Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 2 > Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001), pai do nosso camarada Hélder Sousa, natural de Vale da Pinta, Cartaxo, ex-1º Cabo n.º 816/42/5 da 4ª Companhia do 1º Batalhão de Infantaria do R.I. (23 ?) [ou seria do R.I. 5, Caldas da Raínha ? (LG)]... A foto 2 tem a data de 18 de Outubro de 1943 e na legenda refere ser 'recordação de S. Vicente'.
Cabo Verde > Ilha de São Vicente (?) > Foto nº 24 > 1º Cabo Ângelo Ferreira de Sousa (n. 1921 e, infelizmente, já falecido, em 2001). A foto 24 tem a data de 28 de Setembro de 1944 e acho que se trata de recordação já depois do regresso [à Metrópole].
Caldas da Rainha > 8 de Maio de 1943 > Foto 1 > A foto 1 é das Caldas da Raínha, com data de 8 de Maio de 1943 e tem no verso a indicação de ter sido 'tirada na véspera da minha retirada para Cabo Verde e um dia depois da promoção a 1º Cabo'. [Ao fundo, a fachada do hospital termal, (LG)]...
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Baía do Mindelo > Foto nº 3 > S/d > A foto 3 não tem referências a datas mas é visível tratar-se do [navio] Colonial [, ainda a navegar no final dos anos 40; o meu pai tem uma foto do Mouzinho de Albuquerque, que me parece ser do mesmo tipo ou série(LG)].
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 4 > S/d > A foto 4 é equivalente à que está no texto sobre o teu pai. Tratam-se de 'barcos hospitais' e não há dados no verso da foto. No entanto é provável serem os mesmos [, italianos,] que se estão referenciados na troca de prisioneiros e doentes em 1942 [antes, portanto, da chegada do meu pai]. Deve tratar-se de 'postal ilustrado'... [Segundo informação do nosso amigo açoriano João Coelho, ex-FAP, tratava-se do Vulcania e do seu irmão Saturnia, dois navios de passageiros italianos, transformados em hospitais durante a II Guerra Mundial; eram, conhecidos dos açorianos de São Miguel; o Vulcania terá navegado até 1974!... Segundo o meu pai, estes navios chegaram a São Vicente e ficaram ao largo da baía do Mindelo em 11 de Abril de 1942 (LG)].
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > As fotos 5 e 6 referem-se a uma parada militar ocorrida em 14 de Agosto de 1942, dia do exército. Nessa data o meu pai ainda não estava lá pelo que essas fotos devem ter sido adquiridas mais tarde e devem ter servido de recordação. [Deve tratar-se de postal ilustrado: Foto Melo. (LG)].
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 6 > Comemoração do dia do exército, 14 de Agosto de 1942. Foto: Melo. [Vê-se ao fundo o Ilhéu dos Pássaros, (LG)]
Cabo Verde> Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 7 > S/ d > A foto 7 ilustra a passagem dum zeppelin mas não tem datas. [É uma raridade esta foto: ao que parece, dataria de 1937, ano e que o Mindelo foi sobrevoado por um dirigível que pretendia abrir uma carreira entre a Europa e o Novo Mundo, o LZ 129 Hindenburg, de fabrico alemão:
(...) Reza a História, que o dito aparelho, uma das grandes apostas à época para o transporte de passageiros, adoptando os mesmos tipos de luxos dos grandes 'Paquetes Transatlânticos' que estabeleciam as ligações entre os três continentes, Europa, África e Américas, fez só uma viagem ligando os dois continentes. Partiu da Velha Europa para o Novo Mundo - o continente Americano, tendo passado sobre CV.
"Mindelo ficou na sua rota e Tuta registou esse momento, único! O aparelho passou sobre a Ilha de São Vicente, tendo largado três sacos de 'Mala Postal' - a forma complicada como se dizia correio - e teve um fim trágico ao aterrar em Lakehurst nos USA [, em 6 de Maio de 1937].
"Para os arquivos, fica mais esta imagem, só possível em Mindelo, pelo manancial de informação que corria na ilha, por causa dos cruzamentos dos cabos submarinos do Telé grafo Inglês e da Italcable (Italianos) e do seu movimentado Porto, também à época local de passagem obrigatória para os barcos que cruzavam o Atlântico Sul" (...)".
Fonte: sítio Mindel Na Coraçon
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 8 > S/d > A foto 8 é também equivalente a uma outra que o Luís mostra com tubarões. Também não tem data. [Nao se sabe quem seja a criancinha que, insolitamente, aparece em primeiro plano, (LG)]
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > S. Pedro > Foto nº 9 > As fotos 9 e 10 têm a data de 16 de Junho de 1943 e referem no verso terem sido 'tiradas nas rochas do mar em S. Pedro, [a sudoeste do Mindelo,] com amigos de 40, 41 e 42'.
