quarta-feira, 1 de abril de 2020

Guiné 61/74 - P20797: O que é feito de ti, camarada? (12): Virgílio Teixeira, "aquarentenado" em Vila do Conde...


Foto nº 1 > Vila do Conde > 15 de março de 2020 >  O Virgílio Teixeira, equipado para furar a "quarentena"...


Foto nº 2 > Vila do Conde > 21 de março de 2020 >  Vista do mar, ao fim da tarde, a partir da Rua da Independência


Foto nº 3 > Vila do Conde > 12 de março de 2020 > Av Júlio Graça, parque, muro exterior,  a caminho do Lidl

Fotos (e legendas: © Virgílio Teixeira (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem, com data de 31/03/2020, 19:47, do nosso amigo e  camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), e que vive em Vila do Conde:

Amigos e camaradas,

Depois de ler isto (*) não fico indiferente, comecei a escrever do meu ponto de vista e sem nenhuma ideia em concreto, o que se está a passar agora com esta Pandemia que nos apareceu. É para continuar, pois preciso de desabafar esta dor que nos assola a todos.


Vou juntar algumas fotos de uma série de mais de 500, onde se mostra,  numa pequena localidade [, Vila do Conde,] o desânimo e tristeza deste país e do mundo.
Voltarei com mais,
Até logo,
A COVID-19 não passará!
Abreijos. Virgílio


2. Texto que nos mandou, a seguir, o Virgílio Teixeira, com fotos de que fizemos uma seleção:

A PANDEMIA DO SÉCULO XXI

Chegou lentamente no inicio do ano de 2020, primeiro na China, mas não se deu grande importância, era uma ‘epidemia’ nova centrada na cidade de Whan na China, passou a chamar-se de Corona Vírus, era uma nova forma do antigo Corona SARS, que nunca ouvi falar antes, e tinha passou por cá apenas há alguns anos.

Depressa se estendeu a outros países, devagarinho, e assim em Março de 2020 já estava instalada em muitos países de todos os Continentes, entrou em Portugal, passamos a tratar de ‘Pandemia’ um nome estranho, para mim, mas que significava que atingia todos os países isto é, o Planeta todo.
Matava sem deixar rasto, no principio ninguém ligava muito, mas em breve passamos a ter os números reais de infectados e mortos em todos os países, incluindo Portugal.

O Governo decretou o Estado de Emergência, uma nova realidade, estava tudo confinado a casa e só os operacionais – da saúde, dos transportes, da alimentação e pouco mais – tinham carta verde para sair sem ser apanhado pelo controle que, entretanto, foi apertando, mais e mais. O País parou, tudo o que era actividade não essencial à vida fechou portas, lojas e estabelecimentos foram fechando e colocando os seus papeis de avisos nas portas.

Devido ao COVID-19, uma nova espécie de Corona Vírus, que apareceu no final de 2019, era o nome mau e terrível que passou a chamar-se a este estado descontrolado.

COVID-19

É o nome que está na ordem do dia, não se fala nem escreve sobre mais nada. Os números de infectados, mortos, os poucos que se curavam, são as estatísticas do dia, sobrepondo-se aos números do Orçamento do Estado, à classificação das equipas, aos banais assuntos sem importância a que antes se dava relevo.

Estou a escrever isto, hoje dia 30 de Março de 2020, pois já não sei mais que fazer, para passar o tempo fechado dentro de casa, e sem perceber patavina do que significa, o que é este vírus assassino, que ninguém sabe explicar, cada um lança um palpite, e os debates televisivos acontecem minuto a minuto, sem nada sair de concreto. Eu confesso-me um ignorante de primeira linha, pois nunca dei grande importância a estes coisas de saúde, talvez por felicidade minha, nunca passei, quer em família, quer pessoalmente por uma situação destas, terrível em termos de saúde, daí o meu desinteresse anterior e a minha ignorância, sei que não estou no bom caminho, mas foi assim que vivi até aos 77 anos.

Os dramas acontecem com números diabólicos, não poupam ninguém, esta mortalidade é transversal a todas as classes sociais, religião, raça, sexo, ricos e pobres, famosos e anónimos, novos e velhos, homens e mulheres, jovens e crianças.

Os mortos não têm sequer um funeral, são empilhados à espera de vez para serem cremados, única forma de matar o vírus, os velórios e o luto ficarão para mais tarde, quando tudo passar, se realmente vai passar totalmente.

