sábado, 10 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24385: Recortes de imprensa (128): O último 10 de Junho celebrado no regime do Estado Novo ("Diário de Lisboa", 11 de junho de 1973)




Fonte: Casa Comum | Instituição: Fundação Mário Soares | Pasta: 06817.167.26386 | Título: Diário de Lisboa | Número: 18126 | Ano: 53 | Data: Segunda, 11 de Junho de 1973 | Directores: Director: António Ruella Ramos | Observações: Inclui supl. "Exclusivo" | Fundo: DRR - Documentos Ruella RamosTipo Documental: Imprensa  (Com a devida vénia...)

O jornal, que não se publicava ao domingo, reproduz na página 14 (e não 12) o discurso do então Chefe de Estado. Foram condecorados em Lisboa 89 militares; no Porto,86; em Cloimbra, 34; em Santarém, 46; em Évora, 4; no Funchal, 7; erm Ponta Delgada, 6; em Luanda, 8 (?) (alémd e ttrès civis africanos; e em Lourenço Marques, 59. Um major de cavalaria, dois capitães de infantaria e um alferes SG receberam em Lisboa a mais alta condecoraçáo, oficial da Ordem Militar da Torre Espada com palma. Duas companhias do navio-escola brasileiro "Custódio de Melo" associaram-se ao defile final. em que participaram mais de très mil elementos dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas, das corporações e dos estabelecimentos militares (pág, 14).

Imfografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2023)
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5 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

E Viva o 10 de Junho, proclama o Valdemar Queiroz, citando o Carlos Tê... depois de passar a noite no Hospital Amador-Sintra, com mais uma das suas graves crises de DPOC (Doença Pulmonar Obstruticva Crónica)... Vale-lhe o bom humor para lidar com estas situações aflitivas, para mais com ele sozinho em casa!...Ah!, grande Valdemar, porta-te bem!... LG



Já chegou o dez de Junho, o dia da minha raça
Tocam cornetas na rua, brilham medalhas na praça
Rolam já as merendas, na toalha da parada
Para depois das comendas, e Ordens de Torre e Espada
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

REFRÃO
Encosta o teu peito ao meu, sente a comoção e chora
Ergue o olhar para o céu, que a gente não se vai embora
Quem és tu donde vens, conta-nos lá os teus feitos
Que eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos
Já chegou o dez de Junho, há cerimónia na praça
Há colchas nos varandins, é a Guarda d’Honra que passa
Desfilam entre grinaldas, velhos heróis d’alfinete
Trazem debaixo das fraldas, mais Índias de gabinete
Na tribuna do galarim, entre veludo e cetim
Toca a banda da marinha, e o povo canta a valsinha

(poema do Carlos Tê que tem uma versão com "..pequena e com grandes peitos"

Antº Rosinha disse...

O desfile dos antigos combatentes, na Régua, e o abraço especial do Presidente, que aos mais novos não diz talvez nada, penso que para a maioria do pouco povo que assistiu, caiu muito bem.

Evidentemente que há uma minoria que pensa exactamente o contrário.

Valdemar Silva disse...

Antº. Rosinha
Ainda hoje do regresso duma urgente visita forçada ao Hospital Amadora-Sintra, no regresso
precisar de transporte com oxigênio para minha casa.
Tá bem, mas tem de pagar aos bombeiros, respondeu a administrativa. Mas eu estou isento da taxa moderadora por ter sido antigo combatente, respondi, mas isso é só para consultas, adiantou a senhora, e o senhor não é isento por ter dificuldades financeiras.
(a pensar pra comigo como é que souberam, eu ter sido presidente da administração da caixa geral das bolanhas e picadas).
E tive de pagar aos bombeiros para não me armar em rico.

Não vi o desfile

Abraço
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A cerimónmia do 10 de Junho de 1973 está muito bem documentada, com recortes de diversos jornais da época (incluindoo o Diário de Lisboa), por texto e imagem, pelos nossos colegas do portal Ultramar TerraWeb - Dos Veteranos da Guerra do Ultramar

http://ultramar.terraweb.biz/10Jun1973_Lisboa.htm

A viúva que se vê na foto do "Diário de Lisboa" e que reproduzimos no poste, a receber das mãos de Marcello Caetano, uma condecoração a título póstumo, devia ser a do alf mil José Miranda Esteves, agraciado com a Medalha de Ouro de Valor Militar com Palma.

Antº Rosinha disse...

Valdemar, há uma gentinha que não sabe para que serve a memória de um povo.

Sentiste na pele ao vivo e a cores o que representa para muita gente, Marcelo perder tempo com essa velharia a desfilar no 10 de junho.

Valdemar, está tudo ligado! Vamos pagar aos bombeiros por sermos "velhos" e por sermos antigos combatentes.

Para muita gente, já devemos "10 anos à terra"!