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > S. Pedro > Foto nº 10 > 16 de Junho de 1943
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 11 > As fotos 11, 12 e 13 têm data de 21 de Agosto de 1943 (dois dias depois do 23º aniversário do pai do Luís) e no verso consta terem sido tiradas 'junto à Caserna da 4ª Companhia, estandono dia em que fiz 3 meses de África', donde eu presumir que deve ter chegado lá cerca de 21 de Maio de 43, o que estará certo.
Cabo Verde >Ilha de São Vicente > Foto nº 12 > 21 de Agosto de 1943
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 14 > A foto 14 não tem data mas tem no verso o seguinte 'Nos dias de S. António e S. João nativos dançando cancan ou cola-cola' [o famoso 'cola Sanjon', ponto alto, hoje, dos festejos tradicionais do São João, em Junho]
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 15 > A foto 15, datada de 30 de Janeiro de 44, diz que se trata de 'recordação do Quartel de Chã do Alecrim, S. Vicente, Cabo Verde'. [Chã de Alecrim ficava a nordeste do Mindelo, perto da Baía de Laginha, estando hoje integrada na cidade (LG]].
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Chã do Alecrim > Foto nº 16 > A foto 16, também datada de 30 de Janeiro de 44, diz o mesmo que a anterior mas acrescenta: 'Esta é a nossa querida Bandeira'. [As fotos 20, 21 e 22 não têm datas nem referências, embora nesta última se possa identificar a tal Caserna da 4ª Companhia; não têm um mínimo de qualidade, razão por que não se publicam, LG].
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > > Praia da Matiota > Foto nº 17 > As fotos 17, 18 e 19 não têm elementos para além da data e de que se trata da Matiota, local da praia, presumo.
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 18 > Praia da Matiota
Cabo Verde > Ilha de S. Vicente > Mindelo > Foto nº 19 > Praia da Matiota
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Foto nº 23 > A foto 23 tem a data de 10 de Setembro de 1944 e diz ser 'recordação da despedida de Cabo Verde, com dois 2ºs Cabos nativos, amigos'. [As fotos 20, 21 e 22 não têm datas nem referências, embora nesta última se possa identificar a tal Caserna da 4ª Companhia; não têm um mínimo de qualidade, razão por que não se publicam (LG)].
Fotos: © Hélder Sousa (2009). Direitos reservados. (Legendas de HS e LG)
Vídeo (2'50''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados (Disponível no You Tube > Nhabijoes)
Luís Henriques, de 89 anos, natural da Lourinhã, ex-1º Cabo Expedicionário na Ilha de São Vicente, Cabo Verde (1941/43), improvisa uma letra, ao som da música da conhecida morna, popular, de autor desconhecido, 'Papá Joaquim Paris', uma das jóias da música de Cabo Verde, imortalizada por nomes como o Bana, a Cesária Évora, o Tito Paris, etc.
Luís Henriques: Nascido em 19 de Agosto de 1920, na Lourinhã, foi mobilizado para Cabo Verde, durante a II Guerra Mundial, como 1º Cabo nº 188/41, 1º Pelotão, 3ª Companhia, 1º Batalhão do Regimento de Infantaria nº 5 (unidade mobilizadora, das Caldas da Rainha). É pai do Luís Graça (*)...
Tal como o pai do Hélder Sousa, o meu esteve na Ilha de São Vicente, na cidade do Mindelo, de 23 de Julho de 1941 a (?) de Setembro de 1943. Ao todo, foram 26 meses "a comer pó". Esteve aquartelado no Lazareto, a oeste da cidade do Mindelo (cidade, na época, mais importante que a Praia, capital político-administrativa do arquipélago, na Ilha de Santiago). Lembra-se de, ao regressar à sua terra, a primeira coisa que quis comer foram uvas...
Mas a peluda só veio, oficialmente, em Janeiro de 1944. O mundo inteiro vivia o pesadelo da II Guerra Mundial... E Portugal tinha milhares e milhares de homens espalhados pelos diversos territórios do seu Império, incluindo as estratégicas ilhas adjacentes, da Madeira e dos Açores. Das colónias africanas, o arquipélago de Cabo Verde era o território que ficava mais perto da Europa e do teatro de operações do Atlântico Norte... Pelo seu posicionamento geoestratégico, aero-naval, esteve na mira tanto dos Aliados como das potências do Eixo...
