quinta-feira, 19 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16107: Tabanca Grande (487): Francisco Gamelas, ex-alf mil cav, cmdt Pel Red Daimler 3089 (Teixeira Pinto, 1971/73): vive em Aveiro e é o nosso grã-tabanqueiro nº 716


 Foto nº 1 


Foto nº 1 A 


Fopto nº 1 B

Foto nº 1 > Guiné > Região do Cacheu > Teixeira Pinto > Da esquerda para a direita, (i)  cap mil Lema (CAOP1); (ii) alf mil médico  Mário Bravo; (iii) comandante do Batalhão [BCAÇ 4615/73] que rendeu o BCAÇ 3863, cujo nome desconheço [ten cor inf Nuno Cordeiro Simões]; (v) ten cor Joaquim Correia, comandante do BCAÇ 3863; (vi) alf mil médico Viana Pinheiro,: (vii) alf mil  Francisco Gamelas (comandante do Pel Rec Daimler 3089);  (viii) major Pires (2º comandante do BCAÇ 3863); (ix) alf mil Correia Pinto;  e  (x) Maria de Jesus, mulher do alf mil médico Albino Silva (que não aparece nesta fotografia).

Foto (e legenda): © Francisco Gamelas (2016). Todos os direitos reservados



1. Mensagem de Franscisco Gamela, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 3089 (Teixeira Pinto,1971/73) [, foto atual à direita]:

Bom dia Luís (c/c Manuel Reis e Jorge Picado);

Peço desculpa, mas não tinha percebido a necessidade, afinal óbvia, de "autorizar" e requerer a minha adesão à Tabanca Grande. É com imenso prazer que o faço, pois, pelo que me vou apercebendo, representa uma iniciativa a todos os títulos meritória, com "dez mandamentos" que subscrevo por inteiro e, desde já, prometo cumprir fielmente.

Junto envio duas fotografias, uma dos velhos tempos da Guerra Colonial - é assim que a designo - assim como outra recente. Não ponho qualquer reserva na publicação da minha foto actual. A questão da privacidade, prende-se mais comigo mesmo, ou seja, conheço as regras do jogo, agora sou eu que decido casuísticamente o que devo ou não devo intervir e o como. 

Sobre a foto, ela está no livro (Outro Olhar - Guiné    ), pelo que a questão não passava por aí. De
qualquer modo, o sítio onde ela aparece, também terá a sua importância. Na Tabanca Grande estou muito bem acompanhado. Desde o soldado ao general, todos vivemos uma experiência única, que podemos partilhar com todos, mas que só os que lá estiveram podem entender de forma mais completa e abrangente, seja qual for a janela de participação que experienciou. Todas, sem excepção foram (são) importantes.

Sobre o meu livro, o preço de capa é de 12,50€ e pode ser encomendado através do meu mail - franciscogamelas@sapo.pt. Como pagamento sugiro a transferência bancária, cuja conta facultarei a cada encomenda.

Muito abrigado ao Luís, que tem sido inexcedível.

Um abraço.
Francisco Gamelas

Capa do livro de Francisco Gamelas ("Outro olhar - Guiné 1971-1973. Aveiro, 2016, ed. de autor, 127 pp. + ilust, preço de capa 12,50 €. A encomendar ao autor através do seu email pessoal). O design é da arquiteta Beatriz Ribau Pimenta. Tiragem: 150 exemplares.  Impressão e acabamento: Grafigamelas, Lda, Esgueira, Aveiro.

2. Nota curricular >  Francisco [António da Costa Vieira] Gamelas: 

(i) nasceu em Aveiro (1949);

(ii) formou-se em eletrotecnia (Instituto Superior de Engenharia do Porto, 1969);

(iii) esteve na Guiné, em Teixeira Pinto, em 1971/73, como alf mil cav, a comandar o Pel Rec Daimler 3089;

(iv) fez a sua carreira profissional na PT Inovação como quadro superior de telecomunicações;

(v) está reformado;

(vi) tem-se dedicado à escrita, à poesia e ao ensaio histórico-sociológico: "O apelido Gamelas: um património histórico e sociológico de Aveiro" (2009); "Lavradores do Vilar ou o casamento inter-pares como estratégia de sobrevivência" (2014), ambos publicados pela ADERAV - Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro;

(vii) "Outro olhar - Guiné 1971-1971", publicado em 2016, é a sua "primeira incursão nas áreas da poesia e da crónica";

(vii) vive em Aveiro.


