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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14516: Os nossos encontros e desencontros (1): Ameira, 14 de outubro de 2006: (i) um belo momento de fraternidade que me foi dado viver (Jorge Cabral); (ii) não conhecia ninguém mas senti-me como se todos me fossem familiares (J. Casimiro Carvalho); (iii) o reencontro de um geração valorosa (Rui Felício); (iv) fez-me bem à alma (Fernando Franco)



Montemor-O-Novo > Ameira > Hotel da Ameira > I Encontro Nacional da Tabanca Grande > 14 de Outubro de 2006 > Um momento de fraternidade, pensa (e sente) o Jorge Cabral, em primeiro plano, tendo à sua direita o nosso baladeiro de Bambadinca (1969/71), e hoje fadista amador, o Zé Luís Vacas de Carvalho, comandante do Pel Rec Daimler 2206. 

De pé, afinando as gargantas ou cantando ao desafio, outras duas grandes aves canoras: o Fernando Calado e o Manuel Lema Santos, o exército e a marinha de braço dado... O fotógrafo que estava de serviço apanhou o flagrante, era o David Guimarães, radiante, felicíssimo...

Foto: © David Guimarães (2005). Todos os direitos reservados.


1. E sobre este momento, o nosso I Encontro Nacional, escreveu o "alfero Cabral": 

(...) "Também eu quero testemunhar o quanto me senti feliz, no nosso almoço na Ameira, o qual consubstanciou o mais belo momento de Fraternidade, que me foi dado viver. Sim, estamos todos unidos pela fortíssima corrente da Solidariedade. Aprendemos na Guerra a partilhar alegrias e tristezas e a compreender o Outro. Nunca estivemos sós porque contámos sempre com o ombro do Camarada Amigo. É disso que sentimos saudades!" (...)

O nosso "ranger" J. Casimiro Carvalho, "herói de Gadamael",  escreveu o seguinte (**): 

(...) "Não conhecia ninguém mas senti-me como se todos me fossem familiares... Que sensação tão boa, indescritível, senti-me como peixe na água e as senhoras então... sempre interessadas e atentas... Fiquei muito comovido quando uma delas leu o meu texto que pus à disposição, na mesa, e a seguir as lágrimas lhe correram pela cara, como se a história fosse de um seu familiar muito próximo... Bonito !!!" (...) 

Por sua vez, o Rui Felício (ex-alf mil, CCAÇ 2405, Mansoa, Galomaro e Dulombi, 1968/70, tal como o Paulo Raposo e o Victor David), referiu-se ao nosso econtro nestes termos (***): 

(...) uma jornada inesquecível, [que] só foi possível porque existe o blogue que tu criaste e que, com tanto trabalho e mérito, vais gerindo, coordenando e engrandecendo. (...) Sou dos que naquela época era contra a guerra, mas nunca confundi isso com o dever de a fazer o melhor e mais profissionalmente que me fosse possível, quanto mais não fosse para garantir aos soldados à minha responsabilidade o regresso a casa, sãos e salvos. (...).

Refira-se por fim mais um depoimento, a título ilustrativo, o do Fernando Franco (****)

(...) Andava mesmo a precisar deste encontro, em que muitos dos meus companheiros em meu redor sentissem o mesmo que eu. Mais uma vez obrigado, pois vim de peito cheio. (..:)


Foto: © David Guimarães (2005). Todos os direitos reservados.


Foto nº 1

Montemor-o-Novo > Ameira > Hotel da Ameira > I Encontro Nacional da Tabanca Grande > 14 de Outubro de 2006 > O grupo de camaradas fotografados, por volta das 13 horas, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia...


Foto  nº 1A

(i) Da esquerda para a direita, na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, 1.º cabo aux enf, pertenceu também ao BIG – Batalhão de Intendência da Guiné, tendo estado integrado num Pelotão de Intendência, o PINT 9288, Cufar, 1973/74), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, (dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Pereira;

(iii) na segunda fila,  Carlos Vinhal (nosso coeditor), Fernando Franco, Fernando Chapouto, Magalhães Ribeiro, Zé Luís Vacas de Carvalho (na ponta).


 Foto nº 1B

Da esquerda para a  direita: (i) na primeira fila, Aires Ferreira (de óculos escuros), Vitor Junqueira (também de óculos escuros, mas de perfil), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Tino Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça;

(ii) na segunda fila, Neves (um empresário que veio com outro empresário, de quem é amigo,  o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72), Humberto Reis (de óculos escuros), Virgínio Briote (nosso coeditor, de perfil), e  Raul Albino...

