1. Comentário de Orlando Pinela no Poste 3986:
Luis Graça, após contacto com o blog e sendo um visitante assidúo, ao mesmo venho apresentar-me:
Fui combatente na Guiné e subscrevo os comentários do Tony Grilo enviados do Canadá.
Então com toda a liberdade aí vai: sou Orlando Pinela da CART 1614 e fui ferido em Setembro de 1967 em Cabedú. Para avivar a memória, era o Quarteleiro.
Deixo o meu endereço electrónico - opinela@gmail.com
2. Mensagem enviada em 8 de Março de 2009 a Orlando Pinela:
Caro camarada Pinela
Já que te identificaste como ex-combatente da Guiné, não queres entrar para a nossa Tabanca Grande?
Se assim o entenderes manda uma foto do teu tempo de tropa e outra actual, tipo passe de preferência, em formato JPEG. Diz-nos qual foi o teu posto militar, especialidade, Unidade a que pertenceste na Guiné, anos de comissão e tudo o mais que achares útil para te conhecermos.
Ficamos à espera de notícias tuas.
Recebe um abraço do camarada
Carlos Vinhal
Co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
3. Mensagem de Orlando Pinela, CART 1614, Guiné 1966/68, com data de 24 de Março de 2009:
Boa tarde e saudações cordiais do camarada Pinela.
Aí vai o meu pobre historial militar.
Fiz a recruta na Serra da Carregueira no 1.º turno de 1966, tendo tido uma recepção excepcional como faxina à cozinha. Nunca tinha visto tanta loiça, era um autentico Hotel de *****, os quartos eram todos duplos e tinham uma média de 160 camas.
Esses dois meses, além da chuva e do frio, tudo passou sem grandes sobressaltos além de alguns roubos de equipamento.
Como já estávamos naquele Resort há muito tempo, todos fomos à vida indo eu parar ao Entroncamento, terra muito conhecida pelos combóios, talvez fossem mais os militares que a população. Aí sim, tive uma rececpão estupenda de boas instalações, no quarto de vez em quando, como o mesmo não era muito grande, era necessário desviar as camas para passar o combóio e também não eramos muitos, mais ou menos uns 300.
Assim chegou o mês de Agosto, fim da especialidade e nova mudança sempre a fugir para o Norte.
Agora sim fui para uma cidade estupenda, a capital de Trás-os-Montes, Vila Real, condições acolhedoras e condignas e uma excelente camaradagem, ficando a fazer serviço no material de Guerra, tendo quase todos os dias a visita do senhor Comandante da Unidade (RI13), um homem com dignidade e de bom coração.
Como também sou Trasmontano da região de Bragança, muitos fins de semana lá ía a casa para encher as peles. Assim pelo fim de Setembro acabou a estadia nesta unidade e rumando para uma cidade a Sul do Rio Douro, Vila Nova de Gaia, já com o bilhete na bagagem para novos rumos. Estive três dias na Serra do Pilar até me reagrupar à Companhia. Mais uma vez fui conhecer novas caras, pois nem uma alma conhecida. O Bart 1896 integrava as Carts 1612, 1613 e 1614, tendo passado por uma Bateria em Leixões até ao treino operacional em Viana do Castelo com o embarque a 12 de Novembro de 1966.
Esta discricção é em traços largos a minha passagem pelo Serviço Militar no Continente, talvez não seja muito importante para os camaradas do blog, mas é o começo da minha apresentação.
Dentro de dias vou começar a escrever a minha singela passagem por terras da Guiné.
Despeço-me com um abraço para todos os camaradas da Tabanca Grande e em especial ao camarada Carlos Vinhal em ter pachorra para me aturar.
Um abraço
Orlando Pinela
4. Comentário de CV
Caro Pinela, bem-vindo à Tabanca Grande.
Descreveste de uma maneira curiosa os teus primeiros tempos de tropa e com algum humor. Era a melhor maneira de encarar a situação.
Quando mandares a continuação da tua carreira, não te esqueças de referir o teu Posto e Especialidade e, locais por onde andou a tua Companhia.
Tiveste a má sorte de teres sido ferido, conta-nos como em que circunstâncias aconteceu isso. És considerado DFA?
Esqueceste-te de enviar as fotos da praxe, mas fá-lo-ás brevemente, concerteza.
Para tua informação, este teu camarada, mora a pouco mais de 1 quilómetro do local onde havia a tal Bateria de Artlilharia Anti-Aérea Fixa de Leixões, por onde passaste, hoje desactivada e local de uma urbanização habitacional.
De pequenito, me lembro de ver passar os tropas em passo de corrida pela minha rua, a caminho do quartel.
Esperando a tua colaboração, deixo-te um abraço em nome da Tertúlia.
