Foto nº 1 > Guerrilheiro do PAIGC, equipado com uma pistola-metralhadora Shpagin PPSH-41 (Costureirinha). que se apresentou a uma patrulha da CCAÇ 3491, perto do quartel do Dulombi, em 8 de Março de 1973, vindo da zona do Boé, donde desertou, após o assassinato de Amílcar Cabral.
Foto nº 2 > O 1º Cabo Avelino, a segurar um pássaro de grande porte (que até hoje não conseguimos identificar), que teve o azar de pousar ou tropeçar num dos arames que ligavam as nossas minas AP, colocadas numa das frentes do quartel, em Dulombi.
Fotos (e legendas): © Luís Dias (2020). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem de Mensagem de Luís Dias [, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 3491/BCAÇ
3872 (Dulombi e Galomaro, 1971/74), o nosso especialista em armamento; tem cerca de 85 referências no nosso blogue]:
1. Mensagem de Mensagem de Luís Dias [, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 3491/BCAÇ
3872 (Dulombi e Galomaro, 1971/74), o nosso especialista em armamento; tem cerca de 85 referências no nosso blogue]:
Date: sexta, 6/11/2020 à(s) 12:27
Subject: Material que pode também interessar
Subject: Material que pode também interessar
Caro Luís Graça
Julgo ser uma ave de mar ou mesmo rio mas, de facto, apesar de ter visto muitas fotos de pássaros africanos não consegui ver o que era este bicho. Pode ser que alguém da nossa Tabanca Grande consiga identificar.
Junto também foto de um elemento do IN, equipado com uma pistola-metralhadora Shpagin PPSH-41 (Costureirinha). que se apresentou a uma patrulha da CCAÇ 3491, perto do quartel do Dulombi, em 8 de Março de 1973, vindo da zona do Boé, donde desertou, após o assassinato de Amílcar Cabral.[Foto nº 1].
Grande Abraço
Luís Dias
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Incluso fotos dos manuais do Oficial miliciano [, foto nº 3], em que o volume sobre operações contra bandos armados e guerrilhas era difícil de obter. Espero um dia destes oferecê-los ao Museu Militar, caso não os tenham.
Também uma foto do 1º Cabo Avelino, a segurar um pássaro de grande porte (que até hoje não conseguimos identificar), que teve o azar de pousar ou tropeçar num dos arames que ligavam as nossas minas AP, colocadas numa das frentes do quartel e que trazido para o quartel, ninguém quis degustá-lo, nem mesmo o pessoal da tabanca, porque não o conheciam. [Foto nº 2]
Junto também foto de um elemento do IN, equipado com uma pistola-metralhadora Shpagin PPSH-41 (Costureirinha). que se apresentou a uma patrulha da CCAÇ 3491, perto do quartel do Dulombi, em 8 de Março de 1973, vindo da zona do Boé, donde desertou, após o assassinato de Amílcar Cabral.[Foto nº 1].
Grande Abraço
Luís Dias
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Nota do editor:
Último poste da série > 17 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21775: Fotos à procura de...uma legenda (130): Pistas de leitura para uma festa do fanado mandinga, em 1973, em Bigene, região do Cacheu (Texto: Cherno Baldé; fotos: António Marreiros)
Último poste da série > 17 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21775: Fotos à procura de...uma legenda (130): Pistas de leitura para uma festa do fanado mandinga, em 1973, em Bigene, região do Cacheu (Texto: Cherno Baldé; fotos: António Marreiros)
6 comentários:
Caros amigos,
Estou em crer que os "Tugas" na sua inocência e ingenuidade própria do tempo e da idade assassinaram uma ave rara denominada Pelicano Crespo (com nome científico de Pelecanus Crispus), nativa do sul da Europa e da Ásia (podia ser de Portugal) que se encontrava de passagem por África no seu percurso anual de migração. Como devem saber não muito longe deste lugar encontra-se a zona das lagoas de Cufada que recebia e ainda hoje recebe, muitas aves migratórias do sul da Europa que fogem do frio para regiões mais quentes e acolhedoras. É uma ave antiga e rara, que já nos anos 60/70 já estava ameaçada de extinção.
Pobres soldados, que Deus e os bons Irãs da terra tenham piedade e vos perdoem.
