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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10122: Em busca de... (195): Informação sobre o Soldado Escriturário Carlos da CCAÇ 3476, Canjambari, Chugué, 1971/73 (Jaime Vieira)





1. O nosso Camarada Jaime Vieira, ex-Sold da CCAÇ 3476, Canjambari, Chugué, 1971/73, enviou-nos o seguinte apelo:


Boas noites ou bons Dias a todos os camaradas da Guiné,


Os meus parabéns por terem se lembrado de nós. 

Fui soldado na companhia de caçadores 3476. 

Estive em Canjambari - sector de Farim, nos anos de 1971 e 72, e depois estive no Chugué – junto a Mansoa -, em 1973. 

Regressei a casa em 16 de Dezembro de 1973. 

Tínhamos o nome de “Bebés de Canjambari”, por a companhia ser muito jovem ou a mais jovem de todas. 

Agora meus amigos, tenho uma curiosidade que gostava de ver satisfeita: no ano de 1972 desapareceu um soldado escriturário, com o nome de Carlos, creio que era de Trás-os-Montes. Era meu amigo e sempre me preocupei em saber o que lhe aconteceu posteriormente. 

Se algum camarada souber algo sobre este meu amigo, peço o favor de me informar para o e-mail: 52_j@live.com

A companhia era açoriana. 

Por agora é tudo.

Um abraço a todos,
Jaime Vieira


2. O nosso Camarada José Martins já nos enviou a ficha desta Unidade:

A Companhia de Caçadores 3476 foi mobilizada no Batalhão Independente de Infantaria nº 18, em Ponta Delgada. Esta unidade tinha como divisa “Os Bebés de Camjabari”.

Embarcaram em 25 de Setembro de 1971, chegando a Bissau no dia 30 desse mês.

Sob o comando do Capitão Miliciano de Infantaria Jorge Alberto da Conceição Hagedorn Rangel, substituído em data não referida pelo Alferes Miliciano de Infantaria António Augusto Pires e Castro.

Realizaram no CMI – Centro Militar de Instrução, no Cumeré. A Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, no período de 02 a 30 de Outubro de 1971.

Parte para Camjabari a 2 de Novembro de 1971 para, em sobreposição com a Companhia de Caçadores nº 2681, efectuar o treino operacional, assumindo a responsabilidade do subsector de Camjabari, em 28 de Novembro de 1971, integrando o sector à responsabilidade do Batalhão de Artilharia 3844. A missão prioritária a esta subunidade era proceder pressão sobre a linha de infiltração de Sitató.

Substituída pela Companhia de Caçadores nº 4143/72 a 14 de Novembro de 1972, segue para Dugal a 16, para sobrepor e render a Companhia de Artilharia nº 3332, assumindo a responsabilidade do subsector, com destacamentos em Fatim, Chugué e Fanhe, e para missões de segurança de instalações e populações da área, integrada no dispositivo do Comando Operacional nº 8.

É transferida para o COMBIS (Comando de Bissau) em 30 de Setembro de 1973), sendo rendida em Dugal pela 2ª Companhia do Batalhão de Caçadores nº 4610/72 e, em 3 de Outubro de 1973 rende, em Bissau, a Companhia de Cavalaria nº 3420.

Dois meses depois, a 6 de Dezembro é rendida no COMBIS pela Companhia de Caçadores nº 3565 e embarca de regresso em 13 desse mês.

Foi rendido neste subsector pela Companhia de Caçadores nº 4143/72, seguindo em 14 de Novembro desse ano para Dugal, onde, a partir do dia 16 seguinte,

É substituída pela Companhia de Caçadores 2548/BCAÇ 2879 em Julho de 1969, recolhe a Bissau e embarca de regresso à Metrópole em Junho de 1971. 
_____________
Nota de M.R.:

5 DE JULHO DE 2012 > Guiné 63/74 - P10118: Em busca de... (194): Camaradas do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa, 1969 1971 (Carlos Alberto Pinto)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10115: Agenda Cultural (209): Lançamento dos livros "Filhos da Terra - A Comunidade Macaense Ontem e Hoje" e "O Livro de Receitas da Minha Tia/Mãe Albertina", Instituto Internacional de Macau, Lisboa, 11 de julho, 4ª feira, 18h.