__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 26 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4080: Tabanca Grande (127): Manuel Resende, ex-Alf Mil, CCAÇ 2585 (Jolmete, 1969/71): como o mundo é pequeno e o nosso blogue é grande
Fiz a recruta na Serra da Carregueira no 1.º turno de 1966, tendo tido uma recepção excepcional como faxina à cozinha. Nunca tinha visto tanta loiça, era um autentico Hotel de *****, os quartos eram todos duplos e tinham uma média de 160 camas.
Esses dois meses, além da chuva e do frio, tudo passou sem grandes sobressaltos além de alguns roubos de equipamento.
Como já estávamos naquele Resort há muito tempo, todos fomos à vida indo eu parar ao Entroncamento, terra muito conhecida pelos combóios, talvez fossem mais os militares que a população. Aí sim, tive uma rececpão estupenda de boas instalações, no quarto de vez em quando, como o mesmo não era muito grande, era necessário desviar as camas para passar o combóio e também não eramos muitos, mais ou menos uns 300.
Assim chegou o mês de Agosto, fim da especialidade e nova mudança sempre a fugir para o Norte.
Agora sim fui para uma cidade estupenda, a capital de Trás-os-Montes, Vila Real, condições acolhedoras e condignas e uma excelente camaradagem, ficando a fazer serviço no material de Guerra, tendo quase todos os dias a visita do senhor Comandante da Unidade (RI13), um homem com dignidade e de bom coração.
Como também sou Trasmontano da região de Bragança, muitos fins de semana lá ía a casa para encher as peles. Assim pelo fim de Setembro acabou a estadia nesta unidade e rumando para uma cidade a Sul do Rio Douro, Vila Nova de Gaia, já com o bilhete na bagagem para novos rumos. Estive três dias na Serra do Pilar até me reagrupar à Companhia. Mais uma vez fui conhecer novas caras, pois nem uma alma conhecida. O Bart 1896 integrava as Carts 1612, 1613 e 1614, tendo passado por uma Bateria em Leixões até ao treino operacional em Viana do Castelo com o embarque a 12 de Novembro de 1966.
Esta discricção é em traços largos a minha passagem pelo Serviço Militar no Continente, talvez não seja muito importante para os camaradas do blog, mas é o começo da minha apresentação.
Dentro de dias vou começar a escrever a minha singela passagem por terras da Guiné.
Despeço-me com um abraço para todos os camaradas da Tabanca Grande e em especial ao camarada Carlos Vinhal em ter pachorra para me aturar.
Um abraço
Orlando Pinela
4. Comentário de CV
Caro Pinela, bem-vindo à Tabanca Grande.
Descreveste de uma maneira curiosa os teus primeiros tempos de tropa e com algum humor. Era a melhor maneira de encarar a situação.
Quando mandares a continuação da tua carreira, não te esqueças de referir o teu Posto e Especialidade e, locais por onde andou a tua Companhia.
Tiveste a má sorte de teres sido ferido, conta-nos como em que circunstâncias aconteceu isso. És considerado DFA?
Esqueceste-te de enviar as fotos da praxe, mas fá-lo-ás brevemente, concerteza.
Para tua informação, este teu camarada, mora a pouco mais de 1 quilómetro do local onde havia a tal Bateria de Artlilharia Anti-Aérea Fixa de Leixões, por onde passaste, hoje desactivada e local de uma urbanização habitacional.
De pequenito, me lembro de ver passar os tropas em passo de corrida pela minha rua, a caminho do quartel.
Esperando a tua colaboração, deixo-te um abraço em nome da Tertúlia.
__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 26 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4080: Tabanca Grande (127): Manuel Resende, ex-Alf Mil, CCAÇ 2585 (Jolmete, 1969/71): como o mundo é pequeno e o nosso blogue é grande
2 comentários:
A modéstia do Orlando Pinela, com quem privo todos os dias, deixa de fora muitas coisas.
Faz parte da Direcção da Delegação de Lisboa, é o homem que pôs o restaurante a andar bem, dá o que tem de melhor, mas é modesto...
Claro que é DFA, e com bastante padecimento (não raro tem de passar pela fisioterapia)mas é um amigo do amigo à antiga.Uma forma de me exprimir que todos nós entendemos.
Abraço, Orlando
Luis Nabais
Orlando, espero um dia destes, talvez já na 3ª feira, conhecer.-te pessoalmemnte, aí nas instalações da ADFA,por ocasião da apresentação do livro do nosso camarada Manuel Rebocho... Se lá estiveres, levo-te o abraço, de parabéns, que agora te envio "através da blogosfera"... Isto é, substotuirei, com muito gosto e prazer, este "abraço virtual" por um valente "quebra-costelas" à moda da tua terra, Trás-Os-Montes.
Luís
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