segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20486: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (12): Associação Afectos com Letras, ONGD





Nesta época natalícia queremos deixar os votos de festas muito felizes a todas as madrinhas, aos padrinhos, aos mecenas, aos voluntários e às amigas e amigos que diariamente nos ajudam a desenhar sorrisos nos rostos das gerações mais novas da Guiné-Bissau.

Sem a vossa solidariedade e o vosso apoio o nosso trabalho não seria possível.


Cliquem por favor aqui para ouvir a mensagem das crianças especialmente para cada um de vós.

Que o ano de 2020 vos chegue repleto de Afectos


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Associação Afectos com Letras, ONGD
Rua Engº Guilherme Santos, 2
Escoural , 3100-336 Pombal

NIF 509301878
tel - 91 87 86 792

venha estar connosco no www.facebook.com/afectoscomletras


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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20485: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (11): Sousa de Castro, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1971/74)

Guiné 61/74 - P20485: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (11): Sousa de Castro, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1971/74)





NATAL 2019


Mensagem de Boas Festas para todos os antigos combatentes, em especial para o pessoal da CART 3494. 


Faz 48 anos (Dezembro 1971/2019) que o BART 3873 (Bambadinca, 1971/74),  composto pela CCS, e pelas CART 3492, 3493, 3494, bem como uma companhia independente, a CART 3521, celebraram a consoada em Alto-Mar, a bordo do N/M NIASSA, a caminho da Guiné.



Foi numa comissão ao serviço do Estado Português que se prolongou durante 27 meses e alguns dias. O regresso aconteceu a 3 de Abril de 1974.

Sousa de Castro


PS - Aproveito para lembrar que o  35º encontro do pessoal da CART 3494 é em Montemor-o-Velho, em 6/6/2020, estando a organização a cargo do ex-fur mil Bonito. Contactos: telef 233 920 441 / telem 963 529 764

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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P20484: Parabéns a você (1728): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Guiné, 1973/74); Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Guiné, 1968/70); Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira e José Manuel Matos Dinis, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2679 (Guiné, 1970/71)




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Nota do editor

Último poste da série de 22 de Dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20479: Parabéns a você (1727): Miguel Vareta, ex-Fur Mil Comando da 38.ª CComandos (Guiné, 1972/74)

domingo, 22 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20483: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (10): J. C. Mussá Biai, "menino do Xime" em 1970, engenheiro florestal, a trabalhar hoje na Direção-Geral do Território, em Lisboa



Cartão de boas festas do José Carlos Mussá Biai, que trabalha na Direção Geral do Território, e que, desta maneira, faz também a sua "prova de vida" perante a Tabanca Grande. Tem mais de 30 referências no nosso blogue. Foi dos primeiros a dar a cara no nosso blogue, em 10/5/2005.


Caro Amigo Luís Graça,

Mais um ano que está a findar, os meus votos de Festas Felizes, Um Bom Natal e um excelente Ano de 2020.

Um abraço,

José C. Mussá Biai


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Guiné 61/74 - P20482: Blogpoesia (652): "Encontrei Praga", "Nevoeiro de Praga" e "Enxurradas de Agosto", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728

1. Do nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66) estes belíssimos poemas, da sua autoria, enviados, entre outros, ao nosso blogue durante a semana, que continuamos a publicar com prazer:


Encontrei Praga

Finalmente, encontrei Praga.
Cidade clara e luarenta, em plena luz do dia.
Cortada ao meio por um rio manso e sinuoso.
Unida por muitas pontes.
Abençoada pelos doze apóstolos.
Povoada de turistas aos magotes, boquiabertos com a beleza que ela tem.
Fotografando selfies e captando os mil e um motivos que ela oferece.
Matizes imensos coloridos a banham de cores ardentes.
O testemunho duma época áurea que a história descreveu.
Inúmeras igrejas e palácios povoam um denso e emaranhado casario,
com ruelas e avenidas bem cuidadas, voltado para a arte de receber bem.
Muitos barcos-restaurantes sediados junto às margens, servem refeições a toda a hora,
Enquanto outros deambulam engalanados pelo rio, vestindo o tempo de festa brava e luz, como nunca vi.
Cidade longínqua, cativante e sonhadora.
Vai custar-me muito a dizer-lhe adeus...