Do Mindelo, o meu pai lembra-se de pessoas e lugares: por exemplo, o seu impedido, o Joãozinho, com quem repartia o rancho, e que morreu, de doença, quando ele próprio estave internado (no interior da ilha ), durante 4 meses, com "problemas de pulmões... Lembra-se do Monte Cara, do Lazareto, da praia da Matiota, de São João da Ribeira, do Calhau... Sei que nunca foi à Baía das Gatas, por exemplo (hoje conhecida por ser uma estância de turismo e pelo seu famoso festival de música)... nem nunca explorou muito bem o lado meridional da ilha... (Bastavam-lhe os longos e penosos exercícios físicos e marchas que faziam no interior da ilha, para se manterem em forma, matar o tédio, esquecer a fome, a sede e a saudade)...
Lembra-se, além disso, dos nomes (e até dos números ) de alguns camaradas... Lembra-se dos nomes e de alguns histórias dos seus oficiais (alguns, bem prussianos, militaristas, germanófilos, de acordo o o figurino da época) ... Lembra-se até dos resultados dos renhidos torneios de futebol e de voleibol que se realizavam no Mindelo, entre tropas de diferentes subunidades... Escreveu centenas e centenas, senão mesmo alguns milhares, de cartas, em nome daqueles que na época (e eram muitos...) não sabiam ler e escrever... Muitas vezes eram os próprios putos cabo-verdianos, engraxadores de rua, escolarizados, que liam as cartas recebidas pelos expedicionários, metropolitanos, analfabetos... Que triste ironia!...
Mas, fantástico, os ex-expedicionários de Cabo Verde desta época continuaram a encontrar-se durante muitos e muitos anos, até à década de 1990... O meu velhote costumava ir aos encontros do 1º Batalhão do RI 5, nas Caldas da Raínha... até que as pernas começarem a falhar e a maior parte deles, dos seus camaradas, desapareceu de chez les vivants... (LG)
1. Mensagem de 1 de Setembro, do nosso camarada Hélder Sousa
Caro Luís e restantes Editores
Faz algum tempo, quando saiu o P4059, em 20 de Março passado (*), que algumas das situações lá referidas e algumas fotografias me fizeram sentir que me eram familiares. Acho que te dei conta disso em comentário.
Esse artigo ou texto ficou inserido numa série intitulada "Meu pai, meu velho, meu camarada" e nele referias a estadia do teu Pai inserido no Corpo Expedicionário Português em Cabo Verde, ao tempo da 2º Grande Guerra Mundial.
Acontece que o meu Pai, entretanto falecido faz alguns anos, também foi Expedicionário em Cabo Verde. Também esteve em S. Vicente. Curiosamente, também, no verso de algumas fotografias, tem escritos a tinta verde, como tu indicas nos escritos do teu Pai. Talvez seja só coincidência. Talvez fosse moda na época. Talvez fosse o tipo de material de escrita que havia ou era distribuída aos militares, disso, agora, por mim, não consigo aclarar, por razões óbvias.
Só agora consegui que a minha Mãe, adoentada, me facultasse as fotos que estavam guardadas "algures".
Recuperei algumas que envio em anexo. Pode ser que o teu pai identifique alguém ou consiga lembrar-se das situações.
Existem fotos repetidas, ou quase, relativamente às que fizeste acompanhar o texto referido, como as dos "barcos hospitais" e as dos "tubarões", bem como as das "festas nativas".
Segundo os dados que consegui obter dos versos das fotos, o meu Pai, nascido a 28 de Abril de 1921, fez a recruta nas Caldas da Raínha, onde passou a 1º Cabo, em 7 de Maio de 1943, e donde terá partido em 9 de Maio (?) para a sua "retirada" (como ele escreve) para Cabo Verde onde, supostamente, pelas tais notas nas fotos, terá chegado em 21 de Maio de 1943. Calculo que, tudo isto a bater certo, se terá cruzado com o teu Pai ainda lá, pois existe uma foto dele no dia de anos em 19 de Agosto de 43 em S. Vicente.
De acordo com notas que encontrei no verso de algumas fotos, o meu Pai, chamado Ângelo Ferreira de Sousa, natural de Vale da Pinta, Cartaxo, seria o 1º Cabo n.º 816/42/5 da 4ª Companhia do 1º B.I. do R.I.(23 ?) [ou seria do R.I. 5, Caldas da Raínha ?] (
Eu e o meu Pai não falámos muito destas nossa experiências africanas, ou quase. Aliás, acho que nem sequer falámos disso. Por acaso referes no teu texto o livro Hora di Bai, de Manuel da Fonseca, que também li e que na altura me deu para entender (pelo menos nos meus conceitos) os tempos por lá vivido.
É claro, também, que "não estive lá" e se calhar, por isso, não poderia entender, como agora parece ser apanágio de alguns amigos que acham que só quem "esteve" é que pode falar ou entender. Entender, todos podem. Falar, no sentido de "saber", é certo que quem viveu pode corrigir e falar talvez mais acertadamente, esclarecer melhor um ou outro pormenor, uma data, uma hora, um número de Companhia, mas não pode impedir que se fale do assunto. Por esse ponto de vista estreito não se podia falar da tomada de Lisboa aos mouros, "não se esteve lá", nem da batalha do Salado, "não se esteve lá", nem da viagem de Vasco da Gama à Índia, "não se esteve lá", e por aí fora com aberrações semelhantes.
