quarta-feira, 17 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25752: S(C)em Comentários (42): "O Boavista pagou 250 contos para eu não ir para o ultramar", disse um antigo futebolista num programa radiofónico (TSF, 16/5/2018)



Reprodução (frente e verso) de um nota de mil escudos. Recorde-se que o escudo português foi substituído pelo euro a 1 de janeiro de 2002. Segundo a taxa de conversão entre escudos e euros (estabelecida a 31 de dezembro de 1998), 1 euro valia 200,482 escudos. Eis alguns valores de referência na época em que os rapazes da nossa geração "iam para o ultramar"... "defender a Pátria":

(i) um relógio da prestigiada marca suiça Longines, na loja libanesa Taufik Saad, Lda, em Bissau, custou ao Valdenar Queiroz, em 16/12/1970, 2950 pesos [=836,45 €].

(ii) um 1º cabo radiotelegrafista ganhava, em 1973, no CTIG, 1500 escudos (pré do 1º cabo: 1200$00; prémio da especialidade: 300$00) (Infomação do Sousa de Castro);

(iii) por  lavar a roupa, no Xime, em 1973, um cabo pagava 60 pesos [=12,20 €] (Sousa de Castro);

(iv) um Fiat 127 custava, em 1972, em Braga,  62 contos [= 14.256,05  €] (Alice Carneiro);

(v) o António Tavares pagou, em meados de 1971,  à Agência Correia, em Bissau, um total de 6 430$80 [ = 1643,21 €]  pela viagem "Bissau- Lisboa- Porto -Lisboa -Bissau  (em 3 prestações);

(vi) uma vaca raquítica, em Sonaco, comprava-se (quando o Luís Graça foi gerente de messe, em Bambadinca,  em 1970) por 950 pesos  [= 269,36 €];

(vii) uma arrafa de whisky novo (J. Walker Juanito Camiñante de 5 anos, rótulo vermelho, JB): 48,50 pesos = 14,35 € (em 1969).

(Estes valores são referentes à Guiné, de finais dos anos 60, princípios de 1970; o escudo ultramarino, emitido pelo BNU, valia menos 10%, "na candonga",  do que o escudo do Banco de Portugal...) (*)


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


1. Em 1970, 250 contos era quanto valia um "combatente do ultramar". A preços de hoje, equivaleriam a 83 840 euros.


Excertos, com a devida vénia,  de uma peça radiofónica de Guilherme de Sousa com João Ricardo Pateiro > TSF > Programa Entrelinhas > 16 maio 2018,  21h56 > O Boavista pagou 250 contos para eu não ir para o Ultramar


(...) O nome de Taí está inscrito na história do futebol português. O antigo jogador do Amarante, Académica, Boavista e FC Porto foi o único que disputou cinco finais consecutivas da Taça de Portugal.

Dessa mão cheia de jogos, Taí levantou a taça por quarto vezes: três pelo Boavista e uma pelos dragões. Foi pelos azuis e brancos que conquistou um campeonato, interrompendo um jejum de 19 anos.

(...) No ínicio dos anos 1970, Taí era um elemento fundamental na equipa do Boavista. E nessa época, a guerra colonial era uma ameça para os jovens da sua geração. Apesar de ter feito o serviço militar, nas Caldas da Rainha, o antigo atleta não seguiu para África.

"O Bavista pagou 250 contos para eu não ir para o Ultramar. E essa pessoa era casada, conseguiu regressar e acabou por adquirir uma casa, com esse dinheiro. Fez a sua aposta", afirma Taí. (...)

À TSF, o antigo jogador conta que conseguiu licenciar-se em Ciências do Desporto mas, após ter terminado a carreira como jogador, não ficou ligado ao futebol. Foi durante muitos anos professor de Educação Física em Amarante, a terra onde nasceu e onde pendurou as chuteiras. (...)

