Caros amigos,
Aconteceu por várias vezes o quartel de Fajonquito ser abastecido de géneros por meio destes lançamentos aéreos [, ou seja, por pára-quedas] . Ficaram-me na memória particularmente a imagem dos frangos, enormes e completamente depenados, como nunca tinha visto antes.
Dava muito trabalho a recolha do produto, pois, às vezes, o vento afastava os pára-quedas para longe e atenção !!! A tropa tinha que chegar lesto-lesto ao local caso contrário os djubis [, putos,] já estavam lá a fazer das suas.
A carga partia-se muitas vezes ao bater no chão e era depois difícil de controlar. A miudagem escondia partes da carga no meio dos arbustos. E aqueles que assim roubavam escondendo o material, muitas vezes, eram depois roubados por outros que se infiltravam entre o momento da recolha e o regresso dos pilantras. Era bastante divertido.
Quando conseguíamos desenrascar alguns frangos, era um dia de grande festa da rapaziada, nem os ossos ficavam por prova. Afinal os vizinhos ajudam-se mutuamente, no bem e no mal.
Cherno Baldé
[ Revisão / fixação de texto / título: L.G.]
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Nota de L.G.:
(*) Vd. poste de 17 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7802: Álbum fotográfico de Amaral Bernardo (Alf Mil Med, CCS/BCAÇ 2930, Catió, Cacine, Bedanda, Guileje, Gadamel, Tite, Bolama, 1970/72) (1): O reabastecimento de Bedanda, no tempo das chuvas, através do Nordatlas, com lançamento de pára-quedas
Último poste desta série > 27 de Novembro de 2010 >Guiné 63/74 - P7350: Memórias do Chico, menino e moço (21): Cap Teixeira Pinto e as guerras de pacificação
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