Ouvindo Schubert
Praga, 18 de Dezembro de 2019
15h32m
Jlmg


Vista panorâmica de Praga
Foto: © Carlos Vinhal


Nevoeiro de Praga

Cidade de luz, mergulhada em tule leve, branco e luminoso.
Exposta ao sol como um altar divino.
Regada por um rio brando, benigno e refrescante.
Foste talhada para receber e cativar.
Tuas cores desmaiam na virtude da harmonia e da fraternidade.
Derramas nos corações torrentes de felicidade e adoças suas existências com a luz da esperança e fé na solidariedade.
Tuas pontes abençoadas são aras onde operam todos os apóstolos.
Me dediquei a ti nestas horas felizes, inesquecíveis.
Te vou guardar para sempre na minha lembrança.

Praga, 19 de Dezembro de 2019
13h35m
Jlmg

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Enxurradas de Agosto

O mês das canículas e romarias com noitadas com muita folia.
Pelos campos amareleciam de sol as lavras extensas de milho.
Os bagos das uvas ruboresciam cheios de vinho.
Os rostos trigueiros bailavam alegres pelas festadas. Viola e pandeireta.
Eram grandes os dias e as tardes.
Dava para pensar que a vida plena era uma festa.
O mar ao longe nos chamava para o baile das ondas salsas.
Mas, por arte dos demónios, se zangavam no hiper-urânio os deuses enfurecidos.
De repente, ribombavam as núvens, com dardos de trovoada.
Caíam dos céus toneladas de chuva em catarata.
Rasgavam o chão e descarnavam as entranhas da terra entumecida.
Corriam rios bravos pelas valetas.
E as encostas secas das montanhas e dos montes resvalavam em fúria endiabrada.
Parecia o fim do mundo.
Era a praga das enxurradas que destroçavam as tendas das romarias...

Berlim, 15 de Dezembro de 2019
9h18m
Jlmg
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Notas do editor

Poste anterior de JLMG de 15 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20457: Blogpoesia (650): "Igreja Matriz", "Palavras perdidas" e "Diametralmente oposto", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728

Último poste da série de 19 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20470: Blogpoesia (651): A G3 e a ingratidão (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo CAR do BCAÇ 3872)

Guiné 61/74 - P20481: Feliz Natal de 2019 e Bom Novo Ano de 2020 (9): Cor art ref Morais da Silva, ex-cmtd da CCAÇ 2796 (Gadamael, 1970/72)


Cartão de Boas Festas de Morais da Silva


1. Imagem (acima) de ficheiro em "power point" de boas festas, enviado pelo nosso grã-tabanqueiro, Morais da Silva. cor art ref, ex- natural de Lamego, pertencente a família de militares, foi cadete-aluno nº 45/63, do corpo de alunos da Academia Militar; é membro da nossa Tabanca Grande, com o nº 784, desde 7/3/2019; foi professor do ensino superior universitário, docente da Academia Militar, do Instituto Superior de Gestão e da Universidade Autónoma de Lisboa, sendo especialista em Investigação Operacional; também passou pelo TO da Guiné como oficial do QP: no CTIG, tendo sido  instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.  [Foto atual à esquerda]
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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20475: Feliz Natal de 2019 e Bom Ano Novo de 2020 (8): Virgílio Valente, régulo da Tabanca de Macau, ex-alf mil, CCAÇ 4142, "Os Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74)

Guiné 61/74 - P20480: Ser solidário (225): Projecto Kassumai: prestação de contas e anúncio de assembleia geral, em 8/3/2020, para constituição de associação sem fins lucrativos (Manuel, Duarte e Miguel Rei Vilar)




Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Susana > 18 de junho de 2019 > Crianças da escola local, apoiada pelo projecto Kassumai,iniciado em junho de 2017, em memória do cap cav Luís Rei Vilar (1941-1970).

Fotos (e legenda): © Manuel Rei Vilar (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Relatório que nos acaba de ser enviado, com votos de boas festas, pelos irmãos, Manuel, Miguel e Duarte,  irmãos do cap cav Luís Rei Vilar (1941-1970), ex-comandante da CCAV 2538 (Susana, 1969/71), morto em combate em 18/2/1970, no decurso da Op Selva Viva.

