Assim, com a devida vénia à Tabanca do Centro, na pessoa do seu mentor Joaquim Mexia Alves, e ao Produtor, Editor, Redactor, Repórter, Revisor, etc. da Revista Karas de Monte Real, Miguel Pessoa, reproduzimos, com alguma vaidade, a reportagem inserta naquela publicação dada hoje à estampa.
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Nota do editor:
Muito a sério, cabe aqui uma palavra de agradecimento, que nunca é demais, ao nosso camarada Miguel Pessoa, que muito nos tem ajudado ao longo de anos, quase anonimamente e sem esperar qualquer tipo de reconhecimento, como é seu timbre.
Que fique registado que são da sua autoria todos os logotipos que identificam a Tabanca Grande assim como os crachás que usamos e que servem para em qualquer situação se saber que pertencemos a esta grande tertúlia de combatentes da Guiné.
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11 comentários:
Luis Graça
23 abr 2015 11h21
Carlos e Miguel: ÉW um dia de orgulho para mim, este 23 de abril de 2015... Por razões pessoais e coletivas....
1. Vamos às pessoais: já passava da meia noite, quando o meu filho me telefonou, de Faro, a dizer "Pai, já sou sou especialista em psiquiatria"!!!...
O João, que é nosso grã-tabanqueiro, virava uma página da sua vida, depois de entrar em medicina em 2002, e ter acabdo o respetivo mestrado intyegrado em 2008... É médico desde 2008, inscrito0 na Ordem dos Médicos... E a partir de hoje,e especialista em psiquiatria...
Confesso que fiquei orgulhoso das suas provas, que decorreram durante dois longos dias em Faro (3ª e 4ª desta semana)... E a classificação (ou seja, o reconhecimento dos seus pares) foi brilhante...
É também um grande alívio para ele que durante meses meses fez vida de monge,preparando-se para o chamado exame de saída de especialidade (3 provas perante um júeri nacional: análise curricular, caso clínico (um doente sorteado na altura) e prova oral de conhecimentos...
Se o nosso encontro da Tabanca Grande fosse no próximo sábado, ele por certo que nos daria a alegria da sua companhia...
2. Outra razão pessoal (e também coletiva), é o estarmos hoje a celebrar os 11 anos de existência do nosso blogue e da comunidade virtual (e real) de amigos e camaradas da Guiné que daí resultou...
É verdade que em 2004 só se publicaram 4 postes, mas os dados estavam lançados... Guiné, guerra e memória e camaradagem foram as quatro palavars-chave que nos levaram a transformar um blogue pessoal, chamado Blogue Fora Nada, no blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné...
Vd. o primeiro poste aqui:
23 DE ABRIL DE 2004
Guiné 63/74 – P1: Saudosa(s) madrinha(s) de guerra (Luís Graça)
Trinta e cinco ano
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2004/04/guine-6971-i-saudosas-madrinhas-de.html
3. A caminhada já vai longa, tem tido altos e baixos, mas acho que todos temos uma pontinha de orgulho em relação ao que conseguimos fazer JUNTOS...
E nessa caminhada, há os contributos individuais de muitos camaradss e amigos que não podemos esquecer... Alguns, infelizmente, já não estão entre nós, na cidade dos vivos...
Estou no intervalo de uma aula, vou ter que ficar por aqui... Mas tenho que vos dizer que fiquei muito feliz por abrir o blogue e ver este poste do Miguel, editado pelo Carlos Vinhal. É uam bela prenda de aniversário para todos nós que somos a Tabanca Grande!
Um xicoração para os dois, extensivo à nossa querida Giselda, vendedora nº 1 de pins da Tabanca Grande...
23 de abril de 2015 às 11:41 Eliminar
Iniciamos este comentário por saudar TODOS os tabanqueiros, incluindo os primeiros TERTULIANOS.
Quanto ao nosso novo psiquiatra, resta augurar-lhe uma carreira profícua, pois nesta tabanca tem cerca de 700 potenciais doentes.
