Mostrar mensagens com a etiqueta Fernando Brito. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Fernando Brito. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12747: In Memoriam (180): Fernando Brito (1932-2014), major art ref, ex-1º srgt, CCS / BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) e 1ª C / BART 6523 (Madina Mandinga, 1972/74)

1. Faleceu, no dia 19 de Fevereiro de 2014, o major art ref Fernando Brito. O seu funeral realizou-se hoje, dia 20, 5ª feira, em Coimbra. O seu corpo esteve  em câmara ardente na Igreja de São José.

[Foto, recente,  à esquerda, o Fernando Brito mais o seu querido neto Cláudio Brito]

A informação foi-nos dada pelo   camarada António Barbosa, da 2.ª Companhia do BART 6523 (Nova Lamego, 1973/74) que nos chegou através de mensagem do António Pires (UTW). ´

Quis entretanto confirmar a notícia, através do seu neto, Cláudio Brito (que era o elemento de ligação do Fernando com o nosso blogue). Da casa do avô atendeu-me a sua filha,  Ana Cláudia que me confirmou a funesta notícia. Foi uma morte inesperada, repentina. O Fernando Brito parecia gozar de excelente saúde, apesar da idade, 82 anos. Mas há cerca de 2 anos  tinha perdido a sua companheira de uma vadia,  a Natacha, de que ele falva sempre com tanta ternura e orgulho.  Privei com ele em Bambadinca, eu e outros camradas da CCAÇ 12, em 1970/71, como 1º srgt da CCS/BART 2917. Em 2001, perdera o filho, num trágico acidente de automóvel, Era o pai do Cláudio.

O Fernando Brito tinha entrado há pouco para o nosso blogue. Falei com ele há menos de um mês, ao telefone. Ficou entusiasmado com a hipótese de nos podermos reencontrar, ele e a malta da CCAÇ 12, com quem se dava particularmente bem (*), Falou-me,  um pouco, dos tempos duros que passou na 2ª comissão, em Madina Mandinga. E claro da grande perda que foi a morte do seu filho e da sua esposa.

Teve um funeral com honras militares e a presença de vários camaradas da Guiné que se cdeslocaram de Lisboa, segundo informação da filha. Seguiu fardado até à sua última morada.  É mais um de nós que parte, perdendo-se um elo das nossas memórias. (**)

Um abraço de pesar e de consolo, de toda a nossa Tabanca Grande  para o neto Cláudio Brito e para a filha Ana Cláudia, bem como para todos os camaradas das duas companhias por onde ele passou, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) e 1ª C/BART 6523 (Madina Mandinga, 1972/74).
__________

Notas do editor:

(*) Postes referente ao nosso camarada Fermando Brito:

22 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12621: Tabanca Grande (421): Fernando Brito, ex-1º srgt art, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), e CCS/1ª C/BART 6523 (Madina Mandinga, 1972/74), hoje major reformado... Passa a ser o nosso 641º grã-tabanqueiro

15 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12589: Memórias de Gabú (José Saúde) (38): Uma homenagem ao Major, aposentado, Brito, então 1º Sargento

13 de janeiro de 2014 >Guiné 63/74 - P12582: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (78): Informação sobre o ex-1º srgt Fernando Brito, da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), que é meu avô, está reformado como major e vive em Coimbra (Cláudio Brito)

6 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9144: O nosso fad...ário (5): Fado Brito que és militar (Letra de Tony Levezinho, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 2590/CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

7 de dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3582: Cancioneiro de Bambadinca (2): Brito, que és militar... (Gabriel Gonçalves, ex-1º Cabo Cripto, CCAÇ 12, 1969/71)

(**) Último poste da série > 19 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12744: In Memoriam (179): Carlos Schwarz da Silva (1949-2014)... Pepito ca mori! (Liliana, amiga da Catarina): O Sr. Carlos, o Pepito, o filho da Calinhas, o marido da Isabel, o pai da Pepas, do Ivan e, especialmente, o pai da Catarina. O pai de um de nós. Para mim, era um herói, vivo

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12621: Tabanca Grande (421): Fernando Brito, ex-1º srgt art, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), e CCS/1ª C/BART 6523 (Madina Mandinga, 1972/74), hoje major reformado... Passa a ser o nosso 641º grã-tabanqueiro


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CSS/BART 2917 (1970/72) > c. 2º trimestre de 1970 > O jipe usado pelo 1º sargento Fernando Brito, avariado na estrada de Bambadinca-Bafatá, no regresso, depois das compras... Presume-se que ele tenha ido a Bafatá, integrado numa coluna, como mandavam as boas regras da segurança militar.