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Sítio do Observatório da China...


O Observatório da China – Associação para a Investigação Multidisciplinar em Estudos Chineses tem como finalidade principal contribuir para a divulgação do conhecimento sobre a China em Portugal, através da realização de actividades de investigação multidisciplinares, designadamente:  (i) a promoção de iniciativas que visem o desenvolvimento e divulgação de trabalhos de investigação sobre a China; (ii) a criação de uma rede nacional de investigação em Estudos Chineses; (iii) a organização de eventos descentralizados de modo a estimular a troca de experiências e debates de opinião; (iv)a cooperação com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, em várias áreas do conhecimento; (v)o acompanhamento e a produção de relatórios periódicos sobre a evolução da realidade económica, política, cultural e social da China; e ainda (vi) a edição de publicações em formato de papel e digital.


1. Mensagem recebida hoje:


Assunto - Lançamento dos livros "Filhos da Terra - A Comunidade Macaense Ontem e Hoje" e "O Livro de Receitas da Minha Tia/Mãe Albertina".


O Observatório da China tem o prazer de se associar à divulgação do seguinte evento [convite em anexo].
Cumprimentos,
Isabel Santos Nogueira,
Assistente da Administração
Observatório da China
Rua de Xabregas Lote E, 13, 1900-440 Lisboa
Portugal


________________


Notas do editor:





O Dr. Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau, de seu nome completo, Jorge Alberto da Conceição Hagedorn Rangel, foi capitão  mil no TO da Guiné, tendo comandado a açoriana CCAÇ 3476 (Canbamjari, 1971/73).


Docente universitário com doutoramentos honoris causa, membro do Governo de Macau durante 13 anos, membro dos Conselhos de Curadores das Fundações Casa de Macau, Jorge Álvares e do Santo Nome de Deus, Presidente do Instituto Internacional de Macau e do Elos Internacional, Vice-Presidente, Presidente e membro do Conselho Supremo, é o . Ver aqui o seu perfil completo


(...) "Nasceu em Macau, em 1943. O pai era de Xangai, 'ao tempo conhecida como a Paris do Oriente'; a avó paterna era alemã. Como quase todas as velhas famílias macaenses, tem mais sangue malaio que chinês. 'O cruzamento entre as populações portuguesa e chinesa só começou em meados do século passado.'

Formado em Letras na Universidade de Lisboa, cumpriu o serviço militar na Guiné, tendo trabalhado no estado-maior do general Spínola. À data de 25 de Abril de 1974, ainda estava em Bissau. Regressou a Macau no ano seguinte, para se envolver de imediato na política local. Nas primeiras eleições para a Assembleia Legislativa liderou uma lista independente, a GEDEC, ou Grupo de Estudos para o Desenvolvimento Comunitário de Macau, e foi eleito deputado".(...)



O livro "Filhos da terra: a comunidade macaense, ontem e hoje" foi originalmente uma tese de dissertação de mestrado. Do Repositório da Universidade de Lisboa, retirámos a seguinte informação sobre a obra:


(i) Autor: Rangel, Alexandra Sofia de Senna Fernandes Hagedorn;

(ii) Orientadora: Malafaia, Maria Teresa,1951.-

(iii) Palavras-chave: Costumes e tradições - Macau (China) / Identidade cultural - Macau (China) / Macau (China) - História;

(iv) Teses de mestrado - 2011;

(vi) Resumo:

Esta dissertação de Mestrado é sobre os macaenses, os “filhos da terra”, descendentes de várias gerações de cruzamentos de portugueses com orientais, resultando desta miscigenação uma comunidade com características próprias.

A culinária, o dialecto (patuá) e as festividades tradicionais demonstram a base cultural portuguesa e as influências recebidas dos países asiáticos vizinhos do território com mais de 400 anos de presença portuguesa, devolvido à China em Dezembro de 1999.