Comentários, para quê  ?! (**)

______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 29 de outubro de  2015 > Guiné 63/74 - P15302: (Ex)citações (297): Quem disse que "100 pesos era manga de patacão" no nosso tempo? Em 1960, mil escudos (da metrópole) valiam hoje 428 euros; e em 1974, 161 euros, ou seja, uma desvalorização de c. 266 %... Recorde-se por outro lado que 100 pesos só valiam 90 escudos...

16 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Afinbal, tudo tem um preço, a começar pelo patriotismo...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Declarações do António Simões, antiga "glória" o Benfica, num programa da RTP sobbre o final da Taça de Portugal, em 1969:

Taça de Portugal 1969: o futebol como arma de protesto

por Inês Geraldo - RTP 31 Julho 2019, 21:07



(...) Já António Simões falou do momento em que esteve muito perto de ingressar na Académica. “Estive muito perto de ir jogar para a Académica já que em 1965 fui mobilizado para a Guiné. Completamente aflito, procurei por alguém que obedecesse à lei e pudesse trocar comigo”.

O antigo jogador explicou que tanto ele como o Benfica pagaram 150 contos na altura para poder não ir para o Ultramar e que o grande objetivo passou por se transferir para a Académica, ao abrigo da lei escolar. (...)

“Para que se tenha ideia, nos primeiros três anos no Benfica, ganhava 50 contos por época”. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...


O TRANSMONTANO DOS GOLOS BONITOS

Por sporting
17 maio, 2013


(...) Fraguito, médio de inesgotáveis recursos técnicos, representou o Sporting durante nove anos, entre 1972 e 1981, tendo ganho dois campeonatos nacionais e duas Taças de Portugal. Natural de Vila Real, em bebé foi viver para o Brasil, onde representou os escalões jovens do Fluminense, entre os 10 e os 16 anos. Depois regressou a Portugal, representando o Vila Real (...)

(...) A poucos meses de completar 20 anos, chegou ao Sporting, mas o destino original era o Belenenses. “Foi uma enorme confusão essa que me meti! Primeiro, assinei pelo Belenenses, quando fui para a tropa em Lisboa. Eles disseram-me que me livravam de ir para o Ultramar e convenceram-me a assinar. Mas o meu passe ainda era do Boavista, que me vendeu ao Sporting. Tinha contrato por dois clubes e na altura até tive medo de ser irradiado. Acabei por ter sorte a apanhar apenas um mês de castigo e jogar no meu clube do coração”, reconhece. (...)

Negritos nossos, LG

Valdemar Silva disse...

Não percebo bem essa de "o Boavista pagou 250 contos para eu não ir para o ultramar" e outros casos parecidos que os clubes pagavam para os determinados jogadores não serem mobilizados.
Antes de mais, e já lá vou ao que não percebi, em Bafatá havia uma ou duas equipas de futebol de salão com jogadores muito conhecidos e até internacionais pela nossa Selecção.
Agora, "o Boavista pagou 250 contos" a quem?.
Daquilo que eu tomei conhecimento directo foi no RAP3, um conhecido jogador do Sporting ser mobilizado e pagou, ou pagou o Sporting, a outro para ir no seu lugar.
Isso teria sempre de acontecer quando os futebolistas conhecidos tinham determinada especialidade excedente de mobilização, no caso a especialidade de "Munições de Artilharia" que nunca eram, totalmente, mobilizados. E foi o que aconteceu, o mais bem classificado, com difíceis probabilidades de ser mobilizado, trocou com o futebolista, por determinado patacão e foi em seu lugar.
Com certeza haveria vários casos não apenas com futebolistas, não sei se houve algum de ter havido pagamento e mesmo assim, passado algum tempo ser mobilizado também.
Julgo ter acontecido, em especial, nas especialidades "pouco mobilizáveis", por ex. havia no RAP3 e no CICA2, vários furriéis milicianos Rodoviários, que davam a especialidade de condutores auto, que queria dizer não serem mobilizados.
Até no meu CSM de Atirador de Artilharia, de Dezembro 1967, muitos dos melhores classificados não foram mobilizados, e até aconteceu comigo, com Cândido Cunha e com o Sousa, da nossa CART11, termos sido mobilizados com 18 meses já promovidos a furriéis.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, claro que houve quem não se livrasse e fosse... Poucas figuras públicas têm a coragem de vir a público, como o Simões, a dizer que ele (e o Benfica) pagou 150 contos, em 1965, para se livrar da chatice de "ir para o Ultramar"... E o livrar era arranjar um desgraçado de um "substituto"... a quem fizesse muito jeitinho as 150 notas de conto ( 67.160 euros, a preços de hoje)...