Aqui estão só 23... Faltavam outros camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por uma razão ou outra não estão na foto: lembramo-nos de mais 12:
Paulo Santiago, Carlos Fortunato, Carlos Santos, de Coimbra  (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), António Pimentel, Paulo Raposo e Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), António Santos (que veio com a esposa Graciela Santos), Hernâni Figueiredo, José Martins, Rui Felício, Victor David, Sérgio Pereira...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, éramos um pouco mais de 50, contando com as nossas companheiras... No último encontro, o X, em Monte Real, no passado 18 de abril de 2015,  juntámos 4 vezes mais... No grupo de homens, os únicos totalistas dos 10 encontros são: o António Santos, o Carlos Vinhal, o David Guimarães, o Jorge Cabral, o Luís Graça e o Raul Albino.


Foto nº 2

Montemor-o-Novo > Ameira > Hotel da Ameira > I Encontro Nacional da Tabanca Grande > 14 de Outubro de 2006 > O grupo das nossas esposas... Aqui estão 13, mas eram mais...



Foto nº 2 A  > Com a devida salvaguarda por qualquer lapso de memória, o nossos editores reconhecem na primeira fila, a partir da esquerda: Lígia Guimarães, Dina Vinhal, Alice Carneiro, Celeste Baia...


Foto nº 2 B

Na primeira fila, a partir da esquerda: Graciela Santos, Irene Briote, Teresa Reis (, esposa, já falecida, em 2011, do Humberto Reis) e uma quarta senhora que não identificamos...[ Atrás delas, à esquerda, reconhece-se o Fernando Chapouto e o pira de Mansoa, o nosso ranger e coeditor Magalhães Ribeiro, ]...


Foto nº 2 C

Nesta ponta direita, só reconhecemos a  Margarida Franco e a Judite Neves... Totalistas dos 10 encontros são a Lígia Guimarães, a Dina Vinhal e a Graciela Santos

Fotos: © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem de LG e CV]
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Notas do editor:



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14511: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (17): Distribuição de Certificados aos tertulianos totalistas dos 10 Encontros nacionais e admissão de duas novas tertulianas: Graciela Santos (hnº 682) e Lígia Guimarães (nº 683)


No passado dia 18 de Abril, aquando do nosso X Encontro Nacional, foram distribuídos "Certificados", da autoria do nosso camarada Miguel Pessoa. 
Os distinguidos foram: António Santos e esposa Graciela; Carlos Vinhal e esposa Dina; David Guimarães e esposa Lígia; Jorge Cabral; Luís Graça e Raul Albino, que fizeram o pleno dos 10 Encontros realizados até agora.

 Certificado da autoria do nosso camarada Miguel Pessoa


Eis a reportagem fotográfica dos camaradas Albano Costa e Manuel Resende:

Entrega de Certificados - António Santos

Entrega de Certificados - Jorge Cabral

Entrega de Certificados - David Guimarães

Entrega de Certificados - Dina Vinhal

Entrega de Certificados - Graciela Santos

Entrega de Certificados - Luís Graça

Entrega de Certificados - Lígia Guimarães

Entrega de Certificados - Raul Albino
 
Recordar-se-ão que o I Encontro foi no já longínquo ano de 2006, na Ameira, organizado pelo nosso camarada Paulo Raposo. 

O II Encontro, em 2007, aconteceu em Pombal, com organização da responsabilidade do nosso camarada Vítor Junqueira.

Os terceiro e quarto, em 2008 e 2009, na Quinta do Paúl, em Ortigosa, organizados pelo camarada Joaquim Mexia Alves. 

Desde 2010 os Convívios têm decorrido no Palace Hotel de Monte Real, e a organização tem estado a cargo do nosso camarigo Mexia Alves, que tem demonstrado muita competência nesta difícil missão de agradar ao maior número possível de participantes.

Hoje, dia em que se comemora o 11.º aniversário da nossa página, porque foi neste mesmo dia do ano de 2004 que se publicou o primeiro Poste - Guiné 63/74 – P1: Saudosa(s) madrinha(s) de guerra (Luís Graça), achamos que terá algum significado admitir como amigas tertulianas duas das três senhoras agraciadas. São elas a Graciela Santos e a Lígia Guimarães. A Dina Vinhal há muito que faz parte da tertúlia.