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CSS/BART 2917 (1970/72) >c. 2º trimestre de 1970 > o 1º srtg, sempre impecavelmente fardado, dá uma mãozinho na tentativa de resolver a arreliadaora avaria do seu jipe...Recorde-se que nesse tempo não havia telemóveis, e que  a distância entre Bambadina e Bafatá era de c. 30 km.

Fotos: © Benjamim Durães (2010). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem: L.G.]

1. Mensagem, com data de 15 do corrente,  de Cláudio Brito, em nome do seu avô Fernando Brito, maj art ref, antigo 1º srgt da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72):

[Foto à direita: O Fernando Brito e o neto, Claúdio Brito]


Muito Bom Dia,  caros ex-combatentes de um dos piores palcos de guerra que Portugal pisou,

Opto por expressar aqui a minha gratidão a todas as mensagens recebidas e ainda à informação concedida, sem dúvida de elevado valor pessoal para mim, pois trata-se do Homem que me criou, mas, igualmente, de importância histórica.

Um especial obrigado ao Doutor Luís Graça por ter telefonado ao meu avô e o ter feito o próximo membro dessa "grande tabanca".

O passado une-nos pela História e o presente pelo amor à mesma ciência. Não deve ser, sem dúvida, desprezada a História Pessoal e a Sociologia dos anos que cruzaram as ideias coloniais com os horrores da guerra e colocaram no jogo de xadrez, no campo de batalha, Homens (e Mulheres) com tanto em comum numa encruzilhada sem grandes respostas. Os personagens da História não são (só) os Grandes Chefes de Estado e os políticos de bastidores, mas, mais importante, também são os Homens e Mulheres que tornaram possível o desenrolar da História, são os anónimos que ficaram captados pelas fotografias e pelas fontes escritas da sua era. 

Como Historiador e Professor de História, todos os dias, sempre que tenho oportunidade ao dar explicações, demonstro isso mesmo aos meus discípulos, que a História é feita de Homens simples como nós que embarcaram em Grandes Empresas por esse mundo fora, sem saber o que esperar ou o que fazer.

O meu agradecimento pelo fado do cancioneiro e pela publicação [da minha naterior mensagem] no blog (*).

Já tenho algumas fotografias reunidas, que terei todo o prazer em partilhar com a "tabanca" e com o mundo, incluindo a fotografia tipo passe do meu avô, quando novo e já depois de reformado. É evidente que nem todas as fotografias, importantes fontes históricas pictóricas, retratam os temas de guerra no palco da Guiné, mas são pedaços da História, igualmente importantes, que, penso, irão gostar de ver.

Uma última mensagem: obrigado pelo apreço e disponibilidade demonstrada. A felicidade do meu avô também representa a minha felicidade :)

Os meus melhores cumprimentos,
Cláudio Brito

 2. Comentário de L.G.:

Cláudio, obrigado pelas tuas palavras e pela admiração e amor que dedicas ao teu avô. Presumo que ele não tenha endereço de email. Vais-lhe emprestar o teu. Os membros da Tabanca Grande precisam de ter um endereço de email válido, para nos podermos contactar uns aos outros. Fico a aguardar as fotos do teu avô. Aliás, ele prometei-me mandar um série de imagens dos seus diapositivos (de Bambadinca e de Madina Mandinga, terras por onde passou). Vê, com ele, o que pode ter mais interesse documental. Manda as imagens com a melhor resolução possível (mínimo, 0,5 MG).

Entretanto, ele está mais do que apresentado ao pessoal da Tabanca Grande. Sabemos que foi 1º sargento de artilharia na CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) e depois foi também 1º srgt da  CCS/1ª C/BART 6523 (Madina Mandinga, 1972/74). Mais tarde fez o a escola de Águeda, e seguiu a sua carreira militar, até ao posto de capitão, tendo-se reformado como major.

Diz-lhe que ele passa a ser o membro nº 641 da Tabanca Grande (**), figurando o seu nome na nossoa lista alfabética, constante da coluna do lado esquerdo.

Explica-lhe também quais são os princípios da política editorial  do nosso blogue que é de partilha de memórias e de afetos. Diz-lhe que ele fica-nos a dever um ou mais histórias da sua vida na Guiné.

Mando-lhe uma do jipe dele, avariado em plena estrada (Bambadinca-Bafatá), em complemento das que já publiquei em poste anterior (*). Diz-que a foto doé do álbum do Benjamim Durães, o habitual organizador dos convívios anuais do BART 2917. Ele era fur mil op esp do Pel Rec Info.

