sexta-feira, 10 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8397: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (16): Ainda a imagem de N. Sra. Fátima doada pelo António Camilo e pelo Luís Branquinho Crespo




Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 > A última doação à Capela de Guileje (*) foi uma imagem de N. Sra. de Fátima, trazida expressamente de Portugal por António Camilo e Luís Branquinho Crespo (**).  O Camilo (à direita), ao lado do Pepito.



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 >  A imagem de Nossa Senhora de Fátima, acabada de sair da embalagem que a protegeu durante a longa viagem Portugal-Guinéu Bissau.






Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje >  Capela > 2010>  A capela, sem a imagem de N. Sra. Fátima.




Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > Capela > 2010 >  O Crespo e o Camilo colocando a imagem na sua base.







Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > Capela > 2010 >  A imagem, depois de colocada na sua base.





Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > Capela > 2010 >  A  famosa lápide, recuperada das ruínas do quartel de Guileje, que atesta a época e a autoria da construção da capela (CART 1613, Os Lenços Verdes, Guileje, 1967/68), sob a direcção do seu saudoso camarigo Zé Neto (1929-2007), que não chegou a assistir à inauguração da sua capela, reconstruída (***)... Em sua memória, foi a viúva, Júlia Neto, nossa querida amiga.

Fotos: ©  António Camilo  (2010). T&odos os direitos reservados




O António Camilo, ex-Fur Fur Mil da CCAÇ 1565 (Bissau, Jumbembém, Canjambari, Bissau, 1966/68), foi um dos primeiros (e seguramente dos mais empenhados) elementos do Grupo dos Amigos da Capela de Guileje.   Ele, que esteve no norte da Guiné, no tempo da guerra, apaixonou-se pelo sul, pelo Rio Corubal, pelo Saltinho, por Guileje, em tempo de paz e de reconstrução... 

Para além do valioso material (cimentos, tintas, etc.) que ele encaminhou para a reconstrução da Capela de Guileje, ofereceu também uma imagem de Nossa Senhora de Fátima... Estas fotos, de 2010, documentam uma das suas recentes viagens à Guiné-Bissau... (A última viagem, no início de 2011, foi a 15ª, conforme se pode ler no artigo, de 2 páginas, sob o título "O bom gigante", que lhe dedicou a revista Visão, de  3 de Fevereiro de 2011, e a que voltaremos dentro em breve noutro poste).


Um artigo sobre o algarvio António Camilo, de 66 anos, nosso camarada, na véspera de dar início à sua 15º viagem de solidariedade à Guiné-Bissau... Revista Visão, 3 de Fevereiro de 2011, pp. 84-85.


Na viagem (ou numa das das viagens) de 2010,  ele (e o seu amigo, Luís Branquinho Crespo) levou até Guileje a imagem de Nossa Senhora de Fátima que faltava na Capela, hoje integrada no Núcleo Museológico Memória de Guiledje, inaugurado entretanto em 20 de Janeiro de 2010... 

O Camilo mandou-te recentemente um CD-ROM com centenas de fotos da sua última viagem humanitária, mais estas por mail. Estou-lhe grato e prometo fazer uma selecção desses fotos dar início à publicação do álbum fotográfico do nosso "bom gigante"... (LG)

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Guiné 63/74 - P8396: Parabéns a você (272): Alcides Silva, ex-1.º Cabo Estofador da CCS/BART 1913 (Tertúlia / Editores)


PARABÉNS A VOCÊ

DIA 10 DE JUNHO DE 2011

ALCIDES SILVA

NESTE DIA DE FESTA, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM POR ESTE MEIO DESEJAR AO NOSSO CAMARADA ALCIDES SILVA AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE JUNTO DE SEUS FAMILIARES E AMIGOS.