Recordemos a foto de família com algumas das senhoras presentes nesse memorável I Encontro de 2006


Com a devida salvaguarda por qualquer lapso de memória, reconhecemos na primeira fila, a partir da esquerda: Lígia Guimarães, Dina Vinhal, Alice Carneiro, Celeste Baia, Graciela Santos, Irene Briote, e... na ponta direita, Margarida Franco e Judite Neves.


Os homens não estarão aqui todos, nota-se a ausência do António Santos que estará encoberto ou ausente deste grupo.

Termina-se, deixando às nossas novas tertulianas um beijinho em nome dos editores e da tertúlia em geral. Se alguma vez quiserem mandar para publicação algum texto, seja ele uma memória ou uma história recente, relacionadas convosco ou com os vossos maridos, já sabem que com muito gosto a publicaremos. O Blogue é da tertúlia e tanto a Graciela como a Lígia, a partir de hoje, fazem parte dela.

Carlos Vinhal
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Notas do editor:

Último poste da série Tabanca Grande de 22 de Abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14503: Tabanca Grande (459): José Sousa (JMSF), soldado de rendição individual, do BART 1904 e depois do Pelotão de Intendência, viola solo do conjunto musical de Bambadinca, ao tempo do BCAÇ 2852... Grã-tabanqueiro nº 681

Último poste da série de 22 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P14499: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de abril de 2015 (16): fotos do MIguel Pessoa

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13272: Efemérides (162): Homenagem aos Combatentes no dia 10 de Junho de 2014 em Leça da Palmeira-Matosinhos (Carlos Vinhal)

1. Por que este ano o Dia de Portugal coincidiu com o Feriado Municipal do Senhor de Matosinhos, as comemorações do 10 de Junho, em Leça da Palmeira, foram divididas em dois períodos, sendo o da manhã preenchido com o hastear da Bandeira Nacional no edifício de Junta de Freguesia, cerca das 10 horas.

Ao acto estiveram presentes o Presidente da União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Dr. Pedro Sousa; a Presidente da Assembleia de Freguesia, Dra. Noémia Pires; Presidente da Direcção e Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, respectivamente, TCor Armando Santos e combatente Ribeiro Agostinho.

Dois elementos dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça executaram brilhantemente os toques de continência à nossa Bandeira.

O hastear da Bandeira Nacional a cargo da Dra. Noémia Pires

Foto de família deste 10 de Junho de 2014


Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira - Talhão em Memória dos Combatentes da Grande Guerra e da Guerra do Ultramar

Da parte da tarde, junto ao Talhão dos Combatentes sito no Cemitério n.º 1, cerca das 15h30, iniciou-se a cerimónia de homenagem aos combatentes de Leça da Palmeira caídos em campanha.

Estiveram presentes as individualidades que de manhã haviam presidido à cerimónia do hastear da Bandeira Nacional, mais o Guião do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes e o, recentemente criado, Coro do mesmo Núcleo.
A parte religiosa foi presidida pelo senhor Padre Marcelino.

O nosso Coro, superiormente dirigido pelo Sarg Ajud Luís Ribeiro, interpretou duas orações e, no final da Cerimónia, o Hino Nacional.

O senhor Padre Marcelino lembrando e rezando pela memória dos nossos camaradas que não voltaram

Autoridades oficiais, Guarda de Honra composta por combatentes e algum público que compareceu apesar da concorrência da Romaria do Senhor de Matosinhos

Recolhimento para um minuto de silêncio após a deposição de uma coroa de flores na base do Talhão.

O combatente Daniel Folha lê um poema, de sua autoria, dedicado a sua mãe na hora do embarque para Angola

O Presidente da Mesa da AG do Núcleo de Matosinhos da LC, combatente Ribeiro Agostinho, dirigindo-se aos presentes

O combatente Carlos Vinhal na condição de porta-Guião do Núcleo de Matosinhos da LC

O senhor Presidente da União de Freguesias Matosinhos/Leça da Palmeira, Dr. Pedro Sousa, no uso da palavra

A Presidente da Assembleia de Freguesia, Dra. Noémia Pires, quis homenagear todas as mães, esposas, irmãs e namoradas, que, como ela própria, sofreram a ausência e temeram pela morte dos seus entes queridos que lutavam em terras de África.

No fim de cerimónia foi interpretado o Hino Nacional pelo Coro e pelos presentes

O Executivo da Junta de Freguesia teve a gentileza de nos receber depois no seu Salão Nobre, onde foi servido um Porto de Honra. Aproveitou-se o momento para conviver e lembrar o passado que não podemos nem devemos esquecer. Que Portugal nunca mais tenha de enfrentar qualquer tipo de guerra.

