1. Mensagem de Alcides Silva,
Data: 14 de Maio de 2010 17:20
Assunto: Esclarecimento
Amigo, é apenas para esclarecer que a minha especialidade não foi a de condutor Auto, não fui muito claro quando enviei as fotografias com o Júlio, o Madragoa. Eu fui 1º cabo estofador.
O meu 1º trabalho quando chegamos a Catió, foi reconstruir os bancos da viatura do nosso 1º comandante de Batalhão, Coronel Santiago Cardoso, que já faleceu, creio que em 2008. Os bancos foram reconstruídos com molas dos bancos das viaturas de que tinha sido pedida a evacuação pelo Batalhão anterior. E as capas para os bancos foram feitas com o aproveitamento da lona das capotas das mesmas viaturas que aguardavam a evacuação para Bissau.
Depois de reparada a viatura do 1º comandant, e tive o trabalho igual para a do 2º comandante, este não me recordo o nome, sei que era major.
Um abraço.
Alcides Moreira da Silva
2. Mensagem anterior do Alcides, com data de 12 do corrente:
Luís Graça, junto três fotos minhas, a 1ª ainda não tinha sido mobilizado, a 2ª foi do Natal de 1967, já em Catió, a 3ª é actual, já começo a estar um pouco enferrujado, já são 66 anos que os irei completar a 10 de próximo mês de Junho.
Luís Graça, junto três fotos minhas, a 1ª ainda não tinha sido mobilizado, a 2ª foi do Natal de 1967, já em Catió, a 3ª é actual, já começo a estar um pouco enferrujado, já são 66 anos que os irei completar a 10 de próximo mês de Junho.
Quanto à questão que coloquei sobre o Fernando, dizes que os contactos são com ex-Fur Mil Victor Condeço, recordo-me perfeitamente dele pelo nome, estava com ele na secção de armamento um colega de Espinho, o Camarinha, que tenho estado algumas vezes com ele.
A minha morada é: Rua das Mangas, 130,
3720-509 SANTIAGO DE RIBA-UL.
Eu ultimamente juntei algumas fotografias relativamente ao tempo de tropa, referente às localidades por onde passei que foram: Aveiro, Entroncamento, RI 6, Senhora da Hora, Porto, depois Viana do Castelo para formar Batalhão e Guiné. Fiz um pequeno filme com as mesmas, se tiveres interesse para as relíquias, manda-me a tua morada e eu envio uma cópia do DVD.
Um abraço.
Alcides
Um abraço.
Alcides
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Nota de L.G.:
(*) Vd. poste de 10 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6365: Tabanca Grande (217): Alcides Silva, ex-Sold Cond Auto, amigo do Madragoa (Júlio Tavares), CCS / BART 1913, Catió, 1967/69
7 comentários:
Confesso a minha santa ignorância e penitencio-me... ao fim de quase 40 anos de ter passado à "peluda"... Não fazia a minha ideia de que houvesse, nas CCS dos Batalhões, "correeiros-estofadores"... Como era o caso do nosso 1º Cabo Alcides Silva...
Vd. a propósito o portal do exército:
http://www.exercito.pt/recrutamento/manutencao.html
Caro Alcides
O Luís Graça tirou-me as palavras da boca.Nunca tinha ouvido falar da tua especialidade...mas nunca é tarde para aprender.
Agora para o Luís Graça
Numa recente viagem a Lisboa meti conversa com um taxista que na vida militar tinha sido 1º. cabo ferrador ! Perante o meu espanto contou-me o que fazia nos seus tempos de tropa e esclareceu-me que não tinha sido mobilizado para a guerra porque era amigo íntimo do cavalo do Comandante...
E esta !?
Um abraço e até um dia destes.
JERO
A especialidade de CORREEIRO, foi a especialidade do meu bisavô, antes de ser promovido a sargento e passar a ser apontador de metralhadora.
Mas este caso passou-se em 1885 (século XIX) quando assentou praça, deixando de exercer a profissão de colchoeira, que tinha na vida civil.
De facto, é muito interessante. Mas será mesmo que todos os Batalhões tinham os "correeiros-estofadores"? Pensando bem, devia haver muita coisa a fazer se tivermos em conta, sobretudo, as tarefas de correeiro. Provavelmente, como era habitual, noutras unidades, em vez de um especialista na arte (no sentido tradicional do termo), as tarefas seriam desempenhadas por algum curioso habilidoso.
A mim faz-me também confusão o facto de algumas unidades terem sargentos "corneteiros". É evidente que aquela especialidade era a de origem (enquanto praça) e , naturalmente, os sargentos corneteiros teriam funções administrativas (ainda que me pareça que já vi aqui escrito um sargento corneteiro integrado numa operação, mas tenho muitas dúvidas).´
Se os camaradas não me levam a mal, julgo que este assunto podia ser mais desenvolvido com a apresentação de mais exemplos de militares mobilizados de especialidades "esquisitas". Um outro aspecto também a considerar era o de saber até que ponto as profissões da vida civil podiam indicar a futura especialidade.
Já vimos que, com os enfermeiros, nada feito. Ou seja, a experiência da vida civil não dava qualquer indicação. E os mecânicos, por exemplo? E o caso do nosso amigo Alcides Silva?
Um abraço,
Carlos Cordeiro
Um abraço,
Carlos Cordeiro
Caro Carlos Cordeiro
Parece que as especialidades, algumas vezes, eram tiradas "à sorte".
Em Bissau, quando estava para vir de férias, encontrei um colega da Escola Comercial, que como eu tinha feito o Curso Geral do Comércio, que era Furriel Mecânico, em quanto eu era de Transmissões.
Quando estive em Tavira, na especialidade, havia um ex-seminarista, que tinha ido para Atirador e, mais tarde, o meu irmão mais novo, tambem ex-seminarista, foi para Enfermeiro.
Mas acho interessamte a ideia de pesquisar "Especialidades esquesitas" e, tambem, se a profissão civil influenciava, nalguns casos, a especialidade a tirar.
José Martins
Obrigado, caro José Martins. Mais uma coincidência: além de termos estado em Tavira na mesma incorporação, ambos tivemos como formação de base o curso de Formação Geral do Comércio.
Um abraço,
Carlos Cordeiro
Caro Alcides,
Talvez não te lembres de mim. Mas mais ou menos me lembro de ti. Que não da tua especialidade. Só agora fiquei a saber qual era. Numa das fotos que enviaste anteriormente, sobre o tema do Tavares, estão rapazes do pelotão de canhões (o meu)sendo um deles que está a receber o baptismo do Salta Periquito; e creio que dois das Daimlers, entre eles um que faleceu derivado a uma mina num reabastecimento a Cufar. Gostaria, se te lembrares ou tiveres escrito, de me dizeres os nomes. O da ponta esquerda parece-me ser o Sousa,de Gondomar, condutor do meu pelotão.
Ponto final
Um abraço de amizade
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