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sexta-feira, 28 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12907: Convívios (574): XXVI Almoço Convívio do BCaç 2884 (Mais Alto), 26 de abril de 2014, em Rio Maior (José Firmino)


1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino (Ex. soldado atirador da Companhia de Caçadores 2585/BCAÇ 2884 Jolmete, Guiné-Bissau 1969/1971), solicitou-nos a seguinte divulgação da próxima festa da sua Unidade.

XXVI ALMOÇO CONVÍVIO do BCAÇ 2884 (Mais Alto)


O BCaç 2884 (MAIS ALTO) composto pelas seguintes companhias: CCaç 2584 - CÓ, CCaç 2585 - JOLMETE, CCaç 2586 e CCS - PELUNDO. 


Terá lugar no próximo dia 26 de abril do corrente ano em Rio Maior, com concentração marcada junto a Igreja Paroquial de Rio Maior, segue-se a apresentação os cumprimentos aqui e ali, umas fotos para mais tarde recordar. 

Por volta das 11h30 será celebrada missa, como vem sendo habitual, pelos camaradas já falecidos, terminada a cerimónia religiosa, segue-se o patrulhamento e reconhecimento pelas tropas destacadas para o efeito, em direção ao complexo turístico Gato Preto, Quinta das Acácias, Estrada Nacional, 2040-335 Rio Maior.

Segue-se as entradas como habitual regando aqui e ali com branco ou tinto, para aqueles que não o possam fazer, não faltará a água, sumos e muito mais, seguidamente será servido o almoço.  

Findo este, segue-se a animação musical por artistas locais, que irão abrilhantar o nosso convívio até à hora do lanche e partilha do bolo comemorativo.

Igreja Matriz de Rio Maior, local da concentração 

Lembrar que a data limite das inscrições termina no dia 20 de Abril do corrente ano, preço por pessoa é de 30 Morteiradas. 

Como habitual os camaradas do Norte terão transporte assegurado a partir de Braga, pelas 07,00 horas, junto ao antigo hipermercado Feira Nova, 07,30 horas em Famalicão, na central de Camionagem e pelas 08,00 horas, no Porto, à entrada do Metro do Estádio do Dragão. 

A organização a cargo dos camaradas MANUEL MARIA PASCOAL, e AMÉRICO ANTÓNIO PINTO DA COSTA, Telm. 919227959 que desejam a todos ex.camaradas e familiares boa viagem seguido de excelente regresso às suas origens com um até para o ano. 

Coordenadas GPS: 39.328945 (W) -8.929728 (N) 

JOSÉ FIRMINO
Sold Atir CCaç 2585/BCaç 2884
(RÉGUA)
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Nota de MR:



sábado, 22 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12758: Em busca de... (238): Gostaria de encontrar camaradas da CART 527 (Teixeira Pinto, Cacheu, Pelundo e Jolmete, 1963/63) (António Medina)

1. Mensagem do nosso camarada António Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527, Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65, com data de 12 de Fevereiro de 2014:

Olá amigo.

Uma palavrinha de agradecimentos pelo esforço que fizeste em me pores em contacto com o Bastos e que por sua vez me levou electronicamente à presença do Lopes e Alexandre, dois colegas milicianos com os quais em pouco tempo criei amizades em Cacheu e que cinquenta anos depois nos reencontramos.

O teu blogue, deveras eficiente, ajudou imenso nessa procura, muito obrigado.

Com o Lopes e o Alexandre já troquei impressões relembrando aquele passado não de todo agradável e que deixou marcas na maioria. Felizmente tudo passou.

[...] Gostaria de procurar e tentar encontrar alguém mais da CArt 527. Seria oportuno tal iniciativa?

[...] Deixa-me saber o que tiveres por conveniente, uma vez mais grande abraço.

Colega António Medina


2. Comentário do editor:

Esta é a parte de uma mensagem enviada ao nosso Blogue, onde o nosso camarada António Medina, natural de Cabo Verde, a viver nos Estados Unidos, manifesta a sua vontade de encontrar velhos companheiros da CART 527.

Atenção filhos e netos destes veteraníssimos ex-combatentes dos anos 63/65, ponham os vossos pais e avós em contacto.

Aqui ficam algumas fotos para lembrar tempos antigos:


Outra viatura pesada de transporte de tropas conhecida por GMC (abreviatura da General Motors Corporation)



Destacados para fazer a segurança da instalação de uma antena em Umpacaca na Foz do rio Cacheu. Pelas fotografias as acomodações eram de luxo.