Dos craques da bola dos principais clubes e da seleção nacional, enre 1961 e 1975, não terão sido muitos, por certo, os que fizeram a guerra do ultramar / guerra colonial. Eu, em 1968/71, nas Caldas, em Tavira, em Castelo Branco, em Santa Margarida, em Bissau, em Contuboel, Bambadinca, Bafatá, Xime, Xitole, Mansambo, etc. pelo menos, não conheci nenhum...

Um dos casos já aqui falados foi do Lemos, o António José de Lemos, nascido em Angola, em 1950,ex-jogador do F.C.Porto, que foi nosso camarada na CART 6552/72 (Cameconde e Cabedú, 1972/74)...

18 de julho de 2021
Guiné 61/74 - P22384: (In)citações (191): Todos iguais mas uns mais iguais do que outros ?!... O caso dos futebolistas e outros "atletas de alta competição" a quem Pátria isentava do "imposto de sangue"

Valdemar Silva disse...

Luís, como disse, em Bafatá havia uma ou duas equipas de futebol de salão com jogadores bem conhecidos nos clubes do continente e até, julgo, internacionais.


Valdemar Queiroz

antonio graça de abreu disse...

Tenho um colega de liceu, D. Manuel II, Porto, meu colega também na recruta em Mafra, que por artes mágicas, conseguiu passar à peluda, antes de ser mobilizado. Foi dado dado por incapaz, em junta médica, por deficiência mental. O Pai dele, em negócio secreto, pagou mil contos, um ror de dinheiro na época.
Como diz o provérbio chinês, o dinheiro compra tudo, menos a paz de espírito.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Caros camaradas.
Sobre o Lemos, de facto mobilizado para o mato do sul da Guiné, acrescentarei que, mal acabado de chegar ao mato ou até antes de lá pôr os pés, alguém "precisou" dele em Bissau, a treinar meninos , até ao fim da comissão. Quanto a outros do meu tempo, vedetas do futebol, não tendo conseguido escapar da mobilização, foram retirados do mato por serem precisos na disputa dos campeonatos provinciais de Angola e Moçambique.
Sobre mim próprio, adiantaria que se tivesse , em 1972, uns quatrocentos contos, para dar a alguém que fosse na minha vez, dá-los-ia.

Um grande abraço
carvalho de Mampatá

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Camaradas, Valdemar, António Graça de Abreu, António Carvalho... E ainda por cima há gente que se gaba da "chico-esperteza"... Infelizmente, casos como estes eram falados à boca pequena, no nosso tempo, ans nossas terras... A maioria calou-se, ou está calada, por má-consciência. LG

Valdemar Silva disse...

No RAP3, Figueira da Foz, de Janeiro a Dezembro de 1968, e ainda sobre a especialidade de "Rodoviários", os Cabos Milicianos e os já Furriéis que davam instrução de "Condutor Auto de Artilharia", eu dava a parte de ordem unida e aplicação militar, eram quase todos filhos de gente fina, tinham carro e iam de fim de semana a casa.
Nos meses de Verão, eu nem sempre vinha de fim-de-semana a Lisboa e, por vezes, "matava" um serviço de piquete a algum dessa rapaziada, mas havia mais "matadores" por 100 paus aos Sábados e 150 aos Domingos.

Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

Havia um certo ciume mais ou menos disfarçado da parte dos jogadores angolanos em Luanda verem os jogadores brancos da tropa preencherem o Benfica, o Sporting e o FCL (Porto).