Vila do Conde > Esplanadas, vazias, da marginal
O isolamento social é uma forma de travar a pandemia, que ninguém já sabe em concreto como se transmite, e agora passou a ter outro palavrão – a mitigação -, o estado em que não se sabe de onde vem a contaminação, pode ser tudo ou nada, é a ignorância e a impotência do ser humano, que nunca se preparou para uma situação destas, pois já se passaram mais de cem anos desde a ultima peste, e os países só pensaram nas defesas da guerra convencional, da guerra biológica, da guerra atómica, de homens contra homens, e não cuidaram de se acautelar contra a mãe natureza, que decide tudo em última instância, não é uma critica a ninguém é apenas a constatação de um facto.

Eu não me dou bem com o isolamento, por isso há 15 dias que ele existe oficialmente, mas não há nenhum dia que não saia de casa, tenho de fazer o abastecimento das necessidades do dia a dia e não quero que falte nada, vivo apenas com a minha mulher nesta chamada quarentena, e ela depende de mim, pois não sai de casa, é oficialmente uma pessoa de risco agravado, não só devido à idade, mas a outros problemas colaterais, por exemplo híper tensão.

Vila do Conde > Café Concerto
Por isso quando saio para as compras diárias, aproveito umas horas, quer de manhã ou de tarde, e ando a fazer quilómetros e a fotografar o «deserto» onde estamos metidos, quero gravar em imagens as lojas e estabelecimentos fechados, as ruas, avenidas e praças desertas, para memória futura. [Fotos nºs 1, 2 e 3]

Dia após dia, mais portas se fecham, até que hoje quase nada está aberto, tirando as farmácias, lojas de pão e supermercados, tudo à fila mas com espaços grandes uns dos outros, dizem, por causa das gotículas que podem andar no ar, que eu não acredito de todo, por isso não ando assim com tanta paranoia, talvez eu ainda não esteja crente do que está a acontecer, mesmo com as centenas de mortes que diariamente são anunciadas pelos órgão de comunicação, mais alarmistas do que realistas, mas têm de vender tempo de antena, em tempos de crise, quando não há mais compradores nem tanto para vender.

Metro de Vila do Conde
Isto tudo vem a propósito que ontem, sexta feira, fiz um esticão maior, fui até à Estação do Metro e vi uma situação nunca vista, sem ninguém, com tantas vagas para estacionar, nas informações avisava que havia em todas as linhas uma composição de meia em meia hora e que não era preciso mais pagar nem validar bilhetes, estava tudo desligado, e as portas abriam-se automaticamente, para ninguém apanhar o vírus por causa disso. E eu que tinha comprado o passe para o mês de Março todo, fiz apenas uma viagem e nunca mais entrei noutro, quer eu bem como a minha mulher, que desde há uns meses tínhamos o passe para as nossas deslocações de lazer ao Porto, já que no carro era impensável, não tenho paciência de filas intermináveis.

Vila do Conde > Espaço da feira semanal, vazio
Antes tinha passado pelo mercado da vila, onde se faz a feira semanal e estava tudo deserto, nem uma pessoa se via, em dias de outrora apinhados de gente. Como vão sobreviver todos os que dependem desta actividade, agora proibida, isto faz-me pensar em cenários brutais, mais para a frente, e não vai levar muito tempo.

Então passei pelo Centro, tem lá um florista, a minha mulher já se tinha queixado que saio todos os dias, duas vezes e nunca me lembro dela, não lhe levo um miminho… Ia comprar uma flor ou um pequeno ramo, mas não o fiz, não queria falar com mais ninguém.

Vila do Conde > A minha rua, Av Baltazar do Couto
Cheguei ao meu empreendimento a caminho de casa, e temos muitas floreiras e jardins com flores selvagens, que afinal são de todos, minhas inclusive. Fui arrancando uma aqui outra acolá, algumas eram difíceis de partir os ramos. Fui à garagem, tenho lá um facalhão, peguei nele e fui arrancar mais algumas, eram pelo menos de 4 ou 5 tipos de flores. Na garagem, inventei um ramo, que nunca tinha feito, mas já vi muitas vezes a fazerem. Juntei aquilo tudo à minha maneira, mas precisava de atar, não tendo nada, foi mesmo com um pedaço de corda grossa.

Cheguei a casa, ofereci-lhe o ramo, acho que ela gostou bastante, colocou num vaso, tirei-lhe uma foto como ela estava vestida e penteada, fiquei com a sensação de dever cumprido. Afinal a necessidade aguça o engenho.