Um grande abraço para ti e para o teu avô, o meu camarada e amigo Fernando.LG
______________

BLOGUE LUÍS GRAÇA & CAMARADAS DA GUINÉ: POLÍTICA EDITORIAL

As opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, assinados, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo vincular o proprietário e editor do blogue, bem como os seus coeditores e demais colaboradores permanentes.

O nosso blogue é também uma Tabanca Grande. Originalmente, chamámos-lhe Tertúlia. Tabanca é um termo mais apropriado: nela cabem todos os amigos e camaradas da Guiné. É por isso é que é Grande.

Neste espaço, de informação e de conhecimento, mas também de partilha e de convívio, decidimos pautar o nosso comportamento (bloguístico) de acordo com algumas regras ou valores, sobretudo de natureza ética:

(i) respeito uns pelos outros, pelas vivências, valores, sentimentos, memórias e opiniões uns dos outros (hoje e ontem);

(ii) manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, mesmo quando discordamos, saudavelmente, uns dos outros; o mesmo é dizer: que evitaremos as picardias, as polémicas acaloradas, os insultos, a insinuação, a maledicência, a violência verbal, a difamação, os juízos de intenção, o ciberbullying,  etc.;

(iii) socialização/partilha da informação e do conhecimento sobre a história da guerra do Ultramar, guerra colonial ou luta de libertação (como cada um preferir), extensiva à historiografia da presença portuguesa em África;

(iv) carinho e amizade pelo nossos dois povos, o povo guineense e o povo português (sem esquecer o povo cabo-verdiano!);

(v) respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado, e as Forças Armadas Portuguesas, por outro;

(vi) recusa da responsabilidade coletiva (dos portugueses, dos guineenses, dos fulas, dos balantas, etc.), mas também recusa da tentação de julgar (e muito menos de criminalizar) os comportamentos dos combatentes, de um lado e de outro;

(vii) não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da atual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo);

(viii) respeito acima de tudo pela verdade dos factos;

(ix) liberdade de expressão (entre nós não há dogmas nem tabus); mas também direito ao bom nome (e à reerva da intimidade);

(x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos.


PS1- Defendemos e garantimos a propriedade intelectual dos conteúdos inseridos (texto, imagem, vídeo, áudio...).

PS2 - Uma vez editados, os postes não poderão ser eliminados, tanto por decisão do autor como do editor do blogue, mesmo que o autor decida deixar de fazer parte da Tabanca Grande.

PS3 - Qualquer outra utilização desses conteúdos, fora do propósito do blogue (ou do nosso site na Net), necessita de autorização prévia dos autores (por ex., publicação em livro, programa de televisão, trabalho académico).

PS4 - Os editores,  colaboradores e autores que aqui escrevem têm total liberdade para seguir ou não o Novo Acordo Ortográfico. O fundador e editor principal segue o Acordo.


Luís Graça & Camaradas da Guiné, 31 de maio de 2006, revisto em 21 de janeiro  de 2014.
______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 13 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12582: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (78): Informação sobre o ex-1º srgt Fernando Brito, da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), que é meu avô, está reformado como major e vive em Coimbra (Cláudio Brito)

(**) Último poste da série > 21 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12618: Tabanca Grande (420): José Cardoso da Silva Almeida, ex-1.º Cabo Mecânico Electricista do BENG 447 (Guiné, 1971/73)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12589: Memórias de Gabú (José Saúde) (38): Uma homenagem ao Major, aposentado, Brito, então 1º Sargento.


Um brinde com whisky entre o então 1º Sargento Brito, hoje Major, e claro, eu, José Saúde. As tabancas, ao fundo, retratam realidades num espaço distante onde as fortes e medonhas trovoadas se cruzavam com um cacimbo atroz e um arco ires que se sobrepunha a um horizonte belo, mas sempre carregado de incertezas. O calor sufocante hostilizava, também, as nossas vidas.


1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos a seguinte mensagem.

Uma homenagem ao Major, aposentado, Brito, então 1º Sargento 

As minhas memórias de Gabu


Revendo uma pequena parte do meu livro GUINÉ-BISSAU AS MINHAS MEMÓRIAS DE GABU

Uma homenagem ao Major, aposentado, Brito, então 1º Sargento 

Visita a Madina Mandinga

Foi um dia memorável! Uma visita amigável à 1ª Companhia do BART 6523 sediada em Madina Mandiga, apresentou-se como uma viagem tranquila e anteriormente impensável. As estratégias no terreno estavam definidas. O PAIGC e a nossa tropa haviam estabelecido princípios de entendimento e o medo da picada, e a sua imprevisibilidade, antes constatado, oferecia agora uma segurança absoluta.

