Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Emocionado, Beja Santos agradeceu a presença de tantos amigos e camaradas que ali se deslocaram, e fez questão de sublinhar o significado da presença do embaixador guineense em Portugal, Constantino Lopes. Este, por outro lado, reafirmou o desejo profundo dos guineenses de viverem em paz e de ganharem o direito a completar a sua luta de libertação.
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Sessão de autógrafos: em primeiro plano, o escritor e os membros dos da nossa Tabanca Grande, Carlos Silva, que mora em Massamá-Queluz, e Carlos Marques dos Santos, que veio de Coimbra, com a sua esposa, a nossa amiga Teresa.
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O Raul Albino e o nosso (elegantíssimo) co-editor Virgínio Briote. O Raul foi Alf Mil da CCAÇ 2402, unidade a que pertencia originalmente o Beja Santos e o Medeiros Ferreira (este não compareceu ao embarque para a Guiné, tendo pedido asilo político na Suiça; o Beja Santos, por sua vez, foi transferido para o Pel Caç Nat 52). Contou-me o Raul que há dias encontrou na rua o seu antigo camarada Medeiros Ferreira, hoje uma conhecida figura pública, mas que não teve lata de lhe falar... "Foi pena" - comentei eu. "Ele deveria de gostar de saber tuas notícias tuas".
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Um dos maiores representantes, na diáspora, da cultura guineense actual, o mestre, tocador de Kora e cantor (didjiu) Braima Galissá, mandinga do Gabu. (Recorde-se que o didjiu era, no passado, o tocador e cantor que ia, de tabanca em tabana contando estórias e transmitindo as últimas notícias)…Foram os seus tetravós que inventaram este instrumento único que é o Kora. Na festa do Beja Santos, ele tocou, cantou e encantou. Temos registos em vídeo da sua audição, e que ele nos autorizou a reproduzir no nosso blogue. Será também futuramente um dos membros da nossa Tabanca Grande.
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > No hall do museu da Associação Nacional de Farmácias(riquimamentre revestido a tapeçarias de Portalegre, assinadas por conhecidos artistas plásticos portugueses como o Manuel Cargaleiro ou o Cruzeiro Seixas), três camaradas nossos fazem horas: Carlos Marques dos Santos (de costas), o António Santos, à sua direita, e o Belarmino Sardinha.
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > Em primeiro plano, o antigo major Cunha Ribeiro, hoje Coronel, rijo nos seus 84 anos... Ei-lo aqui, o nosso querido Major Eléctrico, segundo comandante do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/72), à fala com o nosso camarada J. L. Vacas de Carvalho. Em segundo plano, à esquerda, o Cor Art Ref Coutinho e Lima, antigo comandante do COP 5 (Guileje), e membro da nossa tertúlia, que vai também fazer o lançamento do seu já anunciado livro de memórias, em 13 de Dezembro próximo. A seu lado, um Alferes Miliciano que também passou por Bambadinca em 1970 e que foi depois transferido para o Batalhão de Comandos Africanos. (Desculpa, camarada, mas não registei o teu nome).
Fotos e legendas: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
1. Com a devida vénia, reproduzimos aqui um excerto da notícia da Lusa, publicada no Marão on line, Diário regional de Trás-Os-Montes, Douro, Tâmega e Sousa, onde o nosso camarada Mário é colaborador regular (igualmente reproduzida no sítio PNETliteratura, do Grupo PortugalNet):
Marão 'On Line'> 12 de Novembro de 2008 > GUERRA COLONIAL: Lançado segundo volume de memórias de Beja Santos sobre a guerra na Guiné-Bissau:
Mário Beja Santos, ex-combatente no Ultramar português, lançou terça-feira, em Lisboa, o segundo volume de memórias da guerra, no qual conta episódios que marcaram a sua passagem pela Guiné-Bissau.
“Diário da Guiné - O Tigre Vadio é um testemunho e não me refugiei num heroísmo que nunca tive”, disse o autor do livro que, emocionado, recordou as histórias de pessoas que lhe morreram nos braços enquanto estava na guerra.
Beja Santos é um reconhecido especialista em questões de política do consumidor e colaborador do Marão Online e do Repórter do Marão há quase 20 anos, meios onde publica regularmente artigos sobre assuntos de consumo, saúde e cidadania.
Nas palavras do jornalista António Valdemar, que fez a apresentação do livro, a obra de Beja Santos tem “um forte conteúdo humano, narrado com a verdade de quem esteve presente em todos os momentos”.
Neste livro, com 440 páginas, o autor relata acontecimentos da guerra entre 1969 e 1970 e, segundo o prólogo escrito pelo próprio, Tigre Vadio foi, de todas, a operação “mais sangrenta” em que esteve envolvido.
Mário Beja Santos garantiu, na apresentação do livro, que vai continuar a escrever. “A memória está viva e vou procurar ser digno dela, trabalhando-a o melhor possível”, afirmou.
O primeiro volume do Diário da Guiné diz respeito aos anos de 1968 e 1969 - Na Terra dos Soncó. Ambos os volumes foram publicados pelas editoras Círculo de Leitores e Temas e Debates.
Beja Santos, assessor principal da Direcção-Geral do Consumidor, foi autor de programas televisivos, colaborador da rádio e da imprensa e é professor do ensino superior.
O lançamento do livro, a que assistiu o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, integrou-se na celebração do Dia do Armistício, em que o Museu da Farmácia homenageou o soldado português.
Na homenagem estiveram presentes representantes da Força Aérea Portuguesa, que ofereceram várias farmácias portáteis utilizadas na guerra colonial.
Aproveitando também o 90.º aniversário do Armistício da Grande Guerra Mundial 1914-1918, seis enfermeiras pára-quedistas ofereceram uma farda utilizada quando vinham a Portugal.
Lusa
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Nota de L.G.:
(*) Vd. poste anterior > 11 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3440: O Tigre Vadio, o novo livro do nosso camarada Beja Santos (5): As primeiras imagens do lançamento (V. Briote)
2 comentários:
Como membro da Tabanca, e não tendo o prazer de conhecer pessoalmente o camarada Mário Beja Santos, daqui lhe envio um abraço de parabéns pela consecução deste seu projecto com os votos de grande sucesso.
Um abraço,
António Matos
Meu Caro Beja Santos
Para o caso de não te recordares de mim, recordo que pertencemos ambos ao mesmo pelotão do 1º ciclo COM de Mafra incorporado em Abril de 1967.
Embarcámos no Uige integrados no mesmo Batalhão, embora em Companhias diferentes.
A minha CCAÇ 2405, mais tarde e aqui no blog conhecida pelos "Baixinhos do Dulombi", da qual também fazia parte o meu amigo Paulo Raposo.
Foi este que me alertou para o lançamento do teu livro convidando-me a estar ontem presente no Museu da Farmácia.
Infelizmente compromisso anterior impediu-me de aceder ao convite. Com grande pena minha, mas na esperança de em próxima ocasião nos podermos encontrar.
Aproveito o blog para te dar os parabéns pelo acontecimento.
Um abraço
Rui Felicio
ex-Alf.Mil.CCAÇ 2405
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