Imagem nº 1 > Guiné > Carta de 1889 da Comissão de Cartografia. Detalhe
Imagem nº 2 > Guiné > Carta de 1889 da Comissão de Cartografia. Detalhe: assinalado o percurso de Marques Geraldes e as povoações por onde transitou.
Parte III
Parte II
Parte I
1. Mensagem de Armando Tavares da Silva
Data - Domingo, 16/06, 00:12 (há 1 dia)
Assunto - Marques Geraldes: De Geba ao Indornal
Luís,
Anexo um texto, já em tempos prometido, relativo a uma diligência de Francisco Marques Geraldes, chefe do presídio de Gebam que o levou de Geba ao Indornal.
É um texto que dedico ao Cherno Baldé, por ocasião do seu próximo aniversário, e que gostava que fosse publicado no dia 20 de
Junho.
Seguem também 3 imagens, sendo 2 reproduções parciais da Carta da Guiné da Comissão de Cartografia de 1889, destinadas a ilucidar o percurso realizado na referida diligência.
Com um abraço, agradece,
Junho.
Seguem também 3 imagens, sendo 2 reproduções parciais da Carta da Guiné da Comissão de Cartografia de 1889, destinadas a ilucidar o percurso realizado na referida diligência.
Com um abraço, agradece,
[ (i) Membro da Tabanca Grande; tem cerca de 5 dezenas de referências no nosso blogue:
(ii)engenheiro, historiador, prof catedrático aposentado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra;
(iii) "Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História da Presença de Portugal no Mundo" (, atribuído pelo seu livro “A Presença Portuguesa na Guiné — História Política e Militar — 1878-1926”, vd. imagem da capa a seguir); (iv) presidente da Secção Luís de Camões da Sociedade de Geografia de Lisboa]
2. No meu comentário de 16 de Janeiro do ano passado, em resposta a um comentário do Cherno Baldé, ao meu post P18216 de 15 de Janeiro de 2018, prometi que mais tarde iria falar de uma diligência de Marques Geraldes – o chefe do presídio de Geba ‒ junto do régulo Dembel. Esta diligência iria ter lugar em sequência das muitas correrias de Densá, que era filho daquele régulo, e que estavam já a causar dissidências entre os próprios fulas-pretos.
É o que agora faço por ocasião do aniversário do Cherno Baldé (*) e como singela homenagem que lhe presto pela sua participaçãp neste blogue e seus comentários sempre muito apropriados e elucidativos.
Sucedera que em Março de 1883 a pequena povoação de S. Belchior, situada na margem direita do rio Geba, tinha sido atacada pelos fulas-pretos capitaneados por Densá, sendo aprisionados todos os cristãos, e as suas casas reduzidas a cinzas.
Densá, de pouca idade, filho do régulo Dembel, que ainda não havia muitos meses fizera um tratado de amizade com o governo, envia ao comandante do presídio de Geba, alferes Francisco Marques Geraldes, uma vaca de presente, ao mesmo tempo que diz dedicar-lhe amizade. Porém, Marques Geraldes ordena-lhe a entrega, “sem mais delongas” dos cristãos aprisionados, ao mesmo tempo que devolve “o presente”.
(ii)engenheiro, historiador, prof catedrático aposentado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra;
(iii) "Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História da Presença de Portugal no Mundo" (, atribuído pelo seu livro “A Presença Portuguesa na Guiné — História Política e Militar — 1878-1926”, vd. imagem da capa a seguir); (iv) presidente da Secção Luís de Camões da Sociedade de Geografia de Lisboa]
2. No meu comentário de 16 de Janeiro do ano passado, em resposta a um comentário do Cherno Baldé, ao meu post P18216 de 15 de Janeiro de 2018, prometi que mais tarde iria falar de uma diligência de Marques Geraldes – o chefe do presídio de Geba ‒ junto do régulo Dembel. Esta diligência iria ter lugar em sequência das muitas correrias de Densá, que era filho daquele régulo, e que estavam já a causar dissidências entre os próprios fulas-pretos.
É o que agora faço por ocasião do aniversário do Cherno Baldé (*) e como singela homenagem que lhe presto pela sua participaçãp neste blogue e seus comentários sempre muito apropriados e elucidativos.
Sucedera que em Março de 1883 a pequena povoação de S. Belchior, situada na margem direita do rio Geba, tinha sido atacada pelos fulas-pretos capitaneados por Densá, sendo aprisionados todos os cristãos, e as suas casas reduzidas a cinzas.
Densá, de pouca idade, filho do régulo Dembel, que ainda não havia muitos meses fizera um tratado de amizade com o governo, envia ao comandante do presídio de Geba, alferes Francisco Marques Geraldes, uma vaca de presente, ao mesmo tempo que diz dedicar-lhe amizade. Porém, Marques Geraldes ordena-lhe a entrega, “sem mais delongas” dos cristãos aprisionados, ao mesmo tempo que devolve “o presente”.
