sábado, 20 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6026: Convívios (207): Próximo convívio da Tabanca da Linha, dia 8 de Abril de 2010, no Talho do Diamantino - Quinta do Cortador (José Manuel M. Dinis)

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Mampatá > 4 de Março de 2010 > Os nossos amigos da AD, e membros da nossa Tabanca Grande, Pepito e Domingos Fonseca, ladeados por camaradas nossos que integraram a caravana da associação Memórias e Gentes: à esquerda, o José Eduardo Alves (Leça) mais a esposa; à direita, o Delfim Santos co-fundador da Tabanca de Mosinhos... De calções, na ponta direita, está o nosso José Manuel Matos Dinis


1. Mensagem de José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 18 de março de 2010:

Carlos, bom amigo,
Acabei de chegar da Guiné*, zonzo de cansaço, e com uma fominha que me levou a diligências rápidas com quem pode e decide. Falei com o Cmdt Rosales a esse propósito, que, também ele homem de apetites saudáveis, se mostrou decidido na preparação do próximo repasto da Magnífica Tabanca da Linha. Combatente experiente, raciocínio matemático, e convocou-me para uma prospecção correlativa.

Fomos desaguar no famoso Talho do Diamantino, homem da Guiné, conhecedor profundo de carnes e manjares, também ele lidador de futebóis variados e contemporâneo do Rosales no E.P.
Necessariamente o diálogo foi fácil e a combinação celebrada com um vinho da casa, enquato mordiscámos umas tapas de presunto. Nada que enganar, o mais fácil é estabelecer pontes entre os homens de boa vontade.

Assim, torna-se público que no próximo dia 8 de Abril, uma quinta-feira, no Talho do Diamatino - Quinta do Cortador, junto à saída da auto-estrada, na direcção de Cascais, entrando pelo acesso da bomba da Galp e do supermercado adjacente. Cem metros adiante situa-se o lugar da mastigação.

Ficam desde já convocados, sem direito a escusas, os primogénitos desta Magnifica Tabanca da Linha. Façam o favor de se apresentar bem ataviados, barbas aparadas e gravatas de seda de preferência, para receberem condignamente os vários aderentes ao evento, que desde já se convidam dentro do espectro da Tabanca Grande. Para estes, todavia, haverá uma limitação: têm que dar indicação de participação até ao fim do mês, que em Março calha no dia 31. Depois dessa data vai ser dificil ter direito de acesso.

As marcações poderão ser feitas para Mário Fitas, Jorge Rosales ou para mim, por mail ou telefone. O meu telemóvel para o efeito é 913 673 067.

O menú não deve comprometer, e vai obrigar cada um a esportular vinte aéreos. Constará de entradas de presunto, queijo e gambas, a que se segue uma grelhada de carnes. Depois haverá sobremesa, para todos, mas especialmente para os que ainda denotarem alguma capacidade estomacal. Haverá águas, para os mais puristas, cerveja, vinhos e coisas mais etílicas para o fim de festa.

Dada a proximidade do encontro, solicito a divulgação do evento através do blogue, por forma a que ninguém tenha a desculpa de não saber atempadamente, tendo em vista que houve diversíssimas manifestações de camaradas das redondezas, como de outros com residência mais distante, mas dispostos a conviver connosco.

A Mónica Cintra, entretanto, já informou que não poderá abrilhantar a festa, por motivos que não vêm ao caso. Teremos que ser nós, os que se apresentarem, a fazê-la.

Carlos, para ti, e para a Tabanca, vai um grande abraço deste amanuense que escreve sob o controle atento do Cmdt Rosales.
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de7 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P5944: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (11): Encontro em Mampatá, com o Leça, o Delfim Santos e o José Manuel Dinis (Pepito) 

Vd. último poste da série de 20 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6024: Convívios (119): Convívio Anual da CCAÇ 2382 & CCAÇ 2381, no próximo dia 1 de Maio de 2010, em Fátima (José Teixeira)

3 comentários:

MANUELMAIA disse...

AMIGO ZÉ DINIS,

FOLGO EM SABER QUE REGRESSASTE BEM DA TUA "SEGUNDA COMISSÃO"...

