sexta-feira, 24 de abril de 2020

Guiné 61/74 - P20896: Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro) (13): Viagem a Canchungo onde estamos a montar água e iluminação com energia solar


Foto nº 1 > Estrada Pelundo-.Canchungo


Foto nº 2 >  Estrada de Pelundo - Canchungo: paragem


Foto nº 2A > Estrada de Pelundo - Canchungo: paragem: " (...) Carono(s) de Pelundo"


Foto nº 3 >  Canchungo: av principal... Quartel ao fundo.


Foto nº 4 > Canchungo, retunda frente ao quartel


Foto nº 5 > Canchungo


Foto nº 6 > Canchungo, bomba solar H, instalada pela Impar Lda.

Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Canchungo (antiga Teixeira Pinto) > Abril de 2020

Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do nosso amigo e camarada Patrício Ribeiro, um português, natural de Águeda, criado e casado em Angola, Huambo, ex-fuzileiro em Angola durante a guerra colonial, a viver na Guiné-Bissau desde meados dos anos 80 do séc. passado, fundador, sócio-gerente e director técnico da firma Impar, Lda.; tem mais de 90 referências no nosso blogue]

Data - 23 abril 2020 21:19

Assunto - Canchungo /Teixeira Pinto)


Luís,

Boa dia, desde Bissau

Envio, mais umas fotos, para os “confinados no frio" recordarem: viagem a Canchungo (antiga Teixeira Pinto) no final da última semana.

Para lá a viagem correu bem, os buracos da estrada, também têm algum asfalto.

No regresso a Bissau, vim de reboque durante 4 horas, por avaria da minha viatura (partiu a correia da ventoinha), foi uma boa viagem, com 40 graus dentro da cabine.

Também neste Hospital de Canchungo, andamos a instalar água e iluminação, com energia solar, para que estes “elementos básicos”, não faltem nas 24h do dia, já que não tinha.

Como os transportes públicos estão proibidos de circular, as pessoas também estão confinadas, há muito pouco movimento nas estradas do interior.

Qualquer dia… quando os meus mangos estiverem maduros, também me vou confinar, quero ir regar os meus eucaliptos [, lá em Águeda].

Por enquanto, ainda vou trabalhando 10 horas por dia, enquanto há cerveja…

Amanhã mais uma viagem… aos Hospitais de Mansoa e Farim.

Vou tirar mais algumas fotos para vos mandar.

Abraço
Patricio Ribeiro

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8 comentários:

albino silva disse...

Obrigado Patrício Ribeiro por mostrares o actual Canchungo, (ex Teixeira Pinto)
Tudo é muito diferente daqueles tempos em que por lá andei.
Pudera, pois, foi á 50 anos.
Não percas a moral e continua a mandar fotos sempre que te apeteça porque nós gostamos.

Um Abraço

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Patrício, é bom saber de ti, da tua empresa, dos teus e da tua/nossa Guiné... É inacreditável, só de "imaginar" um hospital (ou unidade de saúde), por pequeno ou rudimentar que seja, sem água nem luz... Mas esta é a brutal realidade de um dos mais pobres países do mundo...

Gosto do teu humor, de alguém que passou uma vida inteira em África:

(i)"Para lá a viagem correu bem, os buracos da estrada, também têm algum asfalto";

(ii) "...uma boa viagem, com 40 graus dentro da cabine"

(iii) "Qualquer dia… quando os meus mangos estiverem maduros, também me vou confinar, quero ir regar os meus eucaliptos"

(iv) "Por enquanto, ainda vou trabalhando 10 horas por dia, enquanto há cerveja".


Cuida-te!...O SARS-CoV-2 (que provoca a COVID-19) também já anda por aí...A população guineense é jovem, mas também há "cotas" como tu...



Tabanca Grande Luís Graça disse...

Patrício, diz-me que o significa essa "paragem" na estrada Pelundo - Canchungo. O que quer dizer a tabuleta, percebe-se mal, tiraste à foto à distância: "... Corono(ou carona ?) de Pelundo"... É elegível a primeira palavra, antes de "carono" ou "carona"...

Curiosidade: porque é que paraste aqui ? Faz ali aquele "toldo de capim" ? É algum controlo sanitário ou policial ?

Antº Rosinha disse...

Uma hora de sauna diária de 40 º numa viagem de automóvel, é a melhor cura para várias doenças, reumatismos, respiratórias, asmas e muitas mais, e se essa sauna for compensada com umas cervejas e umas ostras, aí ficamos a saber como se dizia que viver em África, era muito bom.

Era bom mas acabou-se! Era preciso tão pouca coisa para ser feliz!

Manuel Carvalho disse...

Aquelas árvores da primeira foto julgo que são as mesmas de há 50 anos e já eram mais ou menos daquele tamanho. Junto a uma das árvores havia um buraco de uma mina em que o Unimog passava ao certo entre a árvore e o buraco era apontar uma tangente à árvore e sempre a andar. Levava-mos um atrelado para água e sempre muita população em cima com os seus haveres, porcos, galinhas,cabritos, de tudo um pouco.Nós bom pessoal dava-mos boleia á rapaziada, que por sua vez fornecia carne ao "pessoal bandido" como eles diziam e aquilo ía funcionando mais ou menos bem durante aqueles dois meses junho e julho de 68.Espero que não tenha dado boleia a pessoal bandido senão ainda dizem que eu não era bom Português.Naquele tempo não havia alcatrão o resto era mais ou menos igual.

Manuel Carvalho

Anónimo disse...

Gostei de rever estas paragens, mas senti uma grande tristeza por ver aqueles pedaços da capital do Chão Manjaco.
Até que ponto chega a incúria daqueles governantes. Vai tudo a minúsculas já que não merecem mais. Nada daquilo se compara ao que existia, a não ser um pouco de alcatrão.

Jorge Picado

Valdemar Silva disse...

Patrício Ribeiro
A fotografia da Estrada Cachungo-Pelundo (que eu não conheci) é magnifica e deve ser bem diferente, não só por ter o piso de alcatrão, da que o Manuel Carvalho se lembra em 1968.
Se repararmos bem vão uns rapazes de bicicleta e ao fundo aproximam-se dois automóveis, em 1968 nesta Estrada (ainda uma picada) seria impossível avistar automóveis a circular por lá.
Passados mais de 50 anos deve ser difícil encontrar, agora, as mesmas casas e o que resta das instalações militares dessa época, mas seria interessante tentares fotografes esses locais para podermos recordar e até fazermos comparações.
Ab. saúde da boa e cuidado com o cornodovirus
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Se não erro, já que não sou botânico, as árvores que bordejam a estrada Pelundo-Canchungo são da espécie "Khaya senegalensis", o mogno da Guiné... Era/é conhecido como "bissilão"... Não confundir com o "poilão"...