Decorridos 3 dias, são apresentados dez dos cristãos aprisionados, tendo o cavaleiro que os acompanha pedido desculpa do acontecido em S. Belchior, pois Densá ignorava que esta povoação estivesse sob a protecção do governo português. Faltavam, contudo, duas mulheres que tinham sido enviadas para o Indornal.
Marques Geraldes, que tinha “a vontade de salvar as duas desgraçadas cristãs que seguiram para o Indornal, onde em breve iriam ser vendidas para a Gâmbia a troco de cavalos, e o desejo de acabar com as dissidências que já iam lavrando entre os fulas-pretos por causa das demasias praticadas por Densá”, decide empreender uma “tão longa e quão espinhosa viagem ao Indornal, tendo em vista o ser útil ao [seu] país e aos povos que administrava”.
Assim, larga de Geba a 11 de Março, e enceta uma longa caminhada a cavalo, acompanhado de um intérprete e de um enfermeiro (que conhecia as línguas mandinga e fula), e de quatro grumetes para carregadores. Começa por atravessar as povoações Calicundá, Bindangar, San-Jenó, e chega a Carantabá, onde o rei de Umbucú se manifesta cansado de “aturar os despotismos e roubos de Densá”, e lhe pede para interceder junto do régulo Dembel para que este mande recolher seu filho Densá ao Indornal, sem o que se poderia dar “de um momento para outro […] uma guerra entre fulas-pretos”.
O rei de Umbucú oferece a Marques Geraldes três cavalos e põe à sua disposição o seu filho Sambel e 4 fulas armados. A expedição foi assim composta de 4 cavaleiros e 8 homens de pé, estando, do total de 12, apenas 6 armados com espingardas e os outros somente de espadas.
Prosseguindo viagem atravessam as povoações de Duricundá, Chume-Cundá, Sede-Cundá, Sincho, Nhama-Dicundá, Menino-Cundá, Banco, Quinheto, Cuento, Salicocum, Caredi-Cundá, Pate-Cundá, o rio de Farim, as povoações de Mori-Cundá, Camaco-Geba, Tambuiel, Cotedi, o rio de Selho, e as povoações de Culijan-Cundá, Cutetó e Ille-Cundá.
No dia 16, depois de atravessar o rio de Selho, chega pelas 8 da noite ao Indornal.
No dia seguinte realiza-se, na tabanca do régulo Dembel, que se apresenta “cercado pelos seus grandes”, uma longa interpelação de Marques Geraldes, em que este, entre outros aspectos, lembra que o próprio régulo Dembel tinha estado em Geba, não havia ainda 5 meses para consolidar o tratado de paz e boa amizade feito por Moló, seu antecessor. Recorda ainda os sacrifícios que o governo português tinha feito em Buba, por causa da protecção concedida aos fulas-pretos – o mesmo governo que não tivera dúvida, em 1880, de se declarar abertamente contra os fulas-forros – e pede-lhe para mandar recolher ao Indornal o seu filho Densá, “onde ele não aparecia havia um ano, tirando-lhe ao mesmo tempo a gente de guerra que o acompanhava”.
No dia seguinte, dia 18, depois de se ter aconselhado com os seus grandes, Dembel, considerando o exigido pelo governo, comunica que iria mandar entregar as duas mulheres de S. Belchior e, ao mesmo tempo, intimar Densá a recolher ao Indornal “sob pena de ser expulso do território dos fulas, não querendo obedecer”. No entanto, só a 24 Densá chega à presença do pai e procede à entrega das duas mulheres.
Marques Geraldes, no seu circunstanciado relatório apresentado ao governo, acrescenta que o régulo Dembel, de cerca de setenta anos, é de carácter “bastante pusilânime”, o que poderia dar azo a que houvesse alguma ocorrência desagradável, se não fosse Mussá, seu sobrinho, de 30 anos, que lhe haveria de suceder no governo, “bastante enérgico e idolatrado pelos fulas-pretos”. Diz ainda que: “É ele o principal cabo-de-guerra, a quem em tempo de guerra, velhos e moços, todos à porfia lhe obedecem”.
E continua, referindo que no Indornal, onde encontrou muita gente conhecida de Buba e Geba, viviam em perfeita harmonia, os mais variados povos: mandinga, fula-forro, futa-fula, seruá, soninqué, entre outros. E acrescenta que foi “belíssimo” o tratamento recebido, e a “muitos causava admiração o ter chegado àquele lugar, [pois] era a primeira vez que um branco ali tenha ido”.