Actualmente, Macau é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China regida por uma Lei Básica, elaborada em conformidade com a Declaração Conjunta Luso-Chinesa, firmada em 1987. Esta Lei garante aos residentes do território, incluindo os de ascendência portuguesa, a manutenção da sua maneira de viver e os direitos que tinham anteriormente.

É feito um enquadramento histórico, para que melhor se compreenda o nascimento e o percurso desta comunidade, e são identificados os desafios que se lhe colocam, hoje, bem como o seu singular legado cultural. (...)

Último poste da série > 2 de julho de 2012 Guiné 63/774 - P10102: Ser solidário (131): Semana Cultural Guineense. na Escola Fontes Pereira de Melo, Porto, de 2 a 7 de julho de 2012 (Sofia Santos)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10107: O Nosso Livro de Visitas (141): Jaime Vieira, açoriano, a viver nos EUA há 38 anos, procura uma amigo e camarada, dado como desertor em 1972, o sold escrit Carlos Alberto Sousa Emídio, da CCAÇ 3476 (Canjambari, 1971/73)



Excerto da página do Carlos Silva, na parte relativa à história da CCAÇ 3476 (Canjambari, 1971/73) (Reproduzido com a devida vénia).




1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Jaime Vieira, açoriano, que vive nos EUA (*):

De: Jaime Vieira [52_j@live.com ]
Data: 2 de Julho de 2012 05:30
Assunto: Boas noites ou bons dias, a todos os camaradas da Guiné

Os meus parabéns por terem se lembrado de nós.

Fui soldado na companhia de caçadores 3476, estive em Canjambari, sector de Farim, nos anos de 1971 e 72 e depois estive no Chugué, antes de Mansoa. Vim para Casement [, nos EUA, ?] em 16 dezembro de 1973. 


Tínhamos o nome de Bebés de Canjambari por se tratar duma companhia muito jovem ou a mais jovem de todas. [Vd. o muito original miniguião, imagem  acima, cortesia de Carlos Silva].

Agora, meus amigos, tenho uma curiosidade: no ano de 1972 desapareceu um soldado que era escriturário, com o nome de Carlos. Penso que era de Trás os Montes. Sempre penso nele, era meu amigo, e sempre me preocupei em saber o que lhe aconteceu.

Se algum camarada sabe algo sobre este nosso amigo, diga-me alguma coisa para o meu email 52_j@live.com.

A companhia era açoriana.

Por agora é tudo, um abraço a todos
Jaime Vieira,

2. Comentário do editor:


(i) Pedi ao nosso camarada, amigo e vizinho  Carlos Silva, que eu trato carinhosamente, na brincadeira,  por "régulo de Farim", e que conhece bem toda a rapaziada que passou pelo setor, o seguinte:



Carlos Silva: Tens alguma "pista", na tua página, que possa ajudar este camarada que esteve em Canjambari, na CCAÇ 3476 ? Penso que ele vive no estrangeiro (EUA ?)... Deve ter emigrado, como muitos outros camaradas açorianos...

Não consegui localizar a cidade de Casement (em inglês, "batente", "casement windows", janelas de bater...).   Vou pedir ao nosso amigo Jaime se ele nos esclarece melhor estas duas coisas: (i) O país onde vive (presumo que desde 16 de dezembro de 1973); (ii) o apelido do amigo (Carlos... é pouco) e a companhia a que pertencia; era a mesma, a CCAÇ 3476, açoriana ? E já agora, como e quando é que ele desapareceu ? Foi em Canjambari ? Foi no Chugué ?

Um abração. Luis



(ii) O Carlos Silva respondeu-me de pronto, a mim e ao Jaime:


Luís e Jaime:

Aqui vai o link sobre o Carlos Emídio que desapareceu:

http://carlosilva-guine.com/index.php?option=com_content&view=article&id=57&Itemid=79&limitstart=23 
(**)

Nenhum camarada sabe dele. Espero que esteja vivo.
Estou no Algarve
Um abraço
Carlos Silva


(iii) O Jaime Vieira mandou-me um segundo email, ontem, nestes termos:

Muito obrigado por teres respondido. A minha companhia era dos Açores e fomos para Canjambari em 1971. O Carlos [Emídio] chegou mais tarde . Um pouco tinha sido cabo e foi despromovide mas antes de chegar à nossa companhia. Ele era um pouco contra o regime e tinha problemas com o capitão como eu tambem tinha. Ele desapareceu em Canjambari no ano de 1972 e nunca vi muito interesse por parte das autoridades em saber de ele. Por este motivo fiquei sempre preocupado e com ansiedade para saber o que aconteceu.

Sou emigrante nos Estados Unidos da América já há 38 anos,  era da companhia de caçadores 3476 e, como a metade da companhia era de voluntários com menos de 20 anos de idade,  deram-nos o  nome de Bebés de Canjambari. O meu capitão era chinês de Macau,  muito conhecido hoje pela televisao. O nome dele era Jorge Rangel.

Um abraço a todos, Jaime Vieira.


(iv) Comentário final de L.G.:

Obrigado, Jaime, por teres chegado até nós. Graças ao valioso contributo do nosso camarada Carlos Silva, ficamos a saber que o teu amigo, o sold escriturário Carlos Alberto Sousa Emídio, desapareceu no dia 17 de agosto de 1972 e foi dado, mais tarde como desertor, de acordo com a história da unidade.

Ninguém sabe, até agora, do seu paradeiro. Pode que ser que a tua mensagem chegue até ao seu conhecimento, se ainda for vivo, como esperamos... Como costumamos dizer, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... Oxalá possas encontrá-lo, vivo e de boa saúde. Terá, de certo, muito para te contar...

Ficas convidado, desde já, a integrar o nosso blogue. Manda-nos duas fotos tuas, uma do teu tempo de "bebé de Canjambari" e outra atual, tirada em Casement (já agora, em que Estado norte-americano fica ?).

Muita saúde e longa vida para ti e os teus.  Divulga o nosso blogue entre os nossos camaradas açorianos da diáspora!

PS - Na Internet, uma pessoa com este nome, num anúncio comercial, no portal Lisboanet... Pode ser uma pista...

CARLOS ALBERTO DE SOUSA EMÍDIO
Rua Marechal Gomes da Costa, 12 E
Famões, Odivelas, Lisboa 1685-901


Actividade: Instalação de canalizações


... Mas, como se costuma dizer, há mais Marias na terra!

__________________

Notas do editor:

(*) Último poste da série> 2 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P10104: O Nosso Livro de Visitas (140): António Rés Borié, ex-1º cabo cripto, Cmd Agr nº 16, Mansoa, 1964/66, camarada da diáspora, vive na Florida, EUA, e procura camaradas do seu tempo 

(**) Excerto da página do Carlos Silva, na parte relativa à história da CCAÇ 3476 (Canjambari, 1971/73):



(...) Caso Deserção do Sold Escrit nº 2055276 Carlos Alberto Sousa Emídio

17 – 08-1972 – Ao fim da tarde deste dia ausentou-se ilegitimamente o Sold Escriturário Carlos Alberto Sousa Emídio, constituindo-se mais tarde em desertor. Fora colocado nesta Companhia por motivo disciplinar, vindo da Sucursal do Laboratório Militar de Bissau.

18-08-1972 – Por todo este dia foram efectuadas buscas, e pelas 17H00 foram encontradas pegadas do Soldado ausente que seguiam na direcção da área da Bricama. O mesmo já fora desertor na Metrópole e o seu desaparecimento seria premeditado, em virtude de problemas de ordem pessoal e militares ainda pendentes, motivados pela sua deserção anterior.


[Fonte:] HU - História da Unidade, Cap II, pág 19

Será que este nosso camarada estará vivo? Faço votos para que sim.

Alguém saberá do seu paradeiro?