segunda-feira, 10 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6365: Tabanca Grande (217): Alcides Silva, ex-Sold Cond Auto, amigo do Madragoa (Júlio Tavares), CCS / BART 1913, Catió, 1967/69











Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/ BART 1913 (1967/69) > Três fotos, em que aparece o Madragoa, o Sold Cond Auto Júlio Tavares, condutor de GMC... Nasceu em Lisboa em 1945 e morreu em 1986, no Canadá, para onde emigrara em 1975. Os seus pais eram de Pardilhó, Estarreja. Quando jovem, o Júlio viveu na Madragoa, em Lisboa. Quando voltou da Guiné, fixou-se em Pardilhó, onde casou e teve o seu filho Pedro. A sua filha Marisa, que tinha 6 anos quando o pai faleceu, de doença prolongaada, anda à procura de camaradas dele. Graças ao nosso blogue, já localizou alguns. Diz que tem muito orgulho no seu pai.

O seu gesto sensibilizou-nos a todos. Convidei a Marisa para integrar o nosso blogue, o que ela aceitou, embora não domine bem o português. O pai foi trabalhador da construção civil. Conseguiu dar, no entanto, uma educação de nível superior aos seus dois filhos. A Marisa diz que ele tem outro filho, que terá ficado em Catió. Recentemente lançou um blogue para procurar esse meio irmão perdido: Are You My Brother ? É meu irmão ?( Estamos a ajudá-la nesta procura do paradeiro do seu eventual mano guineense, de Catió, que a ser vivo e viver ainda na Guiné-Bissau deverá rondar os 42 anos).



Recebemos hoje notícias de mais um camarada do Madragoa, o Alcides Silva que eu ainda não sei onde vive, e a quem convido para ingressar na nossa Tabanca Grande.

Fotos: © Alcides Silva (2010). Direitos reservados


1. Mensagem de Alcides Silva:

Data: 10 de Maio de 2010 18:27
Assunto: Madragoa

Luís Graça, só nesta altura tive conhecimento da vossa página na Internet e daí ficar a saber a triste notícia do falecimento do Júlio Marques Tavares, que para nós era conhecido por Madragoa.

Só agora é que fiquei a saber o nome próprio dele, se não fosse a fotografia a mim o nome de Júlio nada dizia.

Pois, quanto ao Júlio, foi um grande amigo, fazia parte do Pelotão de Manutenção como eu. A nota que consta na vossa página onde refere que, nas colunas para transporte de alimentos, a GMC levava no soalho da cabina sacos de areia para assim proteger o possível de qualquer mina. Devo dizer que essa GMC estava pedida a sua evacuação pelo Batalhão que fomos render, foi posta a trabalhar pelos nossos mecânicos e na carroçaria foi montada uma metralhadora, envolvida com sacos cheios de areia a fazer de parede, para proteger o colega que fazia de atirador e o municiador.

Era essa a GMC, que tinha o chão da cabina carregado com sacos de areia, a que o Madragoa conduzia nas referidas colunas, onde o pessoal da mecânica fazia parte.

Junto 3 imagens onde ele está:

(i) a n.º 1 e 2, sou eu o 1 e ele o 2; o outro que também está a ajudar o cozinhar o frango que tinha fugido aos oficiais e caiu na nossa panela, já não recordo o nome, creio que também era condutor;

(ii) na fotografia n.º 3, está o pessoal da oficina, onde eu sou o 1 e ele o 2, para assim o identificar.

Para mim foi uma grande surpresa saber que ele deixou lá um filho, éramos amigos, mas a vida particular de cada um não era conversada. Maior surpresa foi saber que ele faleceu por doença grave, é um pesadelo que se vive, mas nada se pode fazer. Estávamos em Catió há sete meses quando recebi a noticia da morte do meu pai por doença igual, aí ele foi um grande amigo que me ajudou a ultrapassar essa fase critica. Que Deus o tenha em Paz.

Por último pergunto, o Luís Graça é alguma coisa ao Fernando Graça? Se acaso tiver alguma proximidade solicito que lhe dê um abraço por mim, foi também um bom amigo, para melhor identificar eu era o estofador.
Um grande abraço para todos .

Alcides.

2. Comentário de L.G.:

Alcides, antes de mais, diz-me onde vives. Em segundo lugar, deixa-me agradecer a tua mensagem e as fotos que enviaste, em nome da Marisa Tavares e do resto da Tabanca Grande. Em terceiro lugar, ficas automaticamente convidado a entrar para o nosso lugar, como digno representante da CCS do BART 1913 e da malta que passou por Catió, entre 1967 e 1969. A família do Madragoa vai, por certo, ficar feliz com as tuas notícias. Acabei agora mesmo de reenviar a tua mensagem à Marisa. Manda-me duas fotos tipo passe, tuas, uma actual e outra do teu tempo de Catió, para completar as formalidades da tua entrada na Tabanca Grande (**).

Quanto à pergunta que me fazes, a resposta é não: não tenho qualquer relação de parentesco com o Fernando Graça, nem sequer o conheço pessoalmente. O contacto com ele é através do ex-Fur Mil Victor Condeço, que era mecânico de armamento, e que vive no Entroncamento.

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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes de:





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