Tive dois professores caboverdeanos. Um deles, Francelino Gomes, autor dum dos melhores livros de matemática que conheci e que muito me ajudaram na minha vida escolar, o livro e o professor. Outro foi o Terêncio Anahory, que chegou a viver no meu prédio, em Vila Franca de Xira, e que também estava referenciado como um dos autores contemporâneos de poesia caboverdiana. Como vês, os contactos com Cabo Verde são estreitos.
As fotos que te envio, com legendas, podem talvez ajudar a criar referências e a possibilidade de o teu Pai identificar algumas coisas e ou pessoas.
Um abraço
Hélder Sousa
2. Nova mensagem, de 2 de Setembro , do Hélder:
O texto que antes enviei com as fotos em anexo, tinha o objectivo inicial de apenas seguir para o Luís para ele mostrar as fotos ao Pai e a partir daí ver se haveria alguma identificação.
Por isso, em algumas partes da escrita a mesma é dirigida ao Luís. Depois, com o correr do tempo e a passagem das fotos, acabei por enviá-la para o Blogue.
Acho que se entenderem que terá matéria para publicação será necessário, talvez, algum enquadramento, pois poderão não faltar "vozes" a dizer que Cabo Verde não tem nada a ver com a nossa estadia na Guiné e o blogue é "camaradas da Guiné" e não com "velhadas em Cabo Verde".
Poderá ser qualquer coisa, como introdução, que relacione um pouco as questões do envolvimento das diferentes gerações nas épocas de guerra (o meu avô na 1ª Grande Guerrra, o meu pai contemporâneo da 2ª Guerra Mundial, eu e a minha/nossa geração nas frentes africanas).
Espera-se que os nossos netos (para os que os têm) tenham a mesma sorte que os seus pais, nossos filhos, os quais não tiveram que entrar em nenhuma situação semelhante.
Ainda bem!
Um abraço
Hélder Sousa
3. Comentário de L.G:
Hélder:
Quero publicamente agradecer-te estas autênticas preciosidades!... (Já o fiz em privado). Como te tinha prometido, aqui vão as fotos do teu pai, com as tuas legendas e o teu texto introdutório, inseridos na série Meu pai, meu velho, meu camarada.
É uma justa, justíssima, embora pequena, homenagem que fazes, não só ao teu vellho, aos nossos velhos (o meu felizmente ainda vivo, com 89 anos feitos em 19 de Agosto passado, no memso dia do Mário Fitas), mas também aos nossos amigos e irmãos de Cabo Verde... Seria uma pena que essas velhas fotos (e as memórias que elas cristalizam) se perdessem... É uma património (documental) também a preservar, e que pertence a todos... Quanto ao resto, deixa lá para trás eventuais críticas ...
Vou, de resto, fazer o mesmo com as fotos dos expedicionários que estiveram em Goa, Damão e Díu, até à data da invasão indiana, em Dezembro de 1961... Temos tendência, quando escrevemos ou falamos sobre a guerra colonial, para esquecer o caso da Índia Portuguesa, a jóia da coroa do nosso Império Colonial. Tenho um primo, o Luís Maçarico, de Ribamar, que esteve lá preso, nessa época ... A maior parte da malta ficou sem nada, incluindo os álbuns fotográficos... Ele consegiu salvar e trazer o seu...
Nunca estive em Cabo Verde (apenas duas horas no Sal, em 1970, na minha ida de férias à Metrópole, no voo Lisboa-Bissau, numa paragem técnica), mas é como que se lá tivesse vivido, nesta ou noutra incarnação... Como já aqui o disse, o álbum fotográfico do meu pai foi para mim, desde pequenino, uma fonte de maravilhamento por essa África tão próxima e tão distante, tão quente e tão estranha...
No fim de semana vou estar com o meu velhote, no casamento de um neto dele... Vou testar, mais uma vez, a sua memória... Tenho um entretanto um improviso, comovente, dele, acompanhando a música (a parte instrumental) dessa fabulosa morna que se chama Papá Joaquim Paris, imortalizada pela Cesária Évora, entre outros grandes intérpretes de Cabo Verde... Já pus no You Tube > Nhabijoes... (Escuta, entretanto, a diva aqui: http://www.youtube.com/watch?v=OhpTTXUmN64o ).
