sexta-feira, 14 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17243: Notas de leitura (946): “La Guine Bissau D’Amilcar Cabral à la reconstrution nationale”, por J.-CL. Andréini e M.-L. Lambert, Éditions l’Harmattan, 1978 (2) (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 25 de Janeiro de 2016:

Queridos amigos,
O intuito é repertoriar tudo o que se tem publicado desde a independência, em Outubro de 1974.
O livro é apologético, os autores deslumbraram-se com a experiência revolucionária, resolveram passá-la a limpo e dá-la aos leitores de expressão francesa. Ressalta a tentativa fruste do PAIGC em adaptar o seu modelo orgânico nas matas ao país todo, pôr o jovem país independente a abastecer-se nos Armazéns do Povo, a esperar milagres de uma modernização agrícola que não chegou aos cantos e a confiar naqueles investimentos colossais no setor industrial que deram com os burrinhos na água, quase que logo à nascença.
Ler para comparar, e ver este entusiasmo, aparentemente genuíno, a um tempo em que os guineenses estavam desencantados com tanto desastre governativo.

Um abraço do
Mário


A Guiné-Bissau três anos depois (2)

Beja Santos

Dois franceses, entusiastas da experiência revolucionária que parecia estar a viver-se na Guiné-Bissau, nos primeiros anos da independência de facto, resolveram escrever um pequeno guia para que toda a gente conhecesse o que era o PAIGC, como fora conduzido a luta de libertação nacional, em que assentava a democracia revolucionária concebida por Amílcar Cabral, isto como apresentação. Terão sido cooperantes, querem apresentar dados sobre a Guiné-Bissau, se ela se mantém fiel ao passado revolucionário do PAIGC, realizações estão em curso, o que é naquele país a participação popular, como estão a funcionar as instituições sociais, quais os dados mais relevantes de reconstrução económica. Foi assim que surgiu “La Guine Bissau D’Amilcar Cabrl à la reconstrution nationale”, por J.-CL. Andréini e M.-L Lambert, Éditions l’Harmattan, 1978.
Há para aqui muita confiança cega dos depoimentos que recolheram, usaram os dados estatísticos, como se eles estivessem providos de rigor, parece que estamos a viver no melhor dos mundos possíveis, no III Congresso do PAIGC, realizado em Novembro de 1977, também se procedeu a um balanço, concluiu-se que se avançara pouco para que o processo de luta de classes pudesse ser considerado como fundamental. O PAIGC estava concentrado na reconstrução nacional, queria fugir a uma política de desenvolvimento voluntarista, queria uma participação mais ativa, apelava às populações para se construir na base da unidade Guiné-Cabo Verde uma sociedade definitivamente liberta do homem pelo homem. Parecia que o III Congresso encontrava todas as células do PAIGC vivas e operantes. O que os autores não viram é que já havia carências de géneros, e os circuitos de comercialização se tinham desarticulado, que havia perseguições políticas e a segurança espalhava o terror, que não houvera reconciliação nacional, que já não se disfarçava o ódio visceral ao cabo-verdiano.

A herança recebida do colonialismo, no que toca ao setor industrial, tinha a ver com a produção alimentar e de bebidas, e o setor da reparação automóvel e naval. O partido-Estado tentou remediar esta situação, esboçando um programa em três direções: no setor industrial que permitisse a substituição das importações de artigos de primeira necessidade, destinados ao consumo interno; um segundo setor fundado na produção agrícola e silvícola para melhorar quantitativamente o consumo interno e a exportação; um terceiro setor moderno com a finalidade de promover grandes equipamentos e de procurar as divisas indispensáveis ao equilíbrio da balança de pagamentos. Os autores não dizem mas foi nessas iniciativas que se delapidaram milhões de dólares a fazer fábricas que no tempo de Luís Cabral trabalhavam quanto muito a 25%, uma mesmo não chegou a funcionar.