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Notas de CV:

- Alcides Silva foi 1.º Cabo Estofador na CCS/BART 1913 que esteve em Catió nos anos de 1967, 1968, 1969

Vd. último poste da série de 9 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8391: Parabéns a você (271): Ernesto Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 (Tertúlia / Editores)

Guiné 63/74 - P8394: Ser solidário (107): A população de Elalab tem razões para se sentir feliz (José Teixeira)

1. Mensagem de José Teixeira* (ex-1.º Cabo Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), membro da Direcção da Tabanca Pequena, Grupo de Amigos da Guiné-Bissau (ONGD), com data de 31 de Maio de 2011:

Caríssimos editores.
Com um fraternal abraço, junto um texto sobre Elalab que gostava fosse publicado no blogue para dar a conhecer o trabalho que a Tabanca Pequena está a desenvolver na Guiné-Bissau.
Abraço fraterno do
Zé Teixeira


A POPULAÇÃO DE ELALAB NA GUINÉ-BISSAU TEM RAZÕES PARA SE SENTIR FELIZ


Cercada de rios e riachos. Isolada do mundo. Mereceu o olhar atento dos dirigentes da AD - Acção para o Desenvolvimento, nossa parceira na Guiné-Bissau.
O grito das jovens mulheres a pedir um espaço com o mínimo dos mínimos de higiene e sanidade para poderem dar à luz, foi ouvido e canalizado para a Tabanka – ONG alemã que disponibilizou o dinheiro necessário para se construir o Centro Materno-Infantil e um poço de água potável junto ao mesmo para as necessidades locais de água potável. O Centro Materno Infantil terá três salas: sala de espera, sala de partos e sala de repouso pós-parto.

O terreno arenoso de acesso a Elalab que dificulta o acesso por via motorizada e é extremamente cansativo na marcha a pé.


Acessos a Elalab

A população de Elalab na receção dos representantes da Tabanca Pequena.

A nossa Associação Tabanca Pequena, correspondeu com o compromisso de garantir o fornecimento permanente do material sanitário de consumo, como ligaduras, desinfectantes, compressas, material de higiene, e limpeza etc. para apoio às parturientes.
Forneceu também com a colaboração da Associação Viver 100Fronteiras uma marquesa para partos, e uma marquesa hospitalar para apetrechar a sala de partos. Forneceu também três camas hospitalares com mesinha de cabeceira, para apetrechar a sala pós-parto.

A AD – Acção para o Desenvolvimento assumiu a preparação técnica das matronas. São mulheres, habitantes locais que vão adquirir conhecimentos de apoio às parturientes na falta de enfermeira ou parteira, para substituírem as “habilidosas” existentes no terreno, as quais até à data têm assistido aos trabalhos de parto em pleno mato ou seja em casa das parturientes sem o mínimo de garantia sanitária, situação que tem sido a causa de muitas mortes de nascituros e quantas vezes a morte das próprias mães, provocada por infecções e pelo tétano.

As obras do Centro Materno-Infantil já começaram, prevendo-se a sua inauguração para Outubro próximo.

Uma morança típica de Elalab

Um dos grandes problemas existentes nesta Tabanca prende-se com a sua situação geográfica. Isolada no terreno pelas bolanhas e riachos, tem uma única saída por terra através de diques que levam cerca de uma hora a percorrer em fila indiana, seguindo-se um areal, onde só potentes viaturas com tracção a quatro rodas podem com muita dificuldade circular. A pé são mais de duas horas para se chegar a Suzana, a povoação mais próxima com acesso via “picada” até S. Domingos.

O sonho da população é ter um barco, que através do rio encurte o tempo de chegada a Suzana para cerca 45 minutos, sem o cansaço da caminhada que teriam de fazer por terra. O isolamento da Tabanca afasta-os da ligação à sociedade. Vivem do que a terra e a água dos rios lhes dá, mas não conseguem juntar dinheiro porque a sistema monetário não funciona.

O Barco seria muito útil não só para transportar pessoas, sobretudo as idosas e ou doentes mas também para transportar bens que podem ser para comercializar nas feiras de povoações próximas, ou para suprir as suas necessidades como a palha para cobrir as moranças.

