Imagem extraída do sítio Centro Pai João de Angola, Maringá, Paraná, Brasil (com a devida vénia...). Este portal está ligado à religão Umbanda (, afro-brasileira). Mártir cristã, nascida (c. 280) e morta (c. 317) em Nicomédia (atual Izmit, Turquia), Bárbara de Nicomédia (, hoje Santa Bárbara) é venerada por católicos, cristãos ortodoxos e seguidores das religiões afro-brasileiras (em especial a Umbanda). É padroeira dos artilheiros, mineiros e dos que lidam com o fogo (bombeiros); protetora contra tempestades, raios, trovões, incêndios e explosões. É particularmente popular, o seu culto ou devoção, em Portugal e no Brasil. Mas, lá diz o ditado, "só se lembram de Santa Bárbara quando troveja"...
Oração a Santa Bárbara, reproduzida na Wikipédia, em língua portuguesa:
"Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Por Cristo, nosso Senhor. Amen."
1. Comentário de C. Martins (ex-alf mil art, cmdt, 23º Pel Art, Gadamael Gadamael, 1973/74), com data de 11 de fevereiro de 2014 (*)Oração a Santa Bárbara, reproduzida na Wikipédia, em língua portuguesa:
"Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Por Cristo, nosso Senhor. Amen."
"O rico é para o escritório...O pobre é para a enxada"...
Para lá caminhamos... O gajo que proferiu esta pérola, na inauguração da escola da minha terra em 1938, ia levando uma carga de porrada, disse-me o meu Avô.
Não estive em Tavira [, no CISMI,] mas parece-me que aquilo era destinado para "infante", defensor da "pátria", sofrer...
O "pobre", ou sem cunhas ía para "infante", defender a... a...isso..
O "remediado" para cavalaria. O "remediado intelectual"...ah, ah.. para artilharia..
O "rico", ou com uma grande cunha, para aquelas especialidades... mais ou menos..., não precisava defender a dita... que isso é para "pobre".
Vivam os infantes e também Santa Bárbara.
Ámen!
C. Martins
Para lá caminhamos... O gajo que proferiu esta pérola, na inauguração da escola da minha terra em 1938, ia levando uma carga de porrada, disse-me o meu Avô.
Não estive em Tavira [, no CISMI,] mas parece-me que aquilo era destinado para "infante", defensor da "pátria", sofrer...
O "pobre", ou sem cunhas ía para "infante", defender a... a...isso..
O "remediado" para cavalaria. O "remediado intelectual"...ah, ah.. para artilharia..
O "rico", ou com uma grande cunha, para aquelas especialidades... mais ou menos..., não precisava defender a dita... que isso é para "pobre".
Vivam os infantes e também Santa Bárbara.
Ámen!
C. Martins
(...) O "pobre" ou sem cunhas ía para "infante"...defender a... a...isso.. O "remediado" para cavalaria. O "remediado intelectual"...ah ah... para artilharia... O "rico", ou com uma grande cunha, para aquelas especialidades...mais ou menos... não precisava defender a dita... que isso é para "pobre" (...)
C. Martins: levantas uma questão interessante, que deveria merecer a atenção de sociólogos e historiadores da guerra colonial: a composição e a estratificação sociais das Forças Armadas Portugueses...
Em tempo de guerra, quem é que ia integrar as fileiras do Exército, Marinha e Força Aérea ?... Quem é que preenchia os "quadros de complemento" do Exército ? Ou quem é que ia para a "Reserva Naval" ?
Não sei exatamente em que altura foram introduzidos os "testes psicotétnicos"... A noção relativa de "mérito" já existia, mas eu tenho a impressão de que uma "valente cunha" se sobrepunha a tudo e a todos... E a "cunha" era usada a todos os níveis, ou pelo menos por quem podia... Por exemplo, às vezes a melhor cunha era ser-se filho... do rendeiro de um coronel ou general, lá do Norte... Ou de um político influente lá da terra... Ou então ter-se 200 contos, em "cash", para pagar a um médico do Hospital Militar Principal... Com 200 contos, comprava-se um apartamento em Lisboa...
Eu sei que o assunto é delicado, e que quem foi à Guiné não tem em princípio histórias para contar sobre este tópico, na primeira pessoa do singular... Quem foi parar com os quatro costados à Guiné, como infante, artilheiro ou cavaleiro, é porque decididamente não tinha "cunha".... Mas no nosso blogue não há tabus... Ou não devia haver. (...)
(...) "O soldado de infantaria é aquele que vive, vigia, sofre e combate na lama, no pó e no sangue, aquele que tirita sem abrigo e sofre privações, fadigas e horrores de toda a espécie. É aquele que no ardor da luta vê o inimigo cara a cara, que não combate só com as suas armas, mas com toda a sua alma. Ele é a verdadeira sentinela da Pátria.”
