Em 24-07-1973, no “Teatro de Operações da Guiné,” tive o ensejo e a honra, como “Furriel”, de ter comandado numa operação de patrulhamento, os oficiais e furriéis que integravam os dois grupos de combate: 1º e 2º pelotão.
Um motivo de grande orgulho
para mim, ao guiar todos estes homens (+/- 40
a 50) e pela confiança depositada pelo Capitão, comandante de companhia .
Cuntima --------------- E
JBB -------------------- D
Curva da areia --------- C
Norobanta -------------- B
Entrada ------------------ A
Em 07-08-1973, comandei dois grupos de combate, mas faltam as convenções. Em 09-08-1973, tive novamente o ensejo, como “Furriel”, de ter comandado noutra operação com maior risco, os oficiais e furriéis que integravam os três grupos de combate: 1º; 2º e 4º pelotão.
Um orgulho ainda maior, pela confiança que o comandante da companhia mais uma vez depositava nas minhas mãos, (+/- 70 a 80 homens). Convenções assinadas pelo (Capitão) comandante da 2ª Compª.Bat.4512.
Convenções:
JBB ----------------------- C
Farim --------------------- A
Estrada Fambanta ------- D
Alto Lamel --------------- F
Lamel --------------------- R
Entrada -------------------- E
Isto traduz bem o que
representa um militar de Operações Especiais e da segurança e força anímica que
consegue transmitir a terceiros. Desde o primeiro dia, após a minha integração
no 2º pelotão da 2ª Companhia do BCAÇ 4512, que os homens ficaram mais
motivados no teatro de operações quando comigo começaram a actuar. A
disciplina, o rigor a lealdade e a dignidade com que sempre os tratei e habituei,
fizeram com que o sacrifício por eles dispendido fosse atenuado com uma firme
vontade de vencer, porque sabiam por quem estavam a ser guiados e sentiam-se mais
confiantes.
Um
abraço,
Fernando Araújo
Fur Mil OpEsp/RANGER da 2ª CCAÇ do BCAÇ 4512
Fotos: © Fernando Araújo (2009). Direitos reservados.
___________
Nota de M.R.:
Vd.
último poste desta série em:
SÁBADO, 25 DE JULHO DE 2020 > Guiné 61/74 - P21198: Estórias
avulsas (99): Achado misterioso (António Eduardo Ferreira, ex-1.º Cabo CAR)
6 comentários:
Caro camarada de armas Fernando Araújo.
Aconselho-te a que percas um minuto a ler este poste do nosso camarada Alberto Branquinho.
Vê aqui: https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2013/07/guine-6374-p11876-contraponto-alberto.html
Abraço
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira
Lá diz o ditado:
"Presunção e água benta,cada qual toma a que quer"
Santiago
Havia em todas as Companhias um Furriel e um Alferes de Operações Especiais com a especialidade feita em Lamego. Julgo que a instrução teria o mesmo nível de exigência ao longo dos vários anos, quer dizer que todos vinham com o mesmo espírito militar de Operações Especiais.
De 1969-70 sei eu, não havia na Guiné uma força especifica de Operações Especiais e esses especialistas (um sargento e um oficial) integravam como Cmdt. de Secção ou de Pelotão como outros, na respectiva Companhia.
Todos sabemos ter havido muitos Pelotões em que o Furriel mais velho comandava na falta do Alferes, mas quando a operação era a nível de mais de um Pelotão havendo um Alferes, esse Oficial era o comandante da operação. Nem podia ser outra coisa: que interessante seria o Oficial ser interpolado a nível superior (p.ex. Gen. Spínola) e responder 'sei lá, o furriel é que comandava a operação'.
Mas, sabe-se lá em que ponto estava a guerra Jumbembem, em 1973-74, para as "coisas" correrem como nos é agora contado, e muito oportuno questionar se os alferes levaram alguma "porrada" por falta de liderança em combate ou o furriel foi louvado por isso e abonado com a diferença de vencimento. Comandar 80 homens, quase a Companhia, é obra e com excedente orçamental.
Abracelos
Valdemar Queiroz
Em Cabuca, na Ccav 3404 71-73, o furriel de operações especiais era pelos outros furrieis, a título carinhoso, conhecido pelo furriel de operações complicadas.
Jc
João Candeias
Em 1969, o meu Pelotão da CART.11 "Os Lacraus" fez a segurança aos pedreiros civis na construção das pequenas pontes na estrada N.Lamego-Cabuca.
A nossa CART.11, de soldados fulas e de oficiais, sargentos e especialistas da metrópole estava em intervenção na zona leste, sedeada no Quartel de Baixo em Nova Lamego mudando em meados de 1970 para Paunca.
Ab.
Valdemar Queiroz
Rectiicação
Queria dizer '...Oficial ser interpelado a nível superior...'
Valdemar Queiroz
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