segunda-feira, 22 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21099: Notas de leitura (1290): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (5) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 7 de Abril de 2017:

Queridos amigos,
Aqui se põe um fim a uma demorada, propositadamente extensa, análise de um trabalho de leitura obrigatória para o investigadores da guerra da Guiné, obra redigida com suficiente clareza e incisão que permita todos os leigos os mais amplos esclarecimentos sobre a vida e obra de Cabral.
Julião Soares Sousa foi justamente premiado pela sua primorosa investigação. Esta edição corrigida e aumentada introduz, em meu entender, um quociente de perplexidade quanto ao maior número de hipóteses de envolvimentos em torno do assassinato. A despeito de documentação fundamental ter desaparecido, estar extraviada ou irremediavelmente perdida, factos são factos, Cabral foi assassinado por guineenses e todas as recriminações dos conjurados iam contra a unidade Guiné-Cabo Verde. É um mistério denso que se presta a imensa especulação. Porém, não se esqueça que em 1980 Nino Vieira, de colaboração íntima com combatentes guineenses e até civis, afastaram os cabo-verdianos e pôs termo a um sonho de Cabral que, comprovadamente, não tinha pés para andar.

Um abraço do
Mário


Amílcar Cabral visto por Julião Soares Sousa:
Uma biografia incontornável, agora revista e aumentada (5)

Beja Santos

“Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016: tenho para mim que é a biografia do líder histórico do PAIGC, escrita em língua portuguesa, que nenhum estudioso ou interessado na história da Guiné-Bissau ou nas lutas de libertação que ali se travaram pode dispensar. Nenhum outro investigador de Amílcar Cabral coligiu tanta documentação, desfez mitos e quimeras e enquadrou com perspicácia e isenção o homem, a sua ideologia, a sua causa, nos tempos e na circunstância em que atuou e em que perdeu vida, assassinado pelos seus próprios companheiros de luta.

No aceso da luta de libertação, Cabral é confrontado com um punhado de dossiês escaldantes: as relações com os outros movimentos de libertação têm aspetos agudos, Cabral e Mondlane não têm identidade ideológica, por exemplo; procurou-se o lançamento de ações de guerrilha urbana, foram pouco consequentes mas segundo o líder importantes no plano político e psicológico; caminhou-se para a proclamação do Estado da Guiné e militarmente Cabral desenhou com um conjunto de colaboradores uma ofensiva sobre Guileje que só se concretizará em Maio de 1973; toda a problemática de Cabo Verde é forçada à hibernação, Cabral transfere para as frentes de guerra esses quadros apetrechados que se revelarão determinantes, caso de Pedro Pires, Osvaldo Lopes da Silva, Agnelo Dantas e Silvino da Luz, entre muitos outros; o ano de 1972 obriga Cabral a deslocações incessantes, embora se julgando amplamente informado do que se passa na guerrilha e em Conacri, acentuam-se as crises internas, é no regresso de uma visita à União Soviética em Novembro de 1972, onde lhe é garantido o apoio com armas modernas, como os mísseis Strela, que Cabral é alertado para a existência de graves problemas em Conacri, o mundo das informações alterara-se, não só a PIDE/DGS conseguira infiltrar informadores ao mais alto nível como dezenas de combatentes reuniam à luz do dia e havia mesmo ideias de refazer o partido, contava-se para isso com combatentes carismáticos como Osvaldo Vieira e com o antigo presidente do partido, Rafael Barbosa.