O Barco que a Tabanca Pequena vai oferecer a Elalab será parecido com este que vemos na imagem e já está em construção.

Mais uma vez o seu apelo foi ouvido. A nossa Associação - Tabanca Pequena, mandou construir um barco de transporte cerca de 30 pessoas que via oferecer à população de Elalab, cujo custo está orçado em 1.500.00 €.
AD – Acção para o Desenvolvimento, ONG comprometeu-se em oferecer o motor para equipar o barco.

Já está em construção. Sairá em breve do Estaleiro.
Apoiando assim as Tabancas perdidas no interior da Guiné-Bissau estamos a contribuir para o bem-estar das populações e consequentemente para a sua ligação à terra-mãe, combatendo a fuga para os grandes centros, onde a miséria é maior e sobretudo se perdem rapidamente a ligação às raízes étnicas e valores aprendidos no colo da mãe.

Zé Teixeira
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 14 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8271: Ser solidário (106): A Associação Tabanca Pequena de Matosinhos visitou Amindara (José Teixeira)

Guiné 63/74 - P8395: Carta Aberta ao Presidente da República... Ou uma reflexão sobre o 10 de Junho, Dia dos Combatentes (Parte I) (Joaquim Mexia Alves)



1.  Voltamos a publicar a mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alve, com data de 31 de Março último

Assunto: Carta Aberta ao Presidente da República
Meus caros camarigos editores:


Hoje mesmo enviei via site da Presidência da República, a carta que anexo, ao Senhor Presidente da República. Esta carta surgiu das ideias ontem apresentadas pelo António Martins Matos no Encontro da Tabanca do CentroA ele enviei o primeiro esboço desta carta, tendo-me dado conselhos preciosos para chegar ao texto final, que como acima afirmo, já foi enviado pelo site da Presidência.

Já recebi aliás a informação de que tinha sido recebida. O texto da carta envolve-me obviamente a mim, mas julgo que expresso, mais coisa menos coisa, o sentir da grande maioria dos Combatentes.

Fica à vossa disposição para publicação na Tabanca Grande e quem sabe, poder posteriormente receber a assinatura de todos aqueles que nela se revejam. Poder-se-á perguntar porque não a submeti à anterior apreciação de todos? Eu respondo, pela experiência que tenho e todos vós também, que tão cedo não teríamos um texto final que pudéssemos enviar. Assim, como acima refiro, a carta envolve-me a mim, mas pode ser expressão de todos aqueles que a ela queiram a aderir.

O modo de fazer essa adesão deixo-o ao cuidado de quem sabe mais do que eu dessas coisas.

Um abraço camarigo para todos do
Joaquim Mexia Alves


2. Carta aberta ao Presidente da República



Exmo. Senhor Presidente da República
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva

Escrevo esta carta aberta a V. Exa., pois na sua qualidade de Presidente da República é também o Comandante Supremo das Forças Armadas de Portugal.

Aproxima-se o dia 10 de Junho, e como sempre acontecerão as respectivas celebrações e actividades, que se vão tornando no tempo e na história, cada vez mais afastadas daquilo que deveriam efectivamente ser.

Com efeito, hoje já não faz sentido o chamado “Dia de Camões e das Comunidades”, por razões tão óbvias que nem precisam ser enumeradas

O dia 10 de Junho, que deveríamos entender como o Dia de Portugal, esteve sempre ligado, na sua mais original génese, aos Combatentes de Portugal, que ao longo da História da Nação foram dando o melhor de si para a servir.

E é perfeitamente legitimo que assim seja, porque uma Nação que se honra da sua História, sempre deve homenagear os seus filhos que por essa História se entregaram com risco, e muitas vezes entrega da própria vida.

A maior parte das nações que de um modo geral Portugal considera aliadas ou amigas, têm em cada ano um dia especialmente dedicado aos seus Combatentes, independentemente das razões ou legitimidade das guerras travadas.

