1. Em mensagem do dia 8 de Novembro de 2013, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), mandou-nos esta reportagem referente ao Dia da Unidade do Regimento de Engenharia N.º 1, cerimónia aproveitada para se proceder à imposição de Medalhas a militares do activo e ex-combatentes da Guerra do Ultramar.
Cerimónia do Dia da Unidade
do
Regimento de Engenharia nº 1
Como já “ostentava” a miniatura ou a fita da Medalha Comemorativa de Campanha, apesar de não me ter sido atribuída, assim como a muitos camaradas de armas, no inicio do ano resolvi “oficializar” a situação, pelo que requeri ao Chefe do Estado-Maior do Exército a atribuição da mesma.
Programei a ida a Chelas, ao Arquivo Geral, e apresentei o requerimento a 24 de Janeiro do ano corrente. A resposta chegou com data de 1 de Março, informando que a Medalha me seria entregue pelo RE 1, pelo que deveria entrar em contacto com o Regimento, para coordenar a entrega. Entrei em contacto com o, por acaso, oficial que tratava do assunto. Disse-me que iria levar “algum tempo” mas, aguardei.
Informaram-me telefonicamente da data e enviaram a confirmação por carta, em 30 de Outubro.
Assim, à hora previamente combinada, 10H30 horas, apresentei-me na Unidade onde fui recebido pelos responsáveis pelo protocolo, que nos convidaram, sim a Manuela ia comigo, a aguardar na Messe de Sargentos, transformada em sala de recepção e onde ofereciam aos presentes uma “bebida para ambientar”.
À chegada da Alta Entidade, creio que o 2.º Comandante da Brigada de Reacção Rápida, um Tenente General, foram-lhe prestadas as honras militares.
Na Parada dos Sapadores Mineiros, estavam formadas três Companhias, sob o comando do Tenente-Coronel, 2.º Comandante da Unidade, com a Banda de Música do Exército, aguardando a integração do Estandarte Nacional.
Saudação ao Estandarte Nacional, pelas forças em parada.
© Foto: José Martins
Após o toque de “sentido à Unidade”, foi colocada uma coroa de flores junto do ao Monumento ao Esforço da Engenharia Militar, situado no Largo do Batalhão Artífices Engenheiros, dentro do perímetro das instalações, que identifica as Unidades que aprontou para o Ultramar, assim como dos militares tombados.
Monumento aos Esforço da Engenharia Militar
© Foto: José Martins
Foram executados o Toque de Silêncio, Toque de Mortos em Combate, seguido de um Minuto de Silêncio, completando-se a cerimónia com o Toque de Alvorada.
© Foto: José Martins
Depois da alocução do Comandante da Unidade e do Pólo Permanente de Tancos, Coronel Monteiro Fernandes, procedeu-se a imposição de condecorações a militares e antigos combatentes.
Imposição da Medalha Militar - 3.ª Classe
© Foto: José Martins
Imposição da Medalha D. Afonso Henriques – Mérito do Exército, 3.ª e 4.ª Classes a Oficiais e Sargentos
© Foto: José Martins
© Fotos: Maria Manuela Martins
Desfile “em continência” das forças em parada. Estandarte Nacional
© Foto: José Martins
Depois da cerimónia militar, foi apresentado, na Biblioteca Regimental, um diaporama com as actividades e preparação das forças de Engenharia, para cumprimento da sua missão, assim como uma exposição de material NBQ – Nuclear, Bacteriológico e Químico, assim como equipamento mecanizado de construção civil.
Almoço volante, servido para Oficiais, Sargentos, Praças, Empregados Civis e Convidados, no refeitório das praças. Na foto Maria Manuela Martins, esposa do nosso camarada José Martins
© Foto: José Martins
O bolo de aniversário, com o Brasão de Armas e Divisa do RE 1
© Foto: José Martins
Corte do bolo com a Espada.
© Foto: José Martins
Pessoalmente tenho a agradecer aos Oficiais, Sargentos e Praças, toda a atenção dispensada, não havendo destaque a fazer. Desde o Comandante, com quem estive a falar e quis saber pormenores da minha/nossa passagem por África, até a um soldado mecânico que me veio cumprimentar, dizendo que a cerimónia tinha “valido a pena”, com o momento da entrega das condecorações àqueles que, de armas na mão, defenderam a Pátria em condições difíceis,
Estas cerimónias não podem fazer esquecer a descriminação a que muitos combatentes são sujeitos, mas dá-nos a certeza de que os “nossos pares” sabem apreciar o nosso esforço e bom desempenho da missão na que fomos sujeitos.