Um abraço. Luis
4. Esclarecimento posterior do H.S:
Caros amigos: Em relação à data do falecimento do meu pai foi em 21 de Novembro de 2001. Problemas da próstata, por isso cuidem-se, meus amigos...Não a coloquei logo porque tinha a dúvida se teria sido em 2002 ou 2003 (pensamos sempre que o tempo não passa...) mas para tirar a dúvida a minha irmã esclareceu a data correcta.
Relativamente ao que o Luís refere sobre o facto de ter crescido com a visão das fotos, é curioso ele dizer isso, porque comigo sucedeu parecido, já que quando estava doente com anginas (antes da operação às amígdalas) era costume ficar com algumas coisas para me entreter entra as quais a caixa com as fotos do meu pai. Aí via esses exotismo e imaginava-me lá. Quem diria!
Um abraço. Hélder
_________
Notas de L.G.:
(*) Vd. postes da série:
20 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4059: Meu pai, meu velho, meu camarada (1): Memórias de Cabo Verde, São Vicente, Mindelo, 1941/43 (Luís Graça)
21 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4060: Meu pai, meu velho, meu camarada (2): Militar de carreira, herói da 1ª Grande Guerra, saiu do RAP 2 como eu (David Guimarães)
21 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4062: Meu pai, meu velho, meu camarada (3): No Dia Mundial da Poesia (António Graça de Abreu)
24 de Maio de 2009> Guiné 63/74 - P4407: Meu pai, meu velho, meu camarada (4): Não é um elogio fúnebre que te quero dedicar... (António G. Matos)
26 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4420: Meu pai, meu velho, meu camarada (5): A minha família e o RAP2 (Vila Nova de Gaia) (David Guimarães)
16 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4694: Meu pai, meu velho, meu camarada (6): Ex-Cap Pára João Costa Cordeiro, CCP 123/ BCP 12 (Pedro M. P. Cordeiro / Manuel Rebocho)
17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4700: Meu pai, meu velho, meu camarada (7): Cap Pára João Costa Cordeiro: Um homem de carácter (António Santos / Carlos Matos Gomes)
17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4703: Meu pai, meu velho, meu camarada (8): Sobre o Capitão-Pára João Costa Cordeiro (Manuel Peredo)
18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4705: Meu pai, meu velho, meu camarada (9): Testemunho do Coronel Pára Sílvio Araújo sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (João Seabra)
18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4706: Meu pai, meu velho, meu camarada (10): Depoimento e fotos sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (Miguel Pessoa)
24 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4731: Meu pai, meu velho, meu camarada (11): Mensagem do filho do Cap-Pára João Costa Cordeiro (Pedro Miguel Pereira Cordeiro)
(**) Outro Regimento que teve tropas destacadas, a nível de batalhão (800 homens), durante a II Guerra Mundial, em Cabo Verde, nas Ilhas de São Vicente e Santo Antão, foi o RI 15 (Tomar):
Vd. Islas de Cabo Verde > Adriano Moreira Lima > Tomar, 25 de Fevereiro de 2006 > TROPAS EXPEDICIONÁRIAS A CABO VERDE DURANTE O PERÍODO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - MEMÓRIA QUE PERDURA
(...) Como é sabido, Portugal não teve qualquer envolvimento na Segunda Guerra Mundial, tendo optado por uma posição de neutralidade que se manteve ao longo de todo o conflito. No entanto, sabedor da importância estratégica das suas ilhas atlânticas, nomeadamente os arquipélagos dos Açores e de Cabo Verde, alvos apetecidos por qualquer dos contendores, Portugal entendeu que seria curial guarnecer aqueles territórios com forças militares suficientes para dissuadir qualquer veleidade por parte dos beligerantes.
O conflito assumira uma dimensão considerável no Atlântico e aqueles arquipélagos eram, com efeito, detentores de elevado potencial estratégico, sobretudo do ponto de vista aero-naval. Uma fraca presença militar de forças nacionais poderia indiciar um sintoma de desleixo, susceptível de encorajar uma ocupação estrangeira à revelia do direito internacional, em manifesto atropelo da soberania portuguesa.
O Regimento de Infantaria nº 15, de Tomar, foi das unidades do exército que enviaram forças expedicionárias a Cabo Verde. Conheço muito bem o historial deste Regimento por nele ter servido durante longos anos. E é assim que me capacito a divulgar a curiosa memória afectiva que os expedicionários deste Regimento de Infantaria desde sempre vêm cultivando e perpetuando.
A par de outros Regimentos do Exército, competiu ao Regimento de Infantaria nº 15 organizar e mobilizar para Cabo Verde um Batalhão de Infantaria (cerca de 800 homens). As quatro companhias do Batalhão ficaram instaladas em S. Vicente e S. Antão, tendo partido de Portugal agrupadas em três contingentes. O primeiro embarcou em Portugal em 19 de Outubro de 1941, o segundo em 17 de Novembro do mesmo ano, e o terceiro em 8 de Janeiro de 1942.