Foi a um domingo e já em tempo de Paz que um grupo da CCS, em Nova Lamego, e a Companhia destacada em Madina, combinaram um jogo de futebol. Dois Unimog com malta que se entregava às jogatanas pontuais, e eis-nos perante o grupo disposto a desbravar conteúdos de uma picada onde a ondulação do capim se misturava com árvores de grande porte nascidas na exuberância da densidade do mato cerrado.

O resultado final não interessou, tão-pouco ficou registado nas minhas memórias. Não interessa! O único objectivo foi o amplo convívio verificado. O festim decorreu de forma cordial, trocaram-se impressões, comentou-se o último ataque a Madina, apontou-se para o sítio das valas que serviram de proteção aos ilustres soldados e recordou-se os locais onde os foguetões haviam caído. Pelo meio de dois dedos de conversa umas fotos para mais tarde recordar.

Dessa viagem, com o pessoal completamente dispensado das G3, bazuca, ou do morteiro 60, ficaram momentos inolvidáveis passados entre camaradas de armas que contemplavam a Paz agora sentida em toda a largura do terreno. Recordo, que a dita viagem entre as duas populações dista (va) cerca de 20 kms. Todavia, os quilómetros de picada assumiam-se como um osso duro de roer. Lembro que o percurso dividia-se entre o asfalto (alcatrão) e a terra batida.

Revivendo esse já longínquo convívio por terras da Guiné, recordo agora a forma desinteressada como fomos recebidos pelos ilustres anfitriões. Uma receção extraordinária, uns chutos numa bola já defeituosa, um almoço bem regado, uma cavaqueira que se arrastou ao longo da tarde, uma mesa cheia de bebidas e, finalmente, as despedidas aos companheiros de Madina que determinou, como foi evidente, o nosso regresso a casa emprestada.

O Cap. José Luís, sempre simpático, congratulou-se com a visita, mas foi com o 1º Sargento Brito que dissequei os momentos mais ávidos sentidos pela Companhia ao longo da comissão em Madina Mandiga. A talho de foice, e com toda a justiça o digo, que o 1º Sargento Brito era, e é certamente, um homem de se lhe tirar o chapéu. Gostei dele!

Soube, agora, através do ex Alferes Miliciano António Barbosa, um camarada de armas que integrava o nosso BART 6523 e que pertencia à 2ª Companhia sediada em Cabuca, que o então 1º Sargento Brito está, actualmente, aposentada como Major. Confesso que me congratulo por saber tão feliz notícia. Um abraço, e bem grande, meu Major. A vida, por norma, sorri-nos quando dentro de nós existem fatores humanos que suplantam o nosso querer, a nossa enorme vontade e o nosso egocêntrico ego.

Na minha guerra – Operações Especiais/Ranger, Lamego – evocava-se, com vaidade absoluta e estilo próprio, um grito (com a devida vénia e respeito) que arrepiava o mais incrédulo efebo da apelidada tropa “macaca”: “Vossa Excelência, meu Major, dá-me licença que evoque o seu bom nome para o colocar no meu Quadro de Honra?”. Creio, com certeza, que a resposta do meu Major será: SIM!

 
Um abraço, camaradas
José Saúde
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523

Mini-guião de colecção particular: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados.
____________


Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12582: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (78): Informação sobre o ex-1º srgt Fernando Brito, da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), que é meu avô, está reformado como major e vive em Coimbra (Cláudio Brito)



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CSS/BART 2917 (1970/72) > c. 2º trimestre de 1970 > O então 1º sargento Fernando Brito, na estrada de Bambadinca-Bafatá às voltas, com o condutor e um outro militar, com um problema no motor do seu jipe.


Fotos: © Benjamim Durães (2010). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem: L.G.]



Coimbra > c. 2013 > Avô e neto, da esquerda para a direita, Fernando Brito e Cláudio Brito.

Foto: © Cláudio Brito (2014). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem do nosso leitor Cláudio Brito:

De: Claudio Brito

Data: 12 de Janeiro de 2014 às 15:47

Assunto: Informação sobre o Capitão Fernando Brito



Boa Tarde, Caro Sr. Luís Graça,


Observei com atenção o seu blog, no qual fala, entre muitas outras coisas, do meu avô, o Capitão Fernando Brito, reformado como Major e, na altura da comissão na Guiné, 1º Sargento [, da CCS/BART 2917, Bambadinca, 1970/72]. Foi numa pesquisa que encontrei, para minha felicidade, esta página, o poste P9144.(*)

Congratulo vossas excelências pelo magnífico trabalho da História militar que no blog em causa executaram. Eu próprio sou formado em História, licenciatura e mestrado, e muito (se não quase tudo) devo ao meu avô.

