quinta-feira, 29 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22153: Consultório militar do José Martins (62): X Recenseamento Geral da População Portuguesa de 1960


O nosso camarada José Martins (ex-Fur Mil TRMS, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), em mensagem de 25 de Março de 2021, mandou-nos um trabalho sobre o X Recenseamento Geral da População ocorrido no ano de 1960.
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Nota do editor

Último poste da série de 14 DE ABRIL DE 2021 > Guiné 61/74 - P22103: Consultório militar do José Martins (61): Implementação do Estatuto do Antigo Combatente - Últimos desenvolvimentos

2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...


Zé, tu vives agora na antiga região saloia da Estremadura, hoje totalmente "descaracterizada"... È interessante ver a sua expansão demográfica...Mas "saloio" era também (e ainda é é) um termo "depreciativo", contrapondo-se a "alfacinha"... Amnas têm etimologias árabes...

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saloio
saloio | adj. n. m. | adj.

sa·loi·o |ôi|
(árabe vulgar sahroi, habitante do deserto)
adjectivo e nome masculino
1. [Portugal] Que ou quem é dos arredores de Lisboa, a norte do rio Tejo (ex.: zona saloia; antigamente, muitos saloios vinham a Lisboa vender os seus produtos agrícolas).

2. Que ou quem trabalha ou vive no campo. = CAMPONÊS

3. [Depreciativo] Que ou quem é grosseiro, revela falta de educação, de civilidade ou de bom gosto. = PAROLO, RÚSTICO

4. [Depreciativo] Que ou quem age de forma desonesta. = FINÓRIO, MANHOSO, VELHACO

adjectivo
5. Diz-se de uma qualidade de pão fabricado nos arredores de Lisboa.

Plural: saloios |ôi|.

"saloio", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/saloio [consultado em 30-04-2021].

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alfacinha
alfacinha | n. f. | adj. 2 g. n. 2 g.
derivação fem. sing. de alface

al·fa·ci·nha
(alface + -inha, feminino de -inho)
nome feminino
1. Pequena alface.

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
2. [Informal] O mesmo que lisboeta.

Palavras relacionadas: alface, alfaçal, tridácio, verde-alface, lactúceo, lisboa, batávia.

al·fa·ce
(árabe al-khass)
nome feminino
1. [Botânica] Planta asterácea hortense, muito usada na alimentação humana, sobretudo em saladas.


"alfacinha", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/alfacinha [consultado em 30-04-2021].

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O que diz a Wikipedia sobre o "saloio":




Designa-se como saloio o habitante natural das zonas rurais do termo de Lisboa aquando da sua incorporação no Reino de Portugal, logo desenvolvendo uma cultura própria. (...O

"Çalaio" ou "çaloio" era o tributo que se pagava do pão cozido na corte e Patriarcado de Lisboa. Çaloio era também o nome que se dava aos mouros da seita "çalá" e no começo da nacionalidade era o nome que se dava aos descendentes dos provençais colonos oriundos de Salles d'Ande.

O equivalente brasileiro, em termos de expressão cultural ou até pejorativa, seria o caipira.

A região saloia compreende vários concelhos, sendo os seus limites discutíveis. Alguns autores[quais?] definem como região saloia os concelhos de Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Loures, Mafra, Odivelas, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. (...)

Até ao final do século XX os seus habitantes viviam da agricultura, praticada em hortas e pomares, e do comércio de produtos agrícolas em mercados e na cidade de Lisboa. (...)

Actualmente (2018) situa-se nesta região o mercado que mais carne de bovino fornece à capital, a Feira da Malveira. (...) As mulheres ganhavam mais algum dinheiro como lavadeiras das famílias abastadas de Lisboa. Desses tempos em que muitas aldeias se enchiam de peças de roupa a secar ao sol ficou o termo Aldeia da Roupa Branca, que se tornou título de um filme dos anos 30 do século XX sobre esta região.

Com produtos agrícolas de excelência (frutas, hortaliças, coelho, aves, ovos, queijo, caça), esta zona desenvolveu também uma gastronomia bastante variada e rica, sobressaindo as receitas de coelho, aves e porco. (...) O queijo fresco ainda hoje é muito apreciado em todo o país. A maneira de trajar também era muito própria, incluindo o colete e o barrete que até há poucos anos ainda era usado por pessoas mais velhas em algumas destas aldeias. (...)

A origem destes habitantes do distrito de Lisboa é discutível, sendo actualmente aceite que tiveram origem nas comunidades mouras que, saindo da cidade de Lisboa para as zonas rurais após a Reconquista Cristã (1147) por D. Afonso Henriques, se dedicaram à agricultura e pequeno comércio. (...)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Saloio


Acrescente-se, da minha lavra:

A expansão de Lisboa, no pós-II Guerra Mundial, ao longo dos eixos rodoferroviários (como a linha do caminho de ferro Lisboa-Sintra e a aquilo que é hoje a A8, mas a aquilo que é hoje a A1, a linha Lisboa-Cascais, a ponta Dalazar, etc. ), foi um "desastre urbanístico".... Hoje, felizmente, há outra "qualidade de vida", graças tmabém ao "poder autárquico democrático"...

Mas confesso que conheço mal os concelhos de Loures e de Odivelas...