Caríssimos Padrinhos, Madrinhas e Amigos do Projeto Kassumai (*):

O nosso Projeto, iniciado em junho de 2017 (**), evoluiu serena e eficazmente. Com a vossa preciosa ajuda conseguimos renovar completamente o edifício do Jardim-Escola de Suzana, instalarmos novos sanitários, um Espaço para as Refeições e abrigo das intempéries assim como uma cerca à volta da Escola. 


Além disso pudemos adquirir imobiliário para as crianças do Jardim-escola e que foi construído por uma cooperativa de carpintaria de jovens. 

Atualmente, as crianças dispõem de um ambiente propício à instrução e educação graças à vossa solidariedade. 

Não esquecemos também a ajuda dos diversos intervenientes da aldeia, nomeadamente, a Missão Católica por intermédio do Padre Abraão e do Padre Victor, a ONG Vida através do nosso dinâmico amigo Olàlio Neves Trindade, a dedicação dos operários que participaram na obra assim como o entusiasmo da População de Suzana. 

A todos, as crianças de Suzana agradecem.

E é nesta fase de fim de renovação que iremos pela segunda vez a Suzana. Seremos doze viajantes para verificar e apreciar o trabalho já feito e avaliar o muito que ainda nos resta para fazer.

Pensamos que neste momento, será útil modificarmos o nosso estatuto de Projecto Kassumai para passarmos a ser uma Associação com fins não lucrativos. Assim, reconhecidos oficialmente, este novo estatuto poder-nos-á trazer vantagens do ponto de vista tributário e igualmente do ponto de vista legal. 


De qualquer forma, continuaremos a funcionar exatamente da mesma maneira que temos funcionado até agora.Para alcançarmos este objetivo, precisamos de oficializar esta nova situação, utilizando um processo simples para criar a Associação que é o da “Associação na Hora”. Penso que está será a melhor forma e a mais simples para criarmos a nossa Associação. Propomos, pois, elaborar os Estatutos da nova associação durante o mês de Janeiro e que em grande parte já se encontram descritos no Projeto inicial.

Se entre os padrinhos e madrinhas houver algum ou alguns voluntários para nos ajudar nesta tarefa, nomeadamente alguém que esteja mais envolvido numa Associação, agradecemos e estamos prontos a receber a vossa ajuda. 


No mês de março,  após a nossa viagem a Suzana, realizaremos uma reunião na Quinta de Santo António. no domingo, dia 8 de Março, que servirá de Assembleia Geral, onde será eleita a Direção e aprovados os Estatutos da nova Associação Kassumai. Para esta reunião estão convidados todos os Padrinhos, Madrinhas, Benfeitores e Amigos.

Peço, pois, a todos os que estiverem dispostos a colaborar connosco nesta fase, para nos contactarem a fim de realizarmos uma pequena reunião (a partir do dia 8 de janeiro) e iniciarmos a redação dos estatutos. 




Desejamos a todos os participantes do Projecto Kassumai, Padrinhos, Madrinhas, Benfeitores e Amigos um Santo Natal e um Prospero Ano Novo.



Kassumai 


Manuel, Duarte e Miguel Rei Vilar

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Relatório de contas

Projeto Kassumai
Resultados do Ano 2019
Donativos
17161,08 €
Despesas (*)
12406,44 €
Saldo
4754,64 €

* Das quais despesas bancárias 430,99 €

Cascais, 18 de dezembro de 2019
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Guiné 61/74 - P20479: Parabéns a você (1727): Miguel Vareta, ex-Fur Mil Comando da 38.ª CComandos (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 20 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20472: Parabéns a você (1726): José Casimiro Carvalho, ex-Fur Mil Op Esp da CCAV 8350 e CCAÇ 11 (Guiné, 1972/74)

sábado, 21 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20478: Os nossos seres, saberes e lazeres (369): Elogio do Penedo do Granada, do Zêzere e do Cabril (2) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 5 de Junho de 2019:

Queridos amigos,
Não se esconde o propósito de aliciar quem quer que seja a vir até ao Cabril do Zêzere, um local que não prescinde da sua carga mítica, com lendas e até artistas como Alfredo Keil e Luigi Manini que aqui se inspiraram para a trama e cenários de óperas. Diz-se mesmo que aqui houve fonte de inspiração para a Portuguesa, nada está confirmado mas é bom que tudo assim continue.
Este desfiladeiro assombroso, como não há outro em Portugal, só por pura ignorância não foi requisitado pelos produtores da Guerra dos Tronos, são fragas, córregos, penedias, tudo em tamanho gigante, as barragens disciplinaram o caudal do Zêzere, é habitualmente manso e o viandante assegura que não há mais silêncio tão profundo à solta como aquele que se desfruta do Moinho das Freiras a contemplar o rio rumorejante a caminho de Constância.
E como o Cabril é de encantos mil, qualquer dia voltamos ao assunto.