Não sei o que se está a passar, isto é, não compreendo como tudo isto aconteceu, vejo países como a Itália e agora Espanha, com centenas de mortes por dia, e eu não sei como ajudar, pelo contrário, ainda faço pior, segundo as instruções, a sair todos os dias e não por pouco tempo, ando duas a três horas e uns quilómetros a pé, e faço umas dezenas de novas fotos em todas as saídas.

Sei que tomo as precauções que acho suficientes, visto um blusão de inverno, um chapéu de abas largas de Verão, uma máscara de papel, pois não há outras, luvas de algodão e por cima quando tenho de pegar algo, um par de luvas de borracha, e quando chego vai tudo para a máquina de lavar, faço a limpeza de mãos e cara, e uso o novo sabão azul para me lavar, dizem que é desinfectante e por outro lado faz bem ao meu problema da polpa dos dedos, que me dizem tratar-se de psoríase, mas com isto posso eu bem.

Ninguém sabe na realidade o que se passa nos Hospitais, louvo os profissionais da saúde e todos os que ajudam, no esforço impressionante do dia a dia, para manter vivos a maior parte dos internados, sem condições, pois nenhum sistema foi implementado nem pensado antes para ocorrer a situações destas.

Nunca me passou pela cabeça, que nesta idade viesse a viver uma guerra com um inimigo invisível que mata sem olhar a meios. Vivi, conforme outros da mesma geração, hoje com 65 a 80 anos, uma guerra diabólica em África, fomos requisitados à força e mandaram-nos combater um inimigo a sério, cada um durante dois anos, e sem as condições mínimas de subsistência, a maioria chegou viva, mas muitos ficaram pelo caminho, nunca regressaram, ou vieram em caixas de pinho, do outro lado do mar.

Vila do Conde > O meu Posto de Trabalho.
Troquei o escritório, pela Sala
Outros vieram evacuados com os mais variados ferimentos ou doenças, e todos os que sobreviveram sofrem hoje da síndrome de pós stress traumático, mesmo aqueles que se recusam em reconhecer essa mazela. Durante 13 anos o nosso país enfrentou uma guerra em 3 frentes de combate, coisa que nenhum outro país fez antes nem depois. É uma façanha e um orgulho para a capacidade dos Portugueses se adaptarem a formas de vida que nunca pensaram, foram e não tinha escolhas, a não ser aqueles, que escoltados em fantasias politicas, fugiram do país, e só regressaram quando tudo tinha acabado, estes não são os heróis, mas os cobardes e traidores, eles andam por aí, como se nada fosse e arranjaram poleiros nos organigramas dos diversos governos deste Estado Português.

Agora este Estado, como forma de combater a Pandemia, pede apenas aos jovens que fiquem em casa sentados nos sofás, quando os seus avôs, 60 anos antes, foram obrigados a ir para uma guerra que não era deles.

Mas o que mais me incomoda é mesmo a mudança de hábitos, um deles, deixar os sapatos fora de casa,  os suecos com quem convivi nos finais do ano de 1969, já faziam isso, e eu achava uma mania, nunca aprendi, até hoje. (**)
______________

Notas do editor:

11 comentários:

Alberto Branquinho disse...


Luís

Confesso que estou CANSADO de ver usar, aqui no blogue, a palavra QUARENTENA a propósito da nossa RETENÇÃO obrigatória em casa (que, ao que parece, muita gente não cumpre e que, além do mais, conscientemente transgride) e usada de uma forma "ligeirinha", quase jocosa.

Ora, a situação que vem sendo designada de "QUARENTENA" é a PROIBIÇÃO de sair de casa, IMPOSTA (embora só por 14 dias e não pelos 40 que a palavra implica) a quem esteja já com sinais evidentes da COVID 19, além de ter que evitar a proximidade, no domicílo, com outras pessoas, utilizar uma casa de banho só para si e obrigando a tratamento/lavagem das loiças e talheres, assim como as roupas, com DESINFECTANTES para que não contagie quem está na mesma casa.

E o mais patético é que o gozo ou displicência com que a palavra é usada poderá vir a transformar-se num DRAMA BRUTAL, pois que nenhum de nós pode dizer que não nos vai acontecer.

Um abraço, com a esperança que ISTO passe depressa.
Alberto Branquinho

Alberto Branquinho disse...


Luís

Por ter havido lapso na redacção, corrijo o meu comentário anterior na parte em que escrevi "...a quem esteja já com sinais evidentes da COVID 19..." para: ".... a quem saiba ter contactado pessoa infectada com sinais evidentes da COVID 19...".