De facto, quando chegava algum tropa com algum nome na bola, ou mesmo no basquete, hokey etc. eram desviados da guerra e ficavam em Luanda a jogar.

Havia um clube que era o Atlético de Luanda que se considerava mais genuinamente angolano que os outros, e chegou a não integrar brancos e faziam boas equipas.

Mas havia muitos processos de fugir à guerra, conheci um caso muito próximo de mim muito interessante, em que "convenceu" o juri que o inspecionou, que não estava apto fisicamente para qualquer arma.

E ficou como básico a descascar batatas no quartel da artilharia em Luanda.

Mas a corrupção deste mancebo, com um físico que ficaria bem seria nos comandos ou para quedistas, não ficou por aqui, conseguiu ficar na cozinha de um quartel que distava pouco de uma mercearia que ele explorava.

Desde latas de azeite e óleos da metrópole, enchidos e imagine-se o que se queira, iam parar â mercearia daquele militar.

E dessa maneira fez a sua guerra em beleza.


paulo santiago disse...

O Oliveira Duarte,atleta da Académica foi meu contemporâneo na Escola Agrícola de Coimbra.Andava no 4ºano (eu no 3º) quando foi transferido para o Sporting por 850 contos,uma pipa de massa à época.
Um dos motivos que invocava para a transferência era,além do guito,a possibilidade de não ser mobilizado,visto o presidente do SCP ser o General Homem de Figueiredo.
Tardiamente,o OD,foi mobilizado,já tinha sido promovido a Alferes quando tal aconteceu.Foi para Angola de onde veio,em fim de comissão,no posto de Tenente.
Vim,em fins de 1972,encontrá-lo em Coimbra,onde voltara para a AAC,e à Escola Agrícola para terminar o curso.

P.Santiago

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Gazeta das Caldas | Semanário Regional (Com a devida vénia...)

Sociedade > HISTÓRIAS DA EMIGRAÇÃO

António Parente foi para a Holanda e navegou para quase 50 países

Por Fátima Ferreira -22 de Fevereiro, 2019 | 1886


(...) Natural das Caldas da Rainha, António Abílio Parente aprende aos 12 anos a profissão de electricista, que o levará mais tarde a embarcar no paquete Amélia de Melo. Uma discussão com elementos da Pide, que integravam a tripulação do barco, leva-o a decidir, em 1969, emigrar para a Holanda, onde trabalhou em navios e conheceu perto de meia centena de países. Desses tempos guarda muitas histórias e aventuras. E algumas desventuras, como a do contrabando de whisky, que ditaria o seu regresso ao Chão da Parada em Março de 1975. (...)

Nascido nas Caldas a 3 de Janeiro de 1942, António Abílio Parente teve o primeiro trabalho aos 12 anos. Tinha acabado de sair da escola e começou a “andar às galinhas”, como se dizia comummente a quem comprava galinhas para depois vender. António ganhava então 60 escudos (cerca de 30 cêntimos) por mês.

Entretanto, a mãe tinha feito um pedido para António ir trabalhar para os Capristanos, mas como a resposta tardou e tinha uma prima que era dona da loja Fluorescente de José Vinagre Félix (depois viria a tornar-se a Casa Vinagre) falou com ela. António é admitido e aprende a profissão de electricista. Foi nessa casa comercial que continuou a trabalhar, até ir para a tropa, aos 20 anos, para o Campo de Tiro da Serra da Carregueira.

