Foto nº 56 B
Foto nº 56 A
Foto nº 56
Foto nº 57 D
Foto nº 57 C
Foto nº 57 B
Foto nº 58 A
Foto nº 58 B
Foto nº 54 B
Foto nº 54 A
Foto nº 52A
Foto nº 53 A
Guiné > Região de Cacheu > São Domingos > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) >Janeiro de 1969 > Festa em honra do novo administrador.
Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Tema 028 – Batuques, dança, festas e roncos da população indígena, Guiné 67/69 > Parte I: São Domingos, em janeiro de 1969
Legendas e Anotações:
Estas são algumas de dezenas de
imagens sobre este tema, proporcionadas pela população indígena local, para
comemorar alguma data ou acontecimento local, não completamente identificadas
todas as razões ou raízes dos acontecimentos.
Legendagem:
Fotos: f52 a f58.
Este grupo de fotos, pelas roupas e vestes da população, e porque são de foto de slides, não tenho escrito o acontecimento, mas são de Janeiro de 1969, em São Domingos.
Julgo que fazem parte da
cerimónia de tomada de posse do novo Administrador da Circunscrição [equivalente a concelho] de
São Domingos, ocorrida no final de 1968, que já foram publicadas as fotos e
legendas, mas faltou as danças e batuques, e cujos festejos duraram alguns
dias. (**)
Noutra oportunidade vou voltar ao
tema, pois tenho muitas mais de cenas deste tipo, mas em preto e branco, de
Nova Lamego e São Domingos.
Em, 19-03-2018 - Virgílio
Teixeira
«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».____________
Nota do editor:
(*) Vd. poste de 19 de março de 2018 > Guiné 61/74 - P18436: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXIV: Roncos e batuques em São Domingos, janeiro de 1969 (i): em homenagem aos nossos pais, no Dia do Pai
5 comentários:
Há uma energia telúrica nas danças africanas, bem captada pelo nosso fotógrafo... Qualquer pretexto (, incluindo o "render da guarda" de um administrador de concelho...) servia para uma bela batucada...
Obrigado ao "fotógrafo que estava lá"!... LG
Filme das imagens de 52 a 58
Imagens 52 –53–54 :
O ambiente esta propicio para iniciar a danca, o uso de tambores, de origem mandinga, foi adoptada pela maoria das etnias da Senegambia. Nas imagens ve-se uma mulher a quem alguem encarregou de fazer a psicosocial (a politica), entregando-lhe uma bandeira portuguesa. De seguida (53) tenta convencer a mulher dancarina (mestre de danças) para empunhar a bandeira enquanto danca, mas parece que esta declina a proposta e prefere empunhar um simples pau de palmeira que combina melhor com os movimentos da danca mandinga, ao seu lado esta a animadora da festa (animadora cultural) com um tecido de renda branca a volta do pescoço. Do lado direito (54) ve-se uma criancinha (futura dançarina ?) a bater palmas, nao deve ter mais de 2 anos de idade. No angulo superior esquerdo aconteceu alguma coisa que atirou a atençao de uma parte das assistentes desse lado que olham para la com alguma preocupaçao.
Imagens 56 –57-58 :
Apos a abertura feita pela mestre de danças, la vem uma pretendente mostrar o seu valor artistico e recebe muitos aplausos da assistencia com a animadora cultural por perto (lado direito). Depois desta, la vem em passos miudinhos, bem pausados, de acordo com a sua idade, a mulher grande que recebe o encorajamento de toda assistencia. Nesta festa popular, todas as geraçoes tem o seu devido lugar. Diz-se que em Africa a velhice é um estatuto especial, que todos respeitam. Enquanto isso, no angulo superior esquerdo (57), entre os metropolitanos que vieram assistir a festa, um deles vestido à civil (de camisa branca) deve ter tocado num sitio onde nao devia o que provocou o tal burburinho que perturbou uma parte da assistencia. O Alferes Virgilio, esse esta a ajudar a animar a dança da mulher grande. A Bajuda ofendida nao deixa passar impune o gesto e mostra as suas garras gesticulando para o rapaz branco atras de si e, muito provavelmente, acompanhado de palavroes no seu dialecto. Um cenario tipico de uma festa de batuque na tabanca nos anos 60/70 com a presenca de jovens militares metropolitanos.
Um abraço amigo,
Cherno Baldé
Cá temos o Cherno Baldé, qual 'Pedro Homem de Melo' da Guiné, a explicar as danças e todo o seu ambiente numa povoação daquelas terras.
Cherno deves compreender que nestes ajuntamentos de festas, em que entram rapazes e raparigas, a rapaziada aproveita-se para um 'encostãozinho' na rapariga que lhe aparece à frente, até parece que existe um íman. Hás vezes as coisas não correm lá muito bem, num ambiente da festa da mulheres e raparigas.
Mas, Cherno lembro-me que em Nova Lamego, já contei aqui no blogue, estava a assistir a uma festa parecida com esta, se calhar com outros motivos, também com muita rapaziada e bajudas e grande batucada. Já era de noite e todo entusiasmado com a inebriante dança das bajudas, quando fui eu que levei um 'encostãozinho' com apalpanço e tudo, e lá fui atrás da Maria/Fátima até nos encontrarmos longe da festa e das luzes da via pública. E ficamos juntos, na sua casa, até ao sol aparecer. (Se calhar por ser Embaló).
A propósito do 'encostãozinho' assisti várias vezes na baixa de Lisboa ao lamurio dum pedinte: Nem que seja só um tostãozinho.. nem que seja só um tostãozinho.. nem que seja só um tostãozinho. Mas quando passava uma rapariga jeitosa o lamurio mudava: Nem que seja só um tostãozinho.. nem que seja só um encostãozinho.. nem que seja só um encostãozinho.
Pois.
Abraço
Valdemar Queiroz Embaló
Caro Valdemar,
Nem imaginas o estado em que fiquei de tanto rir. Claro que eu compreendo e esperava, precisamente, uma reaccao contraria a demonstrar que toda aquela birra da Bajuda era para Homem grande ver, porque aquele rapazola branco podia atrai-la como a um imam, como tu dizes. Mas eu vou pela primeira hipotese de ser ele o provocador, isto para defender a honra das minhas irmas ca do sitio, na verdade, podia ser tudo ao contrario da cena que eu insinuei e se fosse na escuridao, ai Jesus Maria!!! As vezes eu chego a pensar que aqueles que tem a pretensao de ajudar as "pobres" mulheres mal sabem que, no fundo, elas sao as donas de isso tudo.
Um abraco para ti,
PS: Aquela noite de Gabu voce a mereceu e ainda bem que, ao menos, tem uma historia bonita e singular para contar para alem das minas... armadilhas...fornilhos da guerra colonial.
Cherno
Boa tarde amigos dedicados da guiné.
Estas fotos do virgilio teixeira meu companheiro de armas do Bat 1933 ccs, comoveram-me.
Não me recordava desta tomada de posse até ao momento em que reconheci os meus amigos Gaselas que nos atendia no refeitório geral, o Ermezinde e outros cujo nome não consigo tirar do arquivo geral chamado memória. É bom que o virgilio tenha estes maravilhosos momentos para nos mostrar. Obrigado.
vitor silva
Bat de caçadores 1933 CCS
rádio-telefonista
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