No dia 26, pelas 3 horas da tarde, Marques Geraldes sai do Indornal de regresso a Geba, onde chega no dia 31 pelas 8 horas da noite. Na partida, Mussá e alguns guerreiros vieram despedir-se dele, dizendo-lhe aquele que “o governo português podia contar com ele sempre [que] tivesse precisão”. E Marques Geraldes oferece a Mussá como presente uma espingarda de repetição que possuía.
Tinha sido uma viagem calculada em 160 léguas, de “10 horas de marcha por dia, sob um calor abrasador”. Em resultado do relevante serviço que acabara de prestar ao país, a 7 de Junho de 1883, El-rei D. Luís atribui a Marques Geraldes o grau de cavaleiro da Torre e Espada.
Mais tarde, já no final do ano, Marques Geraldes é levado a nova intervenção junto do régulo Dembel. Sucedera que este, estando em inimizade com “os mouros de Bigine e os beafadas de Cossé” e desejando “reduzi-los à fome para assim os vencer”, mandara fechar os caminhos que conduziam ao presídio de Geba, impossibilitando que nele entrassem géneros alimentícios. E parece que esta intervenção terá tido os seus resultados pois, a 1 de Dezembro, enviados de Dembel, ao afirmarem que este régulo “estivera sempre de boas relações com o chefe [alferes Marques Geraldes], a ponto de lhe mandar dizer que tudo quanto ele precisasse lhe seria fornecido, bem como ao juiz do povo”, anunciam que aquele régulo “dera ordens precisas para que os caminhos ficassem imediatamente livres”, pedindo somente para que o chefe fizesse “com que os de Bigine” não fossem ao seu território.
A expedição de Marques Geraldes ao Indornal não teve a importância e o reconhecimento que alguns anos antes havia tido a expedição de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, que exploraram o interior de Africa entre Angola e Moçambique. Mas insere-se, com a sua dimensão própria, entre aquelas que portugueses realizaram para melhor conhecimento de Africa.
A atestar a sua importância para o conhecimento do interior da Guiné, temos o facto de, a seguir à mesma, a carta da Guiné editada pela Comissão de Cartografia do Ministério da Marinha e Ultramar, na sua edição de 1889, ter passado a incluir as povoações por onde tinha transitado Marques Geraldes, assim como o caminho por este percorrido.
Anexa-se uma imagem com o percurso seguido por Marques Geraldes entre Geba e o Indornal (feita a partir da Carta original conservada na Sociedade de Geografia de Lisboa)(Imagem nº 3).
Anexa-se ainda uma imagem com parte da carta de 1889 da Comissão de Cartografia onde se encontra assinalado o percurso de Marques Geraldes e as povoações por onde transitou.
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Marques Geraldes, que tinha “a vontade de salvar as duas desgraçadas cristãs que seguiram para o Indornal, onde em breve iriam ser vendidas para a Gâmbia a troco de cavalos, e o desejo de acabar com as dissidências que já iam lavrando entre os fulas-pretos por causa das demasias praticadas por Densá”, decide empreender uma “tão longa e quão espinhosa viagem ao Indornal, tendo em vista o ser útil ao [seu] país e aos povos que administrava”.
Assim, larga de Geba a 11 de Março, e enceta uma longa caminhada a cavalo, acompanhado de um intérprete e de um enfermeiro (que conhecia as línguas mandinga e fula), e de quatro grumetes para carregadores. Começa por atravessar as povoações Calicundá, Bindangar, San-Jenó, e chega a Carantabá, onde o rei de Umbucú se manifesta cansado de “aturar os despotismos e roubos de Densá”, e lhe pede para interceder junto do régulo Dembel para que este mande recolher seu filho Densá ao Indornal, sem o que se poderia dar “de um momento para outro […] uma guerra entre fulas-pretos”.
O rei de Umbucú oferece a Marques Geraldes três cavalos e põe à sua disposição o seu filho Sambel e 4 fulas armados. A expedição foi assim composta de 4 cavaleiros e 8 homens de pé, estando, do total de 12, apenas 6 armados com espingardas e os outros somente de espadas.
Prosseguindo viagem atravessam as povoações de Duricundá, Chume-Cundá, Sede-Cundá, Sincho, Nhama-Dicundá, Menino-Cundá, Banco, Quinheto, Cuento, Salicocum, Caredi-Cundá, Pate-Cundá, o rio de Farim, as povoações de Mori-Cundá, Camaco-Geba, Tambuiel, Cotedi, o rio de Selho, e as povoações de Culijan-Cundá, Cutetó e Ille-Cundá.
No dia 16, depois de atravessar o rio de Selho, chega pelas 8 da noite ao Indornal.