Quero então informar, para atualizar o seu blog, que o Capitão Fernando Brito, por quem expressam carinho e saudade na página em causa, está vivo, tem 82 anos, está de boa saúde e continua a morar em Coimbra, no mesmo prédio, só o telefone é que mudou [Endereço a comunicar aos camaradas de Bambadinca, pelo correio interno da nossa Tabanca Grande, incluindo os orgnaizadores dos encontros do pessoal do BART 2917, L.G].

A minha avó, a senhora com o nome russo que falaram na página, Natacha, infelizmente morreu no passado dia 23 de Março do ano 2012. A juntar com a morte do meu pai (seu filho), a 9 de fevereiro de 2001, como devem entender, foram dois duros golpes para o meu avô que, para minha admiração, continua "rijo que nem um pêro", mantendo o físico e o verbo.

Pedia, se quisessem, pois o deixaria muito feliz, que lhe ligassem e falassem um pouco com ele ou mesmo que um dia se pudesse organizar um almoço ou convívio para relembrar algo que ainda o deixa feliz, os dias da tropa (e não da guerra).

Gostaria também de adquirir esse Cancioneiro, de que falam com tanto orgulho no blog :)

Deixo então as informações, aguardando uma resposta. Envio, igualmente, uma foto atual do meu avô comigo. Espero que gostem.

Os meus melhores cumprimentos e saudações

Cláudio Fernando Brito


2. Comentário de L.G.:

Meu caro Cláudio: Como costumamos dizer o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... Sem imodéstia: somos 636 "amigos e camaradas da Guiné", a maior parte combatentes. Acabei de falar, pelo telefone fixo que me deste, com o teu avô, e meu antigo camarada de armas de Bambadinca, onde estivemos kuntos cerca de 10 meses, entre maio de 1970 e março de 1971. Ele era o 1º srgt da CCS/BART 2917 e eu era o fur mil armas pesadas inf Henriques, da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71). 

Reconheci-lhe a voz, de imediato, e perguntei-lhe se ainda cantava... Ele tinha uma bela voz de barítono... Continua, de facto, na mesma, em boa forma, pelo que me pareceu, à distância... Quarenta e três anos nos separam. Embora eu soubesse onde ele morava, em Coimbra, nunca mais nos encontrámos. Tentei, em vão, ligar-lhe algumas vezes. Foi graças ao teu mail, que acabo de descobrir o nosso Fernando Brito... E deixa-te tratar-te por tu porque os filhos e os netos dos nossos camaradas nossos filhos e netos são...

Falámos um bom bocado e eu confirmei aquilo que me transmitiste: a morte do seu filho e teu pai, num brutal acidente de viação, em 2001, e a perda, mais recente, da sua querida Natacha, sua esposa e tua avó. Foram dois duros golpes para a família, mas  também fiquei a perceber quanto ele te adora e admira.  Para ti, desejo boa sorte, em termos pessoais, académicos  e profissionais. Sei que gostas de história, como eu, oxalá tenhas oportunidade de trabalhar nessa área, como investigador e/ou docente.

Quanto ao teu avô, não sabia que ele tinha voltado à Guiné, para uma nova comuissão, desta vez em Madina Mandinga, na região do Gabu. onde terá apanhado "manga de porrada",  nos anos terminais da guerra. Também fiquei a saber que, depois da reforma, foi dirigente da Associação Académica de Coimbra – Secção de Futebol.

Para terminar, deixa-me dizer-te que eu convidei  o teu avô para integrar a nossa Tabanca Grande. Disse-me logo que sim, que teria muita honra. Prometeu-me ceder imagens dos seus diapositivos de Bambadinca e Madina Mandinga. Disse-lhe que tinha um lugar, o nº 637, à sua espera, para ele se sentar à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande (**). 

Muita saúde longa vida para ti, Fernando Brito.

PS - Quanto ao Cancioneiro de Bambadinca, para já só tem uma letra e uma música, o fado "Brito que és Militar"... Uma homenagem, na época ao teu avô (*)... Temos feito recolha de letras de canções de caserna, que cantávamos  durante a guerra colonial na Guiné. Pode ser que um dia  destes se publique um livrinho com esse material (ou uma seleção)... E nessa altura o fado "Brito que és militar" irá figurar nessa antologia...

