Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Guiné 61/74 - P21915: Consultório militar do José Martins (60): Honras Fúnebres a que os Antigos Combatentes têm já direito, conforme o Art.º 19.º do Estatuto do Antigo Combatente
Com vista a esclarecer algumas dúvidas quanto às Honras Fúnebres a que os Antigos Combatentes têm já direito, publicamos o trabalho que se segue da autoria do nosso camarada José Martins (ex-Fur Mil TRMS, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70):
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Nota do editor
Último poste da série de 6 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21857: Consultório militar do José Martins (59): Loures, o ano de 1961 e seguintes...
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6 comentários:
Zé mas segundo se consta a bandeira que cobriu a urna do Marcelino da Mata não foi cedida por qualquer organização militar exército ou liga mas sim cedida por um militar amigo da organização dos comandos, Certo! Um abraço.
Como não estive no funeral, apenas pela razão de que seria uma cerimónia simples e de que haveria um ajuntamento de comandos, segui pelas redes sociais o que foi possível.
Estive atento aos pormenores e, procurei ver que "honras" seriam concedidas, ainda por cima estamos em confinamento e as Honras Militares estão suspensas.
Pelo que vi, a urna encontrava-se coberta pela Bandeira Nacional, do modelo regulamentar (4 panos), que vim a tomar conhecimento de que foi oferecida por um militar, e passou a ser pertença de uma organização de combatentes.
Mas, junto da urna, do lado contrário em que estava o oficiante - Bispo das Forças Armadas, acolitado pelo capelão do Regimento de Comandos - encontravam-se três militares de farda nº 1 que tinham: um Alferes, o colar da Torre e Espada; um Tenente, com uma bandeira nacional; um Sargento Mor, com as Medalhas de Peito.
No final da cerimónia, o Comandante Chefe das Forças Armadas, porque para mim foi nessa qualidade que Marcelo Rebelo de Sousa esteve, foi acompanhado pelo CEMGFA e CEME, entregou à família do defunto a bandeira que o Tenente transportava.
Perante este facto, foi o Estado Português que entregou à família a Bandeira Nacional, apesar da urna não ter sido coberta pela mesma.
O protocolo indica que, deve ser o ramo, a arma e o regimento a que o falecido pertence que deve designar um oficial para dirigir a cerimónia.
Talvez quando a bandeira chegou, ou avisado previamente, como já estava coberto com a bandeira, oferecida nos moldes que indicaste, optaram por não trocar a bandeira.
Se Marcelo Rebelo de Sousa estivesse presente na qualidade de Presidente da República teria, à sua direita o 1º Ministro ou, no mínimo, o Ministro da Defesa Nacional.
Já correu muita tinta, e muita vai correr.
Olá amigos,
Afinal esse cartão de combatente tão falado tem sido enviado aos ex-militares?
Eu mandei a informação que me pediram mas nunca mais recebi contacto or info sobre o assunto...
Um abraço e que continuem com cuidado
Antonio Marreiros (Canada)
Correção:
2º comentário,
linha 10ª
Onde se lê «Comandante Chefe ...»
Deve ser lido «Comandante Supremo ...»
As minhas desculpas pelo lapso.
https://dre.pt/pesquisa/-/search/469777/details/maximized
Não sei se ainda está em vigor ou se foi revogado ou corrigido.
Aprova e põe em execução o Regulamento de Continências e Honras Militares (revoga o Decreto n.º 26381, de 29 de Fevereiro de 1936)
Ainda vai correr muita tinta diz o incansável José Marcelino Martins.
Sim, mas vai ser uma no cravo outra na ferradura.
Veja-se o voto de pesar (Expresso):
A favor: PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega
Contra: BE, PCP, PEV, PAN, Joacine Katar Moreira e três deputados socialistas (Ascenso Simões, Paulo Pisco e Eduardo Barroco de Melo)
Abstenção: Cristina Rodrigues e seis deputados do PS (Porfírio Silva, Miguel Matos, Maria Begonha, Cláudia Santos, Joana Sá Pereira, Tiago Barbosa Ribeiro e Bruno Aragão)
Só que nunca haverá um aprofundamento a sério em Portugal, da colonização que a europa em geral praticou e abruptamente desistiu, com tudo mal feito, e que foi e está a ser um quebra cabeças, hoje, para todos e para a própria europa.
De maneira que era melhor como fazem os ingleses, sem complexos, pouco falam do passado, e no presente ainda vão aos territórios que ajudaram a criar, como o Iraque e o Afeganistão.
E hoje, na Inglaterra, pós Brexit, quem manda são os ingleses, ao contrário de Portugal dependente de tudo e de todos.
E como todos divididos, qualquer gato pingado pode mandar bitaites, sobre o passado o presente eo futuro.
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