No dia seguinte realiza-se, na tabanca do régulo Dembel, que se apresenta “cercado pelos seus grandes”, uma longa interpelação de Marques Geraldes, em que este, entre outros aspectos, lembra que o próprio régulo Dembel tinha estado em Geba, não havia ainda 5 meses para consolidar o tratado de paz e boa amizade feito por Moló, seu antecessor. Recorda ainda os sacrifícios que o governo português tinha feito em Buba, por causa da protecção concedida aos fulas-pretos – o mesmo governo que não tivera dúvida, em 1880, de se declarar abertamente contra os fulas-forros – e pede-lhe para mandar recolher ao Indornal o seu filho Densá, “onde ele não aparecia havia um ano, tirando-lhe ao mesmo tempo a gente de guerra que o acompanhava”.
No dia seguinte, dia 18, depois de se ter aconselhado com os seus grandes, Dembel, considerando o exigido pelo governo, comunica que iria mandar entregar as duas mulheres de S. Belchior e, ao mesmo tempo, intimar Densá a recolher ao Indornal “sob pena de ser expulso do território dos fulas, não querendo obedecer”. No entanto, só a 24 Densá chega à presença do pai e procede à entrega das duas mulheres.
Marques Geraldes, no seu circunstanciado relatório apresentado ao governo, acrescenta que o régulo Dembel, de cerca de setenta anos, é de carácter “bastante pusilânime”, o que poderia dar azo a que houvesse alguma ocorrência desagradável, se não fosse Mussá, seu sobrinho, de 30 anos, que lhe haveria de suceder no governo, “bastante enérgico e idolatrado pelos fulas-pretos”. Diz ainda que: “É ele o principal cabo-de-guerra, a quem em tempo de guerra, velhos e moços, todos à porfia lhe obedecem”.
E continua, referindo que no Indornal, onde encontrou muita gente conhecida de Buba e Geba, viviam em perfeita harmonia, os mais variados povos: mandinga, fula-forro, futa-fula, seruá, soninqué, entre outros. E acrescenta que foi “belíssimo” o tratamento recebido, e a “muitos causava admiração o ter chegado àquele lugar, [pois] era a primeira vez que um branco ali tenha ido”.
No dia 26, pelas 3 horas da tarde, Marques Geraldes sai do Indornal de regresso a Geba, onde chega no dia 31 pelas 8 horas da noite. Na partida, Mussá e alguns guerreiros vieram despedir-se dele, dizendo-lhe aquele que “o governo português podia contar com ele sempre [que] tivesse precisão”. E Marques Geraldes oferece a Mussá como presente uma espingarda de repetição que possuía.
Tinha sido uma viagem calculada em 160 léguas, de “10 horas de marcha por dia, sob um calor abrasador”. Em resultado do relevante serviço que acabara de prestar ao país, a 7 de Junho de 1883, El-rei D. Luís atribui a Marques Geraldes o grau de cavaleiro da Torre e Espada.
Mais tarde, já no final do ano, Marques Geraldes é levado a nova intervenção junto do régulo Dembel. Sucedera que este, estando em inimizade com “os mouros de Bigine e os beafadas de Cossé” e desejando “reduzi-los à fome para assim os vencer”, mandara fechar os caminhos que conduziam ao presídio de Geba, impossibilitando que nele entrassem géneros alimentícios. E parece que esta intervenção terá tido os seus resultados pois, a 1 de Dezembro, enviados de Dembel, ao afirmarem que este régulo “estivera sempre de boas relações com o chefe [alferes Marques Geraldes], a ponto de lhe mandar dizer que tudo quanto ele precisasse lhe seria fornecido, bem como ao juiz do povo”, anunciam que aquele régulo “dera ordens precisas para que os caminhos ficassem imediatamente livres”, pedindo somente para que o chefe fizesse “com que os de Bigine” não fossem ao seu território.
A expedição de Marques Geraldes ao Indornal não teve a importância e o reconhecimento que alguns anos antes havia tido a expedição de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, que exploraram o interior de Africa entre Angola e Moçambique. Mas insere-se, com a sua dimensão própria, entre aquelas que portugueses realizaram para melhor conhecimento de Africa.
A atestar a sua importância para o conhecimento do interior da Guiné, temos o facto de, a seguir à mesma, a carta da Guiné editada pela Comissão de Cartografia do Ministério da Marinha e Ultramar, na sua edição de 1889, ter passado a incluir as povoações por onde tinha transitado Marques Geraldes, assim como o caminho por este percorrido.
Anexa-se uma imagem com o percurso seguido por Marques Geraldes entre Geba e o Indornal (feita a partir da Carta original conservada na Sociedade de Geografia de Lisboa)(Imagem nº 3).
Anexa-se ainda uma imagem com parte da carta de 1889 da Comissão de Cartografia onde se encontra assinalado o percurso de Marques Geraldes e as povoações por onde transitou.
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