E assim chegamos ao assassinato, tema que conhece novos desenvolvimentos nesta edição corrigida. Há muitas conjeturas, o autor usa e abusa do consta, do alegadamente, do presume-se. Há versões coincidentes sobre o se passou naquela noite, Ana Cabral a tudo assistiu, ouviu as primeiras discussões, o primeiro disparo quando Cabral não aceitou ser preso, a conversa seguinte em que Cabral propunha uma discussão sobre os problemas de relacionamento entre cabo-verdianos e guineenses, sucederam-se os tiros fatais, os conjurados, seguramente de acordo com o plano previamente traçado, dividiram tarefas, prenderam Aristides Pereira e levaram-no para uma lancha com outros reféns, incluindo a mulher de Cabral; meteram na prisão um elevado número de cabo-verdianos, nem um só guineense, avisaram-nos de que seriam fuzilados ao amanhecer; e foram libertados os membros do complô, todos guineenses, que se encontravam aprisionados, punidos por rebeldia; outros dirigiram-se ao palácio de Sékou Touré, Óscar Oramas, o embaixador cubano assistiu a essa conversa, os conjurados alegaram sempre a fricção insanável entre Guiné e Cabo Verde, o presidente da Guiné Conacri mandou prender os conjurados e pediu apoio naval aos soviéticos para irem buscar Aristides Pereira. Entre as muitas pistas Julião Soares Sousa retoma algumas delas não têm base de sustentação: não há um só documento que comprove qualquer colaboração da Armada Portuguesa; não há um só documento que conduza a qualquer associação entre a PIDE/DGS e os implicados na conjura de Conacri, pelo contrário, nas horas subsequentes em Bissau Spínola deplorará a morte de Cabral, ele não tinha outro interlocutor, e o diretor da PIDE em Bissau envia para o diretor da PIDE em Lisboa um relatório que no todo ou na parte é manifesto da não implicação da polícia política portuguesa nos acontecimentos de 20 de Janeiro de 1973; continua a insistir-se na liderança de Momo Touré no assassinato, este não possuía qualificações, capacidades ou reconhecimento por parte dos altos quadros combatentes, seria, quanto muito, um cabeça de turco a executar um plano pré-combinado, não será de excluir conivências diretas de Nino Vieira e Osvaldo Vieira, que ficaram na sombra. Julião Soares Sousa carreia nova informação, caso do relatório da delegação jugoslava às cerimónias fúnebres de Cabral, ou relatório de Agostinho Neto. E centra-se nas hipóteses de cumplicidades internas e externas centradas em Sékou Touré e nas autoridades portuguesas. Para sermos francos, nada de novo. Trazer à colação a “Operação Albatroz”, bem como a “Operação Safira”, igualmente nada traz de esclarecedor, não há provas concludentes que associem tais iniciativas ao assassinato de Cabral.

As conclusões da obra recapitulam toda a evolução de um pensamento e de uma ação, podem ser encaradas como uma síntese feliz. No entanto, não se percebe o que leva o autor depois de relevar de que não se possui documentação irrefutável que leve ao reconhecimento dos autores morais a escrever que a chave do enigma se encontra na documentação da PIDE/DGS, da Aginter Press e dos Serviços Secretos de Conacri e assevera: “Acreditamos também que algum arquivo privado possa a vir resolver o mistério. Pelo menos pouco a pouco mais dados têm vindo a terreiro, ajudando-nos a reconstruir o puzzle tão complexo. Toda esta documentação sumida poderá esclarecer os meandros em que o assassinato foi orquestrado a partir de Lisboa e a maneira como algumas organizações secretas europeias penetraram o PAIGC com a cumplicidade de guineenses e de elementos da oposição ao regime de Sékou Touré”. Não nos aprece igualmente crível que Spínola tenha abandonado o seu lugar de governador por causa da proclamação unilateral da independência, Spínola sabia que a prazo o desfecho militar lhe era desfavorável, aprovara-se uma retração do dispositivo era o primeiro sinal da derrocada, preferiu ir para Lisboa preparar a derrocada do regime de Caetano, com quem se incompatibilizara.

Ao findar a análise deste importantíssimo documento, reitero a sua importância e a obrigatoriedade da sua leitura, para investigadores e todos os interessados.
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Notas do editor

Postes anteriores de:

1 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20964: Notas de leitura (1283): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (1) (Mário Beja Santos)

18 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20987: Notas de leitura (1284): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (2) (Mário Beja Santos)

8 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21054: Notas de leitura (1288): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (3) (Mário Beja Santos)
e
15 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21078: Notas de leitura (1289): “Amílcar Cabral, Vida e morte de um revolucionário africano”, por Julião Soares Sousa; edição revista, corrigida e aumentada, edição de autor, 2016 (4) (Mário Beja Santos)

11 comentários:

antonio graça de abreu disse...

Eu gosto muito destes estudos do Mário Beja Santos. Tudo claro e esclarecedor, uma certa forma de tentar fazer a nossa História comum, baralhando tudo. Ficamos a saber, nas suas palavras que, passo a citar

"Não há um só documento que comprove qualquer colaboração da Armada Portuguesa; não há um só documento que conduza a qualquer associação entre a PIDE/DGS e os implicados na conjura de Conacri, pelo contrário, nas horas subsequentes, em Bissau, Spínola deplorará a morte de Cabral, ele não tinha outro interlocutor, e o diretor da PIDE em Bissau envia para o diretor da PIDE em Lisboa um relatório que no todo ou na parte é manifesto da não implicação da polícia política portuguesa nos acontecimentos de 20 de Janeiro de 1973".