Ab.
A.B.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Alberto, sempre brincámos com a morte, na Guiné... Fizemos coisas, estúpidas, irracionais, comportamentos de bravata, saltos no arame sem rede... Dizem que fazem parte das "ideologias defensivas das profissões de risco"... que ajudam a racionalizar as situações-limite e a lidar com o medo... E, se assim não fosse, tínhamos pousado as armas e recusado ir para o mato para não ter que matar ou morrer, nalgumas situações...

Porque é que os médicos e os enfermeios e os condutores das ambulâncias do 112, e tantos profissionais de saúde, da proteção civil, da polícia, etc., que hoje são os nossos heróis, se levantam todos os dias e vão para o seu "posto de trabalho" ?

Já não estamos na "guerra colonial", é verdade, mas fomos de algum modo formatados por 3 anos de tropa e de guerra... Temos uma segunda pele: eu acredito que a tal "ideologia defensiva" dos rangers, dos comandos, dos páras, dos fuzos, dos pilotos, etc., mas também da "tropa-macaca", tornou-nos mais resistentes e resilientes...Tu, que foste alferes miliciano de operações especiais, e conhecestes a guerra e dura (como eu), sabes do que falo...

Claro, estou de acordo contigo, que "invocar a condição de ex-combatente da guerra do ultramar" (sic), nos dias que correm, e amar-se em durão, "de peito feito ao corno do vírus", pode ser trágico...

E eu, como homem da saúde pública, e sobretudo como cidadão responsável só posso pedir aos nossos camaradas que façam como eu, fiquem em casa, não arrisquem... Ir parar ao hospital na nossa idade, com a maldita COVID-19, é ir parar, com altíssima probabilidade, aos cuidados intensivos e conhecer aquela parte do inferno que, alguns de nós, como tu e eu, que não fomos feridos, nunca conheceram na Guiné...

Agora, não levo a mal, que aqui, entre nós, se brinque um pouco com estes palavrões: quarentena, coronovírus, confinamento, emergência, calamidade, cuidados intensivos, morte... Não podemos é dar o "mau exemplo" aos mais novos, aos filhos e aos netos que acham que "esta merda só mata os velhos"...

Cuida-te... Estou trancado em casa, há mais de duas semanas, com ganas de ir ver o mar, mas não vou, porque o meu filho, que é médico no IPO, pediu-se encarecidamente: "Pai, Mãe, se querem ver a vossa neta crescer, por favor não saiam de casa!"...Ele vem de propósito de Lisboa reabastecer-nos, ao fim de semana... Deixa os frescos no levador, e só falamos da varanda para a rua!... Um breve mas reconfortante encontro, antecipando o gozo de nos podermos voltar a abraçar, beijar e sentarmo-nos à mesma mesa!

Eu tenho um grande respeito por outros os profissionais de saúde que estão a arriscar, por todo o mundo, a sua saúde e a sua vida para cuidarem de nós, e nomeadamente dos que estão a cair nas "emboscadas" do SARS-CoV-2, os infetados pela COVID-19...

Em suma, o humor também nos ajuda a preservar a saúde mental... Mas o humor é brincar com as palavras, não com os comportamentos... de risco, de bravata... Hoje, já nem os artistas de circo trabalham sem rede...

Um teleabraço, Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

7 DE JULHO DE 2007
63/74 - P1933: Questões politicamente (in)correctas (30): os cordeiros e os lobos de Mueda ou a adrenalina da guerra (Luís Graça)



(...) Também os militares, profissão de risco, têm a sua ideologia defensiva, as suas crenças, os seus talismãs, os seus mesinhos (usavam-nos os guerrilheiros na Guiné, em Angola, em Moçambique, não obstante a sua formação racionalista, marxista-leninista, dita revolucionária)... A bravata e a fanfarronice, além das praxes e do álcool, ajudavam-nos, a todos nós, a lidar com o medo, as situações-limite, a morte, o sofrimento, físico e moral, a impotência, o desespero. (...)

Alberto Branquinho disse...


Luís

Pois, tudo isso está bem, mas eu (que também tenho no IPO e em Santa Maria e já houve percalço) não acho bem que se infantilize a questão e Mais: que se "desinforme" quem lê, até porque acho que quem escreve essas "coisas" não sabe a diferença entre "confinamento" (todos nós) e "quarentena" (quem tiver tido contacto com infectado e terá que se ISOLAR totalmente da família em coabitação durante 14 dias, que é período em que o f. d. p. se manifesta para que, se também estiver infectado, não vá contagiar os seus familiares).

E quem desejar estar informado, consulte o site da D.G. Saúde e ler a Orientação 010/2020 de 16 de Março.

