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domingo, 9 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11685: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte I): as primeiras imagens da nossa festa anual


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palavras de boas vindas por parte de Luís Graça e  de agradecimento à comissão organizadora: Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel. Não foram esquecidos os muitos camaradas que, por uma razão ou outra, incluindo razões de saúde ou de calendário, não puderam comparecer. Especiais saudações fforam também dirigidas aos muitos "periquitos" que se associaram a esta bela jornada de convívio, que juntou cerca de 135 amigos e camaradas da Guiné, reunidos à volta do poilão da Tabanca Grande.

Vídeo do nosso camarada José Augusto Ribeiro, que vive em Condeixa, e que foi fur mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal, Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), seguramente o mais "velhinho" dos presentes, juntamente com o seu camarada de companhia, o  Carlos Paula,  que veio de Coimbra e que já fez questão de pedir o seu ingresso na Tabanca Grande, "apadrinhado" pelo Ribeiro.

Vídeo (2' 25''): ©  José Augusto Ribeiro (2013). Todos os direitos reservados



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Três "periquitos": Carlos Paulo (Coimbra), António Garcez Costa (Lisboa) e José Augusto Ribeiro (Condeixa). O Paulo e o Ribeiro eram, se não me engano, os "velhinhos" dos mais "velhinhos", em termos de antiguidade na tropa... Pertenceram à CCAÇ 566 (que veio de Cabo Verde para reforçar o TO da Guiné, no início da guerra)... Por seu turno, o Garcez Costa só conheceu a "guerra das ondas hertzianas", tendo sido locutor, em 1979/72,  do PFA (, o popular programa de rádio das Forças Armadas, cuja mascote era o PIFAS).

Na foto, o Paulo e o Ribeiro seguram um exemplar do livro "Cambança Final: Guiné: Guerra Colonial: Contos", da autoria do nosso querido amigo e camarada Alberto Branquinho que nos fazer uma agradável surpresa, oferecendo (a todos os seus camaradas presentes) e autografando mais de 7 dezenas de exemplares desta sua última obra (que acaba se ser editada pela Editora Vírgula, Lisboa;  tem 224 páginas, capa mole, e custa c. 13€ - preço de capa; disponível aqui).

Foto (e legenda): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:

Último poste da série > 8 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11683: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (11): O nosso querido coeditor Virgínio Briote, e tabanqueiro da primeira hora, ausente por razões de saúde, manda "um grande abraço aos gloriosos resistentes da Magnífica Tabanca"

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10673: O PIFAS de saudosa memória (18): Compactos de gravação, Parte III: excerto áudio de "Nocturno" (Garcez Costa, ex-fur mil, 1970/72, ex-radialista)




Guiné, Bissau, PFA - Programa das Forças Armadas, c. 1970-72. Excerto do programa Nocturno... Compacto aúdio, de Garcez Costa, antigo radialista do PFA. Na foto, o 1º sargento Dias e o fur mil Garcez Costa; em segundo plano, o saudoso Zé Camacho Costa, o grande actor desaparecido.

Vídeo (4' 26''): Luis Graça / Garcez Costa (2012)


1. Mensagem do Garcez Costa, ex-radialista do PFA - Programa das Forças Armadas (1970/72), com data de 21 de setembro último:

De acordo com a promessa seguem anexados 3 compactos de gravações que aqui e acolá foram para o ar...

A compilação está referenciada com os indicativos:

1 - P.F.A. (Programa das Forças Armadas) [vd, aqui, poste de 7/10/2012]

2 - P.F.A. Nocturno

3 - Noite 7 (Emissão especial aos Sábados) [vd. aqui, poste de 23/10/2012]

Viva o Pifas e quem o apoiar!
G.C. [Garcez Costa]

2. Comentário de L.G.:

Por lapso, estes compactos áudio não foram publicados pela ordem sugerida pelo nosso camarada Garcez Costa, lapso de que pedimos desculpa a todos. Publicamos hoje um excerto do programa Nocturno.  Estes ficheiros, enviador pelo Garcez,  em formato mp3, têm de ser convertidos em formato vídeo, de modo a poderem ser inseridos no blogue.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10561: O PIFAS de saudosa memória (16): Compactos de gravação, Parte II: excerto áudio de "Noite 7" (emissão especial aos sábados) (Garcez Costa, ex-fur mil, 1970/72, ex-radialista)

domingo, 11 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10650: O PIFAS de saudosa memória (17): Uma foto histórica: convívio, em 31 de maio de 1985, em Lisboa, do pessoal do emissor regional da Guiné e do Programa das Forças Armadas (Garcez Costa)



Lisboa > Páteo Alfacinha > 31 de maio de 1985 > Convívio do pessoal do emissor regional da Guiné e do PFA - Programa das Forças Armadas.