(...) O facto é que desde a sua desactivação, os ex-militares que serviram no citado Batalhão vêm promovendo reuniões anuais em alomoços-convívio para recordar a sua passagem por Cabo Verde, nomeadamente pelas ilhas de S. Vicente e de S. Antão, por onde se distribuíram as suas companhias.
Estive presente num desses convívios pela primeira vez em 1986, pela circunstância de o mesmo ter sido realizado nas instalações do Regimento de Infantaria nº 15, por convite do seu Comandante. Competiu-me, na altura com o posto de major, ser o oficial a apoiar a organização desse evento, que se inseria nesse ano nas comemorações do aniversário do Regimento, condição que me permitiu assistir do princípio ao fim a confraternização dos ex-militares.
O leitor nem imagine a satisfação daqueles homens quando lhes disse que eu era cabo-verdiano de origem. E isto porquê? Porque quando se juntam a intenção é celebrar a memória de uma experiência militar vivida na intensidade anímica dos seus 20 anos, mas também recordar e celebrar a terra cabo-verdiana com eflúvios de uma saudade que eu não imaginava possível. (...)
15 comentários:
Helde de Sousa
Achei uma delícia ver todas aquelas fotos publicadas.
Aquele aquartelamento,aparentemente era bem melhor,ou por outra muitissimo melhor do que,ao que costato pelo blogue,a maioria na Guiné do nosso tempo.
Aquela foto do dirigivel... espectacular.Um documento a manter!
E os "equilibristas surfianos"???!!! Está demais!
Um abraço
Luis Faria
Caro Helder
Há uma "critica" a este trabalho.
Já há muito que devia ter sido publicado.
Não sabia que a havia uma 2ª geração de expedicionários na tua familia. Sabia que o teu avô foi contemporâneo do meu, em Moçambique transição do seculo XIX para XX).
Na altura da II Guerra Mundial, na minha familia, que eu saiba até ao momento, não tive familiares alistados nesse periodo. Além do meu pai ter sido bombeiro, nessa altura já rondava perto dos 40 anos. Outras "Guerras" e outros "combates".
Forte abraço
José Martins
Pois é, para muitos já é tarde demais... Sei que este espólio fotográfico vai parar ao caixote do lixo depois da morte dos seus 'donos'... Devíamos, por isso, fazer um esforço por tentar salvar os 'albuns fotográficos' dos nossos pais e dos nossos avós...
Eles podem não ter sido "heróis nacionais", mas a história da nossa gente também passou por eles... Isto é, eles também foram actores da nossa história comum... Há uma ponte intergeracional, na nossa rede modal, na 'nossa base de dados' e nos nossos 'suportes escritos, que não podemos deixar de criar e manter...
O Caso do Hélder Sousa é espantoso: três gerações serviram o País, comi militares, fora do "território nacional" em sentido restrito; no caso do avô e no dele, em teatro de guerra... No caso do pai, em tempo de guerra, num cenário que poderia ter sido de guerra (bastava o Hitler ou os aliados terem decidido ocupar este "porta-aviões" no Atlântico, que era o arquipélago de Cabo Verde...). LG
É verdade, Luís Faria, aqueles pré-fabricados em madeira (proveniente de onde ? Guiné ? Portugal ?), dos aquartelamentos em São Vicente (Lazareto, Chã de Alecrim...) deveriam ser bem melhores do que os Bu...rakos em que muitos de nós vivemos, na Guiné (1969/74)...
Contrariamente ao que diz o Adriano Moreira Lima, oficial superior do Exército, de origem caboverdiana, em serviço em 1986 no RI 15, Tomar, a posição de Portugal na II Guerra Mundial não foi exactamente a de estrita neutralidade...
Como diz o povo, a diplomacia de Salazar jogou sempre com um pau de dois bicos, com o claro objectivo de salvar o regime (Estado Novo) e preservar o Império...
Durante o conflito, a posição de neutralidade ('colaborante') interessou aos dois lados, de qualquer modo, dadas as suas obsoletas forças armadas, o peso militar de Portugal era absolutamente irrisório...
Já os Açores (mas também Cabo Verde) eram cobiçados, dado a sua importância estratégica na luta pelo domínio (aéro-naval) do Atlântico Norte... Sem ameaça aérea, os submarinos alemães ditaram a lei nos primeiros anos da guerra...
Apesar da 'velha aliança' com Inglaterra, havia, nos círculos próximos do poder do Estado Novo, uma clara germanofilia...A nossa economia de guerra foi favorecida pela exploração do volfrâmio, pago a peso de ouro... Depois da derrota da França, em 1940, o eixo Madrid-Berlim chegou a ponderar a hipótese da invasão da península ibérica ("Operação Félix", se não me engano) e a conquista de Gibraltar, o que seria um duro golpe para os interesses britânicos e o quiçá o fim do Império Britânico (fechado o Mediterrâneo, não havia acesso também ao Índico, através do canal do Suez)...