Um abraço do
Mário


Elogio do Penedo do Granada, do Zêzere e do Cabril (2)

Beja Santos

Não há em Portugal um desfiladeiro como este, o Cabril do Zêzere, bem perto da Barragem do Cabril, a funcionar depois de 1954, em pleno percurso médio do rio Zêzere. Aires Henriques e Nuno Soares no livro “Pedrógão Grande e o Cabril de Encantos Mil”, 2018, fazem alaude conveniente, registam o deslumbramento destas muralhas de quartzito silúrico ou de xistos muito duros, ninguém que por aqui passeie pode ficar insensível a estes penhascos gigantescos, nem na guerra dos tronos é tão intensa a força destas penedias. Ali perto da casa do viandante é a Foz de Pera, daí o privilégio que ele sente com aquela cumeada onde porventura, num dado assento, meditava um dos grandes vultos da oratória do seu tempo, Frei Luís de Granada, em frente temos outro maciço granítico, o dos Corutos. Vamos caminhar diretamente para a corrente do Zêzere, lá vai mansamente a caminho de Constância.


O viandante sai de casa, encaminha-se para o Moinho das Freiras, deixa para trás a Albufeira do Cabril, não o traz aqui nenhuma pescaria nem recriação náutica, nem achigã nem carpa nem caiaque, o que ele quer é mesmo passear, fazer este trajeto dramático até à Ponte do Cabril, a chamada Ponte Filipina. Estes caminhos de rocha granítica a declivar sobre o majestoso Zêzere têm odores oferecidos por arbustos, ervas e até terrenos cultivados, há urze, rosmaninho, trovisco, carqueja e muito mais; o viandante é assumidamente ignaro quanto às ervas, sabe que há o trevo, mas jamais reconhecerá a margaça, o saramago, o morrião ou a dedaleira. Aliás, quando percorre o Jardim da Devesa, aí sente-se bem, distingue tílias de criptomérias e loureiros. Quando faz com outros passeios em torno da Ribeira de Pera, está atento ao medronheiro, a salva, o lentisco, o pilriteiro, mas tem de ser ajudado, muito menos é capaz de saber o que é uma planta medicinal ou venenosa. Adiante.



Entrou-se no túnel a saltitar entre poças de lama, escorre água do teto e de várias fendas, há mesmo um gotejo de pequenas cascatas, e entra-se imediatamente nesse espetáculo das imponentes muralhas graníticas. Quem por aqui andou a viajar e a escrever fartou-se de encómios: Pinho Leal recordou o Cabril como “a mais formosa joia da Beira Baixa”, Raúl Proença considerou-o “um dos trechos mais arrogantes de toda a Europa, no seu género” e Guerra Maio, perante este cenário ofereceu-se dizer que era “tão áspero e abrupto como as margens do Coa e do Tua”. Este é o desfiladeiro de deslumbramento, pedras com líquen, tons de amarelo-torrado, por aqui se passeia e por vezes sem a consciência de que este rio não é fronteira nenhuma, serve igualmente os dois Pedrógãos, é um puro acidente da Natureza, os pedroguenses usufruem de toda esta beleza como terra sua, a despeito de um estar no distrito de Leiria e outro no de Castelo Branco. E assim caminhamos em direção à Ponte Filipina, entre tanta pedra abrupta onde desponta a vegetação resistente a frios álgidos e calores de fornalha.