Foto: © Garcez Costa (2012). Todos os direitos reservados


1. Mensagem do Garcez Costa, ex-radialista do PFA - Programa das Forças Armadas,  furriel miliciano  (Com-chefe, PFA, Bissau, 1970/72), com data de 30 de outubro último:


Caso entendam publicar no blogue, esta é a tal foto de que falei anteriormente, a qual merece o seguinte apontamento:


Jantar de convívio do pessoal do emissor regional da Guiné e Programa das Forças Armadas, em Lisboa, no Páteo Alfacinha, em 31 de maio de 1985.

Passados anos ainda reconheço algumas personalidades, uns fizeram parte da minha convivência, e outros não identifico, porque não houve o cuidado, na altura, de proceder à legenda da foto.
Em cima: 

(i) Jerónimo (o nosso incansável dactilógrafo – não tinha horário de entrada e nunca se sabia a que horas saía de serviço);

(ii) Ramalho Eanes (incentivou-me a ter gosto pela música clássica) (*);

(iii) Maria Eugénia (a nossa mãezinha e a célebre senhora tenente);

(ii) Silvério Dias (está encoberto o paizinho de todos nós, que era então, no meu tem+po, 1º sargento);

(iv) Dias Pinto (estava no mato, quando vinha a Bissau, colaborava nos noticários);

(v) Raul Durão (o 1º locutor do PFA);

(vi) José Manuel Barroso;  

(vii) João Paulo Diniz (um companheiro fraterno que me ajudou a soltar a voz sem medos)...

Em baixo:

(viii) Mário Feio, Júlio Montenegro (ensinou que a palavra é o corpo da rádio), Faride Magide (técnico do Emissor Regional e bom amigo a par do locutor Lopes Pereira que nunca mais ninguém ouviu falar dele), José Avelino, José Camacho Costa (a nossa amizade estendeu-se desde a adolescência no Colégio Nun'Álvares em Tomar até aos seus últimos dias de vida), Garcez Costa (aqui presente nesta narração) [, o último da direita].
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Notas do editor:

Último poste da série > 23 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10561: O PIFAS de saudosa memória (16): Compactos de gravação, Parte II: excerto áudio de "Noite 7" (emissão especial aos sábados) (Garcez Costa, ex-fur mil, 1970/72, ex-radialista)

(*) Guiné 1969/71: (...) "Sob o comando de António de Spínola, trabalhando de perto com Otelo Saraiva de Carvalho, chefia o Serviço de Radiodifusão e Imprensa, na Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica do comando-chefe. A imagem de Spínola acabará por marcá-lo decisivamente, havendo mesmo quem o considere um homem da 'entourage' do general, ou seja, um 'spinolista' " (...) (Fonte: Museu da Presidência).

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10561: O PIFAS de saudosa memória (16): Compactos de gravação, Parte II: excerto áudio de "Noite 7" (emissão especial aos sábados) (Garcez Costa, ex-fur mil, 1970/72, ex-radialista)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 26 de Abril de 2011:

Queridos amigos,
“Alvorada em Abril” é um testemunho determinante para se entender o desencadeamento das operações que levaram ao derrube do antigo regime.
Otelo Saraiva de Carvalho rememora acontecimentos militares e descreve o que viu na Guiné, teatro de operações que teve um papel crucial na génese do Movimento dos Capitães.
A tal propósito, deixa-nos as suas impressões sobre os acontecimentos de 1970 a 1973, naturalmente controversos mas com uma importância soberana.

Um abraço do
Mário


Otelo Saraiva de Carvalho e a Guiné

Beja Santos

"Alvorada em Abril "é o título das memórias de uma figura lendária do 25 de Abril em torno da história portuguesa dos anos 50 aos anos 70, culminando com a concepção e execução do derrube do regime chefiado por Tomás e Caetano. Temos nestas memórias o que para ele foi determinante, no seu percurso pessoal e no seu modo de interpretar os acontecimentos contemporâneos, a génese e o triunfo do Movimento dos Capitães e como este desaguou no 25 de Abril ("Alvorada em Abril", Editorial Notícias, 4ª Edição, 1998). A sua terceira e última comissão foi na Guiné, pelo que tem todo o sentido fazer o registo das suas lembranças e observações.

Ele parte para a Guiné em Setembro de 1970 e logo recorda que se encontrava em Nova Lamego, em 22 de Novembro, quando soube da invasão da Guiné-Conacri. A notícia deixou-o estupefacto, ele que trabalhava em Bissau de nada sabia e acrescenta que posteriormente veio a saber que o assunto já era discutido pelas mulheres dos oficiais nos cabeleireiros da Baixa de Bissau antes de se ter realizado. Nessa noite, enquanto decorria a operação, houvera vigília em Bissau, Spínola aguardava ansioso das notícias da missão rodeado dos seus leais colaboradores, tenente-coronel Robin de Andrade, major Firmino Miguel e major Jorge Pereira da Costa. E adianta: "Ainda hoje desconheço quais seriam, exactamente, os objectivos da missão, mas parece não restarem dúvidas de que, entre eles, estariam os assassínios de Amílcar Cabral e de Sékou Touré, o silenciamento da Rádio Conacri, a destruição de sede do PAIGC, a destruição de aviões na base aérea local e a libertação de prisioneiros de guerra portugueses retidos nas prisões da cidade".

