segunda-feira, 5 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22344: Notas de leitura (1364): “O Colonialismo Europeu no Continente Africano”, por Mário Gonçalves Martins; Chiado Editora, 2017 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 10 de Setembro de 2018:

Queridos amigos,
O autor destes apontamentos universitários é um professor catedrático com larga bibliografia e ainda a dar aulas. É de questionar a utilidade do seu trabalho: a bibliografia não chega ao século XXI e não há contraditório; não se entende a organização deste trabalho em que se está a falar da Conferência de Berlim e logo adiante se fala das caraterísticas do colonialismo português em todo o Estado Novo. Para os saudosistas do Império Português, é no entanto uma obra interessante, na medida em que o autor detalha as sucessivas etapas da extinção do colonialismo português, primeiro com as intromissões que acabaram por ter força de Lei, dos impérios francês e britânico; e depois da Conferência de Berlim como sucessivos tratados diminuíram a presença portuguesa em África. Resta dizer que nem sempre foi assim como se exemplifica com a Convenção Luso-Francesa de 1886, em que se definiram as fronteiras da Guiné, o tratado deu largamente vantagens a Portugal, em termos de território para ocupar, mesmo à custa do sacrifício do Casamansa.

Um abraço do
Mário


O colonialismo europeu em África, séculos XIX e XX

Beja Santos

“O Colonialismo Europeu no Continente Africano”, por Mário Gonçalves Martins, Chiado Editora, 2017, é uma obra escolar destinada, segundo o autor, a um conjunto de unidades curriculares onde esta temática tem cabimento. Segundo o esquema anunciado pelo autor, temos três abordagens: os êxitos do colonialismo europeu em África; os obstáculos sentidos; os fracassos desse colonialismo.

É recordado que no início do século XIX os ingleses já estavam instalados na Índia, na África do Sul e no Canadá, possuíam colónias na Austrália, na Nova Zelândia, nas Caraíbas e na Guiana; a Holanda controlava a Indonésia; a França a Espanha e Portugal possuíam territórios ultramarinos e a partir da década de 1870 outras potências europeias deram sinal de vida em prol do expansionismo imperial. A partir de 1830 desencadeia-se na Europa um fenómeno que teve o nome de missão civilizadora, uma convergência da herança do iluminismo, da avidez dos recursos africanos, o que implicava a subjugação do território, a erradicação da escravatura e o espírito missionário. Em 1830, a França implanta-se na Argélia, por essa época a Grã-Bretanha conduz uma cruzada antiesclavagista e as entidades científicas começaram a enviar missões ao interior do continente. Em meados do século XIX, essa presença colonial era relativamente modesta: a França implantara-se na Argélia, na região da Senegâmbia e no Gabão; a Grã-Bretanha possuía a colónia do Cabo, a Serra Leoa e a Costa do Ouro, uma parcela do que virá a ser a Nigéria; Portugal possuía as colónias que irão ficar independentes entre 1974 e 1975. Em 1914, o mapa político era totalmente diferente, França, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, Portugal, Bélgica e Espanha eram as potências imperiais, desaparecera a soberania africana.

Mário Gonçalves Martins centra-se no que aconteceu depois da segunda metade desse século, a descoberta de riquezas, as explorações científicas, os grandes projetos de desenvolvimento, releva os interesses belgas, franceses, britânicos e alemães. Regista o que ele designa por direitos históricos de Portugal e a sua contestação por britânicos, franceses e alemães. E, inopinadamente, o autor dedica-se a falar das caraterísticas do colonialismo português, indicando uma estranhíssima bibliografia que não chega ao século XXI e onde não há contraditório.

Segue-se a Conferência de Berlim, são enunciadas as suas consequências e a partilha do continente.

Conferida esta dimensão de êxitos do colonialismo europeu, o autor centra-se nos obstáculos: as sublevações, as manifestações anticolonialistas, mormente depois da II Guerra Mundial e a deslocação da Guerra Fria para o continente africano, bem como para os anfiteatros da ONU. De novo o autor passa do geral para o particular e dá-nos uma resenha acerca das lutas contra o colonialismo português, designadamente o que se passou em Angola, na Guiné-Bissau e em Moçambique, que movimentos e agrupamentos aí se formaram. Essa oposição anticolonial também se manifestou na metrópole, fundamentalmente pelas manifestações apresentadas pela oposição, o descontentamento da Igreja Católica e o próprio sistema empresarial que a partir de dado momento se apercebeu que as despesas militares eram um verdadeiro entrave ao desenvolvimento português; e o autor esquematiza as contestações exógenas desde o Movimento dos não-Alinhados até aos nossos Estados independentes africanos.