Foto tirada em cima de um monte de Baga- Baga (formigas). Adoptei o nome Baga-Baga como meu nome de guerra.


Uma pausa para descanso e fotografia. Foram 24 meses de comissão, cumprindo diversas missões em terreno desconhecido. Este grupo de combate foi bastante organizado e obediente, nunca hesitando em cumprir as ordens que eram recebidas como salvaguarda do perigo constante que a todos espreitava.


No comando de uma patrulha na área do Pelundo quando se atravessava uma bolanha (terreno alagado para cultivo do arroz). O risco de exposição ao fogo inimigo era constante quando se infiltrava a pé pela mata dentro, apenas confiantes nas nossas G-3 e granadas de mão como resposta se necessário.

Fotos (e legendas): © António Medina (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Carlos Vinhal]
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Nota do editor

Último poste da série de 5 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12680: Em busca de... (237): Joaquim Sotero Bravo, ex-Soldado atirador da CART 2520, (Xime e Quinhamel, 1969/71) procura os seus camaradas

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12723: Tabanca Grande (427): António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527 (Teixeira Pinto e Pelundo, 1963/65)

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano António Cândido da Silva Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527, Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65, com data de 6 de Fevereiro de 2014:

Olá camarada
Navegando pela Net deparei com o teu blogue que me chamou a atenção visto ter sido Furriel Miliciano pertencente à Companhia de Artilharia 527, sediada em Teixeira Pinto / Guiné, de 1963 a 1965.
Estive também nos destacamentos de Caió, Cacheu, Pelundo e Jolmete.
Pertencíamos ao Batalhão de Bula sob o comando do TCor. Hélio Felgas e participámos em diversas operações em Binar, Bissorã, etc.

Será que me poderei inscrever no teu blogue?
António C. Medina


2. No mesmo dia foi enviada esta mensagem ao António Medina:

Caro camarada Medina:

Muito obrigado pelo teu contacto.
Desculpa o tratamento por tu, mas é uma boa norma que seguimos na tertúlia para que não haja distinção entre idades, antigos postos militares, habilitações literárias, profissão, etc.

Receber-te-emos com todo o prazer na tertúlia. Para tal, além do posto que já sabemos, queríamos a tua especialidade e receber as duas fotos da praxe, uma do teu tempo de Guiné e outra actual, se possível tipo passe, se não umas que possamos transformar.

Poderás em jeito de apresentação, falar de ti ou contar uma pequena história. Posteriormente poderás colaborar no Blogue enviando fotos (com legendas) e contando as tuas memórias do início da guerra na Guiné, na qual foste protagonista.

Qualquer dúvida que tenhas é só perguntar que nós aqui estamos para ajudar.

Ao teu dispor os editores:
Luís Graça - luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
Carlos Vinhal - carlos.vinhal@gmail.com
Eduardo Magalhães - magalhaesribeiro04@gmail.com

Ficamos à espera das tuas próximas notícias.
Abraço
Carlos Vinhal


3. Ainda no mesmo dia recebemos esta mensagem:

Olá Vinhal:

Para já os meus agradecimentos em me aceitarem na tertúlia.
Seguirei as instruções para que de facto possa ser admitido.

Sou de Infantaria com a especialidade de Atirador, tendo frequentado em 1961 a Escola Prática de Infantaria em Mafra e o Centro de Instrução de Sargentos Milicianos em Tavira.
Dei instrução no Regimento de Infantaria 10 em Aveiro, seguindo em 1962 para Cabo Verde, donde sou natural, para mais tarde (1963) ser mobilizado.

Regressei a Portugal para o Centro de Operações Especiais em Lamego para depois seguir para a Guiné fazendo parte da Companhia de Intervenção - Artilharia 527.

O meu batismo de fogo foi em Fajonquito quando estávamos estacionados no Olossato.
Convém mencionar que depois de terminada a comissão regressei à Guine onde fui admitido como empregado bancário em Bissau.
Dez anos depois, e com a Independência, segui para Lisboa como bancário.

Hoje sou imigrante nos USA desde 1980, residindo no Estado de Massachusetts.
[...]
Um abraço a todos
António Medina


OBS: Há mais troca de mensagens que não têm interesse pois são acertos técnicos quanto a fotos, etc.
Aqui ficam as que recebemos via mail:




António Medina em Caió

António Medina no Pelundo

António Medina na Mata de Coboiana


3. Comentário do editor:

Caro camarada e amigo António Medina.