Aos fins-de-semana, sempre que vinha a casa, continuava a fazer biscates para os patrões, arranjando aparelhos eléctricos ou fazendo outras pequenas reparações. Uma das casas em que normalmente fazia esses trabalhos era a do médico Ernesto Moreira, onde era “tratado como se fosse um filho”, recorda. Numa dessas ocasiões veio do Cacém, de comboio, e foi a casa do médico, ainda fardado, para entregar um ferro de engomar e a esposa, Judite Moreira, perguntou-lhe onde estava a fazer a tropa e qual o seu número. Enquanto António foi à cozinha comer a sandes que lhe era oferecida, a senhora fez um telefonema e depois informou-o que na segunda-feira seguinte seria chamado ao comandante, que era o seu irmão, José Maria Gil Júdice. Assim aconteceu: o número 2091 foi chamado ao comandante, que o mandou para a Escola Militar de Electromecânica em Paço de Arcos.

Corria o ano de 1963 e António Parente conta que aproveitou bem a oportunidade, pois aquele diploma permitir-lhe-ia várias oportunidades de emprego, como ir trabalhar para a Tap ou tirar a cédula marítima. Saiu da Escola Militar de Paço de Arcos e foi para Queluz, para o Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa e depois foi transferido para o quartel de Porto Brandão (Caparica) onde esteve nos serviços de Electromecânica e foi chefe da oficina.

Com 18 meses de tropa feitos, António Parente estava no Chão da Parada, onde agora vivia a família, para gozar um mês de licença. Mas é chamado ao quartel de Queluz porque está mobilizado para ir para o Ultramar. “Chorei muito juntamente com a minha mulher, que na altura era namorada”, lembra, acrescentando que os melhores alunos eram os últimos a serem mobilizados para combater no Ultramar e António tinha sido o segundo melhor.

Na data prevista apresentou-se no quartel e ali encontrou também os últimos classificados do seu curso. Foi ter com o comandante e logo se apercebeu que algo estava errado com a sua mobilização, apercebendo-se depois que tinha havido um suborno para que ficasse outra pessoa na sua vez. Resolvida a situação, António conseguiu não ser mobilizado e foi para Coimbra, durante 23 dias, para as festas da Rainha Santa onde trabalhou com os holofotes da Artilharia Anti-Aérea fixa, que tinham que acompanhar a procissão. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Às vezes a melhor cunha não era a do general, mas do impedido, da criada, do sargento, do padre, da mulher do médico...

joaquim disse...

Salvo outras considerações o título, quanto a mim, induz em erro a quem não ler o conteúdo.

Dá a impressão que se podia pagar ao Estado para não ir para a guerra, quando afinal do que se trata é de pagar a alguém como "substituição".

Obviamente que havia cunhas e subornos a quem podia mandar nessas coisas, (como hoje em dia continua a haver pois não nos livrámos da corrupção), mas não era o Estado que recebia tais "pagamentos".

O meu pai, que foi Governador Civil de Leiria durante quase 10 anos, teve dois filhos no Ultramar.
Um no Norte de Angola logo no início, 1962 e eu que estive na Guiné 1971/1973.

Alguns vinham ter com ele para livrar os filhos da tropa e o meu pai respondia sempre com o exemplo dos seus filhos.

Sei, no entanto, que tentou e conseguiu que alguns que eram a única subsistência das suas famílias, não fossem ao Ultramar.

Abraços
Joaquim Mexia Alves

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Joaquim, sê bem vindo. Não posso estar mais de acordo com contigo: o título é ambíguo, vem com aspas, é o próprio título que vem no portal da rádio TSF. E fazes bem em recordar o exemplo da tua família que também, como as outras,o "imposto de sangue". Exemplo, talvez extremo, é o da família Magro... que nunca é de mais recordar: teve seis manos no Ultramar. (Infelizmente, um deles, o engenheiro, o capitão, Fernando Valente Magro já não está entre nós.)

13 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15847: Notas de leitura (816): "Seis irmãos em África" (edição de autor, Porto, 2016, 278 pp.): um livro de memórias escrito a 12 mãos pelos "Magros do Capim": três estiveram no TO da Guiné, e dois deles são nossos grã-tabanqueiros, o Abílio Magro e o Fernando Valente (Magro)... Dois passaram por Angola, e outro esteve em Moçambique... Ao todo, 1 capitão, 1 alferes, 2 furriéis, 2 cabos