Já se avista a Ponte Filipina, outrora teve uma grande importância estratégica em termos viários, como recordam os dois autores a que aqui se faz referência, está classificada como monumento nacional. Foi mandada edificar no período filipino (entre 1607 e 1610), serviu de esteio à rota dos peregrinos que, vindos do Sul e da raia com Espanha, buscavam Santiago da Guarda (no concelho de Ansião) e o eixo que melhor os podia conduzir à Galiza, até ao santuário de Santiago de Compostela. A ponte é toda construída em granito, mede 72 metros de comprimento, 26 metros de altura e apresenta três arcos. Até meados de 1954, data da inauguração da barragem do Cabril, foi o único ponto de passagem por léguas em redor, entre as terras ricas a Ocidente e as da raia com Espanha. Custou uma fortuna, 30 mil reis, o dinheiro veio escoltado por uma força militar, havia que acautelar aquele basto dinheiro da surpresa dos ladrões. Do lado de Pedrógão Grande, subindo o caminho, podemos ir à Senhora dos Milagres e do lado de Pedrógão Pequeno temos lá em cima a Senhora da Confiança, em ambos os pontos obtemos admiráveis panoramas sobre o Zêzere e grande parte da Beira, até à Serra da Estrela.




Mais tarde aqui se discorrerá sobre as lendas da região, como este território foi oferecido por D. Afonso Henriques, e daí os traços medievais que se podem encontrar no centro histórico de Pedrógão Grande, a partir do século XII aqui houve povoamento, igreja, explorações agrícolas, não faltam sinais da História antiga. Deixa-se para mais tarde a contemplação que o viandante faz da paisagem próxima que desfruta para a outra margem do Zêzere, já em Pedrógão Grande, o Mingacho, quando aqui chegou estava tudo carbonizado pela devastação de 2003, felizmente que a arborização regressou. Durante séculos aqui se viveu da agricultura, da floresta e da resina, inexoravelmente a partir da década de 1950, as gentes muito pobres, indiferentes às panorâmicas e miradouros, à imponência desses rochedos graníticos, quis virar costas à miséria, preparou a desertificação, hoje uma constante do Interior. Despedimo-nos do leitor mostrando as plantas extremosas que o cercam lá no alto do Bairro do Cabril, em Pedrógão Pequeno, e promete-se voltar ao convívio porque do Cabril os encantos são mil.






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Nota do editor

Último poste da série de 14 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20452: Os nossos seres, saberes e lazeres (368): Elogio do Penedo do Granada, do Zêzere e do Cabril (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P20477: Memória dos lugares (403): Cutia, ao tempo do Jorge Picado, cmdt da CCAÇ 2589 / BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Destacamento de Cutia > c. 1970 > Foto enviada  pelo César Vieira Dias, ex-fur mil sapador, CCS / BCAÇ 2885, um batalhão que esteve em Mansoa e Mansabá desde maio de 1969 a março de 1971, e a que pertencia a CCAÇ 2589, de que o Jorge Picado foi um dos comandantes, de  24/2/1970 a 15/2/1971(*)

Foto: © César Dias (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Bogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Foto nº 2 >  Guiné > Região do  Óio > Mansoa > Cutia > O Domingos Robalo, em primeiro plano. A estrada alcatroada Mansoa-Mansabá atravessava a tabanca e destacamento de Cutia. (***)

  
Foto nº 3 >  Guiné > Região do Oio  > Mansoa > Cutia > Obus 14... A "mata do Morés" começava logo a seguir (, ao fundo, na foto)... Tratou.se de ação sobre a mata do Morés, levada a efeito a partir do destacamento de  Cutia, a nordeste de Mansoa,  entre os dias 17 e 27 de julho de 1970. Nessa altura visitava a Guiné um grupo de deputados da  Assembleia Nacional, da chamada Ala Liberal, entre eles o seu chefe de fila, Pinto Leite.


Foto nº 4 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Acomodações: o "Matador", veículo pesada que rebocava o obus 14: eram precisos uns caixotes de munições para se poder ao 1º andar... Ao fundo, do lado esquerdo um dos "bunkers" do "resort turístico" que era o destacamento de Cutia...


 Foto nº 5 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Rancho... Era aqui a "cozinha" da CCAÇ 2589, na berma da estrada, onde também se situava a "messe", sob os poilões.


 Foto nº 6>  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Churrasco


Foto nº 7 >  Guiné > Região do Oio  > Mansoa > Cutia >  Relaxando... Sentado,  numa "chaise longue",  o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, alentejano de Campo Maior.


