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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23881: Contactem-nos, há sempre alguém que pode ajudar ou simplesmente saber acolher (3): Mensagens recebidas entre janeiro e outubro de 2022, através do Formulário de Contactos do Blogger



Formulário de Contacto do Blogger: disponível na coluna estática, ou "badana", do lado esquerdo do blogue. Tratando-se, o remetente,  de um antigo combatente no TO da Guiné (1961/74), é conveniente indicar, além do nome, o respetivo posto, a unidade/subunidade a que pertenceu, a(s) localidade(s) por onde passou, e o(s) ano(s) da comissão de serviço... Há dados que nos mandam, que são muito vagos...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)



Guiné > Região do Oio > Sector de Farim > Cuntima > CCAÇ 2592 / CCAÇ 14 > "Em Cuntima. Eu e o vagomestre Germano (do Porto). A inscrição que está no pedestal é de uma das companhias que esteve aqui, a CCAÇ 1789, do BCAÇ 1932 (1967/69), mobilizado pelo RI 15 (Tomar). A CCaç 2592 (futura CCAÇ 13) foi colocada em 6 de novembro de 1969, em Cuntima, a fim de substituir a madeirense CCaç 2529 como força de intervenção e reserva do BCaç 2879".

Esta, a CCAÇ 1789, é uma das subunidades que não tem qualquer representante até à data na nossa Tabanca Grande.

Foto (e legenda): © António G. Carvalho (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Seleção de mensagens recebidas através do Formulário de Contacto do Blogger, em 2022, até ao final de outubro. Trata-se um veículo de comunicação imediata, amigável e fácil entre os leitores e os editores do blogue.


Nalguns casos, já houve uma resposta direta, atempada,  dos nossos editores ou um reencaminhamento para outros destinatários. Também num caso ou noutro a mensagem pode já ter dado origem a um poste. Procuramos, na lista a seguir, pôr um link naquelas unidades ou subunidades com representantes na Tabanca Grande, o mesmo é dizer com referências no nosso blogue.

Por favor, não abordem assuntos da atualidade, por muito dramáticos, prementes e impactantes que possam ser... Nem nos perguntem por coisas sobre (ou camaradas que estiveram em) outros teatros de operações, como Angola e Moçambique... Como é público e notório, o nosso blogue é centrado nos antigos combatentes da guerra do ultramar / guerra colonial, que estiveram na Guiné, no período que vai entre 1961 e 1974

Por outro lado, temos muito boa vontade mas não temos meios (humanos, logísticos, temporais, financeiros, legais...) para dar resposta, atempada e cabal, sobre todos os pedidos, e nomeadamente sobre antigos camaradas, seu paradeiro, etc.

Evitamos, em princípio, divulgar o endereço de email de cada um destes contactos, a menos que haja interesse para o próprio (nos casos, por exemplo, em que se divulga um livro ou a realização de um encontro: ou se procura informação que extravasa o âmbito do blogue).

Prometemos, em 2023, fazer um apanhado, com maior perodicidade, destas pequenas (mas precisosas) mensagens. E desde já agradecemos todas as manifestações de apreço pelo nosso trabalho, e de incentivo para continuar a partilhar memórias (e afetos) dos antigos combatentes da Guiné (1961/74).


2022 (janeiro-outubro)



28/10/2022, 9:49 | António Baptista

HM241, Bissau, 69/71, Abraço para todos. Continuem a publicar.

27/10/2022, 20:58 | Maria Ferreira

Sou sobrinha de um 1º cabo Manuel Alberto da Costa Marinho que esteve na Guiné em 72-74. Um tio muito querido para mim, quase meu segundo pai que infelizmente faleceu este verão. Eu sou historiadora pela faculdade de Letras da Universidade do Porto e eu e o meu irmão mais velhos gostariamos de conhecer o seu batalhão e escrever as memórias que ele sempre nos contou para que a sua memória não se perca.

24/10/2022, 20:45 | Gabriel

Procuro alguém que tenha estado na Guine Bissau, em 1961 /62/63 , e que conheça o nome
Fernando Fernandes: este senhor trabalhou na Força Aérea Portuguesa. Obrigado.


20/10/2022, 22:16 | José Joaquim da Silva Ribeiro

Boa noite, os meus cumprimentos . Eu também estive na Guiné, em 1972/74, no BCAÇ 4612/72, 3ª Companhia. Era 1º cabo padeiro em Mansoa. Sem mais um grande abraço a todos camaradas.
19/10/2022, 10:01 | Manuel Alves

Furriel Armas Pesadas 2ª CCaç / BCaç 4518/73 - Cancolim / Galomaro .


16/10/2022, 18:42 | Fernando Nogueira de Carvalho


Luís Graça, enviei ontem o episódio Mata de Cassum; não sei se feri suscetibilidades mas foi a realidade. Quanto aos meus trabalhos de pintura e fotografias, claro que pode publicar, é um gosto mutuo.

15/10/2022, 18;05 | Jorge Miguel

Estive no HM 241 (Bissalanca) entre 1967/69. Tenho tentado encontrar camaradas mas... sem sorte. Possivelmente porque não sei fazer as coisas a seu termo.


Percurso na Guné: Ingoré, Barro,  S.Domingos,  Suzana,  Mansabá; ferido 2 vezes em combate,  sou DFA. Pior experiência: mata do Cassume 12 mortos. Aqui recusei a cruz de guerra que me valeu um dia detido no quarto. Furriel mas mais de metade da comissão, depois de 2 alferes mortos, fiquei a comandar o pelotão. Na desmobilização como tantos outros senti-me descartável. Paradoxo ou não, regressar à Guiné, Saúde e abraço para todos.

6/10/2022, 17:11 | João Alberto Leitão Ribeiro Arenga

Um abraço a todos os ex-combatentes da Guiné-Bissau, em especial.a todos os Catedráticos de Empada. CCaç 3373, 1971/1973.

27/9/2022, 12:38 | Manuel Veiga

Estive em Bolama nos anos 64/66. Comando de Agrupamento 17.

17/9/2022, 12: 22 | Henrique Silva

Henrique Raimundo Silva, ex-soldado paraquedista, 871/67, mobilizado para a Guiné, em rendição individual, cheguei ao BCP 12, em setembro de 1968, fui ferido em Gandembel em novembro de 1968, em mina antipessoal.

16/09/2022, 00:39 | Jose M. DeFerraz ou José Ferraz de Carvalho

Sou o membro desta Tabanca Grande nº 527. Vivo nos EUA. Deixei de receber os "postings" que recebia fielmente todos os dias: Nao sei se foi por erro meu que cancelei a minha subescricão. Sendo assim por favor reactivem-la.


31/08/2022, 13:17 | Madiu Furtado

O meu nome é Madiu Furtado, sou jornalista e escritor guineense. Resido em Portugal desde muito pequeno. Recentemente lancei o romance intitulado Onze Anos, publicado pela editora Chiado Books.