Assim, em nações como a Grã-Bretanha ou os Estados Unidos da América, (para citar apenas estas duas), esse dia é comemorado com “pompa e circunstância” e os Combatentes são a figura principal das celebrações desse dia, sem distinção, conotações políticas, ou quaisquer outras, mas apenas respeitando e homenageando aqueles que serviram a Pátria com as suas próprias vidas.

Se o 10 de Junho não é entendido nesta dimensão, (e é óbvio pelo passado recente que o não é), duas coisas há a fazer:

- Ou fazer do 10 de Junho esse dia de homenagem e respeito aos Combatentes.

- Ou criar um novo dia específico para essa homenagem, na certeza porém, de que o 10 de Junho nos moldes em que é celebrado agora, perderá rapidamente a anuência e empenho dos Portugueses que agora, apesar de tudo, ainda minimamente tem.

Não se perguntarão as autoridades de Portugal o porquê de, ainda havendo tantos Combatentes das guerras recentemente travadas por Portugal, ser tão diminuta a afluência às celebrações do 10 de Junho?

A resposta é sem dúvida muito fácil. É que os Combatentes não se revêem na forma como esse dia é celebrado e muito menos ainda na forma como são tratados nesse dia e em todos os dias.

Escrevo a V. Exa.,  por mim, mas também por muitos que ouço e pensam como eu.

Não se trata agora de subsídios, ou outras “compensações” financeiras, seja por que motivos forem, mas sim, única e exclusivamente, de respeito e consideração por aqueles que, tendo deixado tudo, (voluntária ou involuntariamente), não deixaram de servir Portugal, a maior parte das vezes em condições de terrível sobrevivência.

Foram gerações sacrificadas, mas generosas, como V. Exa. muito bem disse no seu recente discurso na “Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do início da Guerra em África”, e que, mesmo não tendo na sua maior parte “ido à guerra” de modo voluntário, não deixaram de cumprir até á exaustão com tudo o que lhes foi exigido, e em condições de inigualáveis dificuldades, prestigiaram Portugal e todos aqueles que pela Nação combateram desde a sua própria Fundação.

Pode parecer uma escrita épica, ou desajustada das “realidades” de hoje, mas é verdadeira para todos aqueles que se orgulham de ser Portugueses e se orgulham da sua História.

E isto, repito, nada tem a ver com política, ou formas de interpretar as guerras, mas sim como o respeito que sempre deve existir por aqueles que se deram pelos outros.

Nós, Combatentes, não queremos ser anónimos, nem envergonhados, (que o não somos), mas queremos sim, (tal como nos países acima referidos), desfilar, de pé, de cadeira de rodas, ou conduzidos por outros, seja qual for a nossa condição, acompanhados pelos estandartes e símbolos, sob os quais servimos Portugal.

Não nos movem quaisquer razões político-partidárias, nem conotações com qualquer regime, mas sim, a razão de querermos desfilar em Belém, pois queremos desfilar em homenagem e honrando aqueles que estão inscritos naquele Monumento aos Combatentes, e que deram tudo o que tinham a Portugal, ou seja, a sua própria vida.

Não queremos discursos de circunstância que ninguém ouve, nem queremos discursos de instituições mais ou menos estatizadas, queremos sim ouvir algum ou alguns de nós, que nos encham a alma, o coração, bem como o Comandante Supremo das Forças Armadas, para nos sentirmos vivos, para nos sentirmos respeitados, para sentirmos que a «Pátria nos contempla», não para nosso orgulho, mas para nosso respeito, e para que as gerações vindouras saibam que Portugal honra os seus filhos.

Senhor Presidente da República, está nas suas mãos ouvir os Combatentes!

Não, como acima refiro, as instituições mais ou menos “estatizadas” de Combatentes, mas ouvindo os Combatentes, que até pela força do seu passado, com muita facilidade se organizarão para responder a um seu convite.

