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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17063: Tabanca Grande (428): João Pereira da Costa, grã-tabanqueiro n.º 736, fundador e administrador do blogue do BART 2857 (Piche, 1968/70)




1. Mensagem do novo membro da Tabanca Grande, n.º 736, João Pereira da Costa, através da caixa do correio do nosso n.º 2, Sousa de Castro (*)

Publico aqui, resenha histórica que o nosso amigo João Maria Pereira  da Costa teve a gentileza de partilhar comigo no Facebook.Início da  vida militar deste nosso amigo. Se calhar dá um bom poste!... Sousa de Castro


2. João Pereira da Costa, ex-fur mil Pel Rec Info / BART 2857 (Piche, 1968/70), fundador e administrador do blogue do BART 2857 (Piche, 1968/70):

Boa tarde caro S. Castro.  Fui Furriel Miliciano. Soube antecipadamente a minha especialidade e
não entreguei as habilitações, embora pressionado pelo Tenente, comandante da minha Companhia de Instrução, amigo da família, que  pretendia que fosse para Mafra para a especialidade. Claro seria
atirador. Mas a vida tem subtilezas que não dominamos. Irás no final  do texto compreender.

Em Outubro de 1967, fui incorporado no serviço militar, na recruta nas  Caldas da Rainha, porque me cortaram o «regime de espera» pois  frequentava a faculdade e pretendia terminar o curso. Nessa altura
houve uma visita do Américo Tomás à Universidade de Coimbra. O pessoal  comportou-se mal e, daí, todos tiveram a minha sorte. 

Estive de Janeiro a Março de 1968 em Tavira, na especialidade de  Operações e Informações, integrada no Pelotão de Reconhecimento e  Informação.  Daqui passei por Penafiel, Abril de 1968, onde tomei conhecimento que  estava mobilizado. Poucos dias passados deram-nos ordem para nos apresentarmos em Lamego, nas Operações Especiais, a mim e a mais dois  quadros, do Pel Rec.Info. que tinham estado comigo em Tavira.

Igualmente foi o futuro alferes que viria a comandar o Pel Rec Info / Bart 2857.

Em Junho de 1968 terminado o curso fomos os 4 colocados no Porto no  RI6, para dar aos recrutas a especialidade de Reconhecimento e  Informação.

O tempo foi passando e continuávamos no Porto. Entretanto caíu da  cadeira o doutor Salazar e os quartéis entraram de prevenção.  Chamados ao comandante perguntamos que tipo de armamento daríamos aos  recrutas e sem ou com munições. Estes ficaram com Mausers, julgo  descarregadas e todos os quadros do RI6 com armas pesadas.

O Batalhão [, o BART 2857,] já tinha ido para Viana do Castelo para o IPO. O embarque  estava previsto para 10 de Novembro de 1968.  O tempo a aproximar-se e nós no Porto. Fomos ao comandante e lá nos  deixou partir para Viana do Castelo. Aqui estivemos nem uma semana.

No dia 9 de Novembro embarcamos para Lisboa de comboio. Esperava-nos o  "Uíge".para dia 10 partirmos para a Guiné. Desembarcamos e ficamos em  Brá. Uma bela noite entramos numa LDG e partimos para Bambadinca [, via Xime,] donde de imediato em coluna partimos para Piche. Fizemos a viajem  directa.

Enquanto estive em Piche, fui integrado no Gabinete de Operações e  Informações, chefiado por um capitão. Planeávamos as operações e  estudo das informações. Todas as semanas eram enviados plásticos com o  desenho das Operações. Como a guerra piorava o gabinete foi completado  por outro Capitão que só tratava das Informações e da reorganização  dos aldeamentos, tanto de Piche como de outros destacamentos.

Fui várias vezes a Bissau `2.ª Repartição, sala onde estava a guerra  toda com os mapas na parede. Uma das vezes fomos fazer queixa do 2.º  Comandante, então o Comandante do Batalhão, que metia o bedelho e não  percebendo nada de artilharia; um dia planificou os alvos em cima das  nossas tropas. Claro que tivemos que corrigir.

Estava proibido de sair do quartel nem me integrar em colunas porque  tinham medo que fosse apanhado pelos turras e os segredos estavam na  minha cabeça. Mas ainda saí a um destacamento verificar do andamento  das obras e da Mesquita.

A partir daqui entramos no comentário que publiquei.

Um abraço e bom trabalho.

Sempre ao dispor para informações.