Dá-nos em água-forte um retrato de Spínola que culmina com uma apreciação corrosiva: "Medularmente vaidoso e autoritário, sempre o reconheci totalmente incapaz de se atribuir o mínimo erro ou de debitar a mais suave autocrítica. Sendo detentor da razão e da verdade absolutas, era com displicência e sem remorso que liquidava o bode expiatório escolhido para arcar com as responsabilidades de qualquer falhanço pessoal... demagogo em extremo nunca entendi com clareza se as qualidades que nele admirava era autênticas e humanas ou se cultivadas com esforço a fim de construir artificialmente uma personagem".

Descreve o seu trabalho no QG e alude mesmo o nome de oficiais milicianos, da extrema-direita, que mais tarde acompanharão Spínola na aventura do MDLP. Colocado na Subsecção de Operações Psicológicas, assistiu ao exibicionismo propagandístico é à construção de imagem que Spínola quis criar em Portugal e internacionalmente, o que ele procurava era sugerir um extraordinário surto de progresso na Guiné com a sua governação e minimizar os êxitos no combate do PAIGC. Narra peripécias com jornalistas internacionais, certames de propaganda, a realização de Congressos do Povo. Refere os efectivos militares, do lado português e os do PAIGC, as argumentações de aliciamento, de um lado e do outro. A narrativa não é cronológica, dá saltos, vai até ao futuro repentinamente, conta histórias passadas, de supetão. Está-se a falar da propaganda do PAIGC, seguem-se referência ao seu programa político, destaca-se a figura de Rafael Barbosa como agitador, que foi preso em Março de 1962, tendo permanecido encerrado num cubículo durante quase 8 anos, onde foi espancado e torturado. Em Agosto de 1969, Spínola ordenou que fosse libertado. Tempos mais tarde, Rafael Barbosa manifestará publicamente o seu arrependimento por ter aderido à luta armada. Em 1977, será julgado em Bissau pelo PAIGC pelo crime de traição ao partido e ao povo e ser-lhe-á comutada para 15 anos de prisão a pena de prisão perpétua a que fora inicialmente condenado.

Já em 1973, o autor descreve a chegada dos mísseis terra-ar Strella e depois depõe sobre o controverso "I Congresso dos Combatentes do Ultramar". Para Otelo, os organizadores eram antigos oficiais milicianos com ideologia de extrema-direita que garantiam publicamente ao regime a entrega devotada dos oficiais das Forças Armadas à nobre missão de, através da continuidade da guerra colonial, assegurar a perenidade da Pátria. Os oficiais do quadro ter-se-ão apercebido da essência da manobra e reagiram. Almeida Bruno terá sido quem mais actividade desenvolveu, promovendo uma resposta concertada. Para os oficiais na Guiné já não subsistiam dúvidas que o Governo procurava tirar dividendos da "entusiástica adesão dos patrióticos combatentes do Ultramar". E escreve: "Enquanto em Lisboa Ramalho Eanes, Hugo dos Santos, Vasco Lourenço e outros encabeçavam um vasto movimento de protesto, eram recolhidas na Guiné 400 assinaturas de oficiais do QP com a mesma intenção, subscrito em primeiro lugar por oficiais possuidores das mais elevadas condecorações”. O autor inscreve estes acontecimentos num processo mais vasto de descontentamento das Forças Armadas que veio a ser ateado pelo Decreto-Lei nº 353/73, nova peça da bola de neve que irá conduzir à queda do regime.

Passando para outro campo de considerações, Otelo de Saraiva de Carvalho fala dos acontecimentos de Guileje, em Maio de 1973, quando o major Coutinho e Lima mandou evacuar o aquartelamento, para tal escrevendo: "Para o major Coutinho e Lima o motivo era suficientemente forte: incontável número de flagelações da artilharia inimiga tinha destruído quase por completo as instalações aquartelamento e o moral do pessoal. Apesar dos pedidos insistentes e aflitivos, o apoio aéreo não fora concedido, no receio de que a acção fosse um chamariz para o abate de mais alguns aviões. Ao ter notícia da evacuação, Spínola não viu outra alternativa senão ordenar a prisão de Coutinho e Lima e mandar instaurar-lhe um auto de corpo de delito por crime essencialmente militar de cobardia: abandono de praça militar ao inimigo". É neste contexto que surge Manuel Monge, graduado em major, foi sobre os seus ombros que caiu a responsabilidade de aguentar a tragédia de Gadamael.