______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 6 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9144: O nosso fad...ário (5): Fado Brito que és militar (Letra de Tony Levezinho, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 2590/CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

(**) Último poste da série > 15 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12297: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (77): Dois antigos camaradas da mesma unidade (CCAÇ 12), mas de épocas diferentes, sem grande tempo para se encontrarem em Lisboa, partem sábado, no mesmo avião, para Luanda, onde vão em trabalho...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9144: O nosso fad...ário (5): Fado Brito que és militar (Letra de Tony Levezinho, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 2590/CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > Convívio no bar de sargentos, em meados de 1970 (ainda estávamos em lua de mel, os velhinhos da CCAÇ 12, e os piras do BART 2917, aqui representados pelo 2º Comandante, Maj Art Anjos de Carvalho, e o 1º Sargt Art Fernando Brito)...  Quanto às senhoras: à direita do 1º Srgt Brito (hoje major reformado...), (i) a Helena, mulher do António Carlão, ex-Alf Mil At Inf, CCAÇ 12; à direita do Major Anjos de Carvalho (hoje provavelmente coronel, faço votos que esteja bem de saúde), (ii) a esposa do Major de Operações Barros Bastos (cujo nome lamento não me recordar); e à sua esquerda, (iii) a Isabel, a mulher do José Coelho, o Fur Mil Enf da CCS/BART 2917. (LG)

Foto: © Vitor Raposeiro (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados

1. Comecemos pelo princípio: Este fado faz parte do Cancioneiro de Bambadinca. Quem o salvou, do limbo do esquecimento, foi o Gabriel Gonçalves, o 1º Cabo Cripto da CCASÇ 2590/CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71). Eu reconheci a letra e o autor, o nosso querido amigo Tony Levezinho.

Quanto ao homenageado, era o  Fernando Brito, o 1º Sargento da CCS/BART 2917, que chegou a Bambadinca, para tomar conta do Sector L1, em finais de 1970, quando a malta da CCAÇ 12 já pertencia à velhice, com um ano de porrada... O Brito era um senhor, que se impunha não só pelo físico e pelo verbo fácil como pela tarimba e pela autoridade... Naturalmente, suscitava amores e ódios. Tinha idade de ser nosso pai, era um homem esperto e sobretudo sedutor... Tinha uma cultura acima da média, se considerarmos o meio social de origem dos sargentos do quadro. Fazia gala de referir-se à esposa, de ascendência ou de apelido russo (já não posso precisar... Natasha ?).

Fazia questão de sublinhar, perante os reles infantes,  que pertencia à orgulhosa arma de artilharia. Quando ouvíamosum disparo de obus, no Xime ou em Mansambo, comentava ele:
- Lá se foi mais um fato completo!...  De

Não sei porquê, criámos - os furriéis da CCAÇ 12, já velhinhos - uma relação de empatia com o nosso Primeiro Brito, o chefão dos periquitos da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72)...

A nossa CCAÇ 2590/CCAÇ 12 deixou cedo de ter 1º Sargento (O Fragata foi tirar o curso de oficial em Águeda), sendo essas funções desempenhadas pelo nosso querido 2º Sargento José Manuel Rosado Piça, alentejano dos quatro costados, grande cúmplice, grande camarada, grande amigo... Tinha 37 ou 38 anos mas não se foi embora da Guiné sem levar o seu baptismo de fogo... Já no final, nos princípios de 1971, obrigámo-lo a ir ao Poindon, desenfurrejar as pernas e a G-3... Qualquer deles, o Brito e o Piça, alinhavam nas nossas noitadas de Bambadinca. (LG)




Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) > Destacamento da ponte do Rio Udunduma > Um bu...rako de muitas estrelas... Na foto, em primeiro plano o Tony Levezinho e o Humberto Reis,  mais os seus Baldés, neste caso o  2º Gr Comb da CCAÇ 12, na ausência do Alf Mil At Inf António Carlão, destacado para o reordenamento de Nhabijões,. "ali ai lado"...


Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados




 Brito... que és militar!



Letra: Tony Levezinho

[Adpat: Fado "Povo que lavas no rio"

[Música: Fado Victória, composição original de Joaquim Campos (1911-1981)
Letra: Pedro Homem de Melo (***)
Criação de Amália Rodrigues, 1961] [Uma interpretação de Amália pode ser aqui ouvida, no YouTube -ficheio apenas áudio]


Refrão

Brito, que és militar,
Que vieste p'rá Guiné,
Em mais uma comissão.
Na CCS ficaste,
Para aturar o Baldé,
A pedir-te patacão.