Renovo os nossos agradecimentos por te juntares a esta família de ex-combatentes da Guiné.

Com poucas palavras contaste-nos já muito.

Estiveste na Guiné mesmo no início da guerra, mas novidade para ti era mesmo só a guerra já que África te corria no sangue, como ilhéu de Cabo Verde.

Foste também mais um dos camaradas que terminada a sua comissão de serviço resolveu ficar a trabalhar naquele país, embora no teu caso só até à sua independência. O outro nosso camarada Mário Serra de Oliveira ficou até bastante mais tarde. Provavelmente hás-de conhecê-lo já que era um industrial da área da hotelaria, era o dono do Pelicano. Curiosamente, como tu, vive aí nos States.

Tanto na condição de ex-combatente, como depois na de residente, poderás fazer-nos o retrato do que viveste na Guiné. Hás-de ter muitas histórias para nos contar.

Para poderes acederes ao Blogue, guarda nos teus favoritos esta ligação: http.//blogueforanadaevaotres.blogspot.pt

Para enviares fotos ou textos para publicação tens estes endereços:
luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com
carlos.vinhal@gmail.com
e
magalhaesribeiro04@gmail.com

Para te tirar qualquer dúvida, já sabes "onde moro".

Recebe um abraço de boas-vindas dos editores e da tertúlia.
O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor:

Último poste da série de 13 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12712: Tabanca Grande (426): Carlos Gomes Ricardo Cor Inf DFA (ex-Alferes da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bula e Bissum Naga, 1967/68; ex-Capitão, CCS/QG/Bissau e CMDT da CCAÇ 3, Guidaje, 1970/72)

sábado, 28 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12516: Tabanca Grande (416): Armando Teixeira da Silva, ex-Soldado Atirador da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Bula, Binar e Ponate, 1966/67), Grã-Tabanqueiro nº 636

1. Mensagem do nosso camarada e novo tertuliano Armando Teixeira da Silva, ex-Soldado Atirador da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876, que esteve em Có, Jolmete, Bula, Binar e Ponate, com data de 26 de Dezembro de 2013:

Santa Maria da Feira, 26 de Dezembro de 20013

Ex. Senhor Luís Graça
Antes de tudo, quero felicitá-lo pela criação do seu magnífico Blogue, destinado aos ex-combatentes na guerra da Guiné, e enviar-lhe os meus mais sinceros parabéns.

Sou ARMANDO TEIXEIRA DA SILVA, ex-soldado da CCAÇ 1498, que serviu na Guiné no biénio 1966-67. Companhia pertencente ao BCAÇ 1876, mobilizado pelo RI2 de Abrantes.

Permita-me uma breve introdução:
Desde há muito tempo que o seu Blogue me vem fascinando. Vezes sem conta senti o desejo de participar, mas (…) até que impulsionado pelo camarada Joaquim Vidigueira (ex-furriel) dispus-me a colaborar, facultando o nosso crachá, o qual, lhe fora enviado por Ricardo V. Ferreira, filho do camarada supracitado, com o pedido de publicação.

Entretanto, constato, com muito prazer, que a CCAÇ 1498 já faz parte do seu excelente blogue, cujo acesso se faz pela referência P12391, com data de 05/DEZ/2013. Aí se encontra não apenas o crachá, mas um breve resumo histórico da Companhia. Resumo porém, a precisar de ser emendado, para o que, desde já, solicito todo o seu habitual empenho.

Assim:
Onde se menciona que a CCAÇ 1498 esteve em Có, Binar e Bissau, deverá acrescentar-se: Bula, Ponate e Jolmete.
Ou seja, logo no dia do seu desembarque, ramificou-se em três grupos, distribuindo-se por três Quartéis, onde permaneceu, tripartida, durante o seu primeiro ano de comissão, com um grupo em Có (onde instalou a secretaria e comando), outro em Jolmete e o terceiro destacado nove meses em Ponate e três em Bula.

Ficara “adida” durante, doze meses, ao BCAV 790, pertencente ao Tenente-coronel Henrique Calado. 
Decorridos os primeiros doze meses - então sim, ao serviço do seu próprio BCAÇ 1876 - agregou seus Pelotões e partiu para Binar, aí ficando até ir para Bissau acabar a comissão.

