Tocador de korá (pág. 89)
O "grande batuque" no dia da despedida da guarnição do destacemento de Buruntuma, depois de 11 meses de missão: tocadores de korá (pág. 45)
O "grande batuque" no dia da despedida da guarnição do destacemento de Buruntuma, depois de 11 meses de missão (pág. 45)
Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > 1962 > Tocadores de korá e dançarinos na festa de despedida da força militar que guarnecia o destacamemto, comandado pelo alf mil Jorge Ferreira... O Braima Galissá descobriu, emocionado, entre os tocadores de korá o seu avó e mais familiares.
Fotos do livro de Jorge Ferreira, "Buruntuma: alguum dia serás grande!... Guiné, Gabu, 1961-63 (Oeiras, edição de autor, 2016), pp. 45 e 89.
Vídeo (0' 39'') > You Tube > Luís Graça
Vídeo (0' 48'') > You Tube > Luís Graça
Oeiras > Galeria livraria Verney > 4 de março de 2017 > Sessãode lançamento do livro de fotografia, "Burutunma", de Jorge Ferreira (edição de autor, 2016) > Excertos da atuação do mestre Braima Galissá, tocador de korá e "djidiu" (*)
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. O nosso editor Luís Graça, que fez a apresentação do livro de Jorge Ferreira, teve também a ocasião de dizer duas palavrinhas sobre o Braima Galissá e o seu mágico instrimento, o korá...
Membro da nossa Taabanca Grande (nº 732), José Braima Galissá nasceu no Gabu (antiga Nova Lamego), em 1964, sendo filho, neto, bisneto, trisneto, tetraneto, e por aí fora, de músicos e cantores ("djidius"), mandingas.. A origem da família remonta há seis séculos, às origens do próprio império do Mail (séc. XIII-XVI) que se irá depois fragmentar, dando origem a vários reinos, dos quais o do Gabu (1537.1867).
Começou a aprender o korá. com o seu pai, por volta de 1970, com seis anos. Com a independência tornou-se compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau e professor de korá na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz. O golpe de Estado de 1998 apanhou-o em Lishoa, onde desde então passou a residir e a trabalhar. Em Portugal, além de atuar a solo ou com o seu grupo musical Bela Nafa, tem feito sobretudo um trabalho como pedagogo do korá e da música afromandinga.
Considera-se portiguês, "nascido sob a bandeira portuguesa", mas ainda não obteve até agora a tão desejada naturalização que lhe irá permitir circular, com toda a liberdade, pelo espaço da União Europeia.
Quanto ao korá, é um instrumemto cordofone, misto de harpa e de alaúde (árabe). Para os mandingas é um instrumemto sagrado, que se toca nos eventos mais importantes, È, digamos, um instrumento de música de câmara.
Braima Galissá não é apenas um instrumentista, é também herdeiro da tradição dos "djiudius" ("griots", erm francês), os cantores ambulamtes ou trovadotres.
No final desta sessão, o Braima tocou e cantou o hino nacional... Todos nos levantámos e acompanhámo-lo. Foi um momento bonito, O Braima emocinou-se. E nós também.
____________
Nota do editor:
(*) Último poste da série > 6 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17110: Agenda cultural (545): Apresentação do livro de fotografia, "Buruntuma", do nosso camarada Jorge Ferreira, em Oeiras, no passado sábado, dia 4 (Parte I) - As primeiras fotos
Sem comentários:
Enviar um comentário