Estamos, como V. Exa bem sabe, pois também fez uma comissão em Moçambique, a ficar cada vez mais velhos, já para além dos 60 anos, pelo que é tempo de se corrigir o desprezo a que foram e são votados os Combatentes de África.

E não só os de África, mas os de todos os tempos que serviram Portugal.

Desfilaremos, transportando com tanto orgulho o estandarte das nossas unidades militares da guerra em África, como com o estandarte dos nossos irmãos mais velhos da guerra na Europa, ou em qualquer parte do mundo.

Portugal precisa, mais do que nunca, de se olhar, de olhar as suas gentes, de redescobrir a generosidade com que os Portugueses sempre se deram pela sua Nação, para não corremos o risco de cada vez mais nos fecharmos em nós próprios apenas para “lambermos as nossas feridas”.

Homenageando, respeitando e enaltecendo os Combatentes, homenageamos, respeitamos e enaltecemos a vontade inabalável dos Portugueses.

Homenageando, respeitando e enaltecendo aquelas gerações, fazemos também com que as gerações de agora e as vindouras, sintam orgulho e vontade de pertencerem à Nação que «deu novos mundos ao mundo».

Está nas suas mãos, Senhor Presidente da República, marcar uma viragem importante e imprescindível nas celebrações do 10 de Junho, e assim, dar aos Portugueses e ao mundo, uma nova imagem de Portugal que honra os seus filhos, porque só por eles existe e é Nação.

Com os meus respeitosos cumprimentos

Joaquim Manuel de Magalhães Mexia Alves
Alferes Miliciano de Operações Especiais na disponibilidade.
Guiné 1971/1973

3. Nota dos editores:

Amigos/as, camaradas, camarigos/as:

Se quiserem manifestar o vosso apoio  a esta "carta aberta", podem fazê-lo directamente no sítio da Presidência da República Portuguesa... Cliquem em Escreva ao Presidente.  Têm à vossa frente um formulário que oferece uma interface gráfica para o envio da vossa mensagem, que não pode excer dos 10 mil caracteres (tomem como termo de comparação a carta do JMA que tem cerca de 6600 caracteres com espaços).

Não se trata de nenhum abaixo assinado nem de nenhum petição pública. Trata-se apenas de informar os serviços da PRP que, a título pessoal, apoiam o conteúdo da carta do nosso camarada (sugerindo que seja repensado o tradicional formato das comemorações do 10 de 
Junho, em que os ex-combatentes não se revêem). 

Pode ser uma mensagem do seguinte teor: "Subscrevo a Carta Aberta ao Presidente da República Portuguesa, enviada em 31 de Março de 2011, por esta via, pelo cidadão e ex-combatente Joaquim Manuel de Magalhães Mexia Alves"...

Preencham os campos de resposta obrigatória, assinalados com asterisco (nome, e-mail, morada, etc.). Em relação ao motivo do envio da mensagem, podem responder o seguinte: Motivo=Informação. Temática= 10 de 
Junho, dia dos Combatentes.

Até à data, os serviços da Presidência da República Portuguesa ainda não deram qualquer resposta a esta carta aberta, o que só pode ser explicado por sobrecarga de trabalho, em grande parte justificada pelas eleições para a Assembleia da República que acabam de se realizar e pelo processo de constituição do novo governo.   Achámos oportuna a publicação, neste dia, de uma 2ª via desta carta aberta, acompanhada dos mais de 40 comentários dos nossos leitores.
[ Revisão / fixação de texto: L.G.]
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Nota do editor:

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8393: Convívios (349): A CART 1689 comemorou os 44 anos da chegada à Guiné no dia 30 de Abril de 2011 na Póvoa de Varzim (José Ferreira da Silva)

1. Mensagem José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 2 de Junho de 2011:

Caro Vinhal
Como é evidente, gostaria que publicassem alguma coisa sobre o Encontro relativo ao 44º Aniversário da Partida para a Guiné, da nossa Cart 1689 - Os Ciganos.