Fotos: Dina Vinhal
Legendas das fotos e texto: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 6 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13250: Efemérides (161): Lisboa / Belém, 10 de Junho de 2014 - Homenagem Nacional aos Combatentes, integrada no Dia de Portugal

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10372: Blogoterapia (216): As amizades são para serem vividas (José Câmara / Carlos Vinhal)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73):


As amizades são para serem vividas

Tinha sido uma manhã repleta de emoções, aquela que vivera no Santuário de Fátima. Mas havia mais para viver naquele dia, muito mais! O nosso grupo meteu pés aos aceleradores em direção a Coimbra, a nossa próxima paragem. Naquela cidade universitária, numa das estações de comboio, iríamos buscar o nosso Cap. Rogério Alves que, vindo do Algarve, ali aguardaria por nós.

A esse grande Homem já me referi várias vezes e do respeito que ele me merece, aliás a todos os membros da CCaç 3327. Não é segredo para ninguém a admiração que sinto por aquele senhor. No nosso abraço há um tremendo respeito pelo Comandante, mas acima de tudo pelo homem que foi e nunca deixou de ser.

Cumprida a nossa missão em Coimbra, o nosso próximo destino seria Mealhada, terra onde se serve, diz-se, o melhor leitão da Bairrada. Mas eu não estava ali por causa do bacorinho e dos espumantes que acompanhariam a delícia da região.
Mesmo assim, justiça seja feita ao pitéu, uma delícia.

Tropa especial na Mealhada: Cap. Alves, Furs. J. Cruz, L. Pinto, J. Câmara, Alf. Almeida e Fur. C. Vinhal e na frente o Cabo Isolino Picanço

Em boa verdade, a ida à Mealhada teve um único propósito, abraçar um amigo muito especial e a sua esposa, o Carlos Vinhal e a Dina. Este casal dispensa apresentações e todos sabemos aquilo que o Carlos representa no nosso blogue, o trabalho que desenvolve e a atitude consensual e de equilíbrio que empresta nos seus artigos e comentários.

Mas o Carlos que eu conheço é muito mais que isso. É, acima de tudo, aquele que me aceitou tal qual eu sou, uma salada de culturas. Aquela que me viu nascer, crescer e educar e a que vivi a maior parte da minha vida. Cedo compreendeu a minha forma arrebatada e emocional com que enfrento as paisagens da Vida e não arredou pé quando, num curto espaço de meses, perdi três membros da minha família. A sua amizade e amparo constantes serão sempre profundamente reconhecidos.

Foi a esse homem extraordinário, amigo e irmão que o tem sido, que fui dar um abraço. Valeu a pena tê-lo feito. Há amizades que nascem sem sabermos como, mas sabemos e bem porque continuam e se cimentam.

Carlos Vinhal, José Câmara e Dina Vinhal

Neste abraço de amizade, nesta oportunidade, também conheci a esposa do Carlos, a Dina, uma senhora de sorriso largo e irradiante de simpatia. Feitas as apresentações, a Dina e a minha esposa entabularam conversa, fizeram o seu próprio mundo como se fossem conhecidas e amigas de longa data.

Obrigado Dina pela forma simpática e amiga como recebeste e trataste a minha esposa.

Após o almoço ainda houve tempo para o casal Vinhal conhecer e conversar com o grupo da Caç 3327, testemunha do nosso abraço.

Na hora da despedida carregava com uma garrafinha de Leça de Palmeira. Acima de tudo, levava um saco de saudades e da certeza que um dia nos voltaremos a encontrar.

Porque a amizade é e será sempre um encontro de vidas e de sentimentos.
José Câmara


2. Comentário de CV:

Caro José, se me permites, vou partilhar contigo este poste.

O Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné trouxe à minha vida de reformado duas coisas, imenso trabalho, mais do que supunha, e muitas, boas e sinceras amizades e, uma ou outra situação menos boa é de longe suplantada pela amizade e consideração que me são dispensadas pela esmagadora maioria da tertúlia.

Como sabes, mercê do convívio com camaradas militares madeirenses, em instrução e na situação de Unidade de quadrícula na Guiné, comecei a ver os nossos ilhéus como um povo especial que não se deixa confinar às margens das ilhas onde nasceram. A maioria emigrou e é vista no mundo como exemplo a seguir, constituindo um orgulho para Portugal.

