sábado, 2 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18037: Dossiê LAMETA - Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor-Leste: um documento para a história, um livro do nosso camarada da diáspora, João Crisóstomo (Nova Iorque)... Parte II: Como tudo começou com o autor, com António Rodrigues, com Anne Treserer e outros ativistas luso-ammericanos, em 1996


Da esquerda para a direita: o professor Berbedo de Magalhães, da Universidade do Porto, João Crisóstomo e Xanana Gusmão, num encontro em Lisboa [em 22 de dezembro de 2001] ( p.22)


Da esquerda para a direita: António Rodrigues, congressista Patrick  Kennedy, de RI [, Rhode Island,]  e João Crisóstomo, no Sport Clube Português de Newark.  O congressista mostrou senore muita abertuira aos propósotos da LAMETA. ( p.25)

Fotos e texto: © João Crisóstomo (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar. Blogue Luís Graça / Camaradas da Guiné]


Extratos do livro de João Crisóstomo - LAMETA - Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor-Leste, edição de autor, Nova Iorque, 2017, 162 pp. (*)

Hoje vamos reproduzir, com a devida autorização do autor,  grande parte do capítulo 1 [Como tudo começou: criação da LAMETA e primeiros passos. pp. 17-29].

Um documento para a história, ou pelo menos, para "memória futura", este livro do nosso camarada da diáspora, João Crisóstomo (Nova Iorque), ex-alf mil, CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67).

Netsa parte II, vamos saber como tudo começou com o autor, com António Rodrigues, com  Anne Treserer e outros ativistas luso-americanos, em 1996.

Embora em atividade desde o início de 1996, a oficialização da LAMETA demorou o seu tempo e só foi registada junto do Internal Revenue Service (IRS) em 23 de setembro de 1997. Para além de uma ofensiva nos meios de comunicação social, ainda em 1996 a LAMETA manteve contactos pró-Timor com o gabinete do congressista Patrick Kennedy, de Rhode Island, com o presidente Biil Clinton, a quem enviou petições com centenas de assinaturas em 6 e 22 de junho de 1996 e em 10 de junho de 1997.

A anscente LAMETA chamou igualmente a atenção do National Geographic Magazine para um mapa que publicara com Timor-Leste integrado na Indonésia (p. 23). Em 2 de março de 1996 foi dirigida uma carta ao presidente Suharto, da Indonésia, ainda com o cabeçalho do "Save the Coa Site Movement" (p.23). Os documentos das pp. 23 e 24 não são aqui reproduzidos para não sobrecarregar o poste (e o blogue).










(pp. 23/24: cópias de documentos, que não reproduzimos aqui)

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Em 12 de março de 1966 foi endereçada uma carta, manuscrita, da LAMETA ao presidente dos EUA, Bil Clinton.  Ainda leva o cabeçalho do "Save the Coa Site Movement" (p.26. do documento aqui não reproduzido). A resposta da Casa Branca veio em 21 de janeiro de 1997 (p. 27).




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Nota do editor:

Último poste da série > 10 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17340: Dossiê LAMETA - Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor-Leste: um documento para a história, um livro do nosso camarada da diáspora, João Crisóstomo (Nova Iorque)... Parte I: a documenrtação original vai ser entregue dentro de dias em Dili... Uma cópia é entregue hoje, pessoalmente, ao Presidente da República Portuguesa

Vd. também  poste de 15 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17246: (De)Caras (71): João Crisóstomo acaba de publicar, em Nova Iorque, o livro "LAMETA: o desconhecido contributo das comunidades luso-americanas para a independência de Timor-Leste"...Vem a Portugal, para umas férias, no próximo dia 20, 5ª feira.

7 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O João Crisóstomo, o António Rodrigues e outros luso-americanos têm uma notável saber e experiência em matéria de defesa de "causas sociais"... Tiro-lhes o chapéu!... E a vitória da causa timorense também a quota-parte destes e de muitos outros compatriotas nossos da diáspora...

Tabanca Grande Luís Graça disse...


João, não eras só tu que estavas "alheado" de Timor... Nós aqui, em Portugal, também..., a fazer contas à vidinha...

O famoso cordão humano por Timor foi das coisas mais lindas que vi na vida, em termos de solidariedade humana, mas só aconteceu em 8 de setembro de 1999...

http://portimor1999.blogspot.pt/2009/09/ha-10-anos-o-cordao-humano-por-timor.html

Manuel Luís Lomba disse...