Estamos praticamente no final na sua narrativa referente à Guiné. Marcelo Caetano decidira, em 1972, apoiar a nomeação de Américo Tomás para novo mandato. Spínola considerava que gozava de alguns apoios muito influentes do panorama político e financeiro português (Azeredo Perdigão, Jorge de Melo, Manuel Vinhas, António Champalimaud). Em Agosto de 1973, Spínola regressa a Portugal, é promovido a general de 4 estrelas e nomeado vice-chefe do EMGFA. Spínola mudara, observa o autor. Fizera um longo, longo percurso, fora administrador e colaborador do boletim da Legião Portuguesa, no início da carreira; baseado na sua experiência guineense, sentia-se agora apto a defender o federalismo para contornar uma guerra não susceptível de ter solução militar.

Em Setembro de 1973, Otelo Saraiva de Carvalho participa pela última vez numa reunião do Movimento de Capitães, em Bissau. E escreve: "Exactamente três meses depois da minha chegada a Bissau seguirei para a metrópole em fim comissão. Recebo a incumbência de, em Lisboa, de me integrar no Movimento e ser o porta-voz das preocupações que assaltam os camaradas no TO da Guiné". Preocupações que ele desenha num quadro de tintas carregadas: é previsível que o PAIGC irá proclamar a independência do território. Nas reuniões do Movimento dos Capitães em embrião já se debate o que irá mudar com essa independência reconhecida pela ONU. E escreve: ”O Governo Central não proporcionará às Forças Armadas no TO da Guiné qualquer apoio, provocando a sua derrota calculada para as transformar em bode expiatório da perda da colónia como acontecera antes com o Estado da Índia, e canalizar todo o esforço militar para a defesa de Angola.”

E tece o seu comentário sobre o que se estaria a passar na mente de Marcelo Caetano:” Em entrevista concedida por Marcelo Caetano no Brasil, em 1977, a um jornalista português, o antigo Presidente do Conselho confirma que tencionava na verdade provocar a queda da Guiné através de uma derrota militar para, salvando a face do regime, reforçar a todo o custo a defesa de Angola por tempo ilimitado. Não posso acreditar que Spínola não estivesse perfeitamente consciente de todo este drama. Considero, pelo contrário, que essa seria a razão fundamental que o teria levado a não regressar para concluir o sexto ano do seu mandato. Ele não poderia nunca, após mais de cinco anos de intensa actividade desenvolvida na Guiné e que era para si motivo de orgulho e honraria, transformar-se no comandante-chefe de umas Forças Armadas enxovalhadas e derrotadas em consequência da ineficácia do regime.”
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 3 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8209: Notas de leitura (235): O Meu Testemunho, uma luta, um partido, dois países, por Aristides Pereira (3) (Mário Beja Santos)

domingo, 7 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10492: O PIFAS de saudosa memória (15): Compactos de gravação, Parte I (Garcez Costa, ex-fur mil, 1970/72)



Vídeo (6' 23''):  Guiné, Bissau, PFA - Programa das Forças Armadas, s/d []c. 1970/72]... Alojado no You Tube > Nhabijoes

© Garcez Costa (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine. Todos os direitos reservados


1. Mensagem do Garcez Costa, ex-radialista do PFA - Programa das Forças Armadas (1970/72), com data de 21 de setembro último:




De acordo com a promessa seguem anexados 3 compactos de gravações que aqui e acolá foram para o ar...

A compilação está referenciada com os indicativos:
1 - P.F.A. (Programa das Forças Armadas)
2 - P.F.A. Nocturno
3 - Noite 7 (Emissão especial aos Sábados)

Viva o Pifas e quem o apoiar!
G.C.  [Garcez Costa]
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Nota do editor:

Último poste da série > 17 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10393: O PIFAS de saudosa memória (14): Garcez Costa e mais alguns camaradas do seu tempo (1970/72)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10393: O PIFAS de saudosa memória (14): Garcez Costa e mais alguns camaradas do seu tempo (1970/72)


Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 7 > O Zé Pifas, alcunha do Garcez Costa...



Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > F
oto nº 1 > Da esquerda para a direita: Arlindo  de Carvalho e Camacho Costa [, Arlindo de Carvalho é uma figura pública: gestor e político, militante e dirigente do PSD,  foi presidente do conselho de administração da Radiodifusão Portuguese, e ministro da saúde, do XI e do XII Govermo Constitucional]



Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72  > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 2 > O Garcez Costa e o João Paulo Diniz (ao volante)


Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 4  > Da direita para a esquerda:  Garcez Costa e João Paulo Diniz, à porta das instalações do Comando-Chefe das Forças Armadas




Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 3> O João Pauio Diniz



Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 5  >  Maria Eugénia, a popular "senhora tenente", esposa do 1º sargento Silvério Dias



Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 6 > António (Tony) Carvalho


Fotos: © Garcez Costa (2012). Todos os direitos reservados



1. Mensagem do nosso camarada Garcez Costa, com data de ontem [O Garcez, locutor do PIFAS, foi apresentado à nossa Tabanca Grande no poste P10366 (*); foto atual à direita]


No passado guineense já fui o Zé Garcez e Zé Pifas mas aqui sou o Garcez Costa pelo que determino e mando publicar que seja retirada a referência ao Tony Sacavém destas páginas, pois a mesma faz parte de uma certa dissimulação, de quem utiliza endereços do Messenger, a fim de evitar a invasão de trojans e outros afins. Também espero não estar a invadir a privacidade de cada qual ao remeter estas fotos de arquivo:


1ª - Arlindo de Carvalho / José Camacho Costa

2ª - Garcez Costa / João Paulo Diniz

3ª - João Paulo Diniz

4ª - João Paulo Diniz / Garcez Costa

5ª - Maria Eugénia (a senhora tenente)

6ª - António (Tony) Carvalho

7ª - Eu, já menos puto, de cara rapada mas cabelo um pouco crescido além do permitido, enfim, um miúdo mais homenzinho a ficar "apanhado pelo clima".