Quanto ao comandante do Batalhão 1876, deverá o seu nome ser emendado, dado que, o verdadeiro CMDT fora o Tenente-coronel de Infantaria Jacinto António Frade Júnior.

Sr. Luís Graça, dada a condição imposta pelo blogue, tomo a liberdade de enviar-lhe duas fotografias (uma daquele tempo e outra actual) que poderá usar como entender. Se, porventura, me for permitido participar no blogue - através do registo de acontecimentos ou do envio de fotografias - estou totalmente à sua disposição.

Desejando os maiores êxitos ao blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné” – apesar de já serem enormes – despeço-me do seu autor com os meus respeitosos cumprimentos.
Armando Teixeira da Silva

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2. Comentário do editor:

Caro camarada Teixeira da Silva
Sê bem-vindo a esta tertúlia de ex-combatentes, onde cabe sempre mais um, porque muitos não seremos demais para a persecução desta missão de aqui relatar memórias e deixar testemunhos fotográficos da guerra da Guiné.

1 - Vamos agora combinar um procedimento simples que devemos seguir enquanto camaradas e tertulianos deste Blogue:

Devemo-nos tratar todos por tu, independentemente dos antigos (e actuais) postos militares, aqui referidos apenas para mais fácil identificação, das nossas habilitações literárias, profissão, idade, etc.
O nosso editor Luís Graça não vai tomar a mal que o tivesses tratado por Exmo. Senhor, mas não é para repetir. Estamos combinados.

2 - Acho que já fiz referência a todas as localidades por onde estiveram "espalhados" os Pelotões da 1498. Alterei a tua ordem para agrupar os destacamentos pelas Cartas onde se encontram. Se clicares, lá em cima, no início do poste, nos nomes das localidades, na cor laranja, abrirás as respectivas Cartas. Talvez relembres nomes de outras tabancas.

3 - Para acederes aos postes da tua Companhia, esquece o Poste 12391 e entra antes pelo marcador "CCAÇ 1498" que vais encontrar no lado esquerdo da página, nos "Marcadores/Descritores".
Experimenta estes endereços: CCAÇ 1498 e BCAÇ 1876. É só clicar.
Também vai ser criado um marcador "Armando Teixeira da Silva" que só funcionará depois de eu publicar este teu poste de apresentação.

4 - Quanto ao Comandante do teu Batalhão, já procedi às respectivas correcções. Foi na verdade o TCor  Jacinto António Frade Júnior. Houve uma confusão qualquer já reparada.

Acho já ter focado os pontos que queria, restando-me enviar-te um abraço de boas-vindas em nome dos editores e da tertúlia em geral, esperando que te tornes um membro activo, já que estamos a precisar de histórias novas. Não esqueças a tua responsabilidade como único representante da 1498.

Abraço
Carlos Vinhal
Co-editor
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Nota do editor

Último poste da série de 16 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12456: Tabanca Grande (415): Júlio Martins Pereira, sold trms, CCAÇ 1439 (Enxalé, Missirá e Porto Gole, 1965/67), grã-tabanqueiro nº 635

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12461: O que é que a malta lia, nas horas vagas (18): Entre outras leituras, a Gabriela de Jorge Amado enquanto espreitava pela seteira do abrigo (Manuel Carvalho)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Carvalho (ex-Fur Mil Armas Pesadas Inf, CCAÇ 2366/BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70), com data de 14 de Dezembro de 2013:

Caro Vinhal
Embora não fosse muito dado a leituras (mesmo fora da guerra) como tínhamos algum tempo livre era necessário ocupá-lo e tal como a maioria de nós eram livros, revistas, jornais e tudo o que aparecesse.
Tenho muitas fotografias mas quase todas no quartel ou muito perto e em operações não tenho e só conheço uma ou duas de outros camaradas.

Durante muitos anos tive tudo guardado e sem ver e há uns anos talvez depois que vi o Blogue é raro o dia que não veja algumas.

E voltava a ler mais umas palavras e a pensar noutra coisa qualquer e julgo que nunca tirei grandes conclusões das minhas leituras.


Esta em que estou a ler o livro Gabriela Cravo e Canela (a ler como quem diz a passar os olhos pelas palavras) porque naquele momento a minha cabeça estava em muitos outros lados.
Como podem ver a minha cabeça está mesmo no enfiamento da seteira e por motivos que agora não me lembro a cama não podia sair dali e então eu pensava não estará agora um Turra sem ofensa (como então dizíamos) a tirar-me as medidas à mioleira?