José Marcelino Martins
8 de Novembro de 2013
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Nota do editor
Último poste da série de 31 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12227: Efemérides (144): A minha chegada à Guiné - 28 de Outubro de 1968, já lá vão 45 anos (Carlos Pinheiro)
5 comentários:
Erratas:
A Alta Entidade é um Major General e não um Tenente General.
Na 1ª foto de concedorados onde se lê "Medalha Militar" deve ler-se "Medalha de Mérito Militar".
Os erros são atribuiveis ao autor do texto.
Entreguei o requerimento para receber a medalha comemorativa de campanhas a antigos combatentes em 23/04/2013 em cinco de Junho recebi uma carta do arquivo geral do exército a informar que requerimento tinha sido deferido.
Em 14 de Junho recebo nova carta que tinha sido solicitado a requisição da medalha e com a seguinte informação, oportunamente será o Sr. José Colaço contactado para comparecer no Regimento de Transportes, para imposição da referida condecoração.
Resultado continuo a aguardar mas quando me mobilizaram para a guerra da Guiné não aguardaram nada foi de um dia para o outro.
Caro amigo Zé Martins
Gostei da reportagem.
Está bem feita, bem ilustrada, e serve de exemplo do que pode e deve der feito.
Saliento a dignidade dada ao acto.
Ia escrever 'finalmente' mas posso estar a ser injusto, pelo que fico pela satisfação de saber que essa etapa foi cumprida.
Abraço
Hélder S.
Estou revoltado!!!
Não, não tem nada a ver com a reportagem que o José Martins, a quem aproveito para mandar um abraço, aqui apresenta.
A revolta tem a ver com o seguinte:
Em Julho passado, fiz o requerimento a solicitar a Medalha Comemorativa das Campanhas de África.
Com data de 24/Setembro, recebi uma carta da Direcção de Justiça e Disciplina - Rep. de Condecorações e Louvores, a informar que o requerimento foi deferido e que deveria contactar o RE1 (Reg. Eng.ª 1 - Pontinha), para coordenar a data da cerimónia de entrega.
Assim fiz. Em 14/10, da parte da manhã, contactei o BE 1. O telefonista (?), disse-me que ia passar a uma senhora Alferes que estava de serviço e me daria a informação pretendida.
Ao fim de algum tempo diz-me que a srª não está no local mas para deixar recado com o nome e contactos que ela depois contactava.
Como não houve qualquer contacto, voltei a ligar passava um pouco das 17H00. O telefonista diz-me que se calhar já não está ninguém na Secção mas vai tentar passar a chamada. Atende-me então um Capitão. Explico-lhe a situação e ele diz que o recado com o meu nome e contactos está em cima da secretária e que depois serei contactado.
Ora bem!!! Até hoje ninguém me contactou!!! E, qual não é o meu espanto e...revolta, ao ver aqui a reportagem do José Martins. É que eu também deveria ter lá estado!!!
Mais, o RE 1 recebeu uma cópia da carta que me foi enviada.
Então porque é que não foram eles a contactar-me???
Era assim tão difícil???
Este é o espelho do País. Embora o País não tenha culpa nenhuma. Mas uma parte das pessoas que o compõem, essas sim, são culpadas.
Um abraço para todos
José Vermelho
Aos "Zés", Colaço e Vermelho, tenho a dizer INSISTAM:
Tomem a iniciativa, telefonem:
Regimento de Transportes:
Av. Dr. Alfredo Bensaúde
1849-010 LISBOA
PORTUGAL
E-mail: rtransp@mail.exercito.pt
Telefone 1: 219449600
Fax: 219449613
RE 1
Estrada da Pontinha
1600-000 LISBOA
PORTUGAL
E-mail: re1@mail.exercito.pt
Telefone 1: 217102400
Fax: 217102406
Pede para ligar à Secção de Justiça.
Fala com a Alferes Silva ou 2º Sargento Martins.
Abraço para os dois.
Quanto aos que ainda não receberam a medalha:
É um DIREITO que nos assiste e, sobretudo, é uma forma , ainda que isolado, de dizermos que estamos vivos e "virados para o combate".
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