Entre várias amizades açorianas, mantenho contacto frequente com um velho amigo, o faialense Primeiro Rita da minha Companhia, um dos homens que marcou a minha juventude. Já no Blogue criei uma certa empatia com o Carlos Cordeiro e contigo.
Não posso nem devo esquecer ainda os "meus" 1.ºs Cabos Inácio e Ornelas, madeirenses da minha CART 2732, militares com capacidade para substituir qualquer oficial no comando de um pelotão e que ficaram amigos para o resto da vida.

Nesta foto, estou em presença do irmão José e da Isabel sua esposa, a minha cunhada

Aqui estão companheiras de cinco dos sete  bravos militares presentes na operação "Bacorinho"

Voltando a ti, irmão José, assim nos tratamos particularmente, acho que conquistei a tua amizade quando num momento particularmente aflitivo da tua vida te enviei simples mas sinceras palavras  de conforto. Claro que aceitei sem hesitar a tua sugestão de "ser teu irmão" por ser essa a tua vontade, o que considero uma honra já que por coincidência sou filho único. 

Foi emocionante conhecer-te pessoalmente já que nunca pensei que tal fosse possível. Só a partir da altura que começaste a vir ao Continente ao convívio da tua 3327, este ano foi a tua segunda presença, se perspectivou um encontro, mesmo curto que fosse. O ano passado não sugeri que nos encontrássemos porque era a primeira vez em 40 anos que irias rever os teus camaradas e não quis de algum modo retirar-te desse convívio. Este ano pudemos concretizar o nosso encontro com a agradável presença dos teus camaradas.

A Isabel e a Dina facilmente se entrosaram porque ambas são umas mulheres valentes, a tua lutando a teu lado em terras do Tio Sam e a minha dentro deste pequeno rectângulo peninsular.

Falando agora da garrafinha que levei de Leça da Palmeira, era uma garrafa de Porto D. Antónia.
A figura de Antónia Ferreirinha (a Ferreirinha) é um símbolo de persistência e resistência num mundo de homens, onde os ingleses imperavam. Viúva muito nova, lutou praticamente sozinha contra tudo e contra todos, inclusive contra os males que atacavam as vinhas do Douro, sem nunca se deixar abater.
Quando te levei aquela garrafa quis homenagear o homem que longe do seu solo pátrio, encarou, estranhou e entranhou uma cultura muito diferente da sua e venceu.

Caro José, és alguém que na diáspora honra o nome de Portugal e de quem nos devemos orgulhar. Claro que quando falo de ti, falo daqueles que constituem a "tua casa", a tua esposa Isabel e os vossos filhos e netos.

Caro irmão, desculpa ter ocupado o teu poste mas tinha que dizer isto aqui e agora.
Muito obrigado por seres meu amigo e por me quereres como a um irmão.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 6 de Setembro de 2012> Guiné 63/74 - P10338: Blogoterapia (215): Obrigado por me terem na vossa lista de amigos e camaradas (José Martins)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7562: Tabanca Grande (259): O casal Vinhal, um dos totalistas dos nossos cinco encontros nacionais, anuais (desde a Ameira, em 2006, a Monte Real, em 2010)


Montemor-O-Novo > Ameira > 2006 >  I Encontro Nacional da Tabanca Grande > Algumas das nossas companheiras... A  Dina Vinhal (*) é a segunda a contar da esquerda... Refira-se que ao casal Vinhal é um dos totalistas dos nossos encontros anuais (cinco, desde 2006).

A explicação é simples: a Dina é inseparável do Carlos (e vice-versa)... O Carlos (**), desde que entrou  para a nossa equipa editorial (foi o primeiro, em 2006, depois da Ameira), tem estado na comissão organizadora dos nossos encontros nacionais desde então. Recorde-se que o II foi em Pombal, em 28 de  Abril de 2007, sob a batuta do chefe de orquestra Vitor Junqueira... Desde 2009, o Carlos tem parelha com o Joaquim Mexia Alves na organização dos encontros nacionais da Tabanca Grande em 2008 e 2009, na Quinta do Paul, Ortigosa, Momnte Real; e em 2010, no Palace Hotel, de Monte Real...


Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados






Matosinhos > Leça do Balio > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Bar Vilas > Jantar-convívio de Natal > 27 de Dezembro de 2007 > Da esquerda para a direita: (i) Dina Vinhal, mulher do nosso co-editor Carlos Vinhal; (ii) A esposa e a filha do José Teixeira, respectivamente Maria Armanda e Joana, respectivamente... À esquerda, de costas, está a Eduarda, a esposa do Albano Costa e mãe do Hugo Costa...

Foto: © Albano Costa (2007). Direitos reservados.