Fui ver à secretaria,
Por ouvir a gritaria
Que fazia confusão:
- Mim quer saco de bianda!
- Põe-te nas putas, desanda,
Que a mim cá têm patacão!

Filho da puta e sacana
É o que eles te chamam,
Tenho a mesma condição
- Mamadús, eu vos adoro,
se for preciso eu choro,
mas Patacão... é que não!

Refrão

Brito, que és militar,
Que vieste p'rá Guiné,
Em mais uma comissão.
Na CCS ficaste,
Para aturar o Baldé,
A pedir-te patacão.

[ Recolha: GG / Revisão: LG]

__________________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 2 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9129: O nosso fad...ário (4): O Fado da Orion (J. Pardete Ferreira, ex-Alf Mil Médico, 1969/71)

(**) Letra recolhida aqui:

Povo que lavas no rio

E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida não.

Fui ter à mesa redonda,
Bebi em malga que me esconde
O beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste,
A água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não.

Aromas de luz e de lama,
Dormi com eles na cama,
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço,
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3582: Cancioneiro de Bambadinca (2): Brito, que és militar... (Gabriel Gonçalves, ex-1º Cabo Cripto, CCAÇ 12, 1969/71)

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > Vista aérea do aquartelamento, tirada no sentido leste-oeste, ou seja, do lado da grande bolanha de Bambadinca.

Foto: © Humberto Reis (2006). Direitos reservados.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1969 > CCAÇ 12 > O Levezinho [ Tony] e o Henriques [ Luís Graça], à civil, junto às instalações do comando, das messes e dos quartos dos oficiais e sargentos (assinaladas na primeira foto de cima, em rectângulo a vermelho)

Foto: © António Levezinho (2006). Direitos reservados

1. Mensagem do nosso querido amigo e camarada Gabriel Gonçalves, enviada ao editor do blogue, Luís Graça, com conhecimento ao Tony Levezinho e ao Humberto Reis

Rapaziada: Lembrei-me deste fado que a malta cantava e que foi feito de homenagem ao 1º Brito [, da CCS do BART 2917, Bambadinca, 1970/72] ? (*)

Não tenho a certeza de quem foi o autor (ou autores) do poema, também não tenho a certeza que o poema esteja correcto, por isso agradeço que façam o favor de corrijir o que estiver mal.

Depois, era giro ser publicado no blogue,

Um abraço
GG


2. Comentário de L.G.:

Obrigado, GG, é uma preciosidade... Agora acendeu-se uma luzinha nos meus neurónios.. Reconheço a letra, que julgo ser da lavra do Tony (talvez com a ajuda do Humberto, não sei)... O Fernando Brito mora (ou morava) em Coimbra, julgo que ainda seja vivo... Está reformado como major... O Durães publicou a lista do pessoal da CCS do BAQRT 2917 e subunidades adidas (onde se inclui a nossa CCAÇ 2590/ CCAÇ 12)...

Vou publicar na série Cancioneiro de Bambadinca. Ontem falei com o Abilio Machado, vou ver se me encontro com ele, antes do Natal. Mora na Maia. Telefone: 22 948 0783.

Tudo isto me faz recordar, com alguma saudade e muita emoção, as noites loucas de Bambadinca, no bar de sargentos ou no famoso quarto das putas, que era o meu, do Humberto, do Tony, do Fernandes, do Sousa e do Marques (**). Tu fostes sempre um gajo da corda. Quando não estavas de serviço, alinhavas com a malta, operacional, ajudando, também tu, a "dar de beber à dor"... Tu e o Bilocas (que pertencia à CCS do 1º Brito).

Bem hajas por teres salvo mais uma letra do nosso vasto cancioneiro de Bambadinca... Se alguém se lembrar, eventualmente, do resto dos versos (não sei se havia mais...), entre em contacto connosco. Muita da versalhada que cantávamos, fora de horas mas alto e bom som, nos nossos aquartelamentos, vai-se perder, por falta de registos em suporte de papel.

O Fernando Brito era um "senhor primeiro sargento", que se impunha não só pelo físico e pelo verbo fácil como pela tarimba ed pela autoridade... Tinha idade de ser nosso pai, era um homem esperto e sobretudo sedutor... Tinha uma cultura acima da média, se considerarmos o meio social de origem dos sargentos do quadro. Fazia questão de sublinhar que pertencia à arme de artilharia. Quando ouvímaos um disparo de obus, no Xime ou em Mansambo, comentava ele: "Lá se foi mais um fato"... Não sei por quê, criámos - os furriéis da CCAÇ 12, já velhinhos - uma relação de empatia com o nosso 1º Brito, dos periquitos da CCS do BART 2917...