Onze Anos aborda a guerra colonial na Guiné-Bissau. A narrativa acompanha os anos de conflito armado entre o movimento de libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, PAIGC, e as tropas portuguesas até à proclamação da independência de Guiné-Bissau a 24 de setembro de 1973. Neste romance retrato a ditadura imperialista portuguesa e a árdua luta pela libertação
do país.

O personagem principal, Federico, é um jovem guineense com raízes cabo-verdianas que ao receber a carta de mobilização vê-se obrigado a lutar ao lado dos portugueses. A partir daí a sua vida se altera, bem como a de toda a sua família.

Onze Anos foi lançado em Portugal no dia 16 de julho de 2022. Escrevo esta mensagem porque gostaria realizar novas entrevistas para o segundo volume de Onze anos. Pretendo escrever uma trilogia que acompanhe os 11 anos de guerra de guerrilha em Guiné-Bissau. Seria uma honra conversar com quem viveu os duros anos da guerra e guarda tantas memórias.
Felicito pelo blog que sempre foi uma biblioteca da guerra colonial e que faz parte das minhas pesquisas.

Madiu Furtado | madiufurtado@gmail.com

29/08/2022, 15:46 | Francisco Domingues

Bedanda, 70/72, furriel miliciano de artilharia.


03/08/2022, 12:16 | José Morgado

A 2ª CART & BART 6521 vaio promover o encontro para os elementos da mesma Companhia em Cacia, Aveiro, no Restaurante Solar das Estátuas, no dia 24 de setembro, após 50
anos que chegamos à Guiné, para a zona de Có. Para membros que não tenham
conhecimento, Contacto. 934755427. Email: goldmor51@gmail.com
Saudações a todos Ex-Combatentes.

31/07/2022, 20:59 | José Manuel Samouco


E se nós contássemos o que comíamos no dia a dia na Guiné da Guerra. Nem toda a Guiné andava na Guerra. Alguns até comiam bem!

20/07/2022, 10:53 | Valentim Eduardo

CCAÇ 1500 / BCaç 1877 - Guiné, 1966/1967. Um Grande Abraço,  Luis


19/07/2022, 23:43 | António Dias Costa


Ex-Furriel Miliciano, atirador de artilharia,fez parte da CArt 2519. Esteve em Mampatá, na Guiné,  em 1969/1971.

14/07/2022, 17:17 | Francisco Souza (natural de Cabo Verde)

Fui colega de carteira do Areolino Cruz, no Colégio Nuno Álvares,em Tomar, nos anos 57/58. Embora mais novo que ele, guardo do mesmo uma terna recordação. Saí do colégio em 1958 e desde então perdi o contacto com o mesmo. Soube mais tarde,através do Daniel Ramos Benoliel, guineense,que comigo serviu na Forca Aérea Portuguesa e mais tarde foi meu colega na TAP, que o Areolino tinha ido para a URSS estudar e que por qualquer motivo foi recambiado para a Guiné,onde viria a morrer. Paz à sua alma.

(...) Mais informo que durante a minha estadia no colégio Nuno Álvares, em Tomar,fui colega de vários outros Guineenses,entre eles o João Domingos Gomes,o Eslávio Gomes Correia e os irmãos Inácio e Júlio Semedo,todos eles mais velhos que eu mas com os quais mantive boas relações. Não sei se ainda estão vivos,mas se ainda o forem daqui (Açores,onde vivo desde 1979) lhes envio um fraterno abraço.

8/7/2022, 20:41 | Erine

Boa noite, me chamo Érine. Estou fazendo uma pesquisa referente a minha árvore genealógica para descobrir quem foram meus antepassados, informações essas muito importantes para a minha família.

Recentemente descobri que meu tataravô (ou tetravô) participou da última guerra de Portugal em 1961. O nome dele era José Leite da Cunha e ele foi embora para o Brasil. Peço a ajuda de quem puder contribuir com mais informações a respeito dele, pois não estou encontrando nos cartórios brasileiros. Aguardo por notícias, obrigada!

3/07/2022, 12:55 | Carlos Manuel da Costa Paquim


Capitão de artilharia-Penafiel - Guiné 68/70. Força, camaradas!


28/6/2022, 14:59 | António Figueiredo Pinto

Ainda estou vivo!

20/6/2022, 00:08 | Fernando Manuel Alves Morgado da Silva

O meu penhorado reconhecimento aos fundadores deste blog, que aproxima todos os camaradas que um dia pisaram as terras da Guiné de armas na mão, que saúdo, e aos quais envio "aquele abraço" . Um abraço muito especial para o meu primo Humberto Reis


3/6/2022, 13:47 | Fernando Correia

CCAÇ 1789, Cuntima, 2º Gr Comb, "Os Indomáveis", 1967.

Boa tarde, eu tenho o crachá de peito desta companhia. Gostaria de saber a origem, seu percurso militar na Guiné. Tenho uma página no Facebook, Fernandocorreia correia. Obrigado pela cortesia.

30/5/2022, 10:36 | João Neves (Aveiro)

Gostaria de rever todo o pessoal que esteve na ponte, 72/74 (fui render o pessoal que morreu na emboscada). Gostava de encontrar o Alexandre, Santiago, Miguel, Serra,e outros. Não tenho contatos de ninguém. Meus contactos: telem 965802548 | email: jtransneves@gmail.com

[ Perguntámos-lhe, em 16/10/2022, a que ponte se refere. E qual a sua unudade ou subunidade. Ainda não nos respondeu. Mas aqui os seus contactos.]

24/5/2022, 17:27 | António Alberto dos Reis Mendes

Boa tarde, ex-combatente, Guiné 72/74, Caboxanque, Cantanhes, CCAV 8352. Um abraço.

7/5/2022, 15:18 | Nuno


A propósito da inscrição Magul 1895, presente no tubo da peça de 105 mm da Krupp. Batalha ocorrida em 1895, sendo os portugueses comandados por Paiva Couceiro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Combate_de_Magul

28/4/2022, 16:49 | Mário da Silva Jesus (Codivel, Odivelas)

Abusivamente tomo a liberdade de vir de vez enquanto, invadir o vosso espaço, na qualidade de um "simples" curioso e aproveito a oportunidade e espaço, para dar os parabéns pela forma como este espaço é gerido. Os meus fraternais cumprimentos.

28/04, 03:14 | João de Sousa Machado

Um abraço de admiração e camaradagem pela persistência, qualidade e forma correcta de levar adiante tanta informação daqueles "nossos " dois anos de Guiné. Fui alferes miliciano de artilharia e estive em Fulacunda, Cabedu, com o 8,8 e em Cufar com o 14. Um abraço ao Briote...

[ João: obrigado... Conheces o Briote, donde ? E porque é que não te juntas a nós e partihas as tuas fotos e outras memórias... ? De que ano és ?... Serás bem vindo à Tabanca Grande: manda 2 fotos (uma atual e outra do antigamente), e duas linhas de apresentação ]


28/04/2022, 16:56 | Maria Augusta Martinho

De quando em vez, venho aqui à Tabanca matar saudades... Não sei que feitiço aquele chon tem em nós. (...) (Mensagem publicada no Poste P23799...)