Os autores fazem uma cobertura apologética do novo sistema educativo, como estava a correr a transição nas escolas, a alfabetização dos adultos usando o método Paulo Freire, estava-se num período de transição e pretendia-se responder à grande preocupação de Amílcar Cabral que era de pôr as escolas a ensinar o trabalho e a combater o elitismo. Quanto ao sistema de saúde, os dirigentes do PAIGC queriam universalizar um sistema de saúde com base na orgânica do sistema de saúde durante a luta: hospitais regionais e de setor, postos sanitários, brigadas de saúde. Não se podia iludir que as autoridades coloniais tinham criado um bom número de postos sanitários, havia agora que ter em conta as enormes carências em pessoal médico e outros profissionais de saúde, faltavam equipamentos e não se podia dar resposta cabal à assistência medicamentosa. Os projetos em curso pretendiam recuperar e descentralizar hospitais regionais e de setor, postos sanitários e brigadas sanitárias e elevar a educação sanitária a todo o país, a mortalidade perinatal continuava muito alta, trata-se de uma missão educativa para a qual se devem implicar também as escolas e as comunidades rurais. Os autores concluíam esta apreciação fazendo referência à afirmação de Amílcar Cabral de que a saúde constitui a maior riqueza de um país, e dizem com inocência que a vontade de descentralização guia os projetos de equipamento sanitário no país, o obstáculo maior é a falta de meios financeiros e os quadros médicos. Por último, debruçam-se sobre a Justiça. Faz-se uma alusão ao Estatuto Jurídico e Administrativo da Guiné, de 1955, onde se discriminavam os cidadãos portugueses dos indígenas. Fidélis Cabral d’Almada, Comissário da Justiça referia-se ao caráter arbitrário da justiça colonial com relevo para os administradores, sipaios e representantes da polícia administrativa. Por etapas, o PAIGC tinha instituído um modelo de justiça popular até às zonas libertadas, trata-se de uma organização jurídica que comporta três instâncias: tribunais populares ao nível da aldeia ou de um conjunto de aldeias; tribunais da região ao nível da região administrativa; e o tribunal de guerra, a mais alta instância nas regiões libertadas, e detalha minuciosamente o funcionamento destas instâncias a partir d organização atual da justiça.

Nas conclusões do livro, os autores não escondem que a situação do país é precária e que a elaboração do primeiro orçamento de Estado foi uma terrível revelação. O problema financeiro, na época, centrava-se nas dificuldades da recolha de impostos pela ausência de serviços. Uma outra fonte de défice tinha a ver com a decisão da Assembleia Nacional Popular de isentar de imposto de reconstrução nacional, durante três anos, as antigas zonas libertadas. E havia o aumento dos salários mais baixos, estava por deslindar o problema complexo dos combatentes da liberdade da pátria e a integração na função pública dos numerosos quadros do PAIGC. Na hora atual em que os autores concluíam o livro a palavra austeridade dominava todas as decisões: dissolução de serviços tidos por não dispensáveis; congelamentos de postos de trabalho, desemprego para outros; limitação nas inscrições no sistema educativo, desmobilização parcial no Exército e o governo pedia a todos os responsáveis para vigiarem a recolha de impostos e controlar as saídas de divisas nas fronteiras. Havia que confiar na ajuda internacional que todos aqueles países que tinham apoiado o PAIGC durante a guerra colonial. Tinha-se levantado um problema delicado com a URSS, os seus barcos de pesca, era de domínio público, exerciam uma pesca predatória nos fundos marinhos e as autoridades de Moscovo pretendiam que a Guiné-Bissau se pronunciasse oficialmente por uma ideologia marxista-leninista, que o Partido recusava. A divisa de Cabral: “Não queremos que o nosso povo volte a ser explorado”. A preocupação de desenvolver o nosso país na justiça social e de dar o poder ao povo é a base da nossa ideologia, Ainda era um argumento forte mas ao tempo em que o livro foi publicado já se vincara o divórcio entre as massas e as promessas do PAIGC.
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Nota do editor

Último poste da série de 10 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17229: Notas de leitura (945): “La Guine Bissau D’Amilcar Cabral à la reconstrution nationale”, por J.-CL. Andréini e M.-L. Lambert, Éditions l’Harmattan, 1978 (1) (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17242: Lembrete (22): Lançamento do 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional, Tomo II - Guiné, Livros I, II e III da obra "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África", a ter lugar no próximo dia 18 de Abril de 2017, pelas 15h30, no Aquartelamento da Amadora da Academia Militar, com uma intervenção do nosso confrade Mário Beja Santos



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de hoje, 13 de Abril de 2017:

Meus estimados amigos,
Solicitaram-me da organização [ver mensagem abaixo] que todos os meus convidados informassem por via telefónica o seu interesse em participar no evento. Peço-vos pois, em caso afirmativo, que façam tal diligência.