Um abraço,
Pereira da Costa
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Nota do editor:

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17053: Tabanca Grande (427): João Maria Pereira da Costa, ex-fur mil Pel Rec Info CCS / BART 2857, Piche, nov.1968- ago 1970

1. Apresenta-se na Tabanca, o nosso Camarada João Maria Pereira da Costa, que foi Fur Mil na CCS do BART 2857 (Nov 1968 a Ago 1970, Piche), que nos enviou a seguinte mensagem:

HISTÓRIAS QUE A MEMÓRIA NÃO ESQUECE

“A MINHA PASSAGEM PELO XIME DE REGRESSO A CASA”

Chegados a Bambadinca perto das 5 horas da tarde, a primeira leva de regresso a Bissau, terminada a comissão, camionetas com as nossas malas e uma companhia, nos disseram que não havia maré e que teríamos de seguir para o Xime.

Deitei as mãos à cabeça e pensei baixinho vai ficar pelo caminho metade do pessoal em emboscada e depois a passagem da bolanha será tiro ao boneco. As covas na estrada com muita água, as viaturas só andavam através dos guinchos dos Unimogs agarrados às árvores.

Mas enfim, felizmente nada aconteceu.

Colocámos as viaturas na descida para o ancoradouro e o pessoal a dormir debaixo delas, pois somente ao outro dia pela manhã chegaria a LDG.

E nós que vamos fazer!?

O pessoal periquito, com três meses de Guiné tudo dentro dos abrigos. Não restava nem mais um buraco para nós.

Começámos então na conversa com os piras. Pessoal, até que horas são aqui os ataques ao aquartelamento. Costumam terminar depois da meia-noite e devem vir da Ponta do Inglês. Então pessoal não existe por aí uma garrafinha de whisky? Nada, metidos nos buracos. Nós tarimbados fora dos abrigos e em cima das valas sem saber como iríamos passar a noite. Eram oito horas da noite. Fomos buscar umas garrafas das nossas e começámos a beber e a oferecer aos piras. Passado o medo o já com o efeito do álcool. começaram a sair da toca.

Bem! Levámos a noite toda nos copos. Já se faziam corridas por cima das mesas do refeitório. Não conto pormenores pois ficou uma imundice.

Portanto não havia lugares no tal Hotel Estrela.

Até Bissau fomos a curtir a buba da véspera. Um pouco de cuidado na ponta do inglês, mas tudo correu às mil maravilhas.

Histórias da nossa juventude de guerreiros inconscientes

Belos tempos. Hoje mais idosos recordamos alguns dos bons momentos e das loucuras por terras da Guiné.


Um abraço a todos quantos passaram pelos vários Spa’s da Guiné.

João P. da Costa
Fur Mil da CCS do BART 2857 

Foto de Juvenal Amado © Direitos reservados.


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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15550: Tabanca Grande (481): Osvaldo Pereira da Cruz, 1.º Cabo Radiotelegrafista (rendição individual) – Piche 1969/71. É o grã-tabanqueiro n.º 710

1. O nosso Camarada [António M. ] Sousa de Castro (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74), enviou-nos a apresentação de mais um camarada nosso, com a seguinte mensagem: 



Camaradas



Envio a apresentação de um novo Tertuliano, Osvaldo Pereira da Cruz, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista em Piche – Guiné,  1968/71. Para além de camarada d’armas também foi meu colega de trabalho nos ENVC (Estaleiros Navais de Viana do Castelo). 

Saudações,
A. Sousa de Castro


OSVALDO PEREIRA DA CRUZ, EX-1.º CABO RADIOTELEGRAFISTA EM RENDIÇÃO INDIVIDUAL NA GUINÉ – PICHE, 1969/71

PARA DAR UM ABRAÇO AO IRMÃO QUE IA CHEGAR À GUINÉ PARA CUMPRIR A SUA COMISSÃO AO SERVIÇO DO ESTADO PORTUGUÊS, INVENTOU PROBLEMAS DENTÁRIOS PARA CONSEGUIR CONSULTA E DESLOCAR-SE A BISSAU, FICOU SEM DOIS DENTES MAS PASSOU O NATAL DE 1970 COM O IRMÃO PAULO. VALEU A PENA! 

HISTÓRIA QUE SUA FILHA PAULA OLIVEIRA DA CRUZ FEZ QUESTÃO DE RECORDAR E PARTILHAR. MUITO BOM! (Sousa de Castro)


4 IRMÃOS NA GUERRA COLONIAL AO SERVIÇO DO ESTADO PORTUGUÊS.

Tenho 68 anos, trabalhei nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. (Fui Serralheiro Mecânico.) Fui para a tropa e daí para a Guerra Colonial na Guiné em rendição individual, fui 1.º Cabo Radiotelegrafista,  tinha 21 anos. Pertenci à Companhia de TRMS sediada em Bissau, no Quartel General, passei por Teixeira Pinto, Farim e completei a maior parte da comissão em Piche (15 meses, zona Leste da Guiné, no STM - Serviço de Transmissões Militares),  adido à CCS do BART 2857.