23/04/2022, 00:29 | Afonso de Melo

Parabéns pelo 18º aniversário do Blogue que enriquece substancialmente o relato da nossa vivência em terras da Guiné. Um forte abraço ao Luís Graça e a toda a equipa.

15/04/2022, 17:35 | António Machado

João Carvalheiro era fur mil da 3ª CCaç / BCaç 4512, estava em Cuntima. Na página do batalhão estão lá varias referências. Antes da pandemia todos os anos faziamos o nosso almoço, ele estava sempre presente com a esposa.

12/4/2022, 13:15 | Sílvia Zayas Serra

Sou artista e sobrinha do João Carvalheiro que faleceu no Porto há dois anos. Ele era furriel de minas e armadilhas. Na minha memória estão as histórias que o meu tio contava sobre Guiné, e a Maria Turra, gostava de falar com alguém que o tenha conhecido ou estado com ele em algum momento lá na Guiné.

Esteve na na tropa, penso que de 72 a 74 mais ou menos. No meu doutoramento e algumas das peças artisticas e filmes, trabalho com memória, também por perceber como segunda geração o imaginário que formaram estas experiéncias e sobretudo por um desejo muito emocional de perceber.

Agradecia alguém com quem falar. Muito obrigada pelo blogue e a recuperação de documentos! Sou nascida em Espanha e por isso o meu português às vezes pode parecer
esquisito...

12/4/2022, 12:13 | Elisa Baptista

Fui aluna do Doutor Jorge Cabral ... Amava o seu sentido de humor... Triste em saber que nos deixou.

10/4/2022, 23:12 | Rui Miguel da Silva Nunes

Tive hoje conhecimento deste blogue, que me trouxe à memória, o meu pai, Ilídio Rosado Fernandes Nunes, já falecido. O meu pai era natural de Marvão. O seu capitão era Salgueiro Maia na Guiné. Gostaria de saber se tem algum conhecimento do meu pai, ou porventura
alguma história… Obrigado pelo vosso trabalho de manter a memória viva!

1/04/2022, 19:11 | Constantino Neves (ou Tino Neves)

Olá, Luís Graça. É só para fazer uma pergunta: porque será que ainda não li nada no blogue, sobre o que se está a passar na Guiné ?

O presidente Sissoco começou a nacionalizar firmas estrangeiras, começando por a "Casa do Povpo", casa (firma) antiga e com história e de capitais portugueses (maioria). Talvez não fique por aqui. Ele o presidente está a fazer acordos com o Senegal (julgo por causa da prospecção do petróleo). Já há quem peça para que a Guiné saia da CPLP. Bem,  fico por aqui.

[Tino, és um histórico do blogue, tens a obrigação de conhecer as nossas "regras do jogo": uma delas é a nossa não-intromissão na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo).]  

25/3/2022, 14;41 | José Alberto Neves

Fui alferes miliciano de transmissões, no CAOP 2 em Nova Lamego, em 1973 e 1974.
Dentro de meses irá ser publicado um livro meu, cuja parte final aborda essa inquietante estadia.

12/3/2022, 12;35 | Arlindo Moreira da Silva,
sold cond, CCS/BCAÇ 1933, Guiné 67/69 

Ao falarem hoje no conjunto João Paulo,  gostaria de os informar que eles embarcaram no dia 27/10 de 1967 no Navio Timor para a Guiné na companhia do meu Batalhão. Não sei se foram destacados para o mato ou se foram com a missão de actuarem para as nossas tropas. Também viajou na mesma data connosco o 1º cabo escriturário Marco Paulo,  o cantor.

Com os meus cumprimentos e mais uma vez obrigado por continuarem a manter acesa a tocha do Antigo Combatente. Bem hajam.


10/03/2022, 16:09 | Fernando Piães Fernandes

Camaradas, foi com grande entusiasmo que, depois de receber o jornal "O ELO" da ADFA, verifiquei a existência deste blogue pelo que peço que me incluam nessa grande Tabanca. Com os melhores cumprimentos.

23/02/2022, 11:23 | Augusto Silva Santos

Na tentativa de encontrar um nome de um antigo camarada, acabei por verificar que da nossa lista de amigos ainda consta o nome do meu amigo e camarada da Guiné, Jolmete, na CCaç 3306 / BCaç 3833, Ernesto Marques. Passo a informar que este infelizmente faleceu em 30/08/2021. Lamento que só agora estejam a tomar conhecimento.

21/02/2022, 22:18 | Manuel Leitão

Estive em Bula no BCAÇ 2928 e destacado em Capunga e antes com o alf Lopes. Em Capunga, com o furriel Vaz. Agradeco se existem contactos com os mesmos. Obrugado.

20/02/2022, 21:08 | Joaquim Luis Pires

Estive em Geba entre setembro 72 a junho 74 e também em Catacumba, como alferes.

18/02/2022, 13:33 | Mamadu Djaura

Eu sou Mamadu Djaura, o meu pai Braima Djaura, ex-combatente, soldado de infantaria em Gampara, de 1972 a 1974. Descobri que alguém está a usar o nome do meu pai Braima Djaura, tem muitos filhos, temos dados ou informação e testemunhas para difender o direito do meu pai. Qualquer informação que precisem sobre o meu pai, estamos em Guiné-Bissau, cidade de Bissau, Bairro Belém. Precisamos de direito do nossos pai. Temos aa provas de nosso pai Braima Djaura, muitos testemunhas em Gampára. Temos associação de filhos de antigo conbatentes portugueses em Guiné-Bissau.
10/02/2022, 12:28 | Jaime Duarte

Gostaria de saber se neste excelente blog haverá registo do meu amigo Acácio de Almeida e Silva, ex-furriel na Guiné, 1968-70. Obrigado e abraço. Jaime Duarte (ex-alferes miliciano SAM 1972-75).





Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > Carta de Fulacunda (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gampará e da Ponta do Inglês na Foz do Rio Corubal

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)


3/02/2022/2022, 22:23 | Mamadu Djaura

Sou Mamadu Djaura, filho de camarada Braima Djaura combatente militar da CCAÇ 4142/72 de Gampará no ano 1972 a 1974 Preciso de encontrar dados completos do meu pai. Estou em Guiné Bissau. Me ajudem encontrar solução. Sou órfão.


20/01/2022, 03:51| Armando Ribeiro Ribeiro (CCP 122/BCP 12, 1072/74)

Boa noite, camaradas. Sou ex-combatente da ex-provincia da Guiné, onde estive entre janeiro de 1972 a janeiro de 1974, tendo incorporado a Companhia 122 das tropas paraquedistas , Tenho acompanhado minimamente os relatos dos militares que por lá passaram durante a década de guerrilha. Sendo apenas mais um daqueles que sofreram as amarguras de uma juventude perdida e que hoje se reflete pelo desgaste físico e até emocional, que nos limita a qualidade de vida que gostaríamos ter, contrariando-se com a algria de «estarmos vivos» Deixo o meu abraço solidário para todos os demais !!!