Em relação às tuas questões (*) talvez quem sabe numa tertúlia tudo fique melhor respondido. Posso adiantar que ainda não "matei o bicho", no sentido das imagens de som, visto ter instalado em casa um miniestúdio para gozo pessoal e protestos dos vizinhos. 


No regresso da Guiné era impossivel a minha integração nos quadros da Emissora Nacional, pois estava na lista negra, por motivos não alheios à minha vontade, e de ter sido até apelidado por uma alta patente de "subversivo".

Para a próxima seguem gravações audio.

Adeus e até ao meu regresso.

G.C.
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Nota do editor:


(*) Vd. último poste da série > 11 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10366: O PIFAS de saudosa memória (13): O ex-fur mil Garcez Costa, que trabalhou como radialista, ao lado do 1º srgt Silvério Dias, do José Camacho Costa e do João Paulo Diniz... É o nosso grã-tabanqueiro nº 577

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10366: O PIFAS de saudosa memória (13): O ex-fur mil Garcez Costa, que trabalhou como radialista, ao lado do 1º srgt Silvério Dias, do José Camacho Costa e do João Paulo Diniz... É o nosso grã-tabanqueiro nº 577


Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 1  > Da esquerda para a direita: Silvério Dias, José Camacho Costa  e Garcez Costa




Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 2 > José Camacho Costa e Silvério Dias




Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 3 – Garcez CosTA A ler "a bíblia" e o João Paulo Diniz à espera qu'eu lhe passe "a bola"


Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 4 > Silvério Dias e Garcez Costa (a ler o noticiário)




Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº5 > No dia da minha estreia aos microfones, fardado a rigor, como quase sempre era obrigatório.

Guiné > Bissau > PFA - Programa das Forças Armadas > c. 1970/72 > Álbum de Garcez Costa > Foto nº 6 > Cá estou eu 40 anos depois!


Garcez Costa (2012). Todos os direitos reservados

1. Mensagem do nosso novo grã-tabanqueiro, Garcez Costa, ex-fur mil, que foi locutor no PFA (Guiné, 1970/72),

De: Tony Sacavém

Data: 10 de Setembro de 2012 01:46

Assunto: Blogue - Pifas





Memória de elefante... Digamos que é algo que ainda vou tendo, e não sendo um notável contador de histórias como outros na nossa praça, mais não vou do que fazer uma espécie de cronologia dos factos. Embora reconheça que possam existir algumas imprecisões. Entre os camaradas cujos nomes vou aqui referenciar, posso assim testemunhar aquilo que ainda recordo, nesta página, onde se constata felizmente não haver recalcamentos sublimados de uma guerra colonial, para muitos com as armas às costas.


[Imagem à esquerda: O PIFAS, a mascote do PFA - Programa das Forças Armadas]

Bem vamos ao que interessa:

O P.F.A. - Programa das Forças Armadas tinha instalações na Avenida Arnaldo Schultz, onde funcionava o Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné, sob a tutela do Estado Maior do Exército, com uma tafefa específica a que se chamava Acção Psicológica. 

Daí a intenção da criação por volta de 1967, e cujo primeiro locutor foi Raul Durão, do célebre mais tarde conhecido Pifas, com o fim de transmitir emissões de animação cultural e-musical junto da própria população civil e dos militares aquartelados em toda a região da Guiné Portuguesa. 

Já agora o último a fechar as portas, em 1974, foi José Manuel Barroso, sobrinho do casal Mário Soares/Maria Barroso.

As 3 emissões diárias (12:00-13:00; 18:00-19:00; 23:00-24:00) eram radiodifundidas através do Emissor Regional da Guiné. 

Nos quadros desta estação, enquanto militares, passaram, por exemplo, os compositores Rui Malhoa e Nuno Nazareth Fernandes, e o açoriano António Lourenço de Melo,  da actual RDP-Antena 1.