Em tempo de guerra, quem é que ia integrar as fileiras do Exército, Marinha e Força Aérea ?... Quem é que preenchia os "quadros de complemento" do Exército ? Ou quem é que ia para a "Reserva Naval" ?
Não sei exatamente em que altura foram introduzidos os "testes psicotétnicos"... A noção relativa de "mérito" já existia, mas eu tenho a impressão de que uma "valente cunha" se sobrepunha a tudo e a todos... E a "cunha" era usada a todos os níveis, ou pelo menos por quem podia... Por exemplo, às vezes a melhor cunha era ser-se filho... do rendeiro de um coronel ou general, lá do Norte... Ou de um político influente lá da terra... Ou então ter-se 200 contos, em "cash", para pagar a um médico do Hospital Militar Principal... Com 200 contos, comprava-se um apartamento em Lisboa...
Eu sei que o assunto é delicado, e que quem foi à Guiné não tem em princípio histórias para contar sobre este tópico, na primeira pessoa do singular... Quem foi parar com os quatro costados à Guiné, como infante, artilheiro ou cavaleiro, é porque decididamente não tinha "cunha".... Mas no nosso blogue não há tabus... Ou não devia haver. (...)
(...) "O soldado de infantaria é aquele que vive, vigia, sofre e combate na lama, no pó e no sangue, aquele que tirita sem abrigo e sofre privações, fadigas e horrores de toda a espécie. É aquele que no ardor da luta vê o inimigo cara a cara, que não combate só com as suas armas, mas com toda a sua alma. Ele é a verdadeira sentinela da Pátria.”
[Fonte: "Guia do Instruendo", CISMI - Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, Tavira, c. 1968] (*)
Confesso que nunca tinha lido (ou já não me lembrava de) esta lapidar e dramática definição de um infante... Cai que nem uma luva em muitos de nós que, infantes ou não, conhecemos o duro teatro operacional da Guiné, as picadas, as savanas arbustivas, as florestas galeria, os rios e braços de mar, as bolanhas...
Só pode ser da autoria de um poeta, que tenha feito a guerra das trincheiras em La Lyz, em 1918... Na guerra de contraguerrilha era difícil ficar de cara a cara com o IN, a não ser quando morto ou aprisionado... Quanto ao resto, estão lá os ingredientes todos: o lodo, o tarrafe, o sangue, a merda, mais os mosquitos, as formigas, as abelhas, as balas das "costureirinhas", as minas, os roquetes, as morteiradas... (**)
Camaradas: toda a gente, fosse "rico", "remediado" ou "pobre", do Exército, da Marinha ou da FAP,. tem opinião sobre este "tópico"... Tirem a "máscara" e comentem... 50 anos depois não vale a pena levar segredos para a cova... E um gajo, a ter de confessar-se, deve ser agora, aqui e agora, à sombra do poilão da Tabanca Grande... antes do Parkinson, do Alzheimer, do AVC, da morte macaca ou do cancro da próstata... (De que Deus nos livre!)
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Só pode ser da autoria de um poeta, que tenha feito a guerra das trincheiras em La Lyz, em 1918... Na guerra de contraguerrilha era difícil ficar de cara a cara com o IN, a não ser quando morto ou aprisionado... Quanto ao resto, estão lá os ingredientes todos: o lodo, o tarrafe, o sangue, a merda, mais os mosquitos, as formigas, as abelhas, as balas das "costureirinhas", as minas, os roquetes, as morteiradas... (**)
Camaradas: toda a gente, fosse "rico", "remediado" ou "pobre", do Exército, da Marinha ou da FAP,. tem opinião sobre este "tópico"... Tirem a "máscara" e comentem... 50 anos depois não vale a pena levar segredos para a cova... E um gajo, a ter de confessar-se, deve ser agora, aqui e agora, à sombra do poilão da Tabanca Grande... antes do Parkinson, do Alzheimer, do AVC, da morte macaca ou do cancro da próstata... (De que Deus nos livre!)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 10 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12703: CISMI - Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, Tavira, 1968: Guia do Instruendo (documento, de 21 pp., inumeradas, recolhido por Fernando Hipólito e digitalizado por César Dias) (1) : Parte I (1-6 pp.)
(**) Último poste da série > 30 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19058 (Ex)citações (344): os canhões... de Bigene!... No tempo da CART 3329 (1970-1972) e depois no meu tempo, de outubro a dezembro de 1972, havia 3 obuses 14 (140 mm) e 5 morteiros 81 (Eduardo Campos, ex-1º cabo trms, CCAÇ 4540, Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra, 1972/74)