3. Comentário do editor:

Tinha feito o convite ao Francisco para formalmente passar  a integrar a nossa Tabanca Grande. Tinha-lhe dito o seguinte (importante para se perceber a sua resposta):

(...) A Tabanca Grande não é o Clube dos Poetas Mortos... Não temos nenhum estatuto jurídico, apenas 10 regras de bom (con)viver... É tão só a "comunidade virtual" dos amigos e camaradas da Guiné, a Tabanca Grande, que tem um poilão ao meio, e onde todos nos sentamos, à sua volta, porque todos nela cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa (...política, religião, futebol). 

Só preciso de uma foto tua "antiga", em relação à atual, dou-te o direito de "reserva da intimidade", no caso de não quereres "dar a cara"... O próximo nº de grã-tabanqueiro disponível é o 716...

Diz-me qual é o preço de capa do teu livro e como pode ser adquirido pelo correio... Faremos a devida promoção da tua obra." (...)
 

O Francisco passa, a partir de hoje,  a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 716, o que muito nos honra. Já lhe tinha dito que fazia questão de o apresentar pessoalmente à Tabanca Grande, aos vivos (670) e aos mortos (45):

(...) "Somos alguns dos melhores da nossa geração, é só por isso que eu quero que estejas aqui ao nosso lado, ao lado do Jorge Picado, do Manuel Reis, do Mário Bravo, do Graça de Abreu, e de mais 711, incluindo o Luís Graça, o Carlos Vinhal, o Magalhães Ribeiro e o Virgínio Briote. Este blogue não é contra ninguém, e a ter uma bandeira é a da camaradagem,  forjada na situação-limite de uma guerra e numa terra que nos "tocou" a muitos títulos... 

(...) Francisco, nós fizemos a História, e outros vão-na escrevendo... Mas temos uma palavra a dizer a esse respeito... Para que os nossos filhos, netos e bisnetos, não digam um dia: "Guiné? Canchungo? Ponta do Inglês? Madina do Boé? Cheche? Chinchim Dari? Guileje? Guidaje? Gadamael? Bambadinca? Xime? Mansabá? Olossato?... Não, nunca ouvi falar"...

A "inscrição" na Tabanca Grande não é obrigatória, mas sinto-me honrado com a tua presença, ainda para mais sendo tu um homem da cavalaria e da bela região de Aveiro. (...)


Temos já bastantes referências a diversos Pel Rec Daimler e Pel Rec Fox, mas não ao Pel Rec Damler 3089. Esta será a estreia desta subunidade. 

Já tive ocasião de, por mail, dar as boas vindas ao nosso novo camarada, de sentá-lo "à sombra do nosso poilão", no lugar nº 716 e pedir, para ele e para todos  nós, a proteção dos nossos bons irãs...
________________

Nota do editor:

9 comentários:

Anónimo disse...

Bem vindo, Gamelas, um dos bons amigos de Teixeira Pinto.
Apenas uma possível correcção a essa fotografia histórica. O Capitão Lema, do meu CAOP 1, creio que não era miliciano, mas do Quadro Permanente. E à direita do Gamelas não me parece o Pio de Abreu, o médico brilhante de Coimbra. Mas posso estar enganado.
Nessa altura eu já não estava em Teixeira Pinto mas sim em Cufar.

Abraço,

António Graça de Abreu

Manuel Reis disse...


Sê bem vindo ao nosso convívio, Francisco.

Um abraço amigo.

Manuel Reis

José Marcelino Martins disse...

Comandante do Batalhão de Caçadores nº 4615/73
Tenente Coronel de Infantaria Nuno Cordeiro Simões.

Benvindo Francisco Gamelas.
Entra, senta-te e cconta + histórias.

Anónimo disse...

Quando se pretende corrigir "comentando" sem ter a certeza, melhor seria melhor não comentar,
esta é a minha opinião!É isso que acontece com o comentário do António Graça de Abreu ao poste do Francisco Gamelas...

Me desculpe se estou errado

António Eduardo Ferreira

Tabanca Grande Luís Graça disse...