E chegamos à terceira e derradeira parte do livro em que Manuel Gonçalves Martins enumera os fracassos do colonialismo europeu, tornado visível ainda na década de 1950, autêntico turbilhão a partir dos anos 1960. É sobre a extinção do colonialismo português que este autor expende uma opinião curiosa. Logo com a perda dos direitos históricos de Portugal concretizada durante a Conferência de Berlim (1884-1885) e nalguns tratados assinados entre Portugal e algumas potências europeias (1885-1914). Antes da Conferência de Berlim, a Grã-Bretanha intrometeu-se nas zonas de Cabinda, em Bolama, na Baía de Lourenço Marques; a França desde cedo pretendeu a supremacia sobre o rio Casamansa; a Associação Internacional do Congo infiltrou-se nos territórios da margem sul do Zaire; e o Transval assinou com Portugal um tratado sobre os limites de Moçambique que arrebatou o Império Português e uma importante região mineira ao sul do Lourenço Marques; o Tratado Luso-Britânico de 1884 trouxe inúmeros prejuízos a Portugal, o sonho de Angola à Contracosta esfumou-se.

Na Conferência de Berlim foram eliminados os direitos ou privilégios de Portugal anteriormente alicerçados, deu-se como irrealizável o Tratado Luso-Britânico de 1884 (o Tratado do Zaire). O convénio assinado por Portugal com a Alemanha em 30 de dezembro de 1886 delimitou a fronteira entre os territórios da Alemanha e a África portuguesa, o Governo Português sacrificou os territórios compreendidos entre o rio Cunene e o Cabo Frio. Mas há mais, o autor repertoria outros documentos que reduziram a influência portuguesa em África. Para Manuel Gonçalves Martins, os tratados assinados em Inglaterra conduziram Portugal à decadência e à ruina.

Noutro apartado, este docente universitário refere-se à liquidação dos restos do Império Português, vai diretamente para o golpe de Estado de 25 de abril de 1974, segue-se a Lei n.º 7/77, de 27 de julho, onde se reconheceu o direito dos povos à autodeterminação, seguem-se as medidas de concretização da descolonização, e depois de uma forma vaga e genérica fazem-se referências ao abandono dos restos do Império e a quem interferiu no processo descolonizador. Não há uma só referência aos acontecimentos associados à luta armada e à sua evolução nem a escalada armamentista na Guiné e em Moçambique, parece que o Império Português foi liquidado por obra dos diplomatas. Num aparato pretensamente neutral fala-se dos partidos políticos portugueses associados a essa descolonização e a seguir desanca-se no Governo de Marcello Caetano, sempre falando em “alguns autores”: “Foi o principal impulsionador da destruição total do Império Português. A sua Administração impressionou-se com as dificuldades inerentes à conjuntura, e (desprezando os seus compromissos, a vontade da Nação, e as orientações coerentes e constantes de Salazar) suprimiu as disposições constitucionais que apresentavam como motivo para a defesa do Império Português o cumprimento da missão nacional”. Como o docente se põe atrás de alguns autores, desta vez cita Adriano Moreira, dizendo que para este, a política de Marcello Caetano destruiu os motivos para defender as colónias portuguesas. E vale a pena concluir com este arrazoado do autor: “Quando Marcello Caetano decidiu opor-se claramente à independência política das colónias portuguesas, não conseguiu evitar o desastre”. É invocado que Jorge Jardim se reuniu com os emissários do Governo da Zâmbia, que o General Spínola escreveu o livro “Portugal e o Futuro” e, desta vez, citando Franco Nogueira acrescenta que tudo se arruinou e desmoronou. Referiu-se atrás que o autor é escandalosamente parcial na bibliografia que apresenta. Bastava que ele tivesse lido o que se escreveu sobre as conversações com o PAIGC, as reuniões em Roma com o MPLA, o que Marcello Caetano propôs a Santos e Castro para a independência unilateral de Angola e ficar-se-ia com a ideia correta que no final do regime Marcello Caetano não se opunha à independência política das colónias portuguesas, tentava desesperadamente garantir independências brancas em Angola e Moçambique, não havia quaisquer ilusões de que a Guiné era um Estado independente, um processo irreversível.

Fica-se sem perceber muito bem para que é que se escreve um livro de lições antiquado e escandalosamente parcial, nem chega a ser gato escondido com o rabo de fora. O que ainda é mais bizarro, atendendo ao currículo deste professor catedrático. Já não me admiro com coisa nenhuma. Aqui há uns anos atrás, o professor Veríssimo Serrão dedicou um volume da sua História de Portugal ao regime de Salazar. A bibliografia era eloquente: as memórias do Almirante Américo Tomás, os discursos de Salazar e o Diário do Governo. Não há explicação para esta historiografia de risota.
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Nota do editor

Último poste da série de 28 de Junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22323: Notas de leitura (1363): “As Voltas do Passado, a Guerra Colonial e as Lutas de Libertação”, organização de Manuel Cardina e de Bruno Sena Martins; Edições Tinta-da-China, 2018 (Mário Beja Santos)

12 comentários:

Antº Rosinha disse...