Foi muito duro para os meus pais pois estivemos na guerra ao mesmo tempo 4 irmãos, 2 na Guiné, 1 em Moçambique e outro em Angola.

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José Cruz

Meu 2.º irmão: José Pereira da Cruz, ex-Fur Mil TRMS INF. Cumpriu na Província de Moçambique desde 1969/71 a sua comissão de serviço,  integrado na CCAÇ 2555 como adjunto do Centro Cripto.


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Paulo Cruz 


Meu 3.º irmão: Paulo Pereira da Cruz, ex-Fur Mil, chegou à Guiné em rendição individual, em 1970/72. Ficou integrado num Pelotão de Nativos até ao fim. Não sei qual a designação do Pelotão e onde pertencia. Faleceu há mais de trinta anos por afogamento no Rio Lima,  no Barco do Porto em Cardielos, Viana do Castelo.


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Domingos Cruz 

Por último o meu irmão mais novo, o 4.º,  Domingos Pereira da Cruz:  cumpriu a sua comissão em Angola,  em rendição individual nos anos  de 1973/74 como Rádio-Montador. 

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- Pai, esta foi, por ventura, a história de Natal mais bonita que me contaste. Talvez não te lembres de a ter escrito no projeto Sénior, mas eu guardei-a para ti. Paula.


Osvaldo Cruz com sua filha Paula




MEMÓRIAS DO LESTE DA GUINÉ QUE NUNCA VÃO DEIXAR DE O SER!



Osvaldo Cruz
Estava na GUERRA COLONIAL da GUINÉ, e como tinha ido em rendição individual, passei por Teixeira Pinto e por Farim, acabando por me fixar em Piche onde estive quinze meses. 

Piche era uma zona do mato, no leste da Guiné. Como era uma zona das mais flageladas pelos ataques do PAIGC, não era fácil uma deslocação a Bissau onde acima de tudo se respirava um pouco melhor aquele ambiente de guerra. Acontece, porém, que eu recebo um aerograma dos meus pais onde me diziam que meu irmão Paulo tinha sido mobilizado e iria embarcar também para a Guiné. Fiquei muito surpreendido, e eis que chega novo aerograma do meu irmão onde me diz a data em que embarcaria em Lisboa,  directo à Guiné.

Eu era Radiotelegrafista, e a partir desta notícia desdobrei-me para saber quando chegava o navio a Bissau pois gostava muito de dar um abraço ao meu irmão, naquela hora da chegada. Então comecei a pensar o que fazer para vir a Bissau, pensa que pensa, e eis que surge uma ideia! Fui falar com um sargento-ajudante, com quem tinha já alguma amizade, e que eu sabia que me poderia ajudar. Contei-lhe a minha pretensão ao que ele me diz: “Tu és maluco, tu nem as pensas!”.

Fiquei triste, mas não saí dali. Então ele diz-me: “Olha lá,  os teus dentes estão bons ou tens algum avariado?” Eu tinha dois dentes atrás que estavam mais ou menos, mas estavam a cariar. Respondi: “Tenho um que volta e meia não o suporto com dores.” “Ora bem” - diz ele - “Sendo assim eu vou falar com o médico para ver se ele ajuda nisto”.

O médico era meu amigo e antes que o sargento falasse com ele falei eu primeiro, onde ele me diz: “Ó Cruz,  por mim não sou problema, deixa-o vir”. No dia seguinte sou chamado ao comandante. Quando chego diz-me o comandante: "Então queres ir à consulta do dentista no hospital militar?" Eu respondi afirmativamente e, olhando para a secretária dele, vejo a guia de marcha para eu ir para Bissau no primeiro meio aéreo que aparecesse. Entretanto ele pega nos papéis,  assina,  põe o carimbo e manda enviar uma mensagem para marcar a consulta. Manda-me sair e esperar por notícias.

Eu via o tempo a passar e nada de notícias, até que chega finalmente a confirmação da consulta e o meu amigo sargento mandou-me chamar. Fui a correr onde ele me diz: "Só falta o avião, o resto já cá está".

Entretanto chega uma mensagem dizendo que um avião DAKOTA chegaria naquele dia e que trazia reabastecimentos. O sargento diz-me: “Eh´, pá, parece que estás com sorte. Vou ver se o Dakota te leva, aguarda”.

Lá viemos para o posto de rádio para comunicar com a Força Aérea para confirmarem a boleia,  o que aconteceu. Fiquei muito contente e lá vim para Bissau. Quando cheguei , apresentei-me na Companhia de Transmissões para me darem alojamento e alimentação. Como ainda faltavam oito dias para a consulta, puseram-me a trabalhar no posto de rádio do Quartel-General.

Os manos Cruz, Paulo e Osvaldo
Dali a dois dias chegava o navio que trazia meu irmão. Como para entrar no cais era preciso uma credencial, fui pedi-la à secretaria e aí não houve problemas, pois fui com o condutor da carrinha de Transmissões que tinha livre-trânsito. 

Já no cais, eis que o navio que já fazia manobras para desembarcar o pessoal é vedado pela Polícia Militar, e não deixam ninguém contactar com os militares que chegavam, e estes são metidos em camiões directo ao Depósito Geral de Adidos que ficava a uns 16 quilómetros. Lá pedi ao condutor e este levou-me aos Adidos. O condutor deixou-me ficar, mas também nos Adidos não era fácil chegar ao contacto com os que chegavam e que estavam a ser encaminhados para os diferentes quartéis. 

Já estava desesperado e vejo aquela cabecita a olhar para todo o lado, não à minha procura porque ele não sabia que eu estava ali, mas porque tudo era diferente para ele a partir daquele momento. Eu gritei: “PAULO! PAULO!” e ele ouviu-me,  saiu da fila e com as lágrimas nos olhos veio dar-me um abraço. 

Como ele já sabia que iam ser alojados temporariamente no Quartel-General e eu tinha que vir para entrar de turno, despedi-me e disse-lhe que o procurava em Bissau. Lá arranjei boleia, o que era fácil, e vim para o Quartel. Ainda não tinha terminado o turno e chega um colega meu que me diz: “Cruz, está lá fora um periquito à tua procura.” 

Pedi-lhe que terminasse o turno por mim, depois de lhe dizer que o periquito era meu irmão que tinha chegado naquele dia. Fomos beber uma cerveja na cantina, pois o calor assim o impunha, conversamos para saber notícias e decidimos ir jantar num restaurante em Bissau.

Fui-me vestir com roupa civil e lá viemos para a cidade que ficava a uns 4 quilómetros. Foi uma noite diferente. Depois todos os dias nos encontrávamos, até que chegou a consulta. Chegado ao Hospital lá sou encaminhado para uma fila com mais de dez pessoas. Chega o enfermeiro faz a chamada e de seguida sem ser visto pelo médico que era um oficial da Marinha, começa a dar anestesia a todos que ali estavam.

Já não sentia a cara quando sou chamado, o médico manda-me deitar na cadeira e pergunta "qual era o dente?” Eu não sabia falar, pois não sentia a cara. Abri a boca, ele olha toca no dente mais estragado e arrancou-o. Meteu uma gaze no buraco olha de novo e diz: "O melhor é tirar aquele também que já não te vai chatear mais". E vai daí fiquei com menos dois dentes.

Entretanto,  trago a alta do médico onde dizia que podia voltar à minha unidade. Faltavam mais ou menos três semanas para o Natal, mas o transporte era difícil e aí eu já não tinha muita pressa. Chegou o Natal e, nem eu nem o meu irmão, tínhamos ainda transporte para os destinos. Então foi muito bom porque passamos juntos o Natal de 1970.

Passados uns dias sou chamado e fui de volta para Piche onde os meus camaradas de transmissões me esperavam, pois já estavam só os dois há mais de um mês e como o turno era de 24 horas, cada um trabalhava doze horas por dia. Passado um mês sou mandado para Bissau, pois tinha terminado a comissão e aguardava por transporte para a Metrópole. (Assim era chamado o nosso Portugal.) Em Abril de 1971 regressei com menos dois dentes, mas com grande alegria porque tinha ido receber o meu saudoso irmão. 

Um abraço, camaradas 

Osvaldo Cruz 
1.º Cabo Radiotelegrafista (rendição individual)

Mini-guião de colecção particular: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados.
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

sábado, 15 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12839: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte VIII): fotos de Canquelifá, na fronteira nordeste: bajudas, final da festa do Ramadão, descanso dos guerreiros...


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70)  > Bajudas (1)


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70)  > Bajudas (2)


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70) >    Festa do final do Ramadão (1)


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70) >  Festa do final do Ramadão (2)... O Valdemar em tronco...


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70)  >  Festa do final do Ramadão  com o cap mil Pinto a assistir (1)... A meio, sentado, fardado...


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70) >   Festa do final do Ramadão  com o cap mil Pinto a assistir (2)


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70) >   Festa do final do Ramadão  com o cap mil Pinto a assistir (3)´


Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Canquelifá > CART 2479 / CART 11 (1969/70)  >     Conversas entre o Porto e Lisboa... Vários graduados...


Fotos (e legendas): © Valdemar Queiroz (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: L.G.]



1. Continuação da publicação das Memórias de um Lacrau ... Texto e fotos enviadas, em 9 de fevereiro último, pelo Valdemar Queiroz {, foto atual à esquerda] (*)

Diz a última parte do texto, muito laconicamente:

"Depois, a partir de Nova Lamego, andámos em intervenção na zona leste, a nível de dois pelotões, por Cabuca, Cancissé, Madina Mandinga, Dara, Piche, Ponte Caium, Dunane, com permanência perlongada em Canquelifá, até nos fixarmos em Paunca e Guiro Iero Bocari."

Vamos apresentar fotos, com legendas destes vários lugares por onde passou o nosso camarada Valdemar Queiroz, esperando que ele e outros "lacraus" complementam esta informação.

Hoje são fotos da estadia em Canquelifá, junto à fronteira, a nordeste:  bajudas, final da festa do Ramadão, descanso dos guerreiros...

Sobre Canquelifá temos cerca de 8 dezenas de referências no nosso blogue. Nesta altura (1968/70), estava sediado em Piche o BART 2857, com a CCS em Piche e as subunidades de quadrícula em Bajocunda (CART 2438), Canquelifá (CART 2439) e Piche (CART 2440). Ver aqui o respetivo sítio.

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Nota do editor:

(*) Último poste da série  > 12 de março de  2014 > Guiné 63/74 - P12827: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte VII): Fotos de estrada, onde a velocidade máxima era de 40 km (e nas povoações, 35 km)

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12526: Fichas de unidade (9): Companhia de Caçadores N.º 2724 (Guiné, 1970/1972)





1. Em mensagem do dia 17 de Dezembro de 2013, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), a pedido do nosso editor Luís Graça, enviou-nos a Ficha da CCAÇ 2724.




COMPANHIA DE CAÇADORES N.º 2724

Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores nº 2724
© Foto de José Casimiro Carvalho (2010) ¹

Mobilizada pelo Regimento de Infantaria nº 15, de Tomar e, sob o comando do Capitão de Infantaria José Pinto Correia de Azevedo, adoptou como Divisa Non Nobis

Embarca em 04 de Abril de 1970, desembarcando em Bissau em 11 de Abril de 1970.


Síntese da Actividade Operacional:

Realizam o treino de aperfeiçoamento operacional, entre 16 e 22 de Abril de 1970, em sobreposição com a Companhia de Caçadores n.º 2401. Após o treino de aperfeiçoamento, assume a responsabilidade do Sector de Buruntuma, com um grupo de combate instalado em Camajabá. Fica integrado no dispositivo do Batalhão de Artilharia n.º 2857 e, mais tarde, do Batalhão de Cavalaria n.º 2922.

É durante este período que, ARNALDO ANTÓNIO MORAIS, Soldado Condutor Auto Rodas NM 10105369, casado com Maria Ernestina Alves Morais, filho de João António Morais e Cremilde da Conceição Cepeda, natural de Nuzedo de Cima, freguesia de Tuízelo e concelho de Vinhais, tombou vítima de ferimentos em combate num ataque inimigo ao aquartelamento de Buruntuma, em 5 de Setembro de 1970, sendo inumado no Cemitério Paroquial de Salgueiros e Tuízelo.

É rendida, em 17 de Fevereiro de 1971 em Buruntuma, pela Companhia de Cavalaria n.º 1747, sendo transferida para Nova Lamego, para dar protecção aos trabalhos da asfaltagem da estrada que ligava esta localidade a Piche.

Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores n.º 2724 
© Foto da colecção de Carlos Coutinho

Porém, a 24 de Fevereiro de 1971, inicia a deslocação para Bissau, tendo os grupos de combate ficado adidos à Companhia de Caçadores n.º 2571, até à chegada de todos os efectivos, que se verificou a 12 de Março de 1971.

A Unidade é integrada no Comando de Bissau e, em 13 de Março de 1971 assume a responsabilidade do subsector de Brá, substituindo a Companhia de Caçadores n.º 3327. Destacou forças para Safim e João Landim.

De 24 de Março a 6 de Abril de 1971, destacou um pelotão para reforço da guarnição de Nhacra, e de 14 de Abril a 7 de Junho, destacou dois pelotões para os reordenamentos de Jugudul Com e Changue Bedeta.

É substituído em Brá pela Companhia de Caçadores n.º 2658, seguindo para Quinhamel, para render a Companhia de Caçadores n.º 2617, onde assume a responsabilidade do subsector, com destacamentos em Ponta Vicente da Mata e Ondame.

A 23 de Fevereiro de 1972 é rendida em Quinhamel pela Companhia de Caçadores n.º 2796, recolhendo a Bissau. Iniciou a viagem de regresso a 13 de Março de 1972

(História da Unidade - Caixa nº 85 – 2.ª Div/4.ª Secção, do AHM)


Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores nº 2724 
© Foto de José Casimiro Carvalho (2010) ¹


(1) - Fotos de José Casimiro de Carvalho publicadas no P6708 de 10 de Julho de 2010 que teve o seguinte comentário:

Galileu disse...
Camarada José Carvalho
Fiquei bastante satisfeito em ver que o emblema da CCac. N.º 2724 que ficou em Buruntuma, ainda se encontra em perfeitas condições, embora já não esteja no mesmo lugar em que o deixámos. O molde do emblema foi feito por mim, e construído por um camarada do meu abrigo.
Aproveito esta oportunidade para cumprimentar a população de Buruntuma e agradecer a boa forma como sempre me trataram.
Obrigado e felicidades para todos.
O ex-furriel Acácio Lobo
acacio.lobo@sapo.pt
Sábado, Janeiro 15, 2011 11:34:00 PM

18 de Dezembro de 2013
José Marcelino Martins
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Nota do editor

Último poste da série de 24 DE OUTUBRO DE 2010 > Guiné 63/74 – P7169: Fichas de Unidades (8): Batalhão de Caçadores N.º 4514/72 (Guiné, 1973/74) (José Martins)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12355: In memoriam (173): Adolfo Barbosa, ex-fur mil, Pel Caç Nat 65 (Piche, Buruntuma, Bajocunda, 1968/70) (João Pereira da Costa, ex-fur mil op inf CCS/BART 2857, Piche, 1968/70)

1. Mensagem de hoje, do nosso camarada João Pereira da
Costa [, foto à esquerda], ex-fur mil op inf,  CCS/BART 2857 (e administrador do blogue do BART 2857, Piche, 1968/70)


Caro camarada Luís Graça, agradecia o obséquio, caso fosse do interesse do blogue,  que publicassem a notícia do falecimento ou da missa do sétimo dia de mais um nosso camarada que esteve na Guiné,  no Pelotão de Caçadores Nativos 65. Poderão utilizar as fotos que estão no Facebook, na página da Tabanca Grande. 



2. Notícia da morte do Aldolfo Barbosa, ex-fur mil, Pel Caç Nat 65, Leões Negros (Piche, Buruntuma, Bajocunda, 1968/70) [foto à esquerda]

Bom dia,  caros amigos e camaradas.

Ontem realizou-se a missa de sétimo dia,  em homenagem ao falecimento do nosso amigo e camarada do Pelotão de Caçadores Nativos 65, Adolfo Barbosa.

Homem honesto, cumpriu a sua missão, por vezes bastante difícil, como membro do Pel Caç Nat 65.  Tantos momentos desagradáveis pelas intromissões e confrontos com o IN, em que este pelotão,  em várias localidades para onde foi chamado, se envolveu, sempre nos primeiro lugar da luta e expulsão do IN. Por toda a Guiné é uma das unidades mais prestigiadas e guerreiras forças.

Outros tantos momentos agradáveis nos convívios onde ele sempre estava presente, com a sua alegria e amizade.
Como seu grande amigo,  recordo estes momentos que farão sempre relembrar a sua figura.
Hoje ausente da vida humana, continua dentro do meu coração e tenho a certeza de todos quantos estiveram com eles.
Descansa em paz no sono eterno. Um dia estaremos todos juntos. Salve, Adolfo Barbosa.


Guiné > Zona leste > Setor L6 > Piche > Pel Caç Nat 65 > 1970 > Os fur mil Adolfo Barbosa e Luis Guerreiro (membro da nossa Tabanca Grande, a viver no Canadá desde 1971), junto a uma viatura blindada White.

Foto: © João Pereira da Costa  (2013). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:

Último poste da série > 25 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12340: In Memoriam (172): António Henrique Teixeira, o "Tony" Teixeira , um "onça negra", da CCAÇ 6, um grande bedandense, um magnífico camarada e amigo (1948-2013)... O funeral é amanhã, às 11h30, na sua terra natal, Espinho.

domingo, 8 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10131: O Nosso Livro de Visitas (142): Rodrigo Moura, de Leça do Balio, Matosinhos, ex-sold radiotelegrafista, CART 2440 / BART 2857, Piche, 1968/70... Já voltou a Bissau, desde 2000, cerca de 20 vezes...

1. Telefonou-me há dias o Rodrigo Moura. Telefonou-me do Porto. Mas mora em Leça do Balio, Matosinhos. Está, profissionalmente, ligado ao comércio automóvel. Pelo que eu percebi, a empresa representa entre outras a marca BMW. Por esse motivo tem alguns clientes em Bissau, onde vai com frequência. Desde 2000,  já lá terá ido umas 20 vezes. Costuma ficar na Residencial Coimbra. Ou no hotel onde dantes era o nosso QG, Quartel General. Conhece o Xico Allen e o António Camilo. Mas não conhece o Patrício Ribeiro nem o Pepito. 


Foi nosso camarada de armas. Era soldado radiotelegarfista da CART 2440 / BART 2857 (Piche, 1968/70). Já visitou Piche, mais do que uma vez.

Falei-lhe na Tabanca de Matosinhos e no almoço-convívio das 4ªs feiras. Ficou com curiosidade em passar por lá um dia destes. Já alguém lhe tinha falado. Também o convidei a integrar a nossa Tabanca Grande, sugestão bem acolhida.

2. Nota do nosso camarada e colaborador permanente José Martins sobre a CART 2440

(...) "Seguiu em 22 de Novembro de 1968 para Piche, a fim de render a Companhia de Caçadores nº 2403, assumindo, em 1 de Dezembro de 1968, a responsabilidade do respectivo subsector, ficando integrada no dispositivo de manobra do seu batalhão [, o BART 2857]

"A partir de 6 de Julho de 1969, destacou um pelotão para a ponte do rio Caium e desde finais de Janeiro de 1970, outro pelotão para segurança e protecção dos trabalhos de construção e reordenamento de Cambor. 


"Em 12 de Agosto de 1970, foi rendida no subsector pela Companhia de Cavalaria nº 2749 e enquanto dois pelotões seguiram desde logo para Bissau e Bolama, deslocou-se para Nova Lamego a fim de reforçar temporariamente o Batalhão de Caçadores 2893, até 20 de Setembro de 1970, e após o que recolheu igualmente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

"Observações – Tem história da unidade, que pode ser consultada, no Arquivo Histórico Militar (caixa nº 119- 2ª Divisão – 4ª Secção).

"Texto retirado do 7º Volume – Fichas das Unidades – Tomo II - GUINÉ - da Resenha Histórico Militar das Campanhas de África, edição do Estado Maior do Exército." (...).



Sobre o BART 2857, vd. também o respetivo blogue


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quinta-feira, 1 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9551: Álbum fotográfico do Luís Guerreiro (Montreal, Canadá): O valoroso Pel Caç Nat 65, em Piche, Buruntuma, Bajocunda e Tabassai, em 1970


1.   O nosso camarada Luís Guerreiro (ex-Fur Mil da CART 2410 , Gadamael e Ganturé, e Pel Caç Nat 65, Piche, Buruntuma e Bajocunda, 1968/70), enviou-nos a seguinte mensagem.

Pel Caç Na 65
Camarada Luís,

Ultimamente tem-se falado sobre Buruntuma e Tabassi/Tabassai. 

O Pel Caç Nat 65 encontrou-se nesses dois locais em 1970. 


Estacionados em Piche na sede do BArt 2857, fomos para Buruntuma em 27 de Fevereiro de 1970, para tomar parte na operação do ataque a Kandica. Constou que o 65 seria armado com armamento igual ao do PAIGC e iria fazer o assalto a essa base, mas finalmente fizemos a protecção ao Pel Art 12 e às peças 11.4,  em Camajabá. 

Depois do ataque fomos para Buruntuma, para reforçar a guarnição, chegamos ao anoitecer, e tudo já se encontrava muito calmo. 

Permanecemos até ao dia 23 de Abril de 1970.  Buruntuma era uma povoação algo distante, mas as condições e as instalações eram razoáveis. 

Durante o tempo que ali permanecemos não houve nenhum problema, a actividade operacional foi somente de patrulhamentos e emboscadas nocturnas.  A camaradagem era excelente por parte de sargentos e oficiais da companhia, e dos dois funcionários da DGS [, Direcção Geral de Segurança], e também um comerciante continental,  de nome Mota, que nos convidou diversas vezes para almoçar em sua casa.

Buruntuma, 1970 > Rua principal

Buruntuma, 1970 > Aspecto geral da tabanca

Buruntuma > Tabanca queimada no ataque do PAIGC de 24 de Fevereiro de 1970, que deu origem ao ataque à base de Kandica



Nota, de mil e cinco mil francos, da Guiné-Conacri, que foram apanhadas depois do ataque a Kandica, talvez por indivíduo da população e que me foram oferecidas por um soldado nativo do meu pelotão.

Em seguida fomos destacados para Bajocunda, dizia-se que íamos para descansar pois a zona na altura estava calma e circulava-se relativamente à vontade, e assim aconteceu nos dois primeiros meses. 

A actividade operacional, resumia-se a colunas a Nova Lamego e a Copá, e fazer protecção à noite na tabanca de Tabassai.

Bajocunda, 1970


Bajocunda, 1970 

  Bajocunda, 1970 > Comandos africanos da companhia do capitão João Bacar Jaló

Bajocunda, 1970 > Obus de 10.5 cm fazendo fogo

Bajocunda, 1970 > Visita do general Spínola



A partir do mês de Julho a situação começou a deteriorar-se, como já foi referido por mim no poste P4919 de 8/9/2009, a emboscada à coluna de civis e comandos africanos na estrada de Pirada para Bajocunda, no dia 4 de Julho de 1970. 

E a partir daí a actividade do PAIGC começou a ser mais constante, especialmente mais para os lados de Pirada, aonde durante a noite algumas tabancas foram atacadas e incendiadas. 

E foi neste contexto, que fomos uma semana fazer a segurança a Tabassai. Ficamos instalados com uma tenda de campanha, a povoação constava de uma fiada de arame farpado e como defesa tinha várias escavações de cerca de 3x2 metros áà volta do perímetro.

Tabassai, 1970 > Estrada para Bajocunda

Tabassai, 1970 > Bolanha

Tabassai, 1970 > Uma bajuda

Quanto à população, eu não tinha muita confiança_ um dia tendo eu ido a Bajocunda tomar um bom duche, andou um nativo a olhar para as nossas posições e a perguntar qual era o pessoal que lá ficava instalado.  Quando cheguei e fiquei ao corrente do sucedido fui à sua procura mas o indivíduo já tinha desaparecido, o que me levou a crer que era um informador espia. 


A decisão foi que nessa noite podíamos dormir descansados.  No dia seguinte,  23 de Julho,  mudamos algumas das posições e também o pessoal, e por volta das 21 horas, como se tinha previsto,  fomos atacados. 


Este foi o primeiro ataque efectuado pelo PAIGC à tabanca de Tabassai, o inimigo com um grande efectivo e grande potencial de fogo, fizeram o ataque do lado errado pois pensavam que era o certo, tudo durou cerca de 30 minutos sem problemas da nossa parte, retiraram com baixas e feridos e deixando algum material. Segundo em informações,  tiveram 9 mortos. Da parte da população houve uma mulher e uma criança que faleceram devido a uma granada de RPG. 



Pessoal do Pel Caç Nat 65

No dia seguinte foi o meu dia de sorte e também do condutor, tendo ido a Bajocunda para trazer mais munições, passamos duas vezes a um palmo de uma mina A/C, que de certeza tinha sido instalada antes do ataque, e foi localizada a uns 500 metros da tabanca por um soldado do 65. Tdo isto aconteceu, duas semanas antes de terminar a minha comissão, pois o meu substituto já se encontrava em Bissau. 

No dia 8 de Agosto  de 1970, dia do meu aniversário, recebi como prenda uma viagem de avioneta até Bissau, para esperar transporte para Lisboa, mas como não havia barco nos tempos próximos, no dia 25 de Agosto apanhei o avião e regressei a casa. 

Ainda hoje tenho estes soldados nativos no coração. Apesar de serem grandes combatentes, foram grandes amigos, pois quando me despedi  vi alguns com a lágrima no canto do olho, e outros a pedirem para ficar mais um tempo.

Por hoje é tudo um forte abraço para toda a equipa. 

Luís Guerreiro   
Fur Mil da CART 2410 e Pel Caç Nat 65



Fotos e legendas: © Luís Guerreiro (2012). Todos os direitos reservados.