Foto nº 8 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > Confraternização dos artilheiros do GA 7, ali temporariamente destacados (de 17 a 27 de julho de 1970)


Foto nº 9 >  Guiné > Região do Oio > Mansoa > Cutia > O alferes de óculos é o sobrinho do Sá Viana Rebelo, que esteve, também, com o Domingos Robalo  na operação Mabecos em fevereiro de 1971... Ambos eram do GA 7... À direita,em segundo plano, sentado, o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, destacado em Cutia com o Gr Comb.


Foto nº 1 > Guiné > Região do Biombo > Estuário do Rio Mansoa >  Recuperação dos restos do Heli AL III, caído por acidente na foz do rio Baboquem, afluente do rio Mansoa, em 25 de julho de 1970, e que transportava quatro deputados da Assembleia Nacional, em visita à província (além da tripulação) (***)


Fotos (e legenda): © Domingos Robalo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário (**) do Jorge Picado, ilhavense, membro sénior da nossa Tabanca Grande, veterano dos nossos encontros nacionais, tendo cerca de 110  referências no nosso blogue; engenheiro agrónomo reformado; ex-cap mil, CCAÇ 2589 / BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá, e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72; 

 

1.1. Boas fotografias da "Pousada de Cutia", excelente para "acalmar os nervos"!

Na foto no 2, o Domingos Robalo em plena estrada alcatroada que atravessava o destacamento de Cutia. 

Na foto nº 3,  pode-se ver como pano de fundo aquela "barreira cerrada" do início da grande "Mata do Morés", bem pertinho da "Pousada" [Cutia].

Pode-se ver, pela traseira da cabeça do Domingos, um a estacada 1.ª vedação de arame farpado onde existiam penduradas as célebres garrafas vazias de cerveja. Seguia-se a zona armadilhada e minada até uma 2.ª vedação. 

Na foto nº 4, junto dos poilões que ladeavam a estrada, observando-se um pouco as proximidades do abrigo subterrâneo. 

Na foto nº 5, a "cozinha", na berma da estrada, onde também se situava a "messe", sob os poilões. 

Na  foto nº 7, à esquerda,  sentado numa "chaise longue",  o alf mil Francisco Dias Corado Assude,  da CCaç 2589, alentejano de Campo Maior,  e Engº Téc. Agr. na vida civil, dos antigos Serviços Agrícolas. 

Na foto nº 9, à direita,  o mesmo Alferes. 

Com essas flagelações nocturnas, "tão silenciosas" o pessoal devia repousar bastante! Vá lá, que depois de todo "o festival", os "vizinhos do Morés" foram compreensívos e continuaram amigos de Cutia. 

Ainda bem, para mim, que esse episódio me apanhou de férias na Praia da Barra, onde nessa época tínhamos aí vivenda. 

1.2. A viagem fatídica para os malogrados deputados e tripulantes do héli [, foto nº 1], não foi Mansoa-Bissau, mas sim Teixeira Pinto-Bissau (****). Aliás recordo-me de ler uma boa descrição feita por um dos jornalistas que seguia num dos hélis que conseguiram pousar numa bolanha da margem direita do Rio Mansoa e assim escapar à tempestade. Julgo que foi numa das revistas da A25A. 

Fiz algumas vezes esse trajecto, Teixeira Pinto-Bissau, de héli, que de facto na época das chuvas rapidamente poderia apanhar com grandes alterações atmosféricas e recordo de numa delas ter apanhado um valente susto, quando vi uma "muralha preta" aproximar-se rapidamente pela frente. Só que dessa vez o piloto transmitiu-nos que já não nos apanhava no ar, pois a BA estava bem pertinho. 

De facto, pouco depois de pousarmos e, já no resguardo das instalações, desabou passou aquela barreira de chuva e vento que todos conhecemos, por várias vezes. 

