quarta-feira, 27 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16025: Álbum fotográfico do Fernando Andrade Sousa, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71) - Parte II: O meu amigo Abibo Jau, o "bom gigante" da CCAÇ 12, fuzilado pelo PAIGC, ainda em 1974


Foto nº 1 > O Fernando Andrade Sousa, junto ao memorial dos mortos de Bambadinca, em plena parada, frente à escola primária. [O sold com auto Manuel Guerreiro Jorge, da CCS/BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70, morreu na 16/10/1969, numa  mina A/C, seguida de emboscada, quando uma força do Pel Caç Nat 52, comandandada pelo alf mil Mário Beja Santos, regressava a Missirá, ao fim da tarde, com coluna de reabastecimento.



Foto nº 2 > O Abibo Jau e o Fernando Sousa no quartel de Bambadinca, sobranceiro à grande bolanha que se estendia a sul... É a primeira que aparece do Abibo ao fim destes anos todos!


Fotos: © Fernando Andrade Sousa (2016). Todos os direitos reservados.


1. Mais duas fotos que nos mostrou, em Monte Real, no passado dia 16, por ocasião do XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, o Fernando Andrade Sousa, o último camarada sentar-se sob o nosso sagradado e mítico poilão, com  o nº 714.

Foi 1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, entre maio de 1969 e março de 1971), e mora na Trofa.   Era seu superior hieráquico o fur mil enf João Carreiro Martins, membro, também ele, da nossa Tabanca Grande.

Na foto nº 2 vê-se, de perfil,  o Abibo Jau (, o gigante do 1º Gr Comb da CCAÇ 12, fuzilado pelo PAIGC, ainda em 1974, em Madina Colhido, juntamente com o Abdulai Jamanca, cmdt da CCAÇ 21, oriundo da 1ª CCmds Africanos.

2. Comentário do editor LG:

Meu caro Fernando: mais outra foto que me emociona: tu com o Abibo Jau, fula, soldado arvorado nº mec. 82 107 469 Abibo Jau, da 1ª secção, 1º Grupo de Combate, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71), grupo de combate de que era comandante o alf mil op esp Francisco Magalhães Moreira, teu vizinho de Santo Tirso, e que eu não vejo desde 1994, desde o nosso primeiro encontro em Fão, Ermesinde.

O Abibo era o nosso bom gigante, um poço de energia!... Era ele que transportava às costas os restos dos nossos mortos ou até os nossos feridos... Estou ainda vê-lo a levar  às costas o cadáver do malogrado Cunha, do meu amigo furriel Cunha. da CART 2715,  cuja seção  foi massacrada no decurso da emboscada que apanhámos, a CCAÇ 12 e a CART 2715,  no decurso da  Op Abencerragem Candente...  Tu estavas lá e eu também, andei a juntar os restos, macabros, dos nossos mortos, alguns dos quais cabiam numa improvisada trouxa que fizemos com os nossos impermeáveis. É uma daquelas cenas da Guiné que ainda me consegue tirar o sono...

Mas o Abibo também era o "nosso torcionário":  ele fazia por nós o "trabalho sujo" de obter informações dos prisioneiros, sob tortura... Nós fomos embora da Guiné, em março de 1971, repressámos a casa e dormimos, hoje, tranquilos (?), em camas com lençóis lavados, e com ar condicionado para climatizar os nossos pesadelos...

É certo que, pelo menos no nosso tempo, travámos alguns dos impulsos de morte do Abibo... Mas, que sei eu ? Ele interrogava os nossos prisioneiros (o Malan Mané, o Jomel Nanquitande, o Festa Na Lona...), e a essas cenas eu poupei-me, nunca assisti (ou não quis assistir) ... Eu e todos (ou quase todos) nós, os milicianos, os "gajos decentes" da CCAÇ 12 e das outras unidades estacionadas em Bambadinca...

