Os nossos veteranos da guerra da Guiné... estão bem e recomendam-se!
A. Inquérito 'on line' (vd. canto superior direito)::
"Estás reformado ? E sentes-te bem ?"
Respostas preliminares (até hoje de manhã) >54 (100%)
1. Estou reformado e sinto-me muito bem > 16 (29%)
2. Estou reformado e sinto-me bem > 27 (50%)
3. Estou reformado e sinto-me assim-assim,
nem bem nem mal > 3 (5%)
4. Estou reformado e sinto-me mal 3 (5%)
5. Estou reformado e sinto-me muito mal > 1 (1%)
6. Ainda não estou reformado > 4 (7 %)
Responder ao inquérito até 5ª feira, dia 9, às 7h52
B. Comentário do editor:
54 respostas até hoje de manhã. é muito bom... E os resultados apontam já tendências: mais de 90% dos respondentes já está reformado... E 80% sente-se bem ou muito bem...
Eu suspeito que os antigos combatentes têm formas, mais ou menos engenhosas, de "sobreviver" à pancadona da reforma e à crise que também levou à quebra do poder de compra... Antigamente, os nossos pais, avós e bisavós (que não chegávamos a conhecer) diziam: "Teme a velhice, que ela nunca vem só"... Leia-se: com a velhice, vem a solidão, vem a doença vem o abandono, vem a demenência, vem a morte
O que faz hoje a maior parte dos antigos combatentes que andaram por bolanhas e matas da Guiné ?. Encontram-se, convivem, recordam, escrevem, animam blogues, vão ao Facebook.. O nº de "tabancas" têm proliferado por esse país fora, e organizam-se dezenas e dezenas de convívios anusus...
O convívio, saudável, regular, é importante para todos nós... Bem como o exercício físico, todas as semanas, duas vezes por semana: não é preciso gastar muita guita, apenas "solas"... E, claro, a alimentação frugal, a dieta mediterrânica...
E depois há as viagens, cá dentro, mais do que lá fora, que as reformas não permitem grandes luxos... Há ainda tanta coisa para ver, aprender, saborear, conhecer, fotografar, partilhar... Este país é como a sardinha, é lindo...
E há ainda os filhos e os netos e os bisnetos, o voluntariado, a solidariedade para com os outros que precisam de nós... Sem esquecer o Facebook e o Blogue... Escrever faz muito bem aos neurónios... Mas não basta carregar na tecla "gosto/não gosto" do Facebook... De qualquer modo, é uma geração que está a ultrapassar, com sucesso, a barreira da iliteracia informática...
E depois há as viagens, cá dentro, mais do que lá fora, que as reformas não permitem grandes luxos... Há ainda tanta coisa para ver, aprender, saborear, conhecer, fotografar, partilhar... Este país é como a sardinha, é lindo...
E há ainda os filhos e os netos e os bisnetos, o voluntariado, a solidariedade para com os outros que precisam de nós... Sem esquecer o Facebook e o Blogue... Escrever faz muito bem aos neurónios... Mas não basta carregar na tecla "gosto/não gosto" do Facebook... De qualquer modo, é uma geração que está a ultrapassar, com sucesso, a barreira da iliteracia informática...
Camaradas, amigos, respondam ao nosso inquérito e escrevam- nos, digam lá o é que é andar por essas picadas fora a partir dos 70, "fintando" as minas e as armadilhas da vida e do mundo... Digam lá como se sentem... E qual é vosso segredo para um envelhecimento ativo, produtivo e saudável... Vamos chegar às 100 respostas, até 5ª feira, dia 9. E não se esqueçam: até aos 100 anos é sempre em frente!
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Nota do editor:
Último poste da série > 3 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17017: Inquérito 'online' (103): Um novo desafio aos nossos leitores: "Estás reformado ? E sentes-te bem ?"... Resposta até ao dia 9, às 7h52.. Precisamos de, pelo menos, 100 respostas... É para o nosso Livro Branco sobre a Reforma dos Ex-Combatentes....
7 comentários:
Atenção, Camaradas
Julgo que estamos a falar apenas de uma nova situação de vida em que não "trabalhamos".
Não devemos misturar nesta análise problemas de outra ordem: saúde, familiares, etc..
A passagem à reforma não deve (deveria) ser acompanhada de problemas noutras áreas.