19/01/2022, 21:10 | Francisco Alberto

Também passei por Mansoa e Mansabé, em 1966/68, integrando o BCAV 1897, pertencendo à CCS como Radiotelegrafista do STM. Bons momentos passados em Mansoa.

19/01/2022, 13:18 | Fernando Jorge Alves

Boa tarde, camarada, preciso de ajuda de um advogado, eu sou Fernando Silva, ex- 1º cabo Pelotão Morteiros 4580, Guiné. 73/74. Obrigado. Telem 935519499 | email: fernandosilvanobrega@gmail.com

12/01/2022, 16:30 | António Alves da Costa

Bom dia, fui soldado cozinheiro na CCS / Bart 3844, Guiné, Farim, 1971/73. E 49 anos
depois por cá andamos. obrigada por me aceitares na vossa Tabanca. Abraços para os sobreviventes.
8/01/2022, 22:33 | Amadu Jau

Aqui fala o presidente da Associação dos ex-Combatentes das Forças Armadas
Portuguesas na Guiné-Bissau, Amadu jau. Cumprimentos | amadujau8@gmail.com

7/1/2022 , 15:10 | Leandro Guedes

Meu caro Luis Graça: informo que o livro do Alf Rosa da CART 1743, foi reeditado. Este livro relata os trágicos acontecimentos de Bissássema, altura em que o Alf Rosa e mais dois camaradas, Contino e Capítulo, foram feitos prisioneiros e levados para Conakry.

Tenho digitalizações da capa e contracapa mas não sei como vos enviar. Um abraço e votos de Bom Ano para todos, com muita saúde. Um louvor ao teu trabalho em prol do não
esquecimento dos Heróis da guerra colonial/ultramar. Leandro Guedes, BART 1914.


4/01/2022, 18:33| Henrique Piedade

Solicito informações sobre camaradas que estiveram no Pel Rec Daimler 1077, Batalhão de Caçadores 1861. Os meus agradecimentos.

3/01/2022, 14:23 | Joana Silva 
(Universidade de Cardiff, UK)

Caro Luís Graça: Em tempos escrevi-lhe para lhe pedir informações acerca do macaco kon
(babuíno) da Guiné-Bissau. Acabei de publicar um artigo cientifico de revisão e em português acerca do trabalho que foi realizado no âmbito da minha investigação na Guiné-Bissau
que gostaria que partilhasse no seu blogue. Dada a ajuda de partilha de informações que recebi em 2009 de si e dos bloguistas, creio ser interessante saberem do seguimento da investigação que se iniciava naquele ano.

Com votos de um excelente ano de 2022 e os meus melhores cumprimentos,

Joana Silva

PS: para aceder ao artigo, por favor siga o link que envio abaixo. O artigo chama-se Artigo de investigação [pp. 75-105] Os babuínos da Guiné (Papio papio) na Guiné-Bissau: Uma revisão bibliográfica para a conservação da espécie
http://sintidus.blogspot.com/p/numero-4.html
__________

Nota do editor:

sábado, 15 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23711: Memórias cruzadas: relembrando os 24 enfermeiros do exército condecorados com Cruz de Guerra no CTIG (Jorge Araújo) - Parte VIII



Foto 1 – Zona Leste > Região de Nova Lamego > 12 de Setembro de 1969 [há 53 anos] > Evacuação de feridos provocados pelo rebentamento de uma mina anticarro ocorrida entre Canjadude e Nova Lamego. Foto do álbum de José Corceiro, 1.º Cabo Trms, CCAÇ 5, Canjadude (1969/71) – P6117, com a devida vénia.


Foto 2 – Corredor de Guileje > 1972 [há 50 anos] – Foto do álbum de Fernando Monteiro (1.º Cabo Enfermeiro) da CCAÇ 3477 “Gringos de Guileje” (1971/73), com a devida vénia.



O nosso coeditor Jorge [Alves] Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974), professor do ensino superior, ainda no ativo. Tem mais de 290 referências no nosso blogue.


 

MEMÓRIAS CRUZADAS NAS “MATAS” DA GUINÉ (1963-1974):

RELEMBRANDO OS QUE, POR MISSÃO, TINHAM DE CUIDAR DAS FERIDAS CORPOREAS PROVOCADAS PELA METRALHA DA GUERRA COLONIAL: «OS ENFERMEIROS»

OS CONTEXTOS DOS “FACTOS E FEITOS” EM CAMPANHA DOS VINTE E QUATRO CONDECORADOS DO EXÉRCITO COM “CRUZ DE GUERRA”, DA ESPECIALIDADE “ENFERMAGEM”


PARTE VIII


► Continuação do P22336 (VII) (02.07.21) (*)


1.   - INTRODUÇÃO


Depois de um interregno, superior ao que era desejável, retomamos a partilha no Fórum dos resultados obtidos na investigação acima titulada. Procura-se valorizar, através das diferentes narrativas, o importante papel desempenhado pelos nossos camaradas da “saúde militar” (e igualmente no apoio a civis e população local) – médicos e enfermeiros/as – na nobre missão de socorrer todos os que deles necessitassem, quer em situação de combate, quer noutras ocasiões de menor risco de vida, mas sempre a merecerem atenção e cuidados especiais.

Considerando a dimensão global da presente investigação, esta teve de ser dividida em partes, onde procuramos descrever cada um dos contextos da “missão”, analisando “factos e feitos” (os encontrados na literatura) dos seus actores directos “especialistas de enfermagem”, que viram ser-lhes atribuída uma condecoração com «Cruz de Guerra», maioritariamente de 3.ª e 4.ª Classe. Para esse efeito, a principal fonte de recolha de informação foi a documentação oficial do Estado-Maior do Exército, elaborada pela Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974).

2.   - OS “CASOS” DO ESTUDO

De acordo com a coleta de dados da pesquisa, os “casos do estudo” totalizaram vinte e quatro militares condecorados, no CTIG (1963/1974), com a «Cruz de Guerra» pertencentes aos «Serviços de Saúde Militar», três dos quais a «Título Póstumo», distinção justificada por “actos em combate”, conforme consta no quadro nominal elaborado por ordem cronológica e divulgado no primeiro fragmento – P21404.



Nesta oitava parte analisaremos mais dois “casos”, o primeiro registado no final do ano de 1966 e o segundo no início de 1967, onde se recuperam mais algumas memórias dos seus respectivos contextos.

No quadro nominal abaixo, referem-se os “casos” que faltam contextualizar (n-8).

No gráfico abaixo, já publicado anteriormente, está representada a população do estudo agrupada pela variável “posto” (n-24).


Gráfico 1 – Representação gráfica da população do estudo agrupada na variável “posto”.