Tive o grande prazer de conhecer o João Crisóstomo no último almoço da Tabanca Grande, em Monte Real, saboreei dois wiskies simples (e mais não emborquei, rendido ao medo das vísceras e ao controle da minha mulher) da sua garrafa de "old" americano.
Teremos sido contemporâneos na Guiné (BCav 705 - 1964-1966). Participei na Operação Açor, na zona de Portogol, em 20-21 de Abril de 1965, na qual fui ligeiramente ferido por granada de PRG, ao lado do comando Luís Lopes Jorge, este gravemente, que teve de ser evacuado.
Sinto orgulho por ti, como português de gema, pela marca da tua passagem, da guerra Guiné, à luta pela ascensão social na América, à defesa das gravuras do Coa, à luta pela liberdade de Timor Loro Sae.

É grande o meu contentamento, nesta oportunidade de te cumprimentar.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Querido amigo e camarada Manuel Luís Lomba:

Fico sensibilizado pelo teu comentário, amanhã vou almoçar com o João Crisóstomo (, bem como com o Eduardo Jorge e o Rui Chamusco), na Praia da Areia Branca, e dar-lhe-ei conhecimento da tua mensagem...

Mas o seu a eu dono: o uísque velho que bebemos em Monte Real, no último encontro da Tabanca Grande, foi oferta do Tony Borié, outro luso-americano, nosso camarada da Guiné... E não esteve no encontro, tal como o João Crisóstomo: ele estava por ali perto, nas Caldas da Raínha, no convívio da CCAÇ 1439... Ficou danado pelo conflito de datas e espero não falhar em 2018. Nessa altura, sim, vais poder abraçá-lo... Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

E já, agora, acrescento:

Acabei de ler o livro, interessante (pelas revelações que faz, de um humaníssimo avô...), de António Moncada S. Mendes: "Aristides de Sousa Mendes: memórias de um neto" (Lisboa, editora Desassosego, 2017, 352 pp.).

O livro foi recentemente apresento, em Lisboa, pela historiadora Irene Pimentel.

Confesso que custou-me, ao ler (, de resto, de um fôlego) este livro de memórias do neto de Aristides de Sousa Mendes, verificar que não há uma única referência ao papel do nosso camarada e amigo, o luso-americano, João Crisóstomo, na luta pela reabilitação da memória de um grande português que nos honra a todos, por em 1940 ter decidido em consciência, obedecer a Deus e não a Salazar, no caso dos vistos do consulado português de Bordéus que permitiram salvar 30 mil vidas, de homens, mulheres e crianças, judeus e não-judeus, fugidos do terror nazi.

O João, com quem vou estar amanhã, na Praia da Areia Branca, Lourinhã, juntamente com o Eduardo Jorge Ferreira e o Rui Chamusco, faz parte do "advisory council" (leia-se: conselho consultivo) da administração da Sousa Mendes Foundation, com sede nos Estados Unidos da América... Julgo que, com toda a justiça e mérito...

http://sousamendesfoundation.org/administration/

Enfim, é um lapso que o autor ainda pode remediar numa 2º edição... (Faremos, sobre este livro, uma "nota de leitura", a publicar dentro em breve). LG

Anónimo disse...

A questão de Timor nunca terá estado completamente esquecida, pelo menos para alguns, ainda antes de 1996.
Em 1992, Portugal tinha a presidência comunitária, ou seja, a coordenação das posições de todos os países membros da União Europeia nas instâncias internacionais. Em Março desse ano tem lugar em Viena a reunião anual da Comissão do Estatuto das Mulheres da ONU(CSW). Era no tempo em que Timor, anteriormente território sob jurisdição portuguesa, se encontrava numa situação de submissão à Indonésia e de mera província da potência invasora. O discurso da delegação portuguesa, preparado no âmbito da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres, terminava com uma chamada de atenção da comunidade internacional para o problema e, designadamente, para as questões problemáticas da situação das mulheres timorenses. Mal esta questão começou a ser formulada registou-se grande alvoroço na delegação indonésia, acompanhada de uma cena, em que as mulheres que estavam nos lugares da frente acabam por ser substituídas pelos homens que se encontravam em segunda fila. Mal o discurso terminou pedem logo o direito de resposta, que, dada no final da sessão é feita em tom agressivo, o que requereu uma contra-resposta. Os delegados indonésios não se calaram, pelo que a delegação portuguesa foi obrigada a nova contra-resposta.
Claramente os indonésios foram surpreendidos e não imaginavam que numa reunião de uma Comissão da ONU sobre o Estatuto das Mulheres, a questão da presença Indonésia em Timor fosse levantada. Está terá sido uma das primeiras vezes que em foruns internacionais se procurou chamar a atenção para a situação existente em Timor.
Armando Tavares da Silva

Manuel Luís Lomba disse...

Bom dia, camarada e amigo Luís Graça!
Agradeço à tua prática pedagógica o facto de não morrer convencido de que tinha cumprimentado o João Crisóstomo e partilhado o seu uísque, no último almoço da Tabanca Grande.

Indício da "doença do alemão", como aprendi contigo a dizer?
As minhas desculpas ao João - os meus agradecimentos ao Tony Borié.
Abr.
Manuel Luís Lomba