  

Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > 20 de Junho de 2009 > 2009 >A Dina Vinhal, na oprimeira fila, ao centro (é a quinta  a contar do lado direito)

Foto: © David Guimarães (2009). Direitos reservados





Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande  > 20 de Junho de 2009 > O nosso camarigo Rui Alexandre Ferreira (que neste último Natal esteve internado com sérios problemas de saúde)  mostrando um documento, de eventual interesse para o blogue, ao Carlos Vinhal, sob o olhar atento da Dina.


Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados
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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 6 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7559: Tabanca Grande (258): Agradecimento à tertúlia (Dina Vinhal)

(...) Chamo-me Maria Leopoldina, Dina para os amigos, e estou casada com o Carlos há quase 39 anos. Há que somar a este tempo mais 4 de namoro, e nestes, uma “comissão de serviço” na Guiné. Coincidências da vida, andámos no Ciclo Preparatório na mesma Escola e nos mesmos anos lectivos, mas daí não veio nenhum conhecimento, porque se bem se lembram, naquele tempo as meninas eram separadas dos meninos. Por outro lado eu morava no extremo sul de Matosinhos e ele no extremo norte de Leça da Palmeira, logo bem afastados um do outro. (...)



(**) Vd. poste de 25 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCLI: A madeirense CART 2732 (Mansabá, 1970/72) (Carlos Vinhal)
 
Poste DCLI (em numeração romana, 651...)
 
(...) Amigos e camaradas de tertúlia: Abram aulas para receber mais um camarada da Guiné. Aqui vai o testemunho do Carlos Vinhal, ex-furriel miliciano da CART 2732 (Mansabá, 1970/72):


Caro Luis Graça

Entrei recentemente no seu site e, como antigo combatente da Guiné, queria deixar o meu modesto contributo para aumentar o número daqueles que não têm complexos em assumir-se como antigos combatentes de uma guerra que, a não querendo, dela não fugiram. (...)

Passo a apresentar-me:

(i) chamo-me Carlos Esteves Vinhal, fui Furriel Miliciano Atirador com a especialidade de Minas e Armadilhas;

(ii) fui incorporado como instruendo do CSM em Abril de 1969 nas Caldas da Rainha (RI5);

(iii) a especialidade de Atirador tirei-a em Vendas Novas (EPA);

(iv) em Novembro fui para Tancos (EPE) onde tirei o 33.º Curso de Minas e Armadilhas;

(v) em Dezembro rumei para o Funchal onde ajudei a dar a Especialidade de Atirador a um grupo de militares madeirenses com os quais se formaram as duas primeiras Companhias do Grupo de Artilharia de Guarnição n.º 2 (GAG2) a irem para o Ultramar: a CART 2731 foi para Angola e a minha, a CART 2732, embarcou no Cais do Funchal para a Guiné no dia 13 de Abril de 1970, chegando a 17;

(vi) uns quantos dias em Brá e no dia 21 do mesmo mês seguimos para Mansabá, situada entre Mansoa e Farim, onde permanecemos até finais de Fevereiro de 1972.

Como se tratava de uma Companhia independente ficámos dependentes administrativa e operacionalmente ao BCAÇ 2885, sediado em Mansoa. Os Oficiais, Sargentos, Cabos e Soldados especialistas eram todos continentais. Os madeirenses, homens de comprovada bravura, eram aquilo que poderíamos chamar a carne para canhão. A verdade é que muitos deles foram feridos em combate mais de uma vez e nunca viraram a cara à luta. Verdadeiros heróis anónimos, embora alguns reconhecidos e louvados até pelo General e Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné.

Perdemos três militares madeirenses, dois em combate quase no fim da comissão (o Vieira e o Barbosa) e um por acidente (o Silvestre). O soldado Malcata, oriundo do continente, morreu de doença. Perdemos também o Alferes Couto que, tendo como eu o Curso de Minas e Armadilhas, viu-lhe rebentar nas mãos uma mina antipessoal.

Futuramente escreverei mais umas coisas, porque memórias não faltam.



 Guiné > Região do Oio > Mansabá> CART 2732 (Mansabá, 1970/72)> 1970 > : 3º Pelotão, secção do Fur Mil Vinhal (na primeira fila, à direita, ladeado pelo seu amigo Ornelas).

Foto: © Carlos Vinhal (2006). Todos os direitos reservadios


 
É com muita honra e a título de homenagem aos meus valorosos camaradas madeirenses da CART 2732 e em particular ao meu 3º Pelotão que anexo duas fotografias. Na de cima a minha Secção  (...).