Num cenário como este, os nossos velhos aliados terão aconselhado Salazar a transferir a sede do Governo para os Açores, que seria ocupados militarmente por eles, bem como Cabo Verde... A opção de Hitler, que foi a abrir a frente leste, atacando a Rússia, fez gorar estes planos de "nuestros hermanos" (e que irmãos!)...
Com o fracasso militar nas tropas nazis na frente russa, e o crescente ascendente dos States como potência militar, liderando a contra-ofensiva dos Aliados, a diplomacia de Salazar teve que mexer nas pedras do tabuleiro do seu xadrez estratégico...
O que aconteceria se Cabo Verde, defendido por dois ou três batalhões, tivesse sido realmente invadido, em 1941, 1942 ou 1943 ? Nada, as nossas tropas limitar-se-iam a render-se aos invasores, fossem eles os Aliados ou as potências do Eixo (Alemanha e Itália)... A nossa presença em Cabo Verde era pouco mais do que simbólica...
Luís Graça
Caro Luis,
Sem polémica!!
Tanto quanto sei, foi o Franco a opor-se à conquista de Gibraltar através da Peninsula. Assim, defendeu a sua própria independência - a Espanha encontrava-se demasiado debilitada e dificilmente resistiria à subordinação - e, por extensão, salvou Salazar da vergonha: ser subjugado em casa pelo próprio inspirador.
Em resumo, foi uma sorte para a Peninsula.
Abraços
J.Dinis
Meu caro José Manuel:
É bom discutirmos aqui temas da nossa história (recente), portuguesa, europeia e mundial, directa ou indirectamente relacionados com o nosso "core business" que é a Guiné 1963/74...
A história não é uma "ciência dura" (hard science), mas uma "ciência mole" (soft science)... Isto quer dizer, que há ainda (e haverá sempre) alguma conflitualidade teórico-ideológica na abordagem da história da aventura dos homens e dos povos...
Os "arquivos secretos" (do Salazar, por exemplo...) só agora começam a ser objecto de pesquisa historiográfica... Não sei o que se passa com o arquivo de Franco e outros grandes deste mundo...Isto é só para te dizer que nestas coisas (e em quase nenhumas...) faço afirmações "de pés juntos e olhos postos no céu"...
Seria uma arrogância (intelectual) dizer que as minhas fontes são melhores do que as tuas... Não são, nem eu sou "historiador encartado"...
As relações entre Franco e Hitler foram, durante muito tempo, objecto de controvérsia, entre os historiadores... E se calhar ainda são. Hitler e Mussolini foram apoios decisivos para o Caudillo de Espanha... A questão se Gibraltar deve ter sido ponderada pelos dois, e seguramente à revelia de Salazar (cujo modelo ideológico, de resto, não era o Hitler, como pareces sugerir, mas sim o Mussolini)...
Mas voltando ao nosso assunto, faria mais sentido aos Aliados ocuparem os Açores (e Cabo Verde) - em caso de invasão da Península Ibérica pelos alemães - do que às potências do Eixo, se bem que a Itália mostrasse particular interesse por Cabo Verde e pela Guiné por causa das suas ligações (aéreas e navais) com as "colónias de emigrantes italianos" na América Latina...
Já em 1939, antes da guerra - se não me engano - o Governo português autorizara o Mussolini a arrancar com o seu ambicionado projecto de construção de uma aeroporto na Ilha do Sal... A guerra frustrou os intentos de ambos os Governos.
Recorde-se, por fim, que já no início de 1931 tinham caído na Guiné, em Bolama, então capital da colónia, dois hidro-aviões da esquadrilha de Italo Balbo (às vezes apontado como o Gago Coutinho italiano...) que tentava fazer a ponte aérea entre Roma e o Rio de Janeiro...
Desse desastre resta na ilha, ainda surpreendentemente intacto, um monumento em pedra com a legenda "Mussolini ai Caduti di Bolama», inaugurado em Dezembro de 1931...
A esquadrilha, com 14 aparelhos, de Italo Balbo (apontado mais tarde como um rival de Mussolini, e morto em 1940, em combate, na Líbia, pelo próprio fogo dos italianos), chegou a Bolama no dia de Natal de 1930. Era o último ponto de paragem em África, justamente por ser o mais próximo de Porto Natal, no Brasil.
Depois de vários dias em Bolama para reparações e à espera de condições atmosféricas favoráveis, voltaram a levantar voo a 5 de janeiro de 1931. Caíram 2 aparelhos, provocando 5 mortos. Os restantes chegaram ao Rio de Janeiro no dia 15.
