Infografia: António Estácio (2012)
Foto (e legenda): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. A "pedido de várias famílias", republica-se o precioso roteiro de Bolama (*), da autoria do nosso camarada António Estácio que, embora nascido em Bissau, em 1947, em "chão de papel" e estudado no liceu Honório Barreto, viveu em miúdo, nos anos cinquenta, em Bolama, onde a mãe foi professora primária e o pai, transmontano, encarregado de obras municipais . Trata-se de um resumo do seu trabalho de quase 5 centenas de páginas, publicado em livro em 2016 (**).
É também uma forma de continuarmos a comemorar, por estes dias de abril, o nosso 18º aniversário, uma longevidade excessiva na Net, mas da qual temos que orgulhar: a Tabanca Grande já reuniu aqui 859 amigos e camaradas da Guiné, e já se publicaram, desde 23 de abril de 2004, cerca de 23,2 mil postes, mais de 100 mil fotos e outros documentos e 92,5 mil comentários. (***)
Bolama: Imagem de satélite. Cortesia de Google Earth (2012)
Fonte: António Estácio (2012) (*)
2. O autor e nosso camarada António Estácio publicou o livro "Bolama, a saudosa...", edição de autor, 2016) (**)
O António [Júlio Emerenciano] Estácio é um luso-guineense, nado e criado no chão de papel, em Bissau, em 1947; formou-se como engenheiro técnico agrário (Coimbra, 1964-1967, Escola de Regentes Agrícolas, onde foi condiscípulo do Paulo Santiago); fez a tropa (e a guerra) em Angola, como alferes miliciano (1970/72); trabalharia depois em Macau (de 1972 a 1998); vive há mais de duas décadas em Portugal, no concelho de Sintra; é membro da nossa Tabanca Grande desde 19 de maio de 2010; tem 63 referências no nosso blogue; não temos tido notícias dele desde há mais de 2 anos.Tem-se dedicado à escrita: além de "Bolama, a saudosa...", dois dos seus livros mais recentes narram as histórias de vida de duas "mulheres grandes" da Guiné, a cabo-verdiana Nha Carlota (1889-1970) e a guineense Nha Bijagó (1871-1959).
Desejamos-lhe saúde e longa vida, se ele nos estiver a ler.
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Notas do editor:
(*) Vd, poste de 14 de abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9745: Memória dos lugares (179): A saudosa Bolama (António Estácio / Patrício Ribeiro)(**) Vd. postes de:
20 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16112: Agenda cultural (478): Sessão de lançamento do novo livro do lusoguineense António Júlio Estácio, "Bolama, a saudosa...", Lisboa, Palácio da Independência, dia 25, às 18h00 - Resumo da obra: parte I
21 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16115: Agenda cultural (479): Sessão de lançamento do novo livro do lusoguineense António Júlio Estácio, "Bolama, a saudosa...", Lisboa, Palácio da Independência, dia 25, às 18h00 - Resumo da obra: parte II
22 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16117: Agenda cultural (487): Sessão de lançamento do novo livro do lusoguineense António Júlio Estácio, "Bolama, a saudosa...", Lisboa, Palácio da Independência, dia 25, às18h00 - Resumo da obra: III e última parte
7 comentários:
Alguém tem notícias do Estácio?
sobrado
sobrado | n. m. | adj.
masc. sing. part. pass. de sobrar
so·bra·do
nome masculino
1. Pavimento de madeira.
2. [Brasil] Andar de casa, propriamente andar com balcão ou varanda saliente.
adjectivo
3. Que sobrou; farto; abundoso; demasiado.
"sobrado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/sobrado [consultado em 25-04-2022].
A definição de "sobrado" no dicionário Priberam está incompleta...Vd. Wikipédia > Sobrado (arquitetura)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sobrado_(arquitetura)
Na Guiné também se usava o termo para o edifício com loja em baixo, e habitação em cima, com varandim a toda volta...
Vd. também poste de
6 DE NOVEMBRO DE 2019
Guiné 61/74 - P20319: Memória dos lugares (398): Roteiro de Bissau, que outrora foi um cidadezinha colonial, com as suas belas casas de sobrado...Mas umas achegas para a se compreender o "tsunami" toponímica que aconteceu em 20/1/1975, ao tempo do Luís Cabral...
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2019/11/guine-6174-p20319-memoria-dos-lugares.html
Olá Camaradas
O Estácio pertence à minha associação de velhos.
Vou procurá-lo.
Ele publicou "Bolama a Saudosa". Creio que hoje a descrição que ele faz já está desactualizada, mas para pior. Sou estrangeiro e a única coisa que posso é lamentar o sucedido. É uma localidade que não merece este destino, mas... estamos na Guiné.
Não me é permitido nada mais do que dar um opinião.
Um Ab.
António J. P. Costa
Não sei se será assim como estou a pensar.
Lembremo-nos de Bafatá e o do abandono verificado na parte da cidade reservado ao comércio e da população "branca" que vivia nas casas coloniais.
O resto da população de Bafatá vivia na tabanca propriamente dita e afastada do centro. Quando se deu a saída da tropa e dos comerciantes, ninguém da tabanca veio ocupar essas casas. E deu-se o abandono e a ruína das casas.
A população da tabanca não veio ocupar as casas da cidade sem hortas e galinheiros.
Possivelmente em Bolama aconteceu a mesma coisa, não podiam levar os porcos para o meio da cidade e galinhas para um primeiro andar.
Teria sido esta a razão...
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Diz o Tó Zé: "Sou estrangeiro e a única coisa que posso (fazer) é lamentar o sucedido"... Permito-me acrescentar: "Temos algum dever (e interesse) em ajudar a preservar o património (material e imaterial) que os nossos antepassados deixaram pelo mundo... E não são apenas "fortes, fortins, fortalezas"...
A par de outras manifestações culturais (por exemplo, a língua, os crioulos, os usos e costumes, a gastronomia, etc.), há uma vasta arquitetura civil e religiosa, de origem portuguesa, espalhada pelos quatros cantos do mundo que a grande maioria dos portugueses nem sequer conhece, e que não se pode perder, porque é de todos nós. é de toda a humanidade...
Instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian perceberam isso há muito... Ao Estado Português também cabe a sua parte...Ou seja, a todos nós, portugueses... A mim, não me é indiferente que esse património (material e imaterial) se perca...
Por mensagem de ontem, o Paulo Santiago informa-se que o nosso querido amigo e camarada António Estácio sofre de doença crónica degenerativa, sendo pouco provável que se possa juntar a nós em próximo convívio... Mais uma notícia profundamente triste. O Paulo andou na escola de regentes agríclas de Cpimbra com o António.
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