Abraços para todos-
Antonio Levezinho
23 abr 2015 18:09
Meu Velho
É com genuina amizade que te envio um abraço fraterno e, em igual dimensão, um beijo para a Alice.
Calculo o quanto se devem sentir orgulhosos do vosso JOÃO.
Ao o senhor doutor, de quem nós muito gostamos também, peço-te que lhe transmitas as nossas felicitações.
O outro abraço que te envio tem a ver com o aniversário do Blog, o qual todos já reclamam de seu.
Por alguma razão será.
Decorridos estes anos, ao constatar-se a dimensão que atinguiu, só me ocorre agradecer-te tal momento de inspiração.
O teu velho amigo.
Tony
Jaime Machado
23 abril 2015 19:41
Caro amigo e camarada Luis
Fico feliz por ti.
Parabéns para ti, para a Alice e para ele.
Também te dou uma notícia que sei te deixará feliz.
Amanhã recebo em minha casa o Manuel filho da minha querida lavadeira em Bambadica, a Mariama.
Estive com ela em 2010 após 10 anos de interregno.
Ele licenciou-se em Salamanca e vai regressar à sua e "nossa" Guine onde espera escontrar trabalho.
Recebe o meu abraço bem apertado
Jaime
Jaime Machado
23 abril 2015 19:42
Queria dizer após um interregno de 40 anos...
Rui Santos
23 abril 2015 18:16
Amigo luis
Parabens ao Miguel, ao pai do Miguel e a todos quantos por aqui passam ou passaram e nos deixaram boas memórias,
Abraço
Alcides Silva
23 abril 2015 20:39
È de grande satisfação haver mais um especialista em psiquiatria, parabéns aos pais que trabalharam para esse fim e, para bens ao novo especialista por ter alcançado uma grande vitória na vida, que seja o começo de uma carreira brilhante com muita alegria e saúde para todos.
Um grande abraço.
Alcides Silva
abilio duarte
23 abril 2015 22:04
PARABÉNS, E QUE CONTINUEM POR MUITOS ANOS ESTE VOSSO TRABALHO QUE MUITO ADMIRO.
SEM VOCÊS, NUNCA PODERÍAMOS DEMONSTRAR AOS NOSSOS DESCENDENTES E AMIGOS, AS AVENTURAS E DESVENTURAS DA NOSSA VIDA MILITAR.
UM ABRAÇO.
Manuel Augusto Reis
23 abril 2015 22:45
Parabéns Luís, papa babado, de orgulho pelo seu filho. Parabéns para ele e seus pais.
Parabéns pela obra criada e alimentada por ti e pelos teus colaboradores.
Ao Miguel, nós já não sabemos como agradecer, todos os meses somos confrontados com o seu trabalho maravilhoso na Tabanca do Centro.
Temos de estar gratos a todos os que, de um modo ou se de outro, se têm entregue de modo solidário e altruísta a esta árdua tarefa, na ajuda de ex-combatentes. A alegria deles é a nossa alegria.
Um grande abraço.
Margarida Peixoto
23 abril 2015 23:01
Parabéns aos pais e ao novo psiquiatra. A razão da nossa vida é sem duvida os nossos filhos. Um grande abraço para os pais orgulhosos e felizes .Parabens ao Sr. Dr. com o desejo de uma carreira longa e brilhante. Felicidades
A amiga para sempre.
Mário Vitorino Gaspar
23 abri8l 2015 23:30
Trinta e cinco anos depois.
No 25 de Abril de 2004 presto a minha homenagem às mulheres portuguesas.
Que se vestiam de luto enquanto os maridos ou noivos andavam no ultramar.
Às que rastejavam no chão de Fátima, implorando à Virgem o regresso dos seus filhos, sãos e salvos.
Às que continuavam, silenciosas e inquietas, ao lado dos homens nos campos, nas fábricas e nos escritórios.
Às que ficavam em casa, rezando o terço à noite.
Às que aguardavam com angústia a hora matinal do correio.