Outro passatempo era a copofonia e este sim bem mais agradável e também com outras consequências.

Quer numa fotografia quer noutra, já se nota que as instalações são novas e também já não íamos estar em Jolmete muito tempo e ainda bem.

Um abraço para todos e viva o nosso Blogue
Manuel Carvalho
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Nota do editor

Último poste da série de 14 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12449: O que é que a malta lia, nas horas vagas (17): Jornais, revistas, ordens de serviço, circulares, autos, correspondência, etc (Carlos Vinhal, ex-Fur Mil Art MA da CART 2732, Mansabá, 1970/72)

domingo, 22 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12070: Estórias dos Fidalgos de Jol (Augusto S. Santos) (14): A minha passagem pelo Depósito Geral de Adidos, em Brá

1. Em mensagem do dia 19 de Setembro de 2012, o nosso camarada Augusto Silva Santos (ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73), enviou-nos mais uma história dos Fidalgos de Jol.

Olá Camarada e Amigo Carlos Vinhal
Antes de mais, que esteja tudo bem contigo e família, são os meus sinceros votos.
Já há algum tempo (quase um ano) que não te "brindava" com mais uma das minhas estórias, pelo que resolvi, mais uma vez, vasculhar o meu baú e "sacar" algumas memórias da minha passagem por terras da Guiné. Além do mais, importa continuar a "alimentar" o nosso blogue... 
Nesta perspectiva, junto estou a enviar ficheiro que relata a minha passagem pelo Depósito de Adidos em Brá, após ter deixado de pertencer à CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, mas que por uma questão cronológica gostaria que continuasses (caso aches oportuno) a incluir nas "Estórias dos Fidalgos do Jol" sob o título "A minha passagem pelo DA".
Deixo ao teu critério.
Junto seguem também ficheiros com algumas fotos que poderás publicar de acordo com as minhas sugestões, ou fazê-lo como melhor entenderes.
Muito obrigado pela tua disponibilidade em continuares ao "serviço" das nossas memórias.

Recebe um Grande e Forte Abraço
Augusto Silva Santos


ESTÓRIAS DOS FIDALGOS DE JOL

14 - A MINHA PASSAGEM PELO DA

Depois da partida do BCAÇ 3833 para a metrópole no navio Uíge, que ocorreu em Dezembro de 1972, fui colocado no Depósito Geral de Adidos em Brá. Naquele Batalhão pertenci à CCAÇ 3306 colocada Jolmete, para onde fui em rendição individual.


Crachá do Depósito de Adidos

No Depósito de Adidos, para além do serviço na Secção de Justiça como escrivão, tinha também periodicamente, para além dos serviços inerentes à Unidade, a missão de fazer Sargento de Dia à Casa de Reclusão Militar.
Lembro-me que no primeiro dia em que isso aconteceu, no Render da Guarda tinham desaparecido 12 reclusos, que entretanto ao longo da semana foram voltando. Na segunda vez desapareceram mais 5, que mais tarde também voltariam a aparecer.
Esta era uma situação comum com outros camaradas que faziam esse mesmo serviço, que igualmente se queixavam e viviam o problema.

Brá / Depósito de Adidos, Fev1973

Nunca ninguém (pelo menos no meu tempo) chegou a saber ao certo por onde os presos fugiam, só sei que eles saíam para ir ao Pilão a Bissau (às “meninas”) e deliciarem-se com alguns petiscos, e que mais tarde voltavam sempre (alguns obviamente eram apanhados pela PM). Tive alguns dissabores (ameaças de levar uma “porrada” se os reclusos não aparecessem), pelo que a partir de determinada altura e, por sugestão de outros camaradas mais antigos (inclusivé de um 1.º Sargento), combinei com um dos reclusos (o mais velho, um Fuzileiro com a alcunha de “Grelhas” e que se dizia havia tido um “confronto directo” com o Cor. Paraquedista Rafael Durão, tendo este como consequência, partido uma mão), para fazer uma “escala de saída”, com a condição de todos estarem presentes ao Render da Guarda.
Remédio santo, ou seja, nunca mais faltou nenhum recluso quando estava de serviço.
A esta distância parece caricato, mas o que é certo é que a “medida” funcionou (para mim e para os reclusos).