Outra coisa é FAZER HUMOR com o assunto - e há muito e bom a passear por aí.

Outro abraço (à distância)
Alberto Branquinho

Valdemar Silva disse...

Este novo coronavírus (conhecido entre a rapaziada por cornovirus) não escolhe classes sociais, religião, sexo ou nível etário nos cinco continentes ou, como agora se diz, ao nível global.
E como não se trata de uma questão de pedigree, há muito que a raça é uma categoria conceptual sem fundamentos científicos com que se pretende classificar os grupos humanos segundo caracteres físicos hereditários, tais como a cor da pele e o tipo de cabelo, que até o vírus sabe disso.
Ainda não é caso para dizer 'até amanhã e boa sorte' mas já dizemos
CUIDE-SE E NÃO SAIA DE CASA

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Não creio que a rapaziada da “Cara ao Sol” e braço levantado tenha sentido de humor.
E isto,mesmo quanto a versões amadoras de certos planteamentos desnecessários.
No final de um texto sobre o vírus e as bonitas realidades envolventes do nosso Norte tão único ,surge um tipo de dialética que,na humildade da minha inteligência muito limitada será...confusa.
Não julgando querer o autor deste poste entrar,em algumas das frases finais,pela Concepção Dialética e Metafísica do Concreto da autoria de Karl Marx,só nos resta a mais humilde definição da palavra Dialética nos dicionários da língua portuguesa:
1) Arte de raciocinar com método
2) Lógica
3) Argumentação subtil
4) Argumentação engenhosa,dialogada

Ao ler-se quase de um só folgo:

“Quando os seus avós,60 anos antes,foram OBRIGADOS a fazer uma GUERRA que NÃO era DELES”

“A não ser aqueles que escoltados por fantasias políticas,fugiram do país e só regressaram quando tudo tinha acabado,estes não são os heróis mas os cobardes e traidores”

Independentemente do que um velho militar como eu que serviu no Exército do nosso querido Portugal desde 1968 a finais de 1980 possa pensar de (ALGUNS! ) dos desertores,as duas frases anteriores aparentemente contradizem-se.

Mas,resta-nos o bonito Norte de Portugal e o.......vírus!

Ab. J.Belo

Anónimo disse...


IMPAR Lda energia
2 abril 2020 09:34

Bom dia, Luís desde Bissau.

Hoje vou para Mansoa / Bafata, amanhã para Gabú. 42º de temperatura

Andamos a instalar água 24h/24h, assim como iluminação, em 8 hospitais, com energia solar.
Quando em Portugal estiver mais quente... vou para aí.

Abraço

Patricio Ribeiro

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Patrício, são notícias animadoras... Folgo em saber de ti e da tua empresa.

Há sinais, inquietantes, de que esta Pandemia de COVID-19 pode (ou já está a) provocar um desastre humanitário nalgumas regiões de África. Vai-nos dando notícias e manda fotos de Bafatá e do Gabu.

Aqui estamos a fazer o nosso melhor.

Cuida-te. Um alfabravo. Luis


PS - Segundo o relatório epidemiológico da DG Saúde, de ontem, o teu concelho,Águeda, tinha 19 casos de infecção confirmados... Com 150 ou mais tinhamos os seguintes concelhos:


Lisboa 546
Porto 505
Vila Nova de Gaia 387
Gondomar 337
Maia 328
Matosinhos 303
Braga 245
Valongo 233
Ovar 194
Sintra 192
Coimbra 164
Santa Maria da Feira 162

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Nº de infetados por COVID-19, por concelho (> 99) : situação reportada a 2/4/2020, 5ª feira.

Lisboa 594
Porto 556
Vila Nova de Gaia 418
Gondomar 373
Maia 361
Matosinhos 347
Braga 280
Valongo 275
Sintra 224
Ovar 209
Coimbra 178
Santa Maria da Feira 174
Cascais 149
Aveiro 127
Vila Real 124
Loures 109
Vila Nova de Famalicão 107

Fonte: Direcão Geral de Saúde

https://www.dgs.pt/em-destaque/relatorio-de-situacao-n-031--02042020.aspx

Tabanca Grande Luís Graça disse...

FRASE DO DIA (1/4/2020)

"Confesso que estou cansado de ver usar, aqui no blogue, a palavra Quarentena, a propósito da nossa retenção obrigatória em casa (que, ao que parece, muita gente não cumpre e que, além do mais, conscientemente transgride) e usada de uma forma 'lgeirinha', quase jocosa".

(Alberto Branquinho, em comentário ao Poste P20797)