A nossa CCAÇ 12 deixou de ter 1º Sargento (O Fragata foi tirar o curso de oficial em Águeda), sendo essas funções desempenhadas pelo nosso querido 2º Sargento José Manuel Rosado Piça, alentejano dos quatro costados, grande cúmplice, grande camarada, grande amigo... Tinha 37 ou 38 anos mas não se foi embora da Guiné sem levar o seu baptismo de fogo... Já no final, nos princípios de 1971, obrigámo-lo a ir ao Poindon, desenfurrejar as pernas e a G-3...

Um Alfa Bravo. Luís

3. Cancioneiro de Bambadinca (***)

BRITO, QUE ÉS MILITAR

Letra: Tony Levezinho/Humberto Reis (?)
Música: Fado "Povo que lavas no rio"
[Música: Fado Victoória; Letra: Pedro Homem de Melo; criação de Amália Rodrigues, 1961]


Brito, que és militar,
Que vieste p'rá Guiné,
Em mais uma comissão,
(Bis)
Na CCS ficaste,
Para aturar o Baldé,
A pedir-te patacão.
(Bis)

Fui ver à secretaria,
Por ouvir a gritaria
Que fazia confusão:
(Bis)
- Mim quer saco de bianda!
- Põe-te nas putas, desanda,
Que a mim cá têm patacão!
(Bis)

Filho da puta e sacana
É o que eles te chamam,
Tenho a mesma condição
(Bis).
- Mim quer saco de bianda!
- Põe-te nas putas, desanda,
Que a mim cá têm patacão.
(Bis)

FIM

Recolha da letra (sujeita a eventuais correcções): GG
Revisão e fixação do texto: LG
_____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 15 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1527: Lista de ex-militares da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) e unidades adidas (Benjamim Durães)

FERNANDO BRITO, Major (na altura, 1º Sargento da CCS do BART 2917)
Telefone - 239 087 243 / Telemóvel - Não tem / E-Mail: Não tem

Morada:

Rua Mouzinho de Albuquerque, Bloco B12 – 1º Frt.
3030-063 COIMBRA

Vd. poste de 14 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1525: Tertúlia: Durães, Vinagre & Cª Lda, do BART 2917 (Humberto Reis)

(...) "Lembro-me perfeitamente do vosso 1º sargento, o Brito (até lhe fizemos um fado com a música do Povo Que Lavas no Rio), do alf de Intendência, o Abílio Machado (de Riba d'Ave, pois visitei-o lá em Riba d'Ave, já depois de vocês terem regressado da Guiné), do médico, o Dr. Vilar (já estive com ele num almoço de confraternização de malta de Bambadinca do tempo da CCAÇ 12).

"Lembro-me ainda de um furriel que gostava muito de jogar à lerpa (não o pequenino do Pel Daimler, que tinha metido o chico), mas da CCS, e que fazia muito bluff, pelo que eu o alcunhei de Zé Bliuf (não sei se seria o Gancho), tal como me lembro do 2º sargento Saúl que tinha umas faces bastante rosadas...

"Recordo-me bem do Cap Passos Marques, que é de Faro, tal como o antecessor dele, o meu querido amigo Cap Figueiras. Há 2 anos foi o actual coronel na reserva, Figueiras, que organizou o almoço da malta de Bambadinca do tempo da CCAÇ 12" (...).

(**) Vd. poste de 13 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1520: Bambadinca, CCS do BART 2917: Alferes Abílo Ferreira Machado, o Bilocas da Cooperativa (Humberto Reis)


(...) "És o mesmo que animou algumas noites no nosso quarto (também conhecido por quarto das putas, não por elas que não existiam, mas por ser um quarto de rebaldaria só habitado por gente bem: eu, o Tony Levezinho, o Joaquim Fernandes, o Henriques - hoje, Luís Graça, o editor do nosso blogue - e o José Luís Sousa - o madeirense -, em Bambadinca, juntamente com o Vacas de Carvalho, do pelotão Daimler, e o Gabriel Gonçalves, o cripto da minha CCAÇ 12 ?" (...).

(***) Vd. poste de 24 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1695: Cancioneiro de Bambadinca: Isto é tão bera (Gabriel Gonçalves)