1.3. Luís, creio que esta acção, em si, não teve nome. No BCaç 2885, houve sim nesses dias algumas operações, para as forças que fizeram:

(i) escolta e segurança descontínua entre Nhacra e Cutia à coluna com material de Artilharia, no dia 17 (Op Filarmónica);

(ii) patrulha na região do Cubonge ao sul da "grande área do Morés", no dia 18 (Op Fígado);

(iii) contra-penetração do eixo In Morés/Sara com contacto no dia 22 (Op Farelo);

(iv) Op Fechadura no dia 24, para fornecer a segurança à deslocação do grupo de Deputados, entre Nhacra e Mansabá, em que se empenharam 3 Gr Comb da CCAÇ 2588, 2 Gr Comb da CCAÇ 2589, 4 Gr Comb da CCaç 15 (Balantas), 4 Gr Comb da 2732, 3 Pel Mil e 1 Pel Auto Panhard de reforço ao BCaç;

(iv) em 25 e 26 ainda patrulhas na região do Cubonge (Op Frenezim e Op Fazenda). 

Nunca percebi como "nasciam" os nomes das operações. 

São as achegas que posso dar sobre este episódio, que felizmente não vivi, e só mais tarde conheci. 

Bem e aproveito para desejar um Bom Natal e um Muito Feliz 2020 para toda ESTA GRANDE FAMÍLIA DOS CAMARADAS DA GUINÉ e SEUS FAMILIARES. Jorge Picado


Guiné > Mapa geral da província (1961) > Escala 1/500 mil > Região do Oio > Detalhe: posição relativa de Cutia no triângulo Bissorã- Mansabá- Mansoa. Ficava  a meio, na estrada Mansoa-Mansabá. (***)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)
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12 de julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3051: Estórias de Jorge Picado (4): Como cheguei a Comandante da CART 2732 (Jorge Picado)

Guiné 61/74 - P20476: Em bom português nos entendemos (24): o crescimento do ensino da língua portuguesa em Macau, 20 anos depois da transferência da administração do território para a China


República Popular da China > Região Administrativa Especial de Macau > Centro Histórico, Património Mundial da UNESCO > O famoso Largo do Senado. Foto: cortesia de www.macauheritage.net. Ver aqui sítio em português: http://www.wh.mo/pt/site/ :

"O Largo do Senado desde sempre se assumiu como o centro urbano de Macau ao longo dos séculos e é, ainda hoje, o local mais popular para eventos públicos e festejos. Situado próximo do edifício do antigo Senado, Sam Kai Vui Kun (Templo de Kuan Tai) recorda também o papel activo da comunidade chinesa local nos assuntos cívicos, sendo um exemplo claro da dimensão multicultural da comunidade de Macau. O Largo está rodeado de edifícios neoclássicos pintados em tons de pastel, criando uma ambiência geral de grande harmonia."

1. Com  devida transcreve-se um excerto do artigo, de 16 do corrente, do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, justamente sobre Macau e a Língua Portuguesa.

Recorde-se  que passaram 20 anos, ontem, do acordo entre Portugal e a China para a transferência de Macau (assinado em 13 de abril de 1987 e concretizado no dia 20 de dezembro de 1999).(Para saber mais, ver aqui o portal do governo de Macau, em português: https://www.gov.mo/pt/ ; para quem quiser visitar Macau, sugerem-se aqui alguns itinerários de viagem na história: 
https://www.macaotourism.gov.mo/pt/suggested-tours/crossroads-of-china-and-portugal )


Macau (*) e a língua portuguesa (**): 20 anos depois da transferência para a administração chinesa

 (...) 20 anos depois da transferência da administração de Portugal, de Macau, para a soberania da República Popular da China (...) , como convive  hoje  a língua portuguesa com os idiomas  mais falados no território: do patoá – também chamado "chinês das amas, língua de Macau ou língua macaísta" (...)  – ao mandarim e ao cantonês,  além do inglês?

Em Macau, são línguas oficiais o mandarim, que partilha com o restante território chinês, e o português, mas, na realidade, os macaenses falam o cantonês, idioma que é também o de Hong Kong. É o cantonês que prevalece em placas de informação, nos comunicados oficiais e na comunicação social, a par da língua portuguesa. Para contrariar esta situação, o Governo tem fomentado o ensino e a aprendizagem do mandarim, que, pese a sua dissemelhança com o cantonês, a maioria da população julga dominar. 

Há ainda uma pequena percentagem da macaenses que falam patoá, que é um crioulo outrora usado como linguagem familiar e na comunicação diária entre chineses e macaenses e também pelos escravos africanos e asiáticos. Este crioulo conserva em si vocabulário de origem portuguesa (...).