Depois de passarem pelo "espremedor" da tropa, os prisioneiros eram entregues à PIDE/DGS de Bafatá... Imagino o pó que os gajos do PAIGC  tinham a militares como o Abibo Jau... O Abibo há muito que apodrece em Madina Colhido. Mas não podemos ignorar ou escamotear que o Abibo foi uma "criatura nossa", uma peça da nossa máquina de repressão... Hoje ele teria ficado livre da tropa: sofria de epilepsia e de elefantíase, tanto quanto me lembro... Tinha ataques frequentes. Era preciso meia dúzia de homens possantes para o segurar. Um dia vi o diagnóstico da doença dele numa ficha médica, no nosso posto clínico, e fiquei indignado; como foi possível dá-lo como apurado para o serviço militar ?

A sua generosidade e a sua bravura mas também o seu  mau génio e o seu corpo de gigante foram postos ao serviço do exército português. Nunca houve um cabrão de um miliciano (médico, alferes, furriel...) ou de um oficial do quadro do exército (civilizado) do meu país (civilizado) que dissesse: "este homem é um doente, não pode ser soldado!"... Eu sabia que algo estava errado no comportamento, bipolar, do Abibo Jau... Simplesmente, também eu me calei... Todos nós gostávamos do lado bom do Abibo, do bom gigante do Abibo...

Na altura, foi uma trágica notícia a que o José Carlos Mussá Biai me deu (**),  confirmando os meus piores receios!... De facto, não era nada que eu não temesse...  Escrevi-lhe na altura: "Fizeste bem, Zé Carlos: é assim, falando - mesmo com o coração apertado - que a gente, tu e nós, o teu povo, os guineenses, os fulas, os mandingas e os demais povos da Guiné, vamos fazendo as contas com passado que nos atormenta, a todos, de uma maneira ou de outra... É assim que vamos exorcizando os nossos fantasmas, libertando-nos dos diabos da floresta"...

Abibo, mais uma vez, paz à tua alma (, tu que eras fula e crente e nosso camarada de armas)!... Que a tua morte não tenha sido totalmente em vão, para que os meninos do Xime e de Madina Colhido e de Bambadinca, livres de todos os pesadelos, possam hoje ouvir contar outras estórias, as dos bons gigantes da floresta, expulsos os diabos que um dia os atormentaram...

_____________



(...) Texto do nosso querido amigo José Carlos Mussá Biai (outrora, o nosso menino do Xime):

Caro Luís:

Acabo de ler depoimentos muito impressionantes que me fizeram recuar a minha infância em Xime, que você e muitos outros tertulianos bem conhecem de outros tempos.

Aquilo que o António Duarte escreveu e que lhe foi transmitido por um estudante guineense no ISEG  (***) é pura verdade.

Eu (com os meus quase 11 anos) e muitos outros, em 1974, vimos os militares do PAIGC, em dois camiões de fabrico russo, um deles completamente tapado de toldo. Passaram por Xime, de manhã, para Madina Cudjido (Colhido, como vocês dizem). Passados uns 30 minutos ouvimos muitos tiros. Só que por volta da hora do almoço ouvimos [dizer] que foram lá fuzilados 8 pessoas. E das pessoas que nós ouvimos que tinham sido fuzilados - não sei se corresponde a verdade ou não - um deles era o tal Abibo Jau (...) que esteve na CCAÇ 12 em Xime. A outra pessoa seria o Tenente Jamanca, da CCAÇ 21 que estava em Bambadinca.

Mas tudo isso não me espanta porque os meus irmãos e primos que cumpriram o serviço militar no exército português, em Farim e depois em Bissau e Bambanbadinca, também foram presos, mas felizmente não lhes aconteceu o pior.

Um abraço, José Carlos Mussá Biai (...)



(***) Vd. poste de  11 de maio de 2006 >  Guiné 63/74 - P745: Ex-graduados da CCAÇ 12 também foram fuzilados (António Duarte)

(...) Sou o António Duarte, ex-furriel atirador da CART 3493 e da CCAÇ 12 (...).Tenho escrito muito pouco, porque o tema ainda me incomoda, mas gostava de dar duas notas (...).

A primeira prende-se com o programa [da RTP 1, Órfãos de Pátria, que passou na 3ª feira]. Partilho das opiniões já expressas, traduzidas pela expressão muita parra e pouca uva. Foi pobre na forma e no conteúdo. Foi superficial e não quis ser politicamente incorrecto.