3. - OS CONTEXTOS DOS “FEITOS” EM CAMPANHA DOS MILITARES DO EXÉRCITO CONDECORADOS COM “CRUZ DE GUERRA”, NO CTIG (1963-1974), DA ESPECIALIDADE DE “ENFERMAGEM” - (n=24)

3.15 - MÁRIO DE JESUS MANATA, FURRIEL MILICIANO DO SERVIÇO DE SAÚDE, DA CCAV 1482, CONDECORADO COM A CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE 


A décima quinta ocorrência a merecer a atribuição de uma condecoração a um elemento dos «Serviços de Saúde» do Exército, esta com medalha de «Cruz de Guerra» de 4.ª Classe - a oitava (e última) das distinções contabilizadas no decurso do ano de 1966 - teve origem no desempenho tido pelo militar em título ao longo da sua comissão. Merece, todavia, destaque o seu comportamento durante a «Operação Holofote», realizada entre 14 e 16 de Dezembro de 1966, 4.ª a 6.ª feira, tendo por objectivo a base IN de Darsalame, na margem esquerda do rio Buruntoni, região do Xime, onde, mesmo depois de ter sido ferido, manteve-se activo prestando os primeiros socorros a outros camaradas seus, também eles feridos (infogravura abaixo).


► Histórico



◙ Fundamentos relevantes para a atribuição da Condecoração


▬ O.S. n.º 06, de 09 Fevereiro de 1967, do QG/CTIG:

“Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª Classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 28 de Março de 1967: O Furriel Miliciano enfermeiro, Mário de Jesus Manata, da Companhia de Cavalaria 1482 [CCAV 1482] – Batalhão de Caçadores 1888, Regimento de Cavalaria 7.”

● Transcrição do louvor que originou a condecoração:

“Louvo o Furriel Miliciano enfermeiro, Mário de Jesus Manata, da CCAV 1482, por ao longo do tempo de permanência nesta Província ter participado em elevado número de operações e em todas elas ter demonstrado calma e serenidade no exercício das suas funções específicas e também porque tendo sido ferido em diversas partes do corpo, durante a «Operação Holofote” [14/16Dez66], se manteve animado, aplicando em si mesmo os primeiros socorros necessários e dispensando qualquer ajuda no seu deslocamento até ao local da evacuação, evidenciando em todos os momentos uma dignidade de acção digna de salientar.” (CECA; 5.º Vol.; Tomo IV; p 268).

CONTEXTUALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA


Para contextualização da actividade operacional definida para a «Operação Holofote», a informação obtida na fonte Oficial (CECA) é muito reduzida. Apenas é referido que esta Operação decorreu durante três dias, de 14 a 16 de Dezembro de 1966, nela tendo participado as seguintes forças: CCaç 1546, CCaç 1551, CCav 1482 e PCaç 53.

O objectivo traçado para a missão era realizar um golpe-de-mão ao acampamento de Darsalame Baio, situado na margem esquerda do rio Buruntoni. 

Como resultados, o acampamento, composto por 8 casas de mato, foi destruído, sendo capturado, além de material diverso, mais 1 metralhadora, 3 pistolas-metralhadoras, 2 espingardas automáticas, 1 pistola e várias granadas. 

Durante a acção as NT foram flageladas pelo IN, sofrendo 4 feridos. (CECA; 6.º Vol.; Tomo II; p 415).



3.15.1 - SUBSÍDIO HISTÓRICO DA COMPANHIA DE CAVALARIA 1482

             = BAMBADINCA - SONACO - QUIRAFO - PONTA DO INGLÊS - XIME - INGORÉ - SEDENGAL


Mobilizada pelo Regimento de Cavalaria 7 [RC 7], de Lisboa, para cumprir a sua missão ultramarina no CTIG, a Companhia Independente de Cavalaria 1482 [CCAV 1482], embarcou no Cais da Rocha, em Lisboa, em 20 de Outubro de 1965, 4.ª feira, a bordo do N/M «Niassa", sob o comando do Cap Cav João Ramiro Alves Ribeiro [-†2008; como General], tendo chegado a Bissau a 27 do mesmo mês.


3.15.2 - SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CCAV 1482


Sete dias após a sua chegada [27Out65], a CCAV 1482 foi colocada em Bambadinca, a fim de substituir a CCAÇ 556 [10Nov63-28Out65, do Cap Inf José Abílio Lomba Martins (1.º); do Cap Inf Carlos Alberto Gonçalves (2.º) e do Ten Inf Fernando Gonçalves Foitinho (3.º)], assumindo a função de intervenção e reserva do BCAÇ 697 [21Jul64-27Abr66, do TCor Inf Mário Serra Dias da Costa Campos], tendo actuado em diversas operações realizadas nas regiões de Darsalame Baio, Ponta Varela e Poindom e efectuado patrulhamentos, batidas e escoltas na sua zona de acção. De 17Nov65 a 17Jan66, cedeu um Gr Comb ao BCAV 757 [23Abr65-20Jan67, do TCor Cav Carlos de Moura Cardoso], para guarnecer o destacamento de Sonaco.

Em 06 e 08Abr66, com a marcha de dois Grs Comb, respectivamente para Quirafo (onde se manteve até finais de Dezembro seguinte) e Ponta do Inglês, iniciou a rotação com a CCAV 678 [18Jul64-27Abr66, do Cap Cav Juvenal Aníbal Semedo de Albuquerque (1.º); do Cap Cav Inácio José Correia da Silva Tavares (2.º) e do Cap Art José Vítor Manuel da Silva Correia (3.º)] e seguidamente assumiu, em 14Abr66, a responsabilidade do subsector do Xime, com aqueles destacamentos referidos, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 697 e depois do BCAÇ 1888 [26Abr66-17Jan68, do TCor Inf Adriano Carlos de Aguiar].

Em 11Jan67, foi rendida no subsector do Xime pela CCAÇ 1550 [26Abr66-17Jan68, do Cap Mil Inf Agostinho Duarte Belo], tendo sido colocada em Ingoré, a fim de render a CCAV 788 [28Abr65-08Fev67, do Cap Cav Alberto Mourão da Costa Ferreira]. Em 15Jan67, assumiu a responsabilidade do subsector de Ingoré, com um Gr Comb destacado em Sedengal, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 1894 [30Jul66-09Mai68, do TCor Inf Fausto Laginha dos Ramos]. Em 13Jul67, foi rendida no subsector de Ingoré pela CCAÇ 1590 [12Ago66-09Mai68, do Cap Inf Aires Jorge da Costa Gomes], tendo seguido em 18Jul67 para Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso, o qual ocorreu a 27Jul67, a bordo do N/M «UÍGE» (CECA; 7.º Vol.; p 500).


3.16 - AMÉRICO MOREIRA DA SILVA, 1.º CABO AUXILIAR DE ENFERMEIRO, DA CART 1525, CONDECORADO COM A CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE 


A décima sexta ocorrência a merecer a atribuição de uma condecoração a um elemento dos «Serviços de Saúde» do Exército, esta com medalha de «Cruz de Guerra» de 4.ª Classe - a primeira distinção contabilizada no decurso do ano de 1967 - teve origem no desempenho tido pelo militar em título ao longo de todo o período da sua comissão. De todas as evidências, merece maior relevância a sua coragem e valentia durante a «Operação Baluarte», efectuada em 1 de Fevereiro de 1967, 4.ª feira, à “Base Rua”, situada entre a bolanha de Cambajo e Madane, no Óio, em que as NT tiveram um total de 14 indisponíveis e onde o 1.º Cabo Silva acorreu a todos os locais em que era solicitada a sua presença (infogravura abaixo).