Brá / Casa de Reclusão Militar, Mar1973 – Em convívio com alguns reclusos por ocasião de um aniversário. O camarada ao fundo, de óculos e barba, é o Carlos Boto, já aqui referenciado por outros camaradas

O meu relacionamento com a maioria dos reclusos era regra geral muito cordial e sem grandes problemas. Alguns eram considerados como “perigosos” por terem cometido crimes com alguma gravidade no teatro de operações ou no interior das suas unidades, mas sinceramente nunca observei nada que me levasse a acreditar nessa perigosidade ou a ter receio fosse do que fosse.
Relembro que, na sua maioria, eram camaradas nossos, que pelos mais diversos motivos haviam caído nesta situação. De qualquer forma não deixavam de o ser (camaradas), pelo que assim sempre os considerei, embora com as limitações a que a situação obrigava.

Brá / Depósito de Adidos

Quando já me faltavam escassos 3 meses para acabar a comissão, por ter discordado de uma ordem mal dada por um oficial (o que viria a ser confirmado) e chegado a via de factos, fui castigado com 5 dias de detenção. Só não apanhei 5 dias de prisão porque tinha dois louvores e tive vários Furriéis e Sargentos que presenciaram os factos a testemunharem em meu favor.

Foi-me na altura dito pelo então Comandante do Depósito Geral de Adidos, um tal Major Francisco Ferreira, de alcunha “o Galo” por andar sempre todo emproado (usava um boné à Hitler), que eu tinha razão, mas que a democracia ainda não tinha chegado à tropa (sic), e que a ordem de um superior, mesmo mal dada, era para ser sempre cumprida.
Como consequência, fui ainda castigado com o ter de fazer a guarda de honra ao General Spínola, na sua última deslocação a este aquartelamento, o que para mim na altura até foi mesmo uma honra.

Brá Depósito de Adidos – No dia em que fiz a última Guarda de Honra ao General Spínola, antes do seu regresso a Portugal

Lembro-me que, nos finais de 1973, era já grande a tensão entre as NT, principalmente por acontecimentos como os de Guileje e Guidaje (entre outros), factos dos quais íamos tomando conhecimento por relatos dos de camaradas que pelo Depósito de Adidos iam passando.
O facto de o PAIGC possuir os mísseis terra-ar Strela, passou a ser um grande problema para a nossa força aérea. Também me recordo de Bissau começar então a ser cercada de arame farpado e da colocação de minas nalgumas zonas da sua periferia, e de nos ter sido comunicada a possibilidade de podermos vir a sofrer em qualquer altura um ataque por terra ou por ar, por também constar que o IN já possuía os famosos MIGs.

Isto passou-se perto do final de Dezembro de 1973, altura em que terminei a minha comissão e regressei a Portugal.
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE OUTUBRO DE 2012 > Guiné 63/74 - P10495: Estórias dos Fidalgos de Jol (Augusto S. Santos) (13): Aventura com final feliz: O Cabo 'Bigodes', o Dandi e a mulher mais velha do Dandi...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11781: Os melhores 40 meses da minha vida (Veríssimo Ferreira) (40): 41.º episódio: Memórias avulsas (22): Alô Guiné... estou a chegar

1. O nosso camarada Veríssimo Ferreira (ex-Fur Mil, CCAÇ 1422 / BCAÇ 1858, Farim, Mansabá, K3, 1965/67), em mensagem do dia 24 de Junho de 2013, enviou-nos mais umas peripécias d"Os melhores 40 meses da sua vida", dando-nos conta do seu contentamento por finalmente ter chegado à Guiné.


OS MELHORES 40 MESES DA MINHA VIDA

GUINÉ 65-67 - MEMÓRIAS AVULSAS

22 - ALÔ GUINÉ... ESTOU A CHEGAR

E pronto... embarquei e cheguei todo lampeiro a Bissau, naquela manhã de Agosto de 1965.

Afinal não havia grande diferença da África que eu já conhecia através dos filmes do Tarzan e lá estavam os macacos dependurados nas árvores e os autóctones a descarregar farinha dos barcos, o que lhes dava a cor mais branca que branca. Pareciam gentes boas, nanja como aqueles que depois nos tentavam atingir nas matas do Oio, selvagens que não se mostravam... que utilizavam a crueldade das minas.