Abraços
Cherno Baldé
Essa ave de grande porte é um pelicano, como bem afirma o Cherno Baldé; quando a C.CAÇ.4540 foi para Nhacra, o terceiro pelotão ficou a fazer segurança ao canal do Impernal onde apareciam imensos pelicanos; como a fominha era muita havia um perito que os caçava com G3 e de vez em quando mandava alguns para a "messe" de oficiais; a carne sabia um pouco a peixe, que é a alimentação do bicho, mas com umas bejecas fresquinhas, sabia que nem ginjas!
Albertino Ferreira, ex-alferes
Também foi abatido em pleno voo um pelicano destes, pela rapaziada da CART11 "Os Lacraus".
Julgo ter sido no regresso duma operação e não me lembro quem o derrubou, com o embate no chão levantou poeira parecia com um mini cogumelo da bomba atómica. Não me lembro como foi cozinhado, mas os soldados fulas diziam ter muito sabor a peixe. Ainda guardo uma pena deste pelicano com mais de meio metro em bom estado de conservação.
Mas, o abater/matar passarada era habitual pela rapaziada, principalmente nos destacamentos por não haver 'dar explicações' dos tiros efectuados. Coitados dos belos pássaros que poisavam no arame farpado, serviam para apurar a pontaria da G3, já que rolas, pombos verdes ou fracas era difícil de acertar à bala.
Abracelos e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Foto nº 2_ Parcee tratar-se de um Pelicano cinzento ou pelicano rosado...Nome científico: "Pelecanus rufescens"
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelicano-cinzento
O pelicano-cinzento, Pelecanus rufescens, também conhecido como pelicano-cinzento-africano ou pelicano-de-dorso-rosa-africano (tradução do nome inglês Pink-backed Pelican) é uma espécie de pelicano que se distribui pelas zonas húmidas de toda a África tropical e subtropical, até à Arábia e a Madagáscar.
É uma espécie relativamente pequena (, mais pequena que o pelicano branco), atingindo um comprimento de 132/150 cm, uma envergadura de 2,9 m e um peso de 5,5 kg.
A plumagem dos adultos é branca e cinzenta, com uma tonalidade rosada no dorso e as pontas das asas pretas; durante a época da reprodução, ostenta penas longas na cabeça. O bico atinge 38 cm, com a parte superior amarela e a bolsa cinzenta...
É raríssimo ver-se esta ave em Portugal. Menos raro é o pelicano branco:
http://www.avesdeportugal.info/pelono.html
http://www.avesdeportugal.info/pelruf.html
Mas nem uma nem outra pertence à "Lista Sistemática das Aves de Portugal Continental".
Cherno, venho em socorro da honra da rapaziada de Dulombi... O pelicano pode ter sido abatido a tiro. Havia disciplina de fogo nos quartéis, sede de companhia ou de batalhão. Nos destacamentos havia mais tendência paar dar um "tiro aos pássaros", até paar descarregar a tensão, fruto do isolamento e da miséria de vida dentro de um buraco...
O mais provável é, de acordo com a legenda do alferes Luís Dias, o pelicano ter caído ou pousado na zona minada / armadilhada do perímetro de arame farpado... Havia sapadores que usavam minas antipessoais com fio de tropeçar... Qualquer animal, com a envergadura do pelicano, podia provocar a sua detonação...
Mas o Luís Dias pode explicar melhor, se se lembrar ainda dos detalhes...
Obrigado pelo comentário, oportuno, rápido e interessane. Sabes que o pelicano é uma ave bíblica, e portanto um significado místico para as três religiões abraãmicas, judaísmo, cristianismo e islamismo. Era já uma ave sagrada para os antigos egípcios. E integra a simbologia da maçonaria...
Estes nossos comentários não ressuscitam a ave, mas ajudam-nos a reforçar o respeito que devemos ter pela natureza de que fazemos parte!...Aqui, na Guiné-Bissau e em toda a parte.
Caro Luís
Há um pormenor que o Luís Dias (grande especialista de armas e da música pop) evoca e que devia despertar a atenção dos metropolitanos, diz ele "...ninguém quis desgustá-lo nem mesmo os locais que não o conheciam". Em Dulombi (Corubal) a população é exclusivamente fula/fula-fula, muçulmanos que vivem na ambiguidade do lícito e o ilícito, o puro e o impuro (ref. as leis do Moisés) dificilmente comeriam a carne de uma ave desconhecida e pior, morta de forma pouco convencional. Se fossem populações não muçulmanas do litoral, penso que não teriam qualquer problema como o Valdemar muito bem descreveu na localidade perto do canal do Impernal, arredores de Bissau.
Cherno Baldé
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