◙ Fundamentos relevantes para a atribuição da Condecoração

▬ O.S. n.º 15, de 30 de Março de 1967, do QG/CTIG:

“Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª Classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 14 de Abril findo: O 1.º Cabo auxiliar de enfermeiro, n.º 5614265, Américo Moreira da Silva, da Companhia de Artilharia 1525 [CART 1525] – Batalhão de Caçadores 1876, Regimento de Artilharia de Costa.”

Transcrição do louvor que originou a condecoração:



“Louvado o 1.º Cabo auxiliar de enfermeiro, n.º 5614265, Américo Moreira da Silva, da CART 1525, por ter desenvolvido ao longo de 14 meses de comissão uma actividade extraordinariamente proveitosa e cheia da melhor boa vontade, quer no exercício das suas funções internas, quer ainda na actividade operacional levada a efeito pela Companhia.

Elemento dotado de invulgares qualidades de trabalho, notório espírito de sacrifício e desejo permanente de agradar, jamais regateou qualquer esforço, mesmo quando a Companhia possuía um enfermeiro a menos, obrigando-o por isso a desdobrar-se e a fornecer um esforço suplementar. Possuidor de extrema correcção e simpatia pessoal tem-se imposto não só a camaradas, como também a superiores, como um militar merecedor de estima geral.

No exercício das funções, durante a actividade operacional, tem-se revelado também, em todas as acções em que tem participado, como um militar de grande destreza, coragem e valentia.

Na «Operação Baluarte», efectuada à “Base de Rua”, em que as NT tiveram, entre feridos graves e ligeiros, 14 indisponíveis, o 1.º Cabo Silva, ainda debaixo de fogo IN e não olhando ao perigo, acorreu a todos os locais onde a sua presença era solicitada, numa demonstração de entrega total à sua missão, não se poupando a esforços para que a sua presença e os seus cuidados estivessem sempre ao dispor dos mais necessitados. Conseguiu desta feita, e alardeando grande serenidade, desprezo pelo perigo, coragem e sangue frio, que a sua acção fosse estimular não só os feridos, como também o restante pessoal, contribuindo deste modo para elevar o moral das NT.

Pelas suas qualidades pessoais, de reconhecido valor e qualidades de trabalho que são uma realidade e, ainda, pela sua calma, coragem, espírito de abnegação e desprezo pelo perigo, largamente demonstrados em acções de contacto com o IN, merece o 1.º Cabo Silva ser apontado a todos os seus camaradas como exemplo de dedicação e entrega total ao serviço.” (CECA; 5.º Vol.; Tomo IV; p 317).
   

CONTEXTUALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA


Para a elaboração deste ponto, não foi possível incluir a narrativa da fonte Oficial (CECA) por nada constar à cerca desta actividade operacional desenvolvida pela CART 1525. No entanto, recorremos, uma vez mais, ao livro da Unidade – CART 1525 - “HISTORIAL” – da qual retirámos os factos relacionados com o desenrolar da «Operação Baluarte», efectuada em 01 de Fevereiro de 1967, 4.ª feira, na Região de Cambajo / Madane (Óio).

O principal objectivo da «Operação Baluarte» visava concretizar um golpe de mão à “Base Rua”, situada entre a bolanha de Cambajo e Madane.

Foram escaladas para esta missão as seguintes forças: 1.º Gr Comb da CART 1515; Gr Comandos “Os Falcões”, 1 Pel Milícia 157 e 1 Pel Pol Adm., com apoio aéreo.

▬ DESENROLAR DA ACÇÃO:

● Saíram as NT do quartel pelas 22h30 seguindo a estrada de Mansoa e flectindo depois na direcção de Quenhaque > Mansabandim > Dando, onde chegaram pelas 23h30. Cambada a bolanha do Cambajo, entrou-se na zona do objectivo. O guia não sentia qualquer dificuldade na condução das NT, e assim, pelas 05h30, encontravam-se as mesmas muito próximas da base quando, de N, se ouviu forte tiroteio à distância o que, certamente, veio alertar o IN. 

Mesmo assim a aproximação continuou em terreno de mato relativamente denso, até que se atingiu uma clareira onde o mato havia sido cortado e que, por indicações do guia, era o local onde a sentinela se encontrava. Efectivamente, nessa altura, eram 05h45, fomos detectados por dois sentinelas que abriram fogo de E e W tentando assim despistar as NT quanto à verdadeira localização da casa de mato, que se encontrava precisamente na direcção intermédia das mesmas.

Uma vez detectadas, as NT abriram fogo com todas as armas mas o IN reagiu com PM, MP e LGFog. A pouco-e-pouco, porém, as NT continuaram o avanço a despeito da forte reacção do IN que se fazia sentir e apesar de uma das granadas de LGFog do IN ter rebentado no meio do nosso pessoal e ocasionando logo alguns feridos. Assim, cerca de meia hora depois de se ter iniciado o contacto, chegaram finalmente as NT às casas de mato, depois do IN as ter debandado. 

No interior do objectivo verificou-se que era composto por seis barracas dispostas em círculo com uma barraca central. Dispunha de abrigos para atirador deitado e possuía um outro contra a aviação, construído com terra e troncos e constituído por uma cavidade subterrânea, com dois buracos diametralmente opostos, com capacidade para cerca de 12 pessoas, dando por isso adequada protecção não só contra bombas de avião mas também contra as granadas de artilharia.

Ainda quando as NT se encontravam no interior da base, o IN fez lançar mais uma granada de LGFog, a qual veia a rebentar sobre o nosso pessoal, ocasionando mais feridos. Em face disto e uma vez que as instalações tinham já sido destruídas, retirou-se da zona e resolveu-se, devido à demora do PVC, evacuar os feridos pelos nossos próprios meios até ao ponto de recolha pelas viaturas.

Atendendo à grande quantidade dos mesmos e à enorme extensão a percorrer, foi digno de nota o espírito de entreajuda de todo o pessoal no transporte dos camaradas feridos. Durante o movimento de regresso, foram ainda queimadas mais quatro tabancas a W do objectivo, não se tornando o IN a revelar. As forças foram recolhidas pelas 08h30 na estrada de Mansabá, chegando a Bissorã cerca das 09h00.

Foram capturados alguns carregadores de PM, munições diversas e granadas de mão. As NT sofreram catorze feridos, sendo evacuados nove elementos (Op. cit,; pp 57/58).