Diziam os seus mentores, que não combatiam o Povo Português, mas então se cada Companhia tinha cerca de 150 homens, todos (exceptuando os 4 ou 5 profissionais militares, mas Povo também) arrancados às suas terras e forçados a ir e a maioria nem sabia do porquê nem para quê, todos Portugueses que se tornaram heróis, então combatiam quem?
Porque utilizaram o assassinato cobarde com o uso das minas?

Se num verso inspirado, houve um poeta que disse: "num monte de pedra pode nascer uma flor", porque substituíram a flor por tais artefactos de morte, encafuados num buraco tapado com terra?

É que dói... e hoje 12 de Junho de 2013, completam-se 47 anos, que homenageio só, mas com um grande abraço, o Capitão Dinis Alberto Corte Real, Comandante que foi da minha CCAÇ 1422, vil e traiçoeiramente liquidado por uma, comandada à distância, ali perto de Farim na estrada que liga ao K3.
E já antes, a 17 de Maio de 1966, se fora o meu amigo Fur Mil Higino Arrozeiro, levado pelo mesmo método de horror, ali perto dos "carreiros".
.................................

Dizia eu atrás... cheguei a Bissau.
Ali passei uns dias e logo a seguir andei a apagar fogos, por aqui e por ali, apenas com a minha Secção de morteiros 60.
Assim conheci Manhau, onde aprendi a dor da perca, em 22 de Setembro de 1965, doutro amigo, o Jaime Feijão, Fur Mil da CCAÇ 1421, ele também vitimado por uma "bailarina" e recordo o seus gritos "arame" (o estrondo) e "médico" e mais não disse.

Conheci Mansabá e saber o que custa ser emboscado perto da Serração;
depois Bissorã e a flagelação junto ao rio;
Jolmete onde pela primeira vez reagi ao ataque ao quartel;
Pelundo e o sossego durante um mês, com morança na tabanca, a guardar um cofre do Homem Grande.

Localização da Serração na estrada Mansabá/Mansoa, e de Manhau na antiga picada que ligava Mansabá a Bafatá
Vd. carta de Farim

Interior do quartel de Bissorã em 1969
Foto: © Carlos Fortunato (2005)

Vista aérea de Jolmete
Foto: © Albino Silva (2007)

Entrada do aquartelamento do Pelundo
Foto: © António Teixeira (2011)

Só após o Natal de 1965, que passei na Amura, fui de novo integrado na Companhia que iria ser colocada em Mansabá, ao que se dizia e até fiz parte da Secção de Quartéis.
Deram-nos a volta, tal não aconteceu e acabámos sim, por trocar com a 1421, na época a construir de raiz o K3.

O depósito, onde se pode ler, ao comprimento, “Água Quente” e no topo, “Cerveja a Copo”. Era só escolher!
Foto: © Gil André, ex-Alf Mil. Bat Caç 2879 / C Caç 2548, retirada com a devida vénia da página Rumo a Fulacunda

O local era aprazível, as instalações de primeira, quartos em terra vermelha, algumas bem acomodadas suites.
A cozinha requintada e bem fornecida, comida excelente e igual para todos, talheres em prata de lei... copos de cristal e tudo servido por profissionais de libré e acima de tudo o bar 5 estrelas.

Se estou a mentir... que me saia o euromilhões.

Não tínhamos vizinhos e como tal fui "povo que lava no rio" pois que nem lavadeiras existiam mas por escasso tempo porque um pouco mais tarde e gradualmente vieram a juntar-se, na Companhia, alguns militares "guias" casados e residentes em Farim que nos disponibilizaram tais úteis serviços.

Certo dia (Julho de 1966) e por motivos alheios à minha vontade, tive que me oferecer para a 3ª CCOM e para a qual pediam voluntários com alguma já comprovada experiência no uso das artes da guerra. Acabei contudo, por ir prestar serviço na Secção de Funerais e Registo de Sepulturas/QG.

Saíra do Inferno, entrei noutro sem querer, embora em termos de perigosidade nada tivesse a ver com o que me fora ofertado até então, mas muito mais difícil de gerir psicologicamente. Sei que tenho aqui um vazio de dois meses, que não descobri ainda como foi, mas que se deve talvez, ao uso de alguns adormecedores alcoólicos, utilizados contra-gosto mas numa tentativa, que não resultou, de atenuar o calvário das visitas que de quando em vez tive de fazer à morgue do Hospital Militar e elaborar todo um processo doloroso próprio duma realidade que magoava mesmo.

(continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 23 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11752: Os melhores 40 meses da minha vida (Veríssimo Ferreira) (39): 40.º episódio: Memórias avulsas (21): De lá para cá e vice-versa

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11676: Convívios (528): XXV Almoço-Convívio do BCAÇ 2884 (José Firmino)

1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino, que foi Sold. Atirador da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971, enviou-nos notícias do Almoço /Convívio da sua unidade.

XXV Almoço-Convívio do BCAÇ 2884 

Teve lugar no passado dia 1 de Junho do ano 2013, desta vez no Fundão, o XXV almoço do nosso Batalhão com cerca de 140 participantes, composto pelas seguintes companhias: 2584 - “Có”, 2585 – “Jolmete”, 2586 e CCS –“Pelundo”, que serviram o Estado Português no período 1969/1971 na Guiné. 

Com uma viagem bastante longa para muitos, onde não faltou por vezes alguns enganos no percurso, a ponto de nem todos poderem chegar a tempo ao local de concentração, com a hora marcada para as 11:00h, no Seminário do Fundão e 11:30h celebração de missa pelos camaradas falecidos e finda a cerimónia religiosa rumar até ao Hotel Palace do Fundão, pôr alguma conversa em dia, algumas fotos pelo meio para mais tarde recordar: fica antes de mais a minha sugestão pessoal e porque não outras que durante o almoço fui ouvindo, porque não escolher futuramente um local fixo, que seria por exemplo a zona de Fátima ou arredores? Seria como se diz na gíria um meio-termo para todos, local que, como referência, tivesse o mínimo de condições para tal evento. 

Terminada a cerimónia religiosa (missa) e depois da sugestão atrás referida, há que rumar até junto do hotel, uns em viaturas próprias, outros como vai sendo habitual, no autocarro. Mais algumas fotos, alguns abraços, um olhar às barrigas duns e doutros, algumas com tamanho xxl…  pois já todos nós somos avós. 

Algumas formalidades cumpridas ordem de entrada no hotel, e pela primeira vez fazer reparo aquilo que entendo não correu bem, ou seja as entradas nada a condizer com os pergaminhos do batalhão 2884 (MAIS ALTO). Pouco para tantos, mesmo que todos saibamos que a nossa presença seja mais pelo convívio, há mínimos a respeitar. Dizer que onde devia estar a chouriça grelhada, estavam era folhas de couve, e o resto em pouca quantidade. Para muitos ficou apenas o cheiro. 

No início do almoço servem a sopa, seguidamente batatas a murro com bacalhau onde as postas não tinham lá muito tamanho, e eis que peço ao empregado para que me pusesse um pouco de azeite nas batatas, o qual não respondeu, pois se calhar nem vocacionado para tal tarefa estava, ou quem sabe não teve formação para uma razoável atitude diferente. Sinais dos tempos onde os mais novos por vezes não respeitam aqueles que já têm cabelos brancos. 

Segundo prato servido, mais algumas fotos pelo meio, e segue-se a sobremesa, bebidas, café, digestivos e bolo comemorativo do Batalhão. 

Lembrar que a animação esteve a cargo do nosso camarada ANTÓNIO CAMPOS e sua esposa CELESTE CAMPOS de Braga e uma ou outra voz desafinada. Enquanto o ANTÓNIO ia tocando afinadinho, a pandeireta desafinava, o mais importante foi e será sempre o convívio, esse sim é que motiva e convida a estar presente. 

Quero dar uma palavra de agradecimento a todos quantos queriam estar presentes e que por motivos vários não puderam. Como eu vou lembrando, o tempo vai escasseando e depois, um dia, quando gostaríamos de participar já por cá não andamos. 

Àqueles que mesmo não podendo estar mandaram mensagens para a rapaziada do Batalhão fica o nosso obrigado. Chegados ao fim de mais um convívio e com anúncio do próximo a ter lugar em Rio Maior, esperamos todos estar mais uma vez presentes. 

Para todos ex.camaradas e famílias fica meu abraço de amizade. 

Um até pró-ano e bem hajam. 
JOSÉ RODRIGUES FIRMINO (RÉGUA)








Para quem quiser ver todas as fotos, eis os respectivos links:

Fotos de Manuel Resende (Ferreira)

Fotos de José Rodrigues Firmino:
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Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:

28 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11645: Convívios (527): Convívio da CCAÇ 84 (Alberto Nascimento)