Com os nossos agradecimentos,
Um Abraço
Silva


CART 1689 – Os Ciganos
Guiné 1967 / 1969

Encontro anual dos seus ex-combatentes, comemorando os 44 anos da sua chegada à Guiné

Povoa de Varzim – Escola de Serviços
Dia 30 de Abril de 2011




Graças ao empenho e capacidade de organização do nosso camarada José Ribeiro e à colaboração da Escola de Serviços na Póvoa de Varzim, os ex-combatentes da CART 1689 – “Os Ciganos”, viveram mais um dia de agradável convívio, comemorando os 44 anos da sua partida para a Guiné. O facto curioso de se festejar a partida para a Guiné (26 de Abril de 1967) e não a chegada, tem a ver com o hábito adquirido lá, na Guiné, de se festejar, sempre que possível, cada mês que se completava.

A Escola disponibilizou as suas excelentes instalações, os seus simpáticos militares (masculinos e… femininas) e a sua abundante e boa alimentação. Foi mesmo um Banquete. Ainda faltavam mais de duas horas para o repasto e já havia militares encostados ao balcão do Bar da Messe, pedindo combustível às belas e simpáticas “cantineiras”, vestidas de camuflado. Havia já quem lembrasse que o “Valadares” era um bom “barman”, mas ficaria envergonhado se visse tanta “classe”. No almoço, foram vários a repetir (exageradamente), só porque as miúdas se esmeravam no serviço. Felizmente, trata-se de gente que anda prevenida e atacou logo nos “remédios”.

Durante todo o convívio, ficou mais uma vez, evidente o espírito de camaradagem que sempre reinou nesta CART 1689, denominada clandestinamente de “Os Ciganos”. Este nome não autorizado, visou marcar a realidade de “Companhia de Intervenção”, que correu quase todos os Sectores da Guiné, exceptuando as áreas de S. Domingos/Teixeira Pinto/Bula, Beli/Madina do Boé e a parte sul da península de Cacine.

A história da CART 1689 está recheada de operações militares por quase toda a Guiné, mudanças e mais mudanças e vivência intensa. A Companhia recebeu o mais alto galardão atribuído em combate – Flâmula de Honra / Ouro do CTIG, mas os seus militares não fazem questão em se arvorarem em heróis ou em guerreiros. Cumpriram cabalmente a sua obrigação e, pessoalmente, não esperaram honras nem reconhecimentos balofos por essa razão. Sempre que se encontram, falam dos bons e maus momentos que viveram juntos e solidários. É essa riqueza que lá conquistaram e que, pelo menos, uma vez por ano usam exuberantemente.

No final do almoço, o nosso Capitão Maia (hoje General na reforma e antigo Comandante da Região Militar do Norte) fez o seu melhor discurso de sempre. Lembrou os mortos e os feridos e evidenciou o sacrifício de todos e seus familiares, desta grande família. Desta vez chorou, mostrando todo o sentimento de união e de camaradagem que nos tem ligado.

A malta de Lisboa (Branquinho, Machado, Pontes, “Massamá”, “Piedade” e Sousa) são os mais assíduos a estes encontros e, por isso, no próximo ano, custe o que custar, vai haver “nortada” lá para os lados da Caparica. É que mais que noventa e cinco por cento do pessoal é do Norte, com incidência nos arredores do Porto.

Quem reagiu cautelosamente a essa decisão foi o Miranda e restante “família” do FCP. Ele, que anda inchado como um pavão, se apresentou mais uma vez, artilhado à FCP, carregado de elementos demonstrativos da sua “fé” (emblema, relógio, caneta, gravata, alfinete de gravata, botões de punho, anel, etc.), e os demais elementos não gostam de se deslocar a terras de “mouros”. Logo insinuou ser necessária “dispensa do Papa do FCP”. Confessa também ter receio de não se conseguir “segurar” perante um tal “Barbas” do Glorioso SLB, proprietário do restaurante da Costa da Caparica, para onde o almoço de 2012 está planeado.