Não obstante os 20 anos de administração chinesa, o português continua a ter importância no território. Se, nos primeiros dez anos, se assistiu a uma diminuição na procura da aprendizagem desta língua, o fenómeno tem-se invertido mais recentemente, pois o ensino do português cresceu não só no ensino superior, onde a procura é mais significativa – em 1999/2000 havia cerca de 300 cursos lecionados em português, e atualmente são cerca de 1500 –, mas também nos ensinos primário e secundário, onde duplicaram as escolas com oferta de português – em 1999/2000 eram cerca de 28, e atualmente são 51. 

Paralelamente, o número de docentes que lecionam em língua portuguesa também registou crescimento significativo. Além disso, intensificou-se o intercâmbio de estudantes que partem para Portugal, maioritariamente, para aperfeiçoar a língua. 

Apesar de a dinâmica de aprendizagem do português ser mais visível no território de Macau, o fenómeno estendeu-se a toda a China, que tem cada vez mais universidades com oferta formativa de língua portuguesa e incentivos para a deslocação de estudantes a Portugal. Esta procura crescente, embora devida à herança cultural de Portugal, prende-se fundamentalmente com fatores profissionais e económicas, dado o português impulsionar a entrada no mercado de trabalho em diversas áreas, nomeadamente nos serviços administrativos da região de Macau. (...)

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/atualidades/noticias/macau-e-a-lingua-portuguesa/3388 [consultado em 20-12-2019] (com a devida vénia...)

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Nota do editor:

(*) Vd. alguns postes com referências a  Macau (no nosso blogue são cerca de 40);

20 de abril de2019 > Guiné 61/74 - P19701: Os nossos seres, saberes e lazeres (319): Excertos do "meu diário secreto, ainda inédito, escrito na China, entre 1977 e 1983" (António Graça de Abreu) - Parte III: Pequim e Macau, out / nov 1982

15 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17974: Historiografia da presença portuguesa em África (99): António Estácio: O Contributo Chinês para a Orizicultura Guineense - Parte I: (i) preâmbulo e (ii) generalidades

16 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12302: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (78): Notícias de Macau, do futuro grã-tabanqueiro Virgílio Valente, ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

4 de julho de 2012 > Guiné 63/74 - P10115: Agenda Cultural (209): Lançamento dos livros "Filhos da Terra - A Comunidade Macaense Ontem e Hoje" e "O Livro de Receitas da Minha Tia/Mãe Albertina", Instituto Internacional de Macau, Lisboa, 11 de julho, 4ª feira, 18h.

18 de janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5673: Blogpoesia (63): Poemas de Macau e Hong Kong - Parte I (António Graça de Abreu)

14 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5465: Blogpoesia (60): Memórias da Escola Prática de Infantaria, Mafra e Macau (António Graça de Abreu)

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20475: Feliz Natal de 2019 e Bom Ano Novo de 2020 (8): Virgílio Valente, régulo da Tabanca de Macau, ex-alf mil, CCAÇ 4142, "Os Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74)


Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > Mapa de Fulacunda (1956) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gampará e da Ponta do Inglês na foz do Rio Corubal

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)




BOM NATAL e FELIZ ANO NOVO

聖誕快樂,新年進步

Merry Christmas and Happy New Year


1. Mensagem de Virgílio Valente, terça, 17/12, 09:41


O nosso camarada da Tabanca da Diáspora Lusófona, Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], vive e trabalha há mais de 2 décadas, em Macau, região autónoma da China. F oi alf mil, CCAÇ 4142, "Os Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74). É   o nosso grã-tabanqueiro nº 709, desde 18 de dezembro de 2015. E doravante passa  a ser o régulo da Tabanca de Macau.

Recorde-se que Macau passou para a soberania da República Popular da China, justamente há 20 anos, em 20 de dezembro de 1999. É, a par de Hong Kong, uma das duas regiões administrativas especiais da República Popular da China.

A todos os meus amigos,
親愛的大家,
Dear All,

Desejo -vos
Bom Natal e um Feliz Ano Novo!
我希望你
聖誕快樂,新年進步
Wish You
Merry X'mas and Happy New Year

Virgílio Valente
韋子倫

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20465: Feliz Natal de 2019 e Bom Ano Novo de 2020 (7): Paulo Salgado (ex-alf mil op esp, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72)