Depois, mais à frente,porque é preciso fazer o frete e baixar a cerviz diante da gente "boa" da Guiné Bissau que assassinou Amílcar Cabral, lemos a conclusão do Mário Beja Santos:

"As conclusões da obra recapitulam toda a evolução de um pensamento e de uma ação, podem ser encaradas como uma síntese feliz. No entanto, não se percebe o que leva o autor depois de relevar de que não se possui documentação irrefutável que leve ao reconhecimento dos autores morais a escrever que a chave do enigma se encontra na documentação da PIDE/DGS, da Aginter Press e dos Serviços Secretos de Conacri e assevera: “Acreditamos também que algum arquivo privado possa a vir resolver o mistério. Pelo menos pouco a pouco mais dados têm vindo a terreiro, ajudando-nos a reconstruir o puzzle tão complexo. Toda esta documentação sumida poderá esclarecer os meandros em que o assassinato foi orquestrado a partir de Lisboa."

Ora aí está síntese feliz do nosso camarada Mário Beja Santos. A morte de Amílcar Cabral orquestrado a partir de Lisboa.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

António Graça, "orquestrado a partir de Lisboa" como lhes convém.Só não dizem que foi o Salazar porque já tinha morrido.E a dizer que foi o Marcelo Caetano não se atrevem a tanto, para não não ficarem em descrédito.
Carlos Gaspar

Valdemar Silva disse...

O Beja Santos lembra-se de cada uma.
Passados quase 50 anos da morte de Amilcar Cabral ainda estamos vivos e interessados em comentar o quem poderia ter 'orquestrado' o seu assassinato.
A ideia do 'orquestrado a partir de Lisboa' também foi expressada na altura pelos Serviços de Informação e Investigação do Departamento de Estado dos EUA, que publicaram Portugal não ter estado directamente envolvido na sua morte, mas concluiu, também, que a cumplicidade de Lisboa não poder ser excluída. Calhando Julião Soares Sousa pegou nesta informação.
Cá para mim, até entendo que tanto o Salazar, que não mandava matar ninguém por já ter morrido e Marcelo Caetano por ter cagufa para o fazer, não estarem interessados na morte de Cabral. Com a morte de Cabral a 'luta' não seria a mesma coisa e, tal como Goa, Damão e Diu e até como De Gaulle na Argélia, teria que haver guerra até ao.... fim.

Valdemar Queiroz

Cherno Baldé disse...

Caros amSigos,

Sobre a Guerra colonial, havera muitas coisas que nunca ficaremos a saber, até porque, para começar, Portugal nao estava em Guerra nos territorios ultramarinos e como tal nao tinha prisioneiros nas prisoes do PAIGC em Conakri; também sabemos que Portugal nao esteve envolvido na invasao de Conakri em 1970 e os cidadaos portugueses nao foram libertados, mas por um milagre qualquer, conseguiram escapulir, fazendo o percurso até Bissau sozinhos sem saberem falar nenhuma lingua local e, evidentemente, nem Spinola nem Caetano estariam interessados na morte do lider do PAIGC que, segundo todas as evidencias, teria mandado assassinar cobarde e friamente quatro oficiais em missao de bons oficios em abril de 197O no chao manjaco.

Em 1973, o Gen. Spinola sabia que nao poderia negociar nem com Amilcar nem com ninguém, porque simplesmente nao estava autorizado para tal e, para piorar, o curso da Guerra nao lhe era favoravel e poderia durar ainda muitos anos, com consequencias imprevisiveis.

Doutro lado, sabemos que as relaçoes entre Guineenses e Caboverdianos nao eram as melhores e todos os guerrilheiros estavam cansados, pois ninguém contava que os "Tugas" oferecessem tanta resisténcia por uma Guiné-portuguesa tao pequena e pobre, enclavada em territorio francés.

Quem estava interessado na morte de Cabral ????


Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

antonio graça de abreu disse...

O Cherno Baldé a brincar aos cínicos! Como eu te entendo, meu caro Cherno!
Quem estava interessado na morte de Amílcar Cabral? Em primeiro lugar,quem o matou, e quem o matou foram os homens da facção anti-cabo-verdeanos do PAIGC, tu sabes muito bem quem são essas pessoas, Inocêncio Kani e companhia. Toda a gente sabe quem o matou eporquê, mas convém continuar a lançar a dúvida, a culpar a PIDE. E olha que eu não gosto nada da PIDE, tenho um lindo processo na Torre do Tombo, com trinta páginas,organizado pela PIDE que seguia os meus passos desde Outubro de 1967. É curioso o meu processo consultado só em 2006: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, PIDE/DGS, Procº. 9175 C7 (2) – NT 7555.