Refira-se que nesta altura - e só tínhamos 6 meses de comissão - já a Companhia se encontrava desfalcada. Já havia morrido o Alferes Couto e estava hospitalizado o Alferes Bento comandante do meu Pelotão, vítimas do mesmo incidente. Por que estou presente nas fotografias, na Secção estou em baixo à direita, ladeado pelo meu grande amigo Ornelas  (...)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7559: Tabanca Grande (258): Agradecimento à tertúlia (Dina Vinhal)

Caros amigos tertulianos

Como manda a boa educação, venho agradecer as manifestações de amizade que recebi por causa da minha admissão na tertúlia, por iniciativa de Luís Graça, honra que não merecia, nem queria.

Tenho o prazer de conhecer e manter as melhores relações de amizade com alguns tertulianos do blogue, assim como com as respectivas esposas que formam já um numeroso grupo nos Encontros da tertúlia. Reconheço que há uma empatia especial entre toda a gente que em cada ano renova uma saudável amizade.

Posto isto, é minha obrigação escrever algumas letras para que me fiquem a conhecer minimamente, por intermédio do meu secretário particular, já que o teclado tem as letras bastante apagadas e eu perderia demasiado tempo a tentar escrever algo.

Chamo-me Maria Leopoldina, Dina para os amigos, e estou casada com o Carlos há quase 39 anos. Há que somar a este tempo mais 4 de namoro, e nestes, uma “comissão de serviço” na Guiné. Coincidências da vida, andámos no Ciclo Preparatório na mesma Escola e nos mesmos anos lectivos, mas daí não veio nenhum conhecimento, porque se bem se lembram, naquele tempo as meninas eram separadas dos meninos. Por outro lado eu morava no extremo sul de Matosinhos e ele no extremo norte de Leça da Palmeira, logo bem afastados um do outro.

O que interessa aqui é o tempo que vós, ex-combatentes, passastes naquela violência gratuita da guerra, que nós, mulheres,  não compreendíamos. Só sabíamos que os nossos filhos, irmãos, maridos, namorados, primos, vizinhos, tudo o que era homens na força da vida ia bater com os costados em África. Anos tenebrosos que espero nunca mais voltem.

Lembro-me dos momentos de angústia, na hora da passagem do carteiro, abeirar-me da janela e receber aquelas palavras que não queria ouvir:
- Menina, hoje não trago nada do seu namorado.

No dia seguinte repetia-se a cena. Os pais do Carlos telefonavam-me a saber se eu tinha recebido correspondência, e eu mentia dizendo que sim e que estava tudo bem com ele.

Tragicamente aquele primeiro ano de comissão do Carlos, coincidiu com o aparecimento de uma doença cancerosa na minha mãe. Ela adoeceu em Janeiro de 1970, o Carlos veio da Madeira passar os 10 dias de férias de mobilização em Março, visitando já a minha mãe no hospital. Foi para a Guiné em Abril, e quando veio de férias em Fevereiro de 1971, já eu não tinha mãe. Faleceu no dia 24 de Dezembro de 1970.

A minha vida não foi fácil nesse ano de 1970, tendo a minha mãe internada e o meu noivo na Guiné, as minhas preocupações dividiam-se entre o Hospital de S. João, a Guiné e a minha casa onde havia um menino, o meu irmão de 12 anos, que não entendia porque não tinha direito a ter a mãe junto de si como os outros meninos.

Outra mágoa que guardo dessa maldita guerra é a transformação que operou naquele jovem que eu conheci, que partiu um e regressou outro totalmente diferente. Posso até afirmar com a convicção de quem ama, que aquele que eu conheci nunca mais voltou. Este mesmo sentimento foi corroborado pelos meus sogros.

Desculpai, mas isto tinha que ser dito.

Se, futuramente, em conversa convosco, não vos conseguir tratar por tu, como mandam as normas do Blogue, a mais não se deve do que ao imenso respeito e admiração que tenho por vós e pelo que passastes naquela guerra.

Mais teria para dizer, mas a ladaínha já vai longa.

Recebei um abraço da vossa amiga
Dina Vinhal
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7540: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (32): Carlos e Dina Vinhal

Vd. último poste da série de 3 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7549: Tabanca Grande (257): Ernesto Pacheco Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 (Mansabá, 1965/67)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7540: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (32): Carlos e Dina Vinhal

1. Mensagem, reproduzida no ponto 2,  do meu querido co-editor, camarada, amigo e camarigo Carlos Vinhal, com data de ontem, 31/12/2010, pela 10 horas e picos da manhã...


Telefonei-lhe ao início da noite, a desejar-lhe as melhoras e as boas entradas da praxe, no Ano Novo. Era óbvio que ele e a Dina iam passar sozinhos a noite de passagem de ano. À distância deu para adivinhar o seu... meio sorriso,  a meia cara. Ele é um estóico. Nem um queixume... Já não há gente desta, em Portugal... (queixamo-nos por tudo e por nada, pelas boas e pelas más razões, com ou sem razão...). Por isso, e sem consultar quem quer que seja, eu decidi, de motu próprio, eleger o Carlos e a sua inseparável Dina o casal do ano da nossa Tabanca Grande... 


O Carlos por razões mais que óbvias... A Dina (que no início 2009 se reformou da sua actividade profissional),  por ser a amiga do nosso blogue que compareceu a todos os nossos cinco encontros nacionais, desde 2006. Ela e o Carlos são inseparáveis... Esta amiga merece figurar, desde há muito, no quadro de honra da nossa Tabanca Grande, leia-se na nossa lista, de A a Z, dos/as camaradas, amigos/as e camarigos/as. Ela e mais algumas das nossas companheiras, o que faremos a seu tempo. Mas ela, especialmente ela, merece esta pequena distinção da nossa parte, no final do ano de 2010... Falo com ela ao telefone com alguma regularidade e dela nunca ouvi, da sua boca, um queixume, uma queixa, uma crítica, um azedume, uma intriga, um ressentimento..., mesmo sabendo que a edição do blogue  rouba tempo à vida do casal (e às vezes até faz mal à saúde do seu homem!). 


Sê bem vinda, Dina! Passo a tratar-te por tu (e vice-versa, se não te importas), a partir de agora, como irmã e como amiga desta pequena grande família que já somos,  desde há largos anos. Obrigado pela tua doçura, delicadeza e paciência de santa... E por nos emprestares o teu Carlos, que é o teu mais que tudo (Corro o risco de cometer uma inocente inconfidência, mas ele já a conhece desde os 19 aninhos, portanto muito antes das bajudas de Mansabá...).


Em suma, a Dina também é um dos esteios do  nosso blogue. Uma presença discretíssima, mas forte, como a de todas (ou quase) todas as nossas companheiras... a quem eu aproveito para mandar um (e)terno xicoração neste início de ano.


Um ano de 2011 com coragem e saúde, para ambos, para ti,  Carlos, para ti, Dina. Um ano em que vamos precisar, todos/as,  de muita camarigagem. Na nossa Tabanca Grande, debaixo do nosso sagrado e fraternal poilão, tu, Dina, passas a ter um lugar cativo, o nº 465..

Com a nossa tabanqueira nº 465,  fechamos o ano em... paz e beleza (embora com a deusa da saúde meio desasada - entre os gregos, chamava-se Higía, e é de longe a minha preferida, embora a gente tenha que recorrer, de vez em quando, à sua irmã Panaceia...).



PS - Assina: Luís Graça, falando  em nome de toda a Tabanca Grande. Amanhã, domingo sigo para a Lourinhã e depois para Lisboa. Até ao(s) nosso(s) próximo(s) encontros. Que a doença,  que costuma "vir a cavalo e ir-se embora a pé" (diz o povo), nos deixe em paz neste começo de ano de 2011... Para os que partem (para mais longe) e para os que ficam (por aqui mais perto)... 


Madalena, V. N. Gaia, 1 de Janeiro de 2011, escrito às 2h30, revisto às 11h...




2. Mensagem de ontem, particular, do Carlos: 


Luís: Eu e a Dina estamos com uma constipação muito forte, com temperatura, tosse e outros quejandos, pelo que a passagem de ano, que era para ser em Ponte de Lima, vai ser passada em Leça da Palmeira.


Descansa o mais que puderes porque quanto mais massacrares o dito ciático mais inflamado fica e as dores não passam.


Como diz a canção, ai quem me dera ter outra vez 20 anos... (*)
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Nota de L.G.:

(*) Carlos, folgo com o teu bem humor, que é sempre "meia cura" quando a gente está doente,  adoentado, em baixo das canetas... E já agora acrescenta ao nosso fadário (de ex-combatentes),  este outro provérbio antigo: "Até aos 40 bem eu passo, dos 40 em diante 'ai a minha perna, ai o meu braço' "... Acrescenta-lhe mais 20 ou 30 anos, que a nossa esperança média de vida ao nascer duplicou, durante o século passado: era de 35 anos, para os homens, por volta de 1900...