3.16.1 - SUBSÍDIO HISTÓRICO DA COMPANHIA DE ARTILHARIA 1525

             = MANSOA - BISSORÃ - PONTE MAQUÉ


Mobilizada pelo Regimento de Artilharia de Costa [RAC], de Oeiras, para cumprir a sua missão ultramarina no CTIG, a Companhia de Artilharia 1525 [CART 1525], embarcou no Cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, em 20 de Janeiro de 1966, 5.ª feira, a bordo do N/M «UÍGE», sob o comando do Cap Art Jorge Manuel Piçarra Mourão (1942-2004), tendo chegado a Bissau a 26 do mesmo mês.

3.16.2 - SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CART 1525

Dez dias após a sua chegada a Bissau, a CART 1525 seguiu para Mansoa, a fim de efectuar um curto período de adaptação operacional e substituir a CART 644 [10Mar64-09Fev66; do Cap Art Vítor Manuel da Ponte da Silva Marques (-†2004) (1.º), Cap Art Nuno José Varela Rubim (2.º) na função de reserva e intervenção do sector do BCAÇ 1857 [06Ago65-03Mai67; do TCor Inf José Manuel Ferreira de Lemos]. 

Em 21Fev66, por rotação com a CCAÇ 1420 [06Ago65-03Mai67; do Cap Inf Manuel dos Santos Caria], foi transferida para o subsector de Bissorã, em reforço da guarnição local até 31Out66, tendo ainda actuado em diversas operações realizadas nas regiões do Tiligi, Biambe, Morés e Queré e sendo também deslocada para operações na região de Jugudul, de 23Jul66 a 17Ago66; de 18Jun66 a 06Jul66, destacou, ainda, um pelotão para Ponte Maqué. 

Em 31Out66, assumiu a responsabilidade do subsector de Bissorã, após saída da CCAÇ 1419 [06Ago65-03Mai67; do Cap Mil Inf António dos Santos Alexandre], tendo passado a integrar o dispositivo e manobra do BCAV 790 [28Abr65-08Fev67; do TCor Cav Henrique Alves Calado (1920-2001)], após reformulação dos limites da zona de acção dos sectores daquela área em 01Nov66, e depois do BCAÇ 1876 [26Jan66-04Nov67; do TCor Inf Jacinto António Frade Júnior]. 

Pelos vultuosos resultados obtidos em baixas causadas ao inimigo e armamento apreendido, destacam-se as operações: «Embuste» [01Out66] e «Bambúrrio» [03Abr67], nas regiões de Iarom e Faja. Em 10Out67, foi rendida no subsector de Bissorã pela CCAV 1650 [06Fev67-19Nov68; do Cap Cav José Cândido de Bonnefon de Paula Santos], recolhendo seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso, o qual ocorreu em 04 de Novembro de 1967, sábado, a bordo do N/M «UÍGE». (CECA; 7.º Vol.; p 446).

Continua…

► Fontes consultadas:

Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 5.º Volume; Condecorações Militares Atribuídas; Tomo II; Cruz de Guerra, 1962-1965; Lisboa (1991).


Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro I; 1.ª Edição; Lisboa (2014)

Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 7.º Volume; Fichas das Unidades; Tomo II; Guiné; 1.ª edição; Lisboa (2002).

Ø Outras: as referidas em cada caso.

Termino, agradecendo a atenção dispensada.

Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.

Jorge Araújo.

01Set2022

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Nota do editor:

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23439: O nosso livro de visitas (216): Areolino Cruz (Bafatá, 1944 - Cubucaré, 1965) foi meu colega de carteira no Colégio Nuno Álvares, em Tomar, nos anos de 1957/58. Guardo dele uma terna recordação (Francisco A. Monteiro e Souza, natural de Cabo Verde, a viver nos Açores, ex-membro da FAP e da TAP)



Colégio Nun'Álvares, de Tomar, Externato e Internato, Masculino e Feminino - Cursos: Curso Primário Elementar; Cursos de Admissão aos Liceus e Escolas Técnicas; Curso completo dos Liceus (do 1º ao 7º ano): Curso completo Comercial (ciclo Preparatório e Curso Geral de Comércio);  Admissão às Universidades e Institutos médios e superiores.

Anúncio publicitário inseridno,  na pág. 93, na revista Seara Nova, nº 1385-86. março-abril de 1961. Fonte: RIC - Revistas de Ideias e Culura | SLHI - Seminário Livre de História das Ideias, CHAM | FCSH | Universidade NOVA de Lisboa. (Com a devida vénia...)



A notícia da morte de Areolino Cruz foi divulgada no Boletim mensal «Libertação», Órgão de informação oficial do PAIGC, edição n.º 62, Janeiro de 1966, classificado de "número especial". O texto que abaixo citamos foi retirado da página 11.




Citação: (1966), "Libertação", n.º 62, Ano 1966, Janeiro de 1966 | Fundação Mário Soares / DAC - Documentos Amílcar Cabral - Vasco Cabral  (com a devida vénia).

Infografia: Jorge Araújo / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021).



1. Mensagem recebida no Formulário de Contacto do Blogger  (*): 

Data - quinta, 14/07/2022, 17:17

Fui colega de carteira do Areolino 
[Cruz], no Colégio Nuno Álvares, em Tomar, nos anos 57/58. 

Embora mais novo que ele, guardo do mesmo uma terna recordação. Sai do colégio em 1958 e desde então perdi o contacto com o mesmo. 

Soube mais tarde,através do Daniel Ramos Benoliel, guineense, que comigo serviu na Força Aérea Portuguesa e mais tarde foi meu colega na TAP, que o Areolino tinha ido para a URSS estudar e que, por qualquer motivo, foi recambiado para a Guine, onde viria a morrer.
Paz à sua alma.

Francisco Souza (natural de Cabo Verde).

Cumprimentos,
Francisco A. Monteiro e Souza


2. Resposta do editor Luís Graça:

Data - sexta, 15/07/2022, 10:29

Francisco, obrigado pelo contacto. Sobre o Areolino Cruz (Bafatá, 1944 - Cubucaré, 1965) temos pelo menos 3 referências.(**)

Se não vir inconveniente, gostávamos de poder publicar a sua mensagem. É sempre escassa a informação sobre os homens (guineenses, cabo-verdianos, portugueses, cubanos...) que estiveram "do outro lado" nesta guerra, afinal de contas fratricida... 

O nosso blogue é uma plataforma para a partilha de memórias de todos nós que, ao fim e ao cabo, continuamos a ter a Guiné e a sua gente (e, claro, Cabo Verde) no coração.

Mantenhas. Luis Graça

3. Resposta de Francisco A. Monteiro e Sousa:

Data - 16 jul 2022 14h59

Caro Luís Graça,

Muito obrigado pela sua mensagem. Não vejo qualquer inconveniente em publicar a minha mensagem. 

Mais informo que durante a minha estadia no colégio Nuno Álvares,em Tomar, fui colega de vários outros Guineenses, entre eles o João Domingos Gomes,o Eslávio Gomes Correia e os irmãos Inácio e Júlio Semedo   [o Inácio Semedo tem 1o referências no nosso blogue], todos eles mais velhos que eu,  mas com os quais mantive boas relações. Não sei se ainda estão vivos, mas se ainda o forem,  daqui (Açores, onde vivo desde 1979) lhes envio um fraterno abraço.