Sem querer alongar-me, gostava de apresentar um exemplo. O programa foca-se exclusivamente nos comandos africanos e, tanto quanto sei, os graduados das CCAÇ africanas, de origem local, foram também fuzilados.

Esta informação foi-me prestada por um estudante guineense, meu contemporâneo no ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão (ex-ISE). Referia esse jovem, que era natural de Bafatá, que grande parte dos graduados da CCAÇ 21 foram fuzilados.

Ora, para nós, ex-militares da CCAÇ 12, esta situação toca-nos profundamente, pois em 1973 esta companhia [a CCAÇ 21], que ficou em Bambadinca, comandada pelo Ten Jamanca [ex-comando africano], foi constituída, tendo por base furriéis que eram ex-cabos da CCAÇ 12 (na época colocada no Xime).

Com a ausência de referências aos outros fuzilamentos, fica a ideia de que se tratou de uma mera perseguição aos homens dos Comandos Africanos, o que realmente não foi. Foi muito mais do que isso. (...)

14 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Há muitos anos atrás, ainda a numeraçao dos nossos Post's eram em caracteres romanos - isto se bem me lembro, eu escrevi e o Luís Graça publicou : - não esqueço e não sei perdoar....!
Referia-me a muitos dos fuzilados. Eram militares como nós. Foram Camaradas que estiveram em "operções" connosco....
Curvo-me á sua memória...um deixa-me demasiado revoltado o Cap. Zacarias Saiegh....
Cabral (LUís), Nino e outros não sabiam?
Fico-me por aqui
Ab,T.



Tabanca Grande Luís Graça disse...

Fernando, estou-te grato por esta foto tua, com o Abibo, de perfil. Não tinha nenhuma foto dele... E já aqui falámos do Vitor Sampaio, um dos raros não fulas da CCAÇ 12, da formação inicial (1969/71). Era mancanhe, de Bissau, "assimilado"... Tinha fama de reguila. Qual terá sido a sua sorte depois da independência ? Ninguém mais soube dele... Ab. Luis

Tabanca Grande Luís Graça disse...

É Torcato, lembro-me bem do teu comentário indignado... Passados estes anos todos, continuamos indignados... LG

Unknown disse...

O então Alferes Zacharias Sayeg,era o Comandante da Companhia de Comandos Africanos, quando esteve estacionada em Gadamael, lá nos idos de 71.
Forte abraço.
VP

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Vasco:

Acompanhei, de perto, a formação da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, de que era "régulo" o nosso "alfero Cabral"... Estava lá destacado o Pel Caç Nat 63. No final de 1969 Fá Mandinga vai tornar-se um importante centro de instrução militar.

Sobre o Zacarias Saiegh, que era de origem sírio-libanesa, tens aqui 11 referências no nosso blogue. Muita malta não sabe que ele foi um dos "conjurados" do MFA - Bissau, no 25 de abril... Começou por ser fur mil do Pel Caç Nat 52, ao tempo do Beja Santos. Aliás, era ele que comandava o pelotão antes da chegada do Beja Santos.


http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search/label/Zacarias%20Saiegh

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Fernando Sousa, António Duarte e demais camaradas que passaram pelos Comandos Africanos, Fuzileiros Africanos, Companhias de Caçadores, de base guineense, Pelotões de Caçadores Nativos:

O mínimo que podemos fazer por estes camaradas que foram abandonados pelos nossos sucessivos governos, de uma maneira ou de outra, or ação e omissão, e que foram, muitos deles (, algumas centenas, pelo menos) fuzilados no tempo do Luís Cabral, o mínimo que podemos e devemos fazer por eles é resgatar a sua memória, retirá-los da "vala comum" do abandono e do esquecimento, ´é contar a verdade, é contar as suas histórias de vida, é nomeá-los, é publicar as suas fotos...

Essa pode ser também uma maneira de celebrar os 12 anos do nosso blogue...