Porém, estamos convencidos que vai ser uma Op Especial (“Tomada de Lisboa aos Mouros - Parte II”), com os nortenhos armados de camaradagem e de charme, coisa nunca vista lá para aqueles lados do Sul…

Silva da CART 1689


O Carvalho de Almalaguês trouxe a família. Ao fundo vê-se o Nogueira e o Lourosa.

O riso do Massamá e a companhia do Cripto Valente

O António Soares, que veio pela primeira vez, ao lado do seu amigo Morais.

O Freitas e o Azevedo

O casal Mendes e os da Lixa

Mesquita, Teixeira e Sousa

Piedade, Damião Lima e famílias

Atacar a sopa

Alf. Branquinho, Cap. Maia e o Povoa (anfitrião)

Machado, Silva e Cepa

O Póvoa (José Ribeiro) "em sentido" com o Machado e o Cedas

Ferreira (ceguinho), Mesquita e o Miranda, o tal fanático do FCP.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 8 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8386: Convívios (342): I Encontro de Núcleos da Liga dos Combatentes do Algarve - Castro Marim, 21 de Maio de 2011 (Arménio Estorninho)

Guiné 63/74 - P8392: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (6): Os apanhados pela objectiva do Manuel Resende (Parte I)

Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande (*)   > O nosso assessor jurídico, o Dr Jorge Cabral, especialista em direito penal, e celebrado criador da figura do Alfero Cabral, mais o fotógrafo que tirou esta série, o Manuel Resende, ex-Alf Mil At da CCaç 2585 do BCaç 2884, que esteve em Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, (1969/71). O Resende veio ao encontro acompanhado da esposa, Isaura Serra (o casal mora em Caxias / Oeiras).


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Da esquerda para a direita, o Eduardo Campos (Maia),o Hélder Sousa (Setúbal) e o Silvério Lobo (Matosinhos: esteve recentemente na Guiné-Bissau, ma sua 3ª viagem por terra; na ida apanhou um susto na Mauritânia..). Vieram acompanhados das suas caras metades, Manuela, Natividade e Linda...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Do lado direito, reconheço o António J. Pereira da Costa e a Isabel, que vieram de Mem Martins / Sintra, e já são habitués dos nossos encontros... O António prometeu-me mais um poste para a sua série A Minha Guerra do Petróleo... (Temos um contrato para a produção de seis episódios e ele está a cumprir com o rigor do RDM; devo acrescentar que ele é o único coronel da tropa que eu conheço, "na reserva e em efectividade de funções")...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Aspecto parcial do início das hostilidades, os aperitivos no terraço da Sala D. Diniz, às 13h00 em ponto... Em primeiro plano, a Lígia (Espinho) e a Gina (Cascais)...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > De que estarão a falar o Jaime Brandão (Monte Real / Leiria) e o Victor Barata (Vouzela) ? Só pode ser do blogue Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/74 de que o Victor é o fundador e comandante... Conheço desde a Ameira, em 2006... Infelizmente, desta vez não conseguiu trazer o nosso Ruizinho, que  problemas de saúde retiveram em Viseu...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Mais amigos/as, camaradas e camarigos, na hora e local dos aperitivos: em primeiro plano, o Jero, o Zé Martins, a Manuela Martins, a Dina Vinhal, a Isaura Serra (de perfil)...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > O Juvenal Amado e o Carlos Silva (um dos fundadores e dirigentes da ONGD Ajuda Amiga, além de advogado e régulo... de Farim!)...

Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > De costas a Suzel (Óbidos), do lado esquerdo a Isaura Serra (Caxias / Oeiras), ao centro a Alice (Alfragide / Amadora) e do lado direito a nossa tabanqueira Felismina Costa (Agualva / Sintra) que veio acompanhada dos filhos, Cláudia e João Carlos


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Outro aspecto da sessão de aperitivos... Mais caras bonitas, simpáticas, amigas, solidárias...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Mais camarigos, uns novos como o Francisco Varela, advogado, amigo do Jorge Cabral (ao canto esquerdo), outros já nossos velhos conhecidos  da Tabanca Grande: em segundo plano, o J. L. Vacas de Carvalho, o Eduardo Moutinho (Tabanca de Matosinhos), o José Armando F. Almeida e o Benjamim Durães (de costas)... Em primeiro plano, o António Estácio (guineense do chão de papel disfarçado de tuga que viveu boa parte da vida em Macau...), o açoriano Tomás Carneiro (de costas, se não me engano) e o Henrique Matos (açoriano disfarçado de algarvio de Olhão)... O Estácio, atenção, vai lançar por estes dias um novo livro, Nha Bijagós (Fiquem atentos à nossa Agenda Cultural).

Fotos: © Manuel Resende  (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. 

[ Selecção, edição e legendagem das fotos: L.G.]
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Nota do editor

(*) Vd. último poste da série > 8 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8387: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro,manga de ronco (5): Agradecimentos da Maria Luís / Paulo Santiago, com selecção de fotos de Miguel Pessoa


Guiné 63/74 - P8391: Parabéns a você (271): Ernesto Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 (Tertúlia / Editores)


PARABÉNS A VOCÊ

DIA 9 DE JUNHO DE 2011

ERNESTO DUARTE

NESTE DIA DE FESTA, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM POR ESTE MEIO DESEJAR AO NOSSO CAMARADA ERNESTO DUARTE AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE JUNTO DE SEUS FAMILIARES E AMIGOS.

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Notas de CV:

- Ernesto Duarte foi Fur Mil na CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 que andou por terras do Óio, Mansabá, nos anos de 1965-1966-1967.

Vd. último poste da série de 7 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8385: Parabéns a você (270): Agradecimento de Belarmino Sardinha, aniversariante no dia 5 de Junho

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8390: Agenda Cultural (130): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (3): Convite para o dia 9 de Junho de 2011


1. Mensagem do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores, com data de 5 de Junho de 2011:

Caríssimo Carlos,
Mando-te a notícia da próxima conferência, com o material, incluindo a foto do conferencista.

Um abraço amigo do
Carlos







Ciclo de conferências-debate
“Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961¬ 1974: história e memória(s)”

No âmbito do ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974: história e memória(s)”, José M. Salgado Martins, coronel reformado e mestre em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores, proferirá, no próximo dia 9 do corrente (5.ª feira), a conferência “O Exército na Guerra do Ultramar: a experiência de um comandante de companhia”. O evento terá lugar no anfiteatro “C” do Pólo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores, com início pelas 17H30 e estará aberto à participação de todas as pessoas interessadas.

Trata-se de uma organização do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores, que teve início em 6 de Maio p. p., com a conferência do ten.-gen. Alfredo da Cruz “A Força Aérea na Guerra do Ultramar: experiência de um piloto de combate”.


O Coronel de artilharia José Manuel Salgado Martins é natural de Paços, distrito de Vila Real. Ingressou na Academia Militar em 1965. Desempenhou duas comissões de serviço como comandante de companhia: em Angola (1969-1971) e na Guiné (1972-1974). Colocado nos Açores em 1966, ali exerceu grande parte da sua vida profissional, tendo comandado o Grupo, depois Bateria de Artilharia de Guarnição n.º 1, o Regimento de Guarnição n.º 2, entre outras funções de comando. Licenciado em História e mestre em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores, foi fundador e director do Museu Militar dos Açores desde 1999 até à sua passagem à reforma, em 2007. É autor de vários livros e artigos sobre temáticas ligadas à História Militar.
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 14 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8272: Agenda cultural (122): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (2) (Carlos Cordeiro)

Vd. último poste da série de 8 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8389: Agenda Cultural (129): Apresentação do livro Dias de Coragem e de Amizade, de Nuno Tiago Pinto, no dia 7 de Junho passado na sede da ADFA (Miguel Pessoa)