Eu, de nome completo António Manuel Garcez da Costa, endereço electrónico an_ter_bar@hotmail.com, utilizando Tony Sacavém como pseudónimo, cumpri o serviço militar entre Fevereiro de 70-72, substituído no final da comissão , segundo consta, pelo Armando Carvalheda, considero que:

(i) Após a intervenção logística dos Chefes da Repartição Otelo e depois [Ramalho] Eanes, esses seus empenhos não só contribuíram para a remodelação de todo o equipamento técnico dos estúdios de gravação e directos, como foi o período em que se projectou como mais recursos humanos a área de Rádio e Imprensa;

(ii) Daí que foi uma mais valia, tipo 2 em 1, a conjugação de projectos dos jornalistas José Camacho Costa e Júlio Montenegro com o radialistas Silvério Dias, Garcez Costa, João Paulo Diniz, que foi admitido para render Carlos Macareno;

(iii) De realçar, entretanto, o nosso Chefe de Núcleo Arlindo de Carvalho, hoje figura pública político-partidária;  

(iv) Outro Carvalho foi o António (Tony),  carinhosamente tratado por engenheiro de som e do discotecário Carlos Castro;

(v) E,  claro,  a nossa "tenente",  esposa do nosso primeiro,  que emprestava graciosamente a sua colaboração administrativa e radiofónica;

(vi) Haverá outros nomes aqui em esquecimento mas que seja perdoado por isso.

Agora é assim: Quem tiver corrector corriga o que eu disse; quem tiver mais a dizer prossiga a escrita!

Quanto à gravação anteriormente enviada (*) , reafirmo que parte dos textos do extracto que genericamente dei o título de "Crónica da Guiné" devem ser atribuídos a Júlio Montenegro, e inseriu-se numa programação especial de enorme qualidade no decurso de 1971. 

As vozes são de Silvério Dias, Garcez Costa, João Paulo Diniz, António Carvalho. Este último era também o sonoplasta desta rubrica semanal. A referência à alunagem da Apolo é um registo do disco em vinil do Luís Filipe Costa chamado "Década de 60".

Prometo, entretanto, reformular as gravações em fita magnética, a partir do meu velho gravador de bobines, passando-as aqui para o computador para efeitos de mistura, bem como procurar uma foto do Jantar de Convívio no Pátio Alfacinha em meados dos anos 80.

Junto em anexo algumas fotos pifanianas. E a minha mais actualizada.

1 – Silvério Dias, José Camacho Costa , Garcez Costa

2 – José Camacho Costa , Silvério Dias

3 – A ler "a bíblia" e o João Paulo Diniz à espera qu'eu lhe passe "a bola"

4 – Silvério Dias , Garcez Costa (a ler o noticiário)

5 – No dia da minha estreia aos microfones , fardado a rigor , como quase sempre era obrigatório.

6 – Cá estou eu 40 anos depois!

Saudações militares com continência e tudo.

2. Comentário de L.G.:

Camarada Garcez Costa, ou Tony, simplesmente: considera-te o grã-tabanqueiro nº 577 (**). Sê bem vindo em nome desta toda rapaziada que teima em recordar, com jovialidade e até irreverência,  os seus tempos de Guiné, entre 1961 e 1974...  Como vês, já somos mais do que um batalhão... E, em tua opinião de leitor, somos de facto (e queremos continuar a ser) um blogue  onde não há, genericamente falando,  "recalcamentos sublimados de uma guerra colonial, para muitos com as armas às costas".

Respondeste cabal e assertivamente às nossas perguntinhas (*)... e mandaste-nos mais do que as duas fotos da praxe. É uma honra para nós, teus camaradas e teus ouvintes do PFA, lá nos idos tempos de 1970/72. O teu nome já aqui tinha sido evocado pelo João Paulo Diniz:

(...)  Lembra, com saudade, outra malta que fez o PFA, como o Sargento Silvério Dias e a sua esposa, Maria  Eugénia, que era a tal "senhora tenente", de que muita malta se lembra... (,..) Havia uma vasta equipa, o sargento Silvério Dias, o furriel Garcez da Costa, o furriel Jorge Pinto... O Carvalhêda virá mais tarde...  (...).

Como vês, o "puzzle" da nossa memória vai-se compondo, com uns "baites" daqui e outros de acolá... Já agora deixa-me perguntar-te se foste "mordinho pelo bichinho da rádio", ou apanahdo pelas "ondas hertzianas" ou se,pelo contrário,  nunca mais pegaste num microfone, em estúdio ?...  Diz-nos também em que unidade ias integrado, a caminho da Guiné; e,  por outro lado, como queres ficar registado para a posteridade: Garcez Costa, Tony Sacavém, ou Garcez Costa (ou Tony Sacavém) ? 

Ficamos com água na boca com a tua promessa de nos arranjares mais uns registos áudio do teu tempo de locutor do PIFAS...Um Alfa Bravo. Luis Graça

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10345: O PIFAS, de saudosa memória (12): Excerto áudio... (Tony Sacavém)



Extrato de uma crónica do PFA - Programa das Forças Armadas. Texto atribuído a Júlio Montenegro. s/d [Julho de 1969? junho de 1971 ?]. Excerto áudio enviado por Tony Sacavém. 

Vídeo (4' 05'') disponível em You Tube > Nhabijões. Edição do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2012).