Termino enviando-lhe um cordial abraço.

Francisco A.Monteiro e Souza.
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 26 de abril de 2022 > Guiné 61/74 - P23203: O nosso livro de visitas (215): Martin Evison, inglês, em nome da ONGD Action Guinea BIssau, uma "charity" do Reino Unido, criada em 2020, que atua em Catió e Cufar

(**) Sobre o Areolino da Cruz, vd. postes de:

24 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21943: (D)o outro lado do combate (65): a morte de Areolino Cruz (Bafatá, 1944-Cubucaré, 1965), professor do ensino básico no Cantanhez (Jorge Araújo)

(...) Areolino Cruz, de nome completo: Areolino Lopes da Cruz Júnior, filho de Augusto Lopes da Cruz e de Domingas da Rocha Cruz, nasceu em 14 de Janeiro de 1944 (6.ª feira), em Bafatá. Morreu, como se infere da nossa investigação, em Cubucaré, na Região de Tombali (Cantanhez), entre 17 e 20 de Dezembro de 1965, de acordo com as circunstâncias relatadas no ponto 3 deste texto. (...)

23 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P21000: PAIGC - Quem foi quem (13): Areolino Cruz, professor do ensino primário, que alegadamente terá perdido a vida ao tentar salvar os seus alunos durante um bombardeamento, em Cubucaré, em 17 de fevereiro de 1964 (Cherno Baldé / Jorge Araújo)

20 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20994: (D)o outro lado do combate (60): O ataque a Pirada em 15 de julho de 1963 (Jorge Araújo)

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22748: (De)Caras (183): Revivendo e partilhando (João Crisóstomo, Nova Iorque, de Visita a Portugal)

1. Mensagem do nosso camarada João Crisóstomo, a residir em Nova Iorque, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67), enviada ao nosso Blogue em 16 de Novembro de 2021:

Caros camaradas,
Sempre que vou a Portugal uma das minhas prioridades é tentar contactar pessoalmente aqueles que me são queridos e a quem apenas consigo contactar por telefone ou E-mail durante todo o ano. Se a alguns consigo fazê-lo individualmente a maioria sejam estes membros de família, camaradas da Guiné ou simplesmente amizades feitas ao longo dos anos, apenas consigo fazê-lo em ocasiões pre-combinadas que me permitem ver e encontrar várias pessoas ao mesmo tempo.
Evidentemente que “férias em Portugal” quer dizer sempre viajar um pouco. E foi nestas viagens que tive ocasião de fazer algumas visitas já mencionadas em ocasiões anteriores quando tive a grande satisfação de visitar o Valdemar Queiroz e o Francisco Pinho da Costa. Este último nunca o tinha visto mais depois de termos sido vítimas duma mina, ocasião em que fracturou as pernas e foi evacuado para Bissau e depois para Portugal. Tive muita pena de não me ter sido possível visitar vários outros que sabia estarem com problemas de saúde ou outras razões que que não lhes permitiam deslocações. A alguns até já contactei depois de ter voltado a Nova Iorque. A outros farei o possível para os contactar brevemente, tanto mais que a época de Natal e Ano novo se aproximam.
Entretanto aqui estão algumas fotos, queridas todas pois são elos entre mim e outros que me são queridos.


Esta foto foi tirada no Algarve. O Henrique Matos encarregou-se de combinar com os outros três a melhor maneira de nos vermos e vieram os quatro ter comigo ao Hotel Vila Galé em Tavira onde eu e a Vilma, acompanhados pelo Rui e Virginia a quem tínhamos convencido a vir connosco, fizemos a nossa base nesses poucos dias no Algarve. A Vilma, convencida a ficar na foto para esta ficar mais bonita, foi depois ter com o Rui e Virginia. E nós cinco, - eu , Henrique Matos, Teixeira, Chico e Viegas - ( que faz hoje anos e a quem por telefone já dei um abraço, interrompendo o seu almoço com amigos) ficámos a matar saudades, revivendo momentos, partilhando notícias e lembrando camaradas; como sempre sucede nestas ocasiões.
Reviver a Guiné, pelo menos para mim, mas creio que é mais ou menos geral este sentir, não importa quantas vezes o fazemos, é quase sempre como se fosse a primeira vez depois das vividas experiências passadas. Doloroso porém quando aqueles camaradas que connosco viveram esses momentos não estão mais entre nós. Ao fim de duas horas e um abraço forte despedido-nos… "até à próxima vez, talvez no próximo ano, se Deus quiser”.

O claustro do convento de Varatojo foi o lugar de encontro com os meus familiares e amigos este ano. E porque entre os meus familiares tenho alguns que foram também meus camaradas na Guiné e outros que partilharam comigo as vivências de Seminário, na missa que precedeu o nosso encontro eu pedi ao Padre Melícias, celebrante para lembrar duma maneira abrangente todos os camaradas da Guiné ou de Seminário já falecidos. Como a foto revela foi pequeno o número de presentes este ano. Razões de idade, agora agravadas pela ainda presente covid assim o exigiram.

O viver próximo de Luís Graça, Rui Chamusco e a São, esposa do saudoso Eduardo Ferreira, facilitaram-me encontros e momentos daqueles que me fazem sentir o quão maravilhosa pode ser a vida de cada um de nós. Basta sabermos não perder as boas oportunidades. O sorriso na cara de cada um, incluindo em outros queridos/as presentes nesses momentos, dá bem idéia da amizade e alegria que todos sentíamos naquele momento.

Outros momentos me ficaram na memória e coração, mas que devida à minha pouca perícia em coisas digitais não me ficaram devidamente registados apesar das boas intenções nesse sentido. Mesmo sem as devidas fotos, recordo já com saudade os momentos com Manuel Leitão (o Mafra); as visitas ao Forte de Castro Marim, no Algarve, quase na fronteira com a Espanha, onde o Infante Dom Henrique que aí chegou a viver foi o primeiro Grão Mestre da Ordem de Cristo, herdeira dos privilégios e propriedades da extinta Ordem dos Templários.
Entre outros momentos dignos de registo lembro uma visita à Coudelaria de Alter do Chão com os seus famosos cavalos e a sua “escola de faisões", única no género em Portugal. No Crato fui encontrar o túmulo, original dizem, de Don Nuno Álvares Pereira… e em Castelo de Vide, graças a uma dica do Luís Graça, fui encontrar uma sinagoga e o que resta de uma povoação que recebeu milhares de refugiados aquando da instalação da Inquisição na Espanha.
E outros lugares que me fazem ver que cada vez que me desloco dum lado para outro o quanto há para conhecer e visitar.

Que ficam para a próxima vez, se Deus quiser.
João Crisóstomo, Nova Iorque

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Nota do editor

Último poste da série de 9 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22699: (De)Caras (182): os dois "ponteiros" de Bambadinca, o velho Brandão (da Ponta Brandão) e o histórico Inácio Semedo, de quem o Amílcar Cabral foi padrinho de casamento - II (e última) Parte