É espantoso que só agora, ao fim destes anos todos, a gente vá descobrir uma foto do "bom gigante" do Abibo!... Para mim, é a imagem mais forte que guardo dele, a do "bom gigante", mesmo sabendo que ele era um doente do foro neurológico ou psiquiátrico... Sempre me tratou com respeito e eu gostava de falar com ele sobre o seu povo, as suas misérias e grandezas... Era um homem afável, no trato quotidiano, mas transfigurava-se em combate, debaixo de fogo... É pena que o Francisco Magalhães Moreira, seu antigo comandante, não queira ou não possa escrever sobre o Abibo e outros elementos do seu grupo de combate, considerado de resto o melhor da CCAÇ 12...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Quando fui à Guiné-Bissau, no âmbito do Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de março de 2008), encontrei, no sul, na região de Tombali, justamente na Ponte Balana, em 1 de março de 2008, o operador de câmara da RDP África, Malam Biai... Íamos a caminho de Guileje, e a nossa caravana justamente em sítios marcantes da guerra: Gandembel e a ponte sobre o Rio Balana...

Nascido em 1965, em Bambadinca, de etnia mandinga, o Malam Biai disse-me que era primo do J.C. Mussá Biai, natural do Xime, e membro da nossa Tabanca Grande, a viver e a trabalhar em Lisboa... (É engenheiro silvicultor, de formação).

Quando puto, o Malam Biai ia ao quartel de Bambadinca, à cata dos restos de comida do pessoal da tropa... Lembrava-se bem dos militares da minha CCAÇ 12, unidade de intervenção que esteve em Bambadinca (Setor L1, Zona Leste), entre 1969 e 1973; dos dois ataques do PAIGC ao aquartelamento de Bambadinca (em 1969); da professora caboverdiana Violete (que dava aulas aos putos da 4ª classe); dos fuzilamentos a seguir à Independência (assistiu, aliás, à execução pública de um agente da polícia administrativa de Bambadinca)...

Confirmou-me, de resto, a notícia do fuzilamento, na região do Xime, em Madina Colhido, do Abibo Jau, o gigante da CCAÇ 12, e do tenente 'comando' graduado Jamanca, que eu conheci na 1ª Companhia de Comandos Africanos, e foi depois comandante da CCAÇ 21, o que vem ao encontro do relato já aqui feito pelo Mussá Biai...

Disse-me, além disso, que o antigo 1º Cabo da CCAÇ 12, o José Carlos Suleimane Baldé, meu guarda-costas, intérprete, guia, cozinheiro, secretário, estava vivo, em Amedalai, perto do Xime... Felizmente pude abraçá-lo quando cá veio depois, a Portugal, três anos depois, em maio de 2011... É, como se sabe, o único camarada guineense da CCAÇ 12 que é membro, de pleno direito, da nossa Tabanca Grande!

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Recorde-se que o "nosso" ABIBO JAU, soldado atirador arvorado, nº mec. 82107469, tinha um louvor do GENERAL CMDT-CHEFE em 16.04.71, um mês depois do "regresso a casa"... Gostava de conhecer o teor desse louvor, se é que alguém tem uma cópia... LG

Antº Rosinha disse...


Os guineenses não esquecem.

Essas memórias dos guineenses, dos crimes do PAIGC, dos assassinatos que praticaram sobre comandos e régulos, e entre os próprios membros do partido que se temem uns aos outros, é uma das explicações daquilo que parece ser a ingovernabilidade da Guiné.

Ninguém confia em ninguém e os militares e governantes passam a vida em "panelinhas" de intrigas em que entram cerimónias espíritas uns contra os outros, e agora tornou-se tudo mais venenoso que antigamente com a internet e as comunicações modernas.

Lembremo-nos que os crimes na Guiné são muito inferiores a outros países africanos, como por exemplo o "exemplar" Quénia, que ainda nas últimas eleições arredondou-se para o milhar de mortos.

Mas na África, devido a uma espiritualidade muito forte, as famílias não esquecem e vivem a pensar em vinganças.

Digo isto porque senti e vi discretamente durante muitos anos estes sentimentos terríveis para o íntimo dos africanos.

E quando digo e repito que era desumano a Europa, Inglaterra e França, Bélgica e Portugal por inerência fazer aquelas independências, foi de um cinismo e de uma irresponsabilidade pior do que foi a escravatura para as américas.

Os velhos régulos e as tradicionais tribos africanas não mereciam ser "esmagados" sem qualquer respeito por umas minorias citadinas selvagens, e os Europeus e ONU a assistir.