1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Tony Sacavém,


De: Tony Sacavém [ an_ter_bar@hotmail.com ]

Data: 6 de Setembro de 2012 01:18

Assunto: Blogue - Pifas


As minhas saudações.

Andando eu a pesquisar na Internet algo sobre a Guiné portuguesa, eis que apareceu a tua página. Tanto li e reli as várias insertas no Google que foi com surpresa que de repente figurou o meu nome como fazendo parte da equipa de 70/72, [do PFA].

Tenho fotos da altura e também de um jantar de confraternização nos anos 80. Junto em anexo um pedaço de uma gravação que,  se foi para o ar na sua totalidade,  foi porque nesse dia a censura estava de folga. Parte do texto é da autoria do Júlio Montenegro, nome que creio não está referido, e que foi alguém que me ensinou muito sobre como escrever textos radiofónicos.

Qualquer esclarecimento sobre a história do PFA,  estás à vontade. Por exemplo, o criador do boneco [, o PIFAS,] sempre o conheci pelo nome de Jorge Henrique. Penso que exercia as funções de desenhador junto com o José Avelino. Tinham ambos o curso da Escola António Arroio.

E mais não digo... (como se dizia nos autos da tropa)

Tony Sacavém


2. Comentário de L.G.:

Tony, obrigado pelo envio deste preciosidade... Estamos mesmo interessados em conhecer melhor a história do PFA, de saudosa memória. Por exemplo, não sabíamos que o jornalista, realizador, produtor e apresentador de rádio e televisão Júlio Montenegro tinha feito parte da equipa do PFA. 

Gostaríamos também de te convidar para integrar esta comunidade virtual dos amigos e camaradas da Guiné. Se aceitares, manda-nos, de acordo com as nossas regras bloguísticas, uma foto do teu tempo de tropa e uma atual. E conta-nos algo mais sobre o teu tempo no PFA - Programa das Forças Armadas... Com quem trabalhaste ? Quando ? Donde vieste ? O que fizeste depois da passagem á peluda ?... Queres contar-nos algo mais ?... Por enquanto blogar não paga imposto à Troika... E já agora, de que data é o programa ? Julho de 1969, pela referência à alunagem da Apolo 11 ? De que são as vozes que se ouvem ? 9 de junho de 1971, a avaliar pela notícia da flagelação de Bissau com um ou mais foguetões 122 mm, por volta das  21h45  ? 

Um grande Alfa Bravo (ABraço).
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 26 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9666: O PIFAS, de saudosa memória (11): Também havia relatos da bola, em março de 1970... (Arménio Estorninho)



sexta-feira, 23 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9645: O PIFAS, de saudosa memória (10): A mascote, um caso sério de popularidade (José Romão)... E até o 'Nino' Vieira ouvia o programa! (João Paulo Diniz)






A mascote do PIFAS... Afinal sempre tem pai(s): Segundo informação do João Paulo Dinis, o pai da "ideia" foi o Fur Mil Jorge Pinto, que trabalhava no Com-Chefe, ideia a que depois deu corpo um outro camarada, o José Avelino Almeida, cuja companhia estava em Mampatá e Aldeia Formosa...

Fotos: © José Romão (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



1. Mensagem enviada, a 21 do corrente, pelo nosso camarada José Romão (ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73) [, foto atual, à direita]

Camarada Luís Graça:


Ai vão 3 fotografias da mascote do PIFAS (Programa das Forças Armadas, na Guiné).

Esta mascote veio comigo da Guiné no ano de 1972.

Um abraço

Travassos Romão

2. Comentário de L.G.:


Não há dúvida que a mascote do PIFAS (e o PIFAS, o programa de rádio das Forças Armadas, transmitido através do emissor de Nhacra, da Emissora Nacional de Radiodifusão) foi um caso sério de popularidade...

A rádio, e este programa em particular, no início dos anos 70, terá ajudado muitos camaradas nossos a lidar com a solidão e a saudade... Verdade ? Pelo menos, cerca de 2/3 dos respondentes à nossa última sondagem (n=116) conheciam e ouviam o PFA ou PIFAS: cerca de 39% ouviam-no "todos os quase todos os dias"; os restantes 27% só mais esporadicamente... Também a população civil ouvia o programa, de acordo com o testemunho do João Paulo Diniz...

Ao fim destes anos todos, há malta que guarda religiosamente o boneco, que trouxe da Guiné, como é o caso do José Romão ou do Augusto S. Santos... Até o nosso Carlos Vinhal tem um, lá em casa, embora sem os adereços (o microfone e o gravador), que desapareceram de tanto os sobrinhos terem brincado com ele...

Por outro lado, o nosso Hélder Sousa, que vive em Setúbal, já entrou em contacto com o Armando Carvalhêda, outro conhecido locutor do PIFAS no seu tempo de Bissau, em 1972, e que continua a estar ativo, aos microfones da Antena 1 [, tendo também fortes ligações a Setúbal e a Alcácer do Sal, or via das rádios locais...Espero que o Hélder consiga ter tempo para nos falar desse(s) encontro(s)]...

