«1. O António] Mário Leitão é um limiano, nascido em 1949, que toca "sete instrumentos" e tem "muitas vidas". Além de marido, pai e avô, terno, extremoso, babado, é ou foi:
(i) fur mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973;(vii) escritor, membro da Associação de Escritores, Jornalistas e Produtores Culturais de Ponte de Lima, membro da Associação Portuguesa de Escritores, autor dos seguintes livros:
- "Aprendiz Mágico" (Lisboa, Astrolábio, 2022, 264 pp.)
- “Heróis Limianos da Guerra do Ultramar”(Ponta de Lima, ed. autor, 2018, 272 pp.);
- "História do Dia do Combatente Limiano" (Ponte de Lina, ed. autor, 2017)
- "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (Ponte de Lima: Lions Clube de Ponte de Lima, 2012, 295 pp. e mais de 500 fotografias).
Participou ainda no XI volume da obra "Guerra Colonial - a História na primeira pessoa" (QUIDNOVI, 2011 a pág. 18 a 28), com o artigo "A farmácia militar".
Sexta-feira, dia 2/9/2022, às 20h00, vai estar presente na Feira do Livro de Lisboa, Parque Eduardo VII, pavilhões D44, D46, D48, D50, D52, para autografar o seu último livro "Aprendiz de Mágico", editada pela Astrolábio / Grupo Editorial Atântico (Prefácio do jornalista e diretor de comunicação Carlos Enes. Preço de capa: 12 euros | ebook: 5 euros) (*)
2. Texto do poeta limiano António Trovela:
Aprendiz de Mágico,
por António Trovela
Como diz Carlos Enes no prefácio, a vida do Autor, contada,
não se acredita: da escuridão do fundo do
mar à claridade celestial que pastoreia as nuvens, o protagonista enfrenta a
morte com escandalosa insistência e arrebatador desprendimento. João Barbosa, escritor limiano, comparou os
relatos do “Aprendiz de Mágico” com as aventuras de Dan Brown, mas realçou uma
diferença importante: a autobiografia de A. Mário Leitão é verídica!
Não é todos os dias que aparece uma obra a contar as
“excentricidades” de alguém que sobreviveu a um grave choque anafilático na
infância, que foi salvo de afogamento na adolescência, que foi libertado da
forca in extremis, que escapou a um
assombroso assalto de indígenas em terra africana, que esteve a morrer por
paludismo, enfim… que pertence ao restrito clube dos pilotos sobreviventes de
desastres aéreos!
Muitos leitores referem a sua experiência de terem lido o
livro de uma assentada, e têm razões para isso: a pequena extensão de cada um
dos 44 capítulos e cativação que a leitura provoca. De facto, em determinados
momentos surge no leitor a interrogação sobre o que é que virá a seguir!
Esta é uma peça literária que junta a aventura com o humor,
ambos polvilhados com adequada dose de lirismo. No prefácio, o livro é descrito
como um parque de diversões de géneros literários, onde cabem a biografia, a
crónica, o romance fantástico e até qualquer coisa de novela de cavalaria. Não
poderá haver melhor definição para este “Aprendiz de Mágico”.
Contudo, há três capítulos verdadeiramente desconcertantes
no que respeita ao que é permitido a um ser humano viver na sua passagem por
este mundo.
Um deles relata a experiência do furriel miliciano que foi
convidado para a mesa do General Luz Cunha, comandante-chefe das Forças Armadas
de Angola, meticulosamente relatada.
Outro descreve, segundo a segundo, o disparo de uma
espingarda submarina de pressão-de-ar, cujo arpão de 330 gramas beijou a face
do autor e atravessou a sua máscara de mergulho, algures na praia de Vila Chã,
em Vila do Conde.
O terceiro testemunho é um hino à vida, pois o Autor deixa
escapar o orgulho que sente por ter impedido a consumação de três abortos. Por
via disso, confessa jubilosamente, considera-se uma espécie de “pai espiritual”
de três seres humanos, concretamente um médico, um professor e um advogado.
Ao longo da narrativa aparecem as diferentes facetas
profissionais vividas por um farmacêutico que também foi professor, analista
clínico, director de um serviço hospitalar, animador cultural, aviador, patrão
de alto-mar, instrutor de mergulho e chefe de expedições de aventura, até se
converter em escritor compulsivo.
É plausível que este livro venha a ser objecto de larga
divulgação, quiçá global, pois é um romance autobiográfico surpreendente. (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 5 de maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23232: Agenda cultural (809): "Aprendiz de Mágico" (Lisboa, Astrolábio, 2022, 264 pp.), de António Mário Leitão: sessão de lançamento, sábado, 7 de maio, 17h30, auditório da CM Ponte de Lima
(**) Último poste da série > 30 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23568: Notas de leitura (1482): "Panteras à solta", de Manuel Andrezo (pseudónimo literário do ten gen ref Aurélio Manuel Trindade): o diário de bordo do último comandante da 4ª CCAÇ e primeiro comandante da CCAÇ 6 (Bedanda, 1965/67): aventuras e desventuras do cap Cristo (Luís Graça) - Parte IV: as circunstâncias da morte do 2º sargento mecânico auto Rodolfo Valentim Oliveira, em 11/8/1965...