A propósito de risota, quem diria que a grande, enorme, imperial Rainha Vitória, em cujo reinado se deu o nosso mapa cor de rosa, foi derrubada de uma estátua na sua antiga colónia o Canadá.

Nunca se devia colonizar nem ser colonizado.

Mas já que tinha que ser...que fosse de outra maneira.

Está visto que à europeia foi muito mau, mas alguém tinha que o fazer, agora a europa aguenta com os efeitos.

Valdemar Silva disse...

Parece que a estátua com as Rainhas Victória e Isabel II foi vandalizada por revoltosos devido à descoberta duma vala comum com dezenas de corpos de indígenas.
Eu até pensei ser uma revolta para instituir os sistema constitucional republicano, como os vizinhos, e acabar com o Chefe de Estado do Canadá ser a Rainha da Inglaterra e não só.

Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Já agora...

Esperem pelos resultados do colonialismo CHINÊS em toda a áfrica com a conivência das elites africanas.
Se o europeu foi mau então o que está a acontecer neste momento em toda a África é de arrepiar.
A China já tomou conta do mundo e andam entretidos em discutir o aquecimento global, os direitos humanos e até os efeitos do colonialismo europeu em áfrica.. haja paciência.

AB
C.Martins

antonio graça de abreu disse...

Diz Mário Beja Santos: "Marcello Caetano não se opunha à independência política das colónias portuguesas, tentava desesperadamente garantir independências brancas em Angola e Moçambique." Onde é que Marcello disse ou escreveu isto?
Diz Mário Beja Santos:"O professor Veríssimo Serrão dedicou um volume da sua História de Portugal ao regime de Salazar. " Qual foi esse volume, qual foi a dedicatória?
Gostava que o Mário Beja Santos apresentasse provas do que diz. Se não apresenta, como é?
Qual a credibilidade de MBS?

Abraço,

António Graça de Abreu

antonio graça de abreu disse...

Conheci bem o Prof. Joaquim Veríssimo Serrão, foi orientador da minha Tese de Mestrado em História.Um grande Senhor!
Fui à net à procura da dedicatória ao regime de Salazar. Encontrei um comentário de um escalabitano, João Mendes Rosa, que conheceu muito bem Veríssimo Serrão, assim:

"Confrangem-me os que o rotulavam e rotulam de afecto ao regime salazarista, sobretudo se esses estigmas partem de quem tem obrigação de ser isento. Serrão nunca foi salazarista: eu mesmo lhe ouvi críticas violentíssimas ao Celibatário de Santa Comba. Enquanto estudante em Coimbra, etiquetado de “perigoso” pela PIDE, o jovem Joaquim Veríssimo Serrão envolveu-se activamente no MUD apoiando Francisco Salgado Zenha na tempestiva e bela direcção da Associação Académica de Coimbra em 1944 e, quatro anos mais tarde, esteve entre os estudantes que redigiram os famosos novos estatutos que punham fim às ingerências não-estudantis no mesmo órgão associativo."

Abraço,

António Graça de Abreu

Fernando Ribeiro disse...

1 - A Costa do Ouro não é «uma parcela do que virá a ser a Nigéria», como afirma o Beja Santos. A Costa do Ouro é o atual Gana. A «parcela do que virá a ser a Nigéria», juntamente com as zonas costeiras vizinhas do Benim e do Togo, era chamada Costa dos Escravos. Assim, a norte do Golfo da Guiné havia, pelo menos, três «Costas»: a Costa do Marfim (ainda hoje se chama assim), a Costa do Ouro (atual Gana) e a Costa dos Escravos (atuais Togo, Benim e parte da Nigéria).

2 - Repetidamente o Beja Santos se engana e chama Mário a Manuel Gonçalves Martins. Apetece-me chamar Manuel ao Beja Santos, em vez de Mário, mas não o faço, porque todos nós erramos.

3 - Poderá não ser exatamente um erro, mas sim um pleonasmo, a expressão «há uns anos atrás», que Beja Santos usa. Se foi «há uns anos», então foi «atrás», evidentemente. Haveria de ser «há uns anos à frente»?! Ou o Beja Santos escreve «há uns anos» ou escreve «uns anos atrás». Escrever «há uns anos atrás» é uma redundância.

4 - O Ultimato Britânico foi apresentado ao governo português em 1890. Nove anos depois, foi iniciada a construção do Caminho de Ferro de Benguela, a qual foi entregue a... ingleses! Com efeito, o concurso público para a construção do referido caminho de ferro foi ganho em 1899 por um consórcio encabeçado pelo inglês Robert Williams. Ora Robert Williams estava ligado aos interesses de Cecil Rhodes, o qual pretendia ligar o Cairo ao Cabo da Boa Esperança por uma linha de caminho de ferro, da qual o CFB viria a ser apenas um simples ramal... Então logo a seguir ao Ultimato entregam a construção do Caminho de Ferro de Benguela a ingleses?! Com negócios assim, não admira que a Monarquia tivesse os dias contados...

antonio graça de abreu disse...