Do João Paulo Diniz já aqui temos falado bastante... Eu não o conheço pessoalmente mas já falámos várias vezes ao telefone. A última foi agora mesmo... Falámos também na 3ª feira passada, dia 20. Como é sabido, ele tem um programa de música, ao sábados, de madrugada, entre as 5h e as 7h, que se chama "Emoções". O programa é pregravado. No dia 20, como conforme combinado, falámos um bocadinho (cerca de 3 minutos) sobre o nosso blogue e o nosso encontro, que se vai realizar no dia 21 de abril, em Monte Real.

Se algum dos nossos leitores, estiver desperto ou com insónias, amanhã de manhã, por volta das 6h30, mais ou menos, poderá sintonizar o programa "Emoções"... A pequena entrevista comigo foi antecedida de uma das músicas que passava no PIFAS, "A namorada que eu sonhei", do Nilton César, uma das canções da época que que eram transmitidas ad nauseam nos programas de discos pedidos...

O João Paulo Dinis, que está inscrito no nosso VII Encontro Nacional, e que eu vou convidar para integrar a nossa Tabanca Grande (só preciso de uma foto dele do tempo de Bissau), tem-me dado uma série de esclarecimentos preciosos sobre o PFA/PIFAS:

(i) Ele era militar de engenharia, foi requisitado para o Com-chefe para trabalhar na rádio, por ser já "locutor profissional!"...

(ii) O PFA ou PIFAS já vinha dos anos sessenta, ele não sabe precisar o ano;

(iii) Na realidade, ele era o único locutor profissional do PFA, no seu tempo (meados de 1970/ meados de 1972);

(iv) Mas antes dele já lá tinham passado outros, como o falecido Raul Durão;

(v) Mas havia muito mais malta a trabalhar no programa... Lembra, com saudade, outra malta que fez o PFA, como o Sargento Silvério Dias e a sua esposa, Maria Eugénia, que era a tal "senhora tenente", de que muita malta se lembra...

(vi) O João Paulo gostava deste simpático casal de locutores e gostava de os ver se possível no nosso próximo encontro, em Monte Real; (ele tem o contacto telefónico do então sargento Silvério Dias, que deve ser hoje pessoa para setenta e tal anos);

(vii) O PIFAS tinham estúdios próprios em Bissau; o emissor era em Nhacra; os estúdios estavam localizados na avenida (?) dos bombeiros, enquanto a sede da emissora oficial era no (ou em frente ao) edifício dos CTT, na avenida da sé catedral (hoje Av Amílcar Cabral ?);

(viii) Havia uma vasta equipa, o sargento Silvério Dias, o furriel Garcez Costa, o furriel Jorge Pinto... O Carvalhêda virá mais tarde...

(ix) O programa, de 3 horas diárias, tinha o seguinte horário: 1º tempo: 12h-13h; 2º tempo: 18h30-19h30; 3º (e último) tempo: 23h-24h...

(x) O João Paulo Diniz é um grande contador de histórias, ou não fosse um homem da rádio... Entre outras, contou-me a seguinte: uma das vezes que foi à Guiné-Bissau, acompanhando, em serviço da Antena 1, uma visita governamental (creio que foi no tempo do Prof Cavaco Silva como 1º ministro...), encontrou-se com o 'Nino' Vieira... Quando ele soube que tinha feito serviço na rádio das FA, o ‘Nino’ entrou em confidências, muito ao seu jeito, de resto… Contou ao João Paulo Diniz que a malta do PAIGC costuma ouvir o PIFAS e que foi, com a contagem decrescente do locutor do PFA, numa passagem de novo ano, que eles um dia atacaram ou flagelaram um aquartelamento nosso… (Talvez Tite ou outro quartel mais a sul, ele já não pode precisar)…

(xi) A mascote do PIFAS, da autoria do Jorge Pinto (também conhecido por "Jorginho" e "Pifinhas", hoje com paradeiro desconhecido) e do José Avelino Almeida (, que também quer ir a Monte Reaal e que nos vai contactar), terá sido feita em Espanha... Era distribuída (gratuitamente) pela população e pelos militares... Ele, João Paulo, diz que infelizmente perdeu o "bonequinho" que trouxe de Bissau...

(xii) Mais histórias do PIFAS... ficam para Monte Real!!! ... Ou para o próximo poste: por exemplo, o emociante relato em direto - através da emissora oficial francesa - da vitória do Joaquim Agostinho numa das etapas da Volta à França (com a malta no estúdio a traduzir o francês para português)!... E outras "maluqueiras" que a equipa fazia: para o João Paulo Diniz foi uma experiência única e inesquecível, a sua passagem pelo PIFAS, aliás percebe-se pelo entusiasmo e vivacidade com que fala dessas memórias!

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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9607: O PIFAS, de saudosa memória (9): Dois terços dos respondentes da nossa sondagem conheciam o programa e ouviam-no, com maior ou menor regularidade...