terça-feira, 31 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23315: Carta aberta a... (15): ... ao camarada e escritor português Francisco Baptista (José Belo, estrangeirado)


José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, (i) tem repartido a sua vida agora entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Florida; (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, recusando-se a jubilar-se do cargo: afinal todos os anos pela primavera, corre o boato de que a Tabanca da Lapónia morre para logo a seguir ressuscitar, como a Fénix Renascida (*); (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref (mas poderia e deveria ser corone) do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem mais de 220 referências no nosso blogue.


1. Mensagem do José Belo:

Data - 30 mai 2022 11:10 
Assunto - Carta aberta ao Camarada Francisco Baptista

Muitas décadas longe da Lusitânia criam saudades várias. Saudades por certo eivadas de subjetividades.

Nos dicionários encontramos “subjetividade” como sendo o tomar-se conhecimento dos objetos externos a partir de referências próprias.

Fernando Pessoa escreveu: "Quanto mais diferente de mim alguém é,  mais real me parece, porque menos depende da minha subjetividade".

“Subjetividades”como maldição comum a todos os que buscam reencontrar as raízes que os formaram numa Pátria cada vez mais distante no tempo e, não menos, nas referências.

Esta subjectiva (!) introdução foi provocada por nova e atenta leitura dos textos de Francisco Baptista publicados no blogue. (*)

Leitura que nos faz descobrir novos detalhes de um todo. Detalhes realçando valores firmes que nos foram imbuídos por um riquíssimo somatório de tradições.

Somos envolvidos em invisível rede narrativa que, na sua globalidade, acaba por diluir diversidades circunstanciais, sejam elas geográficas ou de classe social.

Rede profundamente interiorizada que tão bem acaba por definir o… ser-se português!

Grato a Francisco Baptista por estas verdadeiras viagens de retorno.(**)
J.Belo
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 28 de maio de  2022 > Guiné 61/74 - P23306: (In)citações (207): Tal como a Fénix Renascida, a Tabanca da Lapónia afinal não morreu: continua lá no seu sítio, "de neve e gelo" e com "pão e vinho sobre a mesa" para os amigos, e os cães (e as renas) atrelados ao trenó (José Belo, régulo vitalício)

3 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ser-se português... aqui e agora. Uma boa questão. Assim, posta de chofrea questão, não sou capaz de responder. Mas dá pano para mangas. Podemos abrir um espaço de discussão...Obrigado, Zé Belo. Luis

JB disse...

Ser-se português?

Será nunca se sentir inferiorizado perante outros costumes,tradições,culturas,economias,que obviamente se entrelaçam (e entrechocam) nas vivências de muitas décadas longe das raízes.-
Vivências tanto em família (estrangeira) como profissionais (no estrangeiro).
Pertencemos a um pequeno povo situado num extremo europeu bastante pobre.
Mas,sem a mínima necessidade de nos embrulharmos em bandeiras patrioteiras ,sempre tão efémeras, temos uma riquíssima e incrível História que,por si,chega para erradicar todo o tipo de subserviências comparativas.

As especificidades do campo jurídico internacional acabam por permitir um olhar “inconveniente” por detrás dos “espelhos polidos” que algumas das mais representativas nações voltam para quem as procura observar mais de perto.
Infelizmente são muitos os que se deixam “encandear”.

Entre infindáveis (!) outros factores, o sentir-se “português” é algo que surge da leitura atenta dos textos de Francisco Baptista.

Um abraço do JBelo

Anónimo disse...


Camarada e amigo José Belo:
Quando alguém me faz uma má critica fico triste , mas também fico perturbado quando a crítica por ser tão boa, me parece exceder a minha medida.
Vou procurar responder à tua carta, com uma carta minha. Puseste-me a pensar, como sempre acontece, quando te leio , dá-me algum tempo, por favor.
Até lá, um grande abraço

Francisco Baptista