Já descobri na net, ver https://porabrantes.blogs.sapo.pt/370899.html, já descobri o texto do Beja Santos sobre o Prof. Veríssimo Serrão e Salazar, publicado num blogue de Abrantes , de 2012. Começa assim:

"O Governo de Salazar por Veríssimo Serrão

por Beja Santos



O Prof. Joaquim Veríssimo Serrão tem uma obra científica de inegável valor. É autor de três centenas de trabalhos de investigação sobre temas da história portuguesa, grande parte deles centrados nos séculos XV a XVII; foi presidente da Academia de História durante cerca de 30 anos, é detentor de vários doutoramentos, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias em Ciências Sociais em 1995. Encetou nos anos 70 uma história de Portugal que acaba de dar à estampa o seu 18º volume. É um publicista corajoso, conhecemos a sua amizade indefectível pelo Professor Marcello Caetano, nunca escondeu a sua admiração incondicional pelo último presidente do Conselho; e, conforme se pode comprovar da leitura integral deste volume da história de Portugal que compreende o último período da governação de Salazar (1960 – 1968) torna essa coragem uma obstinação reescrevendo a história vista com pura hagiografia, imaginada pelos directos protagonistas: Salazar e os seus seguidores mais próximos. Por muito que espante o leitor, as fontes dilectas do historiador são os discursos de Salazar, as memórias do almirante Thomaz e de Franco Nogueira. E o Diário do Governo."

etc.etc., etc. Mário Beja Santos no seu melhor...

Anónimo disse...

Com comentadores tão assertivos é quase impossível ser….Lapão!

Um abraço do J.Belo

João Carlos Abreu dos Santos disse...

Subscrevo, inteiramente, as considerações de C. Martins e de António Graça de Abreu.

Valdemar Silva disse...

Que medo, ainda bem que somos avisados.
E ainda mais que, embora sem assuntos tabu, sem demónios e milagres, o crescimento do Cristianismo na China supera a França e a Alemanha. Ao qu'isto chegou!!!
Devia de haver uma ordem universal, como a de não fazer mal aos velhinhos e às criancinhas, de não se poder comprar ou vender à China seja o que for.
Ainda se fossem ingleses, franceses, alemãs ou americanos, agora chineses.

'O Colonialismo Europeu no Continente Africano', de Mário Gonçalves Martins, o que Beja Santos se havia de lembrar.

Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Sem qualquer afinidade cultural ou ideológica com a China comunista pergunto-me:

Não terão sido os “vazios” criados pelas retiradas,faltas de competência político-diplomata,não capacidade competitiva por parte dos grandes empórios mineiros,industriais,construtores de infra estruturas globais,tanto europeus como norte-americanos,que levaram a um acentuada presença chinesa naquelas paragens?
A descomunal corrupção das elites políticas africanas não deverá ser excluída da equação mas…..mais não é que precisamente a mesma corrupção que existia ,e existe,na maioria das relações político-comerciais com os “colonialistas clássicos” (semântica interessante) também ultrapassados, mais uma vez, pela China nesta área obscura.

Quantos navios repletos de escravos partem regularmente desde África para trabalharem nas minas,plantações ou outros duros trabalhos na China?
Serão outros os tempos, mas certas reflexões ajudam a focalizar perspectivas.

Certamente que os salários pagos aos africanos que trabalham em empresas chinesas serão salários,e condições de trabalho, de verdadeira miséria.
Mas de qualquer modo existem óbvias diferenças entre um salário de miséria e uma denominada “requisição administrativa” por parte do poder colonial “clássico” para trabalhos forçados.

Alguns dos que continuamente vivem em passados míticos argumentarão que a China não necessita de importar escravos por,devido ao sistema político vigente, dispor deles em quantidade no próprio país.
Mas a darem-se ao trabalho de uma atenta observação das actuais realidades culturais, económicas,sociais e científicas da sociedade chinesa terão oportunidade de verificar que algumas das respostas demasiado “simplificadas” acabam por não atingir os alvos procurados.

J.Beloz

Valdemar Silva disse...

Rectifico: Manuel Gonçalves Martins é o autor do livro "O Colonialismo Europeu no Continente Africano".

A propósito da redundância de «há uns anos atrás», e sem nenhum relacionamento, lembro-me daquela pérola 'é a primeira vez que cá estou desde a última vez que cá estive' utilizada para improvisar aos discursos ipsis verbis repetidos.

Valdemar Queiroz