Pio de Abreu, um grande senhor!... Ribatejano, nascido em 1944, prof coimbrão, já jubilado. Escreveu, entre outros, um dos livros mais desconcertantes e saudáveis que eu li nos últimos anos: "Como tornar-se doente doente mental":

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2009/08/guine-6374-p4870-os-nossos-medicos-2.html


Vejam foto atual e entrevista )de 2013) à Focus Social (revista de economia social):

http://www.focussocial.eu/entrevista.php?id=75

Têm aqui também a sua página no Facebook:

https://www.facebook.com/pioabreu


Tabanca Grande Luís Graça disse...

Entrevista a Pio de Abreu, em 2013... Excerto:

http://www.focussocial.eu/entrevista.php?id=75


... Como explica o sucesso do seu livro, já 21º edição, em Portugal?

De algum modo é um livro que inclui o que se chama de terapia paradoxal, que consiste em ajudar a pessoa a ter um sintoma, a ter consciência dele. Há situações que não conseguimos resolver, que não conseguimos curar mas ao ajudarmos a provocar esse sintoma, ajudamos a que a pessoa tenha consciência dele. E se, depois, sabe como provocá-lo sabe como defender-se. Na altura em que o livro saiu não foi fácil. Foi o quase transgredir das normas. Tive muitos colegas que não gostaram. Desorganizou um bocado o mito do psiquiatra e também a sobranceria dos psiquiatras, acho eu. Mas foi muito bem aceite pelo público. Em Itália ganhou um prémio.

Como lhe surgiu a ideia?

A primeira vez que tive a ideia de o escrever foi quando estava a tentar ensinar um interno a pôr-se no lugar de um anóretico, para percebermos como funcionam. E este livro incita-nos a colocarmo-nos no lugar do outro. As pessoas, por exemplo, não compreendem como é que os anoréticos, os obssesivos funcionam. As doenças mentais tem muito a ver com isto. São pessoas que a determinada altura tem um comportamento, mas esse comportamento mais agrava o comportamento patológico. As consequências de um comportamento vão-se transformar em causas. Isso não está muito claro na literatura internacional da psiquiatria mas eu estou absolutamente convencido de que é o que se passa. Este enquadramento é o que caracteriza as doenças mentais, motivo pelo qual defendo que se deviam chamar mais doenças comportamentais. Porque é um comportamento repetido ao longo do tempo (e não outros) que faz com que a pessoa vá perdendo a flexibilidade de ter outros comportamentos, incluindo simular outras doenças mentais. (...)


Simular?
Sim, porque se a pessoa simula uma doença mental com consciência essa pessoa não é doente mental. Tem a liberdade para fazer aquilo que entender.

E isso não assusta os psiquiatras, a simulação por parte da pessoa que se desloca à consulta?
A mim não me perturba nada. Mas sim, retira um pouco o poder sacerdotal que os psiquiatras pensavam ter. Temos de ser suficientemente humildes porque, nós médicos, da medicina ocidental, que publicamos, assumimos as coisas e as escrevemos, temos de ter a abertura para dizer como fazemos e espaço para colocarmos as dúvidas que temos. Sobretudo numa época em que está tudo na internet e as pessoas procuram saber tudo, mesmo o que não está correto.

Anónimo disse...

Bem vindo Francisco Gamelas a este espaço de confraternização dos "palmilhadores" das matas da Guiné de outrora.

Grande abraço de amizade

JPicado

antonio graça de abreu disse...

Não custa nada esclarecer estas pequenas questões.
Diz-me o Gamelas:

"Olá António, bom dia.


Sobre o Pio de Abreu, tens toda a razão. Acabei de ser informado pelo Mário Bravo que a personagem que identifiquei como sendo o Pio de Abreu, trata-se também dum médico miliciano, o Viana Pinheiro. Se tivesse pensado um pouco mais, teria concluído que, naquela data, que o Pio de Abreu já tinha regressado à metrópole. Partidas da "velhice" e dos anos que já passaram. Ainda por cima, eram ambos magros e esguios. Sobre o Lema, de acordo também com o Mário Bravo, seria miliciano. Mora no Porto.

Grande abraço.

FG"

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António, Francisco e Mário: Obrigado aos tr~es. Já procedemos à devida correção. Resta-nos pedir desculpas aos nossos camaradas Pio de Abreu e Viana Pinheiro. Ab. LG