Abraço,

António Graça de Abreu

Valdemar Silva disse...

É uma chatice o Beja Santos lembrar-se agora do assassinato de Amilcar Cabral. É mesmo para chatear.
Todos nós sabemos que a PIDE estava na Guiné só para apanhar algum comunista que tivesse ido no meio da tropa metropolitana. Como se fosse a Inquisição no séc. XVI atrás dos cristão novos em Goa.
A PIDE queria lá saber do PAIGC e da sua organização, eles que se entendessem e não criassem problemas entre os cabo-verdianos e os guinéus,
O Isidoro Manuel Lima e o Inocêncio Cani acusados de terem sido os assassinos de Amilcar Cabral, também eram acusados de serem agentes da PIDE infiltrados, mas ambos já morreram e agora paciência.
É mesmo má vontade, acusar a PIDE de ter alguma coisa com esta eliminação do Cabral. Qualquer dia até dizem que a PIDE obrigava os presos a confessar terem pegado fogo à água do chafariz.

Valdemar Queiroz

antonio graça de abreu disse...

O Valdemar Queiroz também tem direito a prémio, pelo rigor, a autenticidade, a certeza do raciocínio. Recomendo-lhe a leitura das palavras do Mário Beja Santos, já publicadas neste blogue. Ai vão:

"Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 21 de Janeiro de 2013:

Queridos amigos,
Os artigos de Fernando Baginha são necessários como peças do incomensurável puzzle das motivações profundas sobre o assassinato de Cabral. 40 anos depois, a penumbra continua densa, apesar da muita especulação gratuita em que sem provas se continua a apontar o dedo para a PIDE em Bissau, Rafael Barbosa, Spínola.
Ninguém acredita que numa conspiração em que estiveram envolvidas centenas de pessoas não se encontrasse um só documento, um conjunto de depoimentos articulados da ligação dos executores de Cabral com Spínola. Há uma carta nos arquivos da PIDE em que Fragoso Allas, diretor da delegação de Bissau, dá uma versão para Lisboa em que é impensável que estivesse a fingir nada saber ou a haver conivência com os altos dirigentes guineenses.
Deve doer muito ter que reconhecer que os guineenses não queriam ser dirigidos por cabo-verdianos."

Um abraço do
Mário

antonio graça de abreu disse...

Já agora, leiam o post 11001 do MBS, com os textos do Fernando Baginha, homem do PAIGC, em Conacri, no dia da morte de A Cabral. Tem quinze comentários. Recomendo os dois comentários do C. Martins. É só procurar no blogue.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Guiné 63/74 - P11001: Notas de leitura (452): Fernando Baginha e o assassinato de Amílcar Cabral (Mário Beja Santos)

Abraço,

António Graça de Abreu

Valdemar Silva disse...

AGA, obrigado pelo prémio.
Não estava preparado para o receber e, quanto aos elogios, estou sem palavras para agradecer.

Continuo com a ideia da PIDE não ter nenhum interesse nas desavenças, entre cabo-verdianos e guinéus, dentro do PAIGC que poderiam ter forjado o assassinato de Amilcar Cabral. A PIDE andava por lá para dar milho aos pombos. Esta minha certeza de raciocínio, aliás altamente elogiada e premiada, deve-se ao facto de a mesma PIDE ter sido questionada sobre o assunto com um correctivo 'não sabiam de nada? então o que é que estão aí a fazer?'

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

antonio graca de abreu disse...

No meio das confusões do mundo, eu dei pistas (obrigado Mário Beja Santos!) para entendermos quem e porquê mataram Amilcar Cabral.
Mas vêm os valdemares. Dizem muita coisa. Perdem-se na ironia primária do dizer de muitas coisas. Acabam por não dizer coisa com coisa.

Abraço,


António Graça de Abreu

Valdemar Silva disse...

Em tempos, nuns programas da RTP sobre História de Portugal, o Prof. Hermano Saraiva às vezes dizia: eu não sei e ninguém sabe. Parece que era uma indirecta para o prestigiado historiador Prof. Mattoso que o criticava por ele não ser historiador.
Quanto ao assassinato de Amilcar Cabral, eu não sei quem foi o autor/es e muita gente também não sabe, mas agora vêm o antónio dar pistas para se entender quem e porque o mataram, ou seja diz coisa com coisa e temos o assunto arrumado.
Assim, passa a fazer parte da biografia de Amilcar Cabral que foi assassinado por e porquê conforme as pistas de António Graça de Abreu.

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz