segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15082: Tabanca Grande (473): José Vargues, ex-1.º Cabo Escriturário da CCS/BART 733 (Bissau e Farim, 1964/66), tertuliano 702

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano, José Vargues (ex-1.º Cabo Escriturário da CCS do BART 733, Bissau e Farim, 1964/66), com data de 3 de Agosto de 2015:

Estive em na Guiné de 1964/1966 como 1.º Cabo Escriturário do Comando da CCS.
Estive na Granja, depois em Brá e passado algum tempo fui para Farim num Dakota, com mais alguns camaradas.
Na secretaria estava a chefiar o Alferes Martins, o 1.º Sargento Guimarães e os 1.ºs Cabos Sancho, apelidado de "Almada" e o Alfredo, apelidado de "Andorinha".

Durante o tempo que estive em Farim, estive com mais 3 camaradas num quarto perto do aquartelamento.

Quero aqui relatar um caso que aconteceu comigo.
Uma noite que estava de Cabo da Guarda na guarita junto ao arame farpado, bastante longe do aquartelamento.
Levei comigo dois soldados nativos e escolhi fazer o 1.º turno.
Adormeci e acordei sobressaltado com os disparos feitos pelo Alferes Lopes da Tesouraria, para o mato através da vigia.
Ele levou as três armas e no outro dia estavam na Tesouraria. Ele nada referiu.

Aqui ficam os meus agradecimentos, mais uma vez.

Um abraço
José Vargues


 Parada em Farim. José Vargues assinalado pela seta


2. Comentário do editor:

Caro camarada Vargues, bem-aparecido na tertúlia onde hoje és recebido formalmente.
Como o mês de Agosto coincide com alguma acalmia no Blogue, deixei para agora a tua apresentação.
Não estranhes o tratamento informal por tu, uso entre nós, independentemente das nossas idades e de outras "diferenças".

Quanto à história que nos contas, o teu oficial andou muito mal porque não se deve em circunstância alguma tirar a arma a ninguém, muito menos a quem está de serviço. Há muitas maneiras de chamar a atenção e "castigar" o prevaricador se e quando necessário.

Embora, julgo eu, tenhas feito uma guerra mais calma, se tiveres algumas histórias, que não precisam ser de guerra, para nos contar, manda para as darmos a conhecer à tertúlia. Se mandares fotos, peço-te que o faças com mais resolução, já que a que nos mandaste, e eu publiquei, vinha só com 32KB. O tamanho ideal para uma boa edição é acima dos 100KB.

Em relação ao teu Batalhão, temos 17 entradas, clica aqui para acederes aos postes.
Há na tertúlia 4 camaradas que pertenceram ao BART 733:
Artur Conceição e João Parreira da CART 730;
António Bastos do Pel Caç Ind 953 e
Luís Camolas, que como tu fez parte da CCS.
Clica nos nomes para acederes às suas postagens.

Julgo que está dito o essencial pelo que te endereço um abraço de boas vindas em nome da tertúlia e dos editores.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15080: Tabanca Grande (472): José Matos, investigador independente em história militar, filho do nosso falecido camarada José Matos, fur mil da CCAV 677 (Fulacunda, São João e TIte, 1964/66)... Novo grã-tabanqueiro nº 701

1 comentário:

jvargues disse...

Camarada Carlos Vinhal, tens muita razão quanto à reacção do então Alferes Lopes, pois na verdade ficámos à mercê do inimigo até ao regresso ao aquartelamento.No momento até fiquei agradecido, pois era eu que estava de turno e podia ter levado um castigo.Mas mesmo assim serviu-me de lição.Não ganhei para o susto.Relembro aqui uma noite que estive de cabo da guarda ao comando,onde estava o então Tenente Coronel Glória Alves, mantive-me alerta quase a noite toda.Durante a noite apanhei um soldado também nativo a dormir durante o seu turno e participei dele ao então Capitão Raimondes, comandante da CCS.Tanto assim que até tomei em atenção quando saía na Ordem de Serviço, como demorava falei outra vez ao capitão e então apanhou 15 dias de mato.Espero que também lhe tivesse servido de lição.
Um abraço
José Vargues ex-1ºcabo escriturário 609/64