Ao Luís quero recordar que deveria ter acrescentado outras hipóteses: Não sei, Não respondo, Ké lá çaber! Toume nas tintas! Ainda não sei...
Um Ab.
António J. P. Costa
Concordo com o Pereira da Costa, alterei o meu voto de "nem bem nem mal" para "sinto-me bem", pois também acho que se é em relação ao facto de estar reformado, não devemos incluir problemas de outra ordem,daí a minha alteração de voto.
Um abraço para todos
César Dias
Então é assim:Eu estou reformado e na maior parte das vezes eu não me sinto bem.
Explicando:Para mim a situação de reforma foi das piores coisa que me aconteceu .Isto porque quando estava na situação de trabalho eu tinha muita Actividade e embora eu não tivesse necessidade de grande actividade e devido ao meu feitio era muito presente junto do meu pessoal visto que estava a chefiar e administrar uma equipe de manutenção industrial multi-disciplinar /Electricidade ,mecânica e serralharia mecânica.
Inicialmente a minha actividade estava ligada à industria da biotecnologia e nos últimos anos da minha carreira passei a laborar na industria da fundição de ferro.Nesta ultima actividade todo o equipamento era de alto desgaste a todos os níveis e daí muito exigente em termos técnicos.Por esse motivo eu acompanhava muito de perto o meu pessoal.
Ora assim sendo quando me vi na situação de reforma eu fui afastado de toda essa actividade e ainda hoje eu não sei o que fazer ao tempo extremamente longo que é o dia a dia .Já experimentei muitas actividades de ocupação de tempo mas nada tem sido capaz de me dar o gosto pelo dia a dia que tinha quando estava no activo.
Bom e para já fico por aqui na esperança que este sentimento de inutilidade passe um dia destes . Até lá vou me arrastando "feliz e contente por ainda estar vivo".
Um abraço e ainda fico a pensar qual o propósito deste tema.
Henrique Cerqueira
Camarada Cerqueira
Creio que todos nós, na situação de reforma somos afastados bruscamente de toda a actividade.
Por isso, só temos uma defesa: planear a saída, mesmo que seja insuficientemente.
As novas actividades não podem revestir a simples ocupação de tempo.
Por mais absorvente que tenha sido a nossa vida profissional há sempre actividades que deixámos para trás.
Para alguém que dirigia uma equipa há cargos "pro bono" em clubes desportivos ou IPSS que se podem desempenhar e são muito absorventes.
E uma actividade manual relacionada com a as funções anteriores. A reprodução do meio fabril em vídeo ou em diorama ou a construção desse meio em "presépio" móvel.
E escrever textos para revistas técnicas sobre o que se fexz, faz ou será feito?
E outra actividade manual totalmente nova: madeiras (recuperação ou construção de objectos), encadernação (comprar livros velhos e recuperá-los) e outras são tarefas que exogem disciplina, rigor, método e competição (consigo próprio).
É importante perguntar o que é que eu gostava de ter feito e deixei para trás?
Um ab.
António J. P. Costa
Eu não gosto da palavra reformado, prefiro TÉCNICO SUPERIOR DE LAZER
Eu não gosto da palavra reformado, prefiro TÉCNICO SUPERIOR DE LAZER
Olá camarada António J.P.Costa.
Entendi perfeitamente o que escreveste,só que:
Na realidade eu não tive grande tempo de planear a minha reforma,porque de certo modo fui empurrado para essa situação , já que fui obrigado por insolvência da firma onde trabalhava a optar por essa situação de reforma antecipada.
No aspecto monetário até que não tenho que me queixar muito,pese embora o facto de ser mais um dos reformados que tem contribuído principescamente com os desaires económicos do nosso "pobre"país.
Na verdade eu até ia pensando nos meus devaneios enquanto estava no activo o que gostaria de fazer um dia que fosse reformado,mas,como bom Português que sou fui deixando esses planos para a ultima da hora.Até que mais ao menos de um momento para o outro a "crise" instala-se na empresa e foi uma "pressinha" a tomar decisões de reformas-te ou não. E as opções foram :então vamos lá e logo se vê.
Alguns planos que eventualmente tinha foram por água abaixo e a vontade de reagir demora a aparecer e vai-se sempre arranjando desculpas para adiar algumas das opções e que até coincidem um pouco com as que descreveste.
No entanto eu creio que virá o dia que se há-de dar a volta.
Meu camarada e amigo António Costa um abraço e até sempre.
Henrique Cerqueira
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