os pomeas do "Livro SExto" de cor... Como, por exemplo, este que é um dos poemas mais "virulentos" sobre o Salazar (, só pdia ser ele, em 1962):
O Velho Abutre
O velho abutre é sábio e alisa as suas penas
A podridão lhe agrada e seus discursos
Têm o dom de tornar as almas mais pequenas
In Livro Sexto, 1962
Ou este: Inscrição
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar.
Livro Sexto (1962)
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