E a Guiné é uma amostra do que se passou em Angola ou Ruanda ou Nigéria, etc.

António Duarte disse...

Enquanto estive na Ccaç 12, entre jan de 73 e jan de 74, o Abibo mantinha-se no primeiro pelotão. O seu perfil, corresponde ao que o Luís menciona. Tivémos uma emboscada, em 73, entrevo Xime e Madina. Por uma nabice qualquer os obuses dispararam sobre nós, aquando da retirada para o quartel, junto ao rio Gundagué Beafada, por pensarem que era para lá que o PAIGC teria retirado. Á chegada ao quartel o Abibo teve de ser travado, pois queria agredir, nem sei se o próprio capitão ou os soldados africanos do pelotão de artilharia.

Já agora e da informação que me recordo, teriam sido assassinados da Ccaç 12, pelo menos e para além do Abibo, o Totala Baldé do terceiro grupo e o Malan Turé que era furriel graduado na Ccaç 21 e que inicialmente era cabo do terceiro grupo da 12.

A guerra é sempre feia, mas vivida ao vivo e em direto, pesa mais. Estes pobres não morreram na guerra, morreram no clima de vingança vivido na Guiné após a independência e que suspeito poderá continuar.

Abraços
António Duarte
Cart 3493 e Ccaç 12

Unknown disse...

"Por uma nabice qualquer os obuses dispararam sobre nós..."
Quem será que deu as coordenadas para o Pel Art?
Forte abraço.
Vasco Pires
Ex-Soldado de Artilharia

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Parece-me que nas fotos publicadas neste poste P10826 aparece o Totala Baldé... Eu passei por este Grupo de Comnbate,o 3º, comandado pelo Abel Rodrigues, recordo as caras mas troco os nomes... Pode ser que algum camarada da CCAÇ 12 consiga dizer qual deles é/era o Totala Baldé... Onde terá sido fuzilado e enterrado ? Possivelmente Bambadinca...

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2012/12/guine-6374-p10826-minha-ccac-12-anexos.html

1ª secção do 3º Gr Comb da CCÇ 12 (1969/71):

Fur Mil Luciano Severo de Almeida [, vivia no Montijo, já falecido]
1º Cabo 02920168 Carlos Alberto Alves Galvão [, vive na Covilhã]
Soldado Arvorado 82108769 Totala Baldé (Fula)
Sold 82108569 Sambel Baldé (Fula)
Sold 82108969 Mauro Baldé (Ap LGFog 8,9) (Fula)
Sold 82110369 Jamalu Baldé (Mun LGFog 8,9) (Fula)
Sold 82109169 Malan Baldé (Fula)
Sold 82109569 Iéro Jau (Ap Dilagrama) (Fula)
Sold 82110969 Samba Baldé (Ap Metr Lig HK 21) (Fula)
Sold 82109969 Malan Nanqui (Mamdinga)

António Duarte disse...

Dois temas a abordar

Vasco Pires
A nabice sucedeu desta forma. Logo após a emboscada foi pedido fogo de apoio. Acontece porém que o alferes que comandava a operação (eram 2 pelotões), em vez de dar as coordenadas ou indicar pontos identificados por números, já previamente com as ditas coordenadas associadas, disse "Façam fogo que nós vamos para o Gundagué Beafada". O transmissões recebeu a informação e deu nota a quem comandava na altura a companhia, que "eles foram para o Gundagué Beafada". Conclusão, façam fogo para o Gundagué Beafada. Portanto o erro foi dos emboscados que não foram rigorosos. Desta situação resultou a raiva do Abibo.
Abraços Vasco

Agora Luís Graça
Estive a ver as fotos e não reconheço o Totala Baldé. Lembro- me que era forte e tinha a cara com cicatrizes resultado de bexigas em garoto. Era do meu pelotão - terceiro e apontava a HK21. Gostava dele e sempre se portou muito bem, mesmo debaixo de fogo.

Abraços
António Duarte

Unknown disse...

Boa tarde Camarada Antonio Duarte,
Cordiais saudações.
Muito obrigado pelo esclarecimento.
Forte abraço.
Vasco Pires
Ex-Soldado de Artilharia