QUE TAL O BAJUDAME?

VÊ LÁ SE NOS CONTAS AS TUAS AVENTURAS
ABRAÇO

MANUEL MAIA

JD disse...

Caro Manel,
Restantes amigos,
Imagino que o Manel se refere à Fátinha do Catió, aquela a quem todos perguntavam: corpinho di bó?
Pois lá está, sem os dentes onde pontilhava um pauzinho de coca, mas com um lindo sorriso asseado.
Destapada de panos, ainda se lhe descobriram traços de feminilidade, apesar de já não ostentar mama firme, mas o ronco de cicatrizes no ventre ganha expressão estética.
Dócil como nos tempos aureos, lembrou-se muito bem do bardo do Cantanhês, os olhitos brilharam à menção do sagento Maia, manga de atrevido.
Não posso entrar em detalhes porque lhe prometi discrição sibre as nossas conversas, mas asseguro que vai gostar de ver-te e sonha com esse dia.
À despedida ainda teve a generosidade de se me dirigir pedindo-me uma recordação do momento: Dinis, parte patacão.
É assim Manel, as diferenças são apenas temporais. A vida nas aldeias não difere muito da do nosso tempo. As necessidades acentuam-se com o epílogo da política por uma Guiné melhor. Em muitas aldeias escasseia a água, mesmo que imprópria para a alimentação. Vi grandes bolanhas abandonadas, ou sem vestígios de trabalhos agricolas. Mas isso não significa progresso, actividades alternativas.
Vi muitos miúdos em escolas com deficit de condições e material pedagógico, e fiquei surpreendido por se ensinar em crioulo, apesar do português ser a língua oficial.
Mas os olhinhos brilham e muitos putos envergam equipamentos dos clubes portugueses. Em Manpatá, durante a cerimónia descrita, provoquei uma desordem quando me dirigi a um puto que envergava a camisola do Sporting. Foi um movimentar de meninos e meninas na minha direcção, todos queriam tocar-me, alguns sorridentes, outros de olhar arregalado e surptreendido sem saber porque se movimentavam e me puxavam, numa manifestação de crianças livres e expontâneas. Se era para agarrar, agarravam.
Nada de diferente desde há 40 anos.
Quanto a Bissau, aí sim, há muitas diferenças, a começar pela ausência da 5ª.Rep., agora ocupada pelo edificio da RTP. Mas nem o Zé da Amura, nem o Pelicano, nem o Pintozinho, nem a Taufic Sad, antes com a estrada do Pilão transformada em alameda de trânsito adensado a caminho de Bissalanca, com algumas construções de relativa imponência, e muitas outrs mais modestas onde se agregam estabelecimentos comerciais com os passeios pejados de gente, numa profusão de vida e cores,e um espaço de degradação onde se conservam as ruínas do hospital militar, absolutamente inuteis.
Gostei do Saltinho, onde fui ao banho e comi umas excelentes ostras. Gostei das imensas árvores que abundam na Guiné, com troncos que só várias pessoas conseguem abraçar.
Não gostei da pobreza, mas o povo não é agressivo por isso. Lá não senti qualquer insegurança.
Lamento não ter tido tempo para a parte lúdica, para conhecer os Bijagós, para visitar Varela, para voltar ao leste que palmilhei.
Terei que voltar.
Abraços do
JD

JD disse...

Esaclarecimento sobre o local:

No final da auto-estrada de Cascais, tomando a saída para Cascais, logo se vê do lado esquerdo um estabelecimento MINI-PREÇO. Deve tomar-se essa direcção atravessando a faixa de rodagem contrária. Depois são cerca de cem metros até à quinta, do lado esquerdo.
Para quem se deslocar de Cascais em direcção à A-5, depois da rotunda de Birre, cerca de duzentos metros depois, à direita, após os stands de automóveis, encontra-se o Mini-Preço e deve entrar-se nesse acesso e continuar a rua que se segue.
À esquerda, o muro delimita a quinta do Cortador.
Se entre os que se deslocarem pela A-5 falharem a entrada para o Mini-Preço, devem contornar a rotunda que se segue a cerca de duzentos metros, e proceder como antes se referiu para quem se desloca de Cascais.