Às que, poucas, subscreviam abaixo-assinados contra o regime e contra a guerra.
Às que, poucas, liam e divulgavam folhetos clandestinos ou sintonizavam altas horas da madrugada as vozes que vinham de longe e que falavam de resistência em tempo de solidão.
Às que, muitas, carinhosamente tiravam do fumeiro (e da barriga) as chouriças e os salpicões que iriam levar até junto dos seus filhos, no outro lado do mundo, um pouco do amor de mãe, das saudades da terra, dos sabores da comida e da alegria da festa.
E sobretudo às, muitas, e em geral adolescentes e jovens solteiras, que se correspondiam com os soldados mobilizados para a guerra colonial, na qualidade de madrinhas de guerra.
A maioria dos soldados correspondia-se, em média, com uma meia dúzia de madrinhas, para além dos seus familiares e amigos. Em treze anos de guerra, cerca de um milhão de soldados terá escrito mais de 500 milhões de cartas e aerogramas. E recebido outros tantos. Como este que aqui se reproduz.
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Eu Mário Vitorino Gaspar, estou inteiramente de acordo com o texto. No que diz respeito ao parágrafos que fala de Fátima, digo que discordo totalmente com a Igreja quando autoriza aquele rastejar. Enquanto em Fátima os pobres rastejam, não os critico, os ricos colocam nos mealheiros montes de dinheiro, possivelmente dinheiro sujo, e gozam os prazeres de uma estadia num Hotel de Fátima. Os pobres rastejam, brota sangue no alcatrão. Desde 1953 que assisti ao que acabo de dizer. A Igreja devia proibir que o povo se sacrifique daquela maneira. Costumo dizer "proibido proibir", neste caso proibia mesmo. É indigno, como outras questões em Fátima.
Decerto que estou de acordo com esse texto, mas acrescentaria talvez mais uns pós, isto em relação ao tema "Homenagem às Mulheres Portuguesas". Acrescentaria: ... Na Guerra Colonial, ficaria "Homenagem às Mulheres Portuguesas na Guerra Colonial"
Mulher-Mãe, minha primeira mulher; Mulher-Esposa; Mulher-Noiva; Mulher-Namorada; Mulher-Família... outras e uma que considero ter muitos adeptos: Mulher-Prima. Muitos dos nossos camaradas namoravam primas e casaram-se.
A Guerra Colonial Portuguesa tem muito de comum com a Guerra do Vietname. Difere no que diz respeito às idades, os americanos eram mobilizados mais novos e não namoravam em comparação com os portugueses. Penso, penso eu... que no Vietname abundava a droga, e na Guiné vi a droga. As Praças "U" e os Caçadores Nativos, quando a encontravam ficavam doidos. Um dia vi-me atrapalhado para os segurar. Mas na zona onde estava, tenho a certeza absoluta: DROGA... NÃO!
Que droga maior que a Guerra? Anestesiados... anestesiados é o termo. O nosso interior é um enigma. Só na Guiné me apercebi das minhas capacidades e respostas para inúmeras questões. Podemos morrer, num cair e já está. Pode-se ser furado por montes de projecteis e não morrermos. Uma nativa em Ganturé, estava toda furada, intestinos nas mãos, pediu-me ajuda, e sem saber o que fazer, o Enfermeiro estava bem ocupado dei-lhe LM's. Nunca cheguei a conclusões, mas o Furriel Enfermeiro, o meu Amigo Durães disse-me que tinha feito bem. Sucedeu-me, isto cá, aparecer um ex Comando junto de mim, pistola em punho, dizer-me: "VOU MATAR-ME! Respondi-lhe, logo sem pensar: - "Então, mata-te". Não se matou, mas fiquei preocupado. Não o conhecia, tornei-me amigo do tipo.
QUERIA QUE OS NOSSOS CAMARADAS PARTICIPASSEM MAIS. SERIA VANTAJOSO QUE LESSEM, ACHO QUE GRANDE PARTE NADA LÊ.^
Um abraço
Mário Vitorino Gaspar
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