LG
A língua portuguesa é traiçoeira: O que eu queria dizer (ou escrever) era:
Isto é só para te dizer que nestas coisas NÃO faço afirmações "de pés juntos e olhos postos no céu"... Nestas e praticamente em nenhumas...
Ainda que esporadicamente tenho dado umas espreitadelas ao “nosso mundo”, sempre que passo aqui por casa.
Acabo de ver e ler este Poste e as fotos dos “barcos hospitais”, possivelmente os italianos Vulcania e Saturnia, nomes que me são familiares.
Mas a maior coincidência é que anteontem estive recordando, em conversa com minha cunhada americana, um destes “barcos hospitais”, creio seria o Vulcania.
E de onde vem estas lembranças?
O meu saudoso progenitor, nascido no longínquo séc. XIX (1895) e que foi antigo combatente na 1.ª Guerra Mundial em França, emigrou para os USA e quando vinha de férias a casa, de 4 em 4 anos, tal como os seus conterrâneos que para lá tinham ido, faziam a viagem nesses navios italianos que ligavam a Itália a Nova Iorque, com escala também em Lisboa.
Com o deflagrar da 2.ª Guerra, esteve 8 anos sem cá voltar e em 1946, ano em que finalmente o conheci, já que nasci em 1937 e por isso não tive um irmão mais novo (os outros 4 eram todos mais velhos, com as tais diferenças de cerca de 4,5 anos), mas como dizia, nesse ano ele e todos os outros vieram nesse navio que ainda mantinha muitas características e “cheiros” de “barco hospital”.
Por sinal a minha cunhada americana, mas filha de Ilhavenses, veio também com os seus pais e irmãos nessa mesma viagem e foi por isso que recordávamos esse facto anteontem.
A vida é mesmo feita de muitas coincidências…
Já agora quer-me parecer que o Vulcania e o Saturnia continuaram a fazer essas viagens até 1974(?), mas já eram novos navios que mantiveram entretanto os mesmos nomes por serem muito emblemáticos.
Quando omei pai regressou definitivamente, no final da década de 50 ou talvez em 1960, julgo que já era no novo.
Abraços
Jorge Picado.
Jorge Picado
Folgo muito em te "ouvir" de novo.
Tudo bem?
Abraço
Luis Faria
tambem estive na honorio barreto
em 1971 só que não fui em comissão
sou o Rodrigues, mar. manobra,
Creio que me conheces pois estivemos
em Cartagena Lembras-te do molinete ?
que agora é uma acrópole ?
Um abraço.
Rodrigues.
Rodrigues, Mar. Manobra da Honório, vai ao blogue do "nucleo dos marinheiros da Armada do concelho da Lousã", porque andam lá à tua procura, por causa da molinete. Inscreve-te como membro porque eu preciso de falar contigo - comemoração 40 anos da partida para CABO VERDE - Santos
A foto nº 2 tem uma referência, com interrogação, acerca do RI 23.
O RI 23 foi constituido em Cabo Verde, na Ilha deS. Vicente, sob o comando do Brigadeiro Augusto Martins Nogueira Soares (Agosto de 1941 a Dezembro de 1944).
Faziam parte deste regimento:
1 Batalhão do RI 5 (Caldas Raínha)
1 Batalhão do RI 7 (Leiria)
1 Batalhão do RI 15 (Tomar)
Bateria de Artilharia Costa 1
Bateria de Artilharia Costa 2
Bateria Artilharia Conra Aeronaves 9,4 cm
Bateria Artilharia Conra Aeronaves 4 cm
Bateria de Referenciação, a 2 Divisões
2ª Companhia de Sapadores Mineiros do Regimento de Engenharia 2
serviços de apoio:
Parque de Engenharia
Secção de Padaria
Depósito de Subsistências e Material
Laboratório de Análise de Águas
Hospital Militar Principal de Cabo Verde
Depósito Sanitário
Tribunal Militar
Ab
José Martins
Olá !! Sou Keli daniela de jesus braz .Neta de : José luiz .(cozinheiro)
Meu avô era do Exército portugues, no ano 1941 á 1944 . Infantaria.freguesia trajo da guarda.acho que é meu avô que está nas FOTOS ... Ele era cozinheiro dos Comandantes e soldados.participou da 2ºguerra mundial . Ele saiu de portugal para O BRASIL em 1956,santos -sp. o será que tem algum amigo do meu avô vivo? tenho uma foto dele e a carteira preta do exercito portugues .Gostaria de saber se realmente é meu avô nas fotos ! muito obrigada .Keli braz ,do brasil ,cidade ;são vicente. entre contato : FACEBOOK;Keli daniela braz .cidade são vicente .brasil.
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