Aproveito a oportunidade para vos desejar uma Páscoa feliz,
Mário Beja Santos

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2. Mensagem enviada a Mário Beja Santos, hoje, pelo Cor Eng Manuel Pires:

Exmº Sr. Professor Beja Santos, 
Na sequência e em aditamento ao meu e-mail de 30 de Março envio-lhe um texto, que retirei da internet, e que será lido no evento em assunto, como nota biográfica, antecedendo a sua intervenção. 
Solicito-lhe o obséquio de nos enviar a sua expressão de concordância (ou não) sobre o conteúdo do referido texto. 

Com os melhores cumprimento 
O Adjunto da Direção 
Manuel Pires Cor Eng

 
Mário Beja Santos nasceu em Lisboa, em 1945. Licenciado em História, foi alferes miliciano de infantaria na Guiné, de 1968 a 1970. Toda a sua vida profissional, entre 1974 e 2012, esteve orientada para a política dos consumidores. É autor de mais de três dezenas de títulos relacionados com as temáticas da política dos consumidores. Foi professor do ensino superior; colaborou durante mais de duas décadas em emissões radiofónicas ligadas à defesa do consumidor; foi autor e apresentador de programas televisivos e teve uma participação ativa no consumerismo europeu. Colabora em blogues e revistas digitais, na imprensa diária e regional. 

Alguns dos seus últimos livros são dedicados à Guiné: Diário da Guiné – Na Terra dos Soncó; Diário da Guiné – O Tigre Vadio; Mulher Grande; A Viagem do Tangomau; Adeus, até ao meu regresso, um levantamento da literatura sobre e de combatentes na Guiné, e Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro escrito em colaboração com Francisco Henriques da Silva. Continua a investigar na área da política dos consumidores, tendo publicado recentemente Profetas do Consumo e, em 2015, De Freguês a Consumidor, 70 Anos da Sociedade de Consumo e a História da Defesa do Consumidor em Portugal. 

No que respeita à sua participação cívica e associativa, mantém-se ligado à problemática dos direitos dos doentes e da literacia em saúde, domínio onde já escreveu algumas obras orientadas para o diálogo dos utentes de saúde com os respetivos profissionais, matérias em que continua a trabalhar, ao nível de artigos e livros. Tem presentemente no prelo História(s) da Guiné Portuguesa. 
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17103: Lembrete (21): É já manhã, sábado, dia 4, às 15h00, na Galeria-Livraria Municipal Verney, Oeiras, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Jorge Ferreira, sobre Buruntuma, Gabu, da época de 1961/63... Apresentação do nosso editor Luís Graça. Concerto de Korá com o nosso grã-tabanqueiro, o mestre Braima Galissá... Contamos com todos os que puderem aparecer!

Guiné 61/74 - P17241: Notícias (extravagantes) de uma Volta ao Mundo em 100 dias (António Graça de Abreu) - Parte VIII: Puntarenas, Costa Rica, no Oceano Pacífico, 3 semanas depois da partida do "Costa Luminosa", do porto mediterrânico de Barcelona


O navio "Costa Luminos" em Puntarenasm Costa Rica, em 21/9/2016







Parte VII  (pp. 22-24)


Texto, fotos e legendas: © António Graça de Abreu (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação das crónicas da "viagem à volta ao mundo em 100 dias",  do nosso camarada António Graça de Abreu, escritor, poeta, sinólogo, ex-alf mil, CAOP 1 [Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74], membro sénior da nossa Tabanca Grande, e ativo colaborador do nosso blogue com mais de 175 referências. 

É casado com a médica chinesa Hai Yuan e tem dois filhos, João e Pedro. Vive no concelho de Cascais.

Partida do porto de Barcelona em 1 de setembro de 2016. Três semanas depois o navio "Costa Luninosa", depois de sair do Mediterrâneo e atravessar o Atlântico, está no Pacífico, e mais concretamente em Puntarenas, Costa Rica, Oceano Pacífico.

Guiné 61/74 - P17240: Homenagem aos limianos que morreram pela Pátria nas guerras do ultramar (Mário Leitão) - Parte I


Reproduzido com a devia vénia, da Limiana - Revista de Infomação, Cultura e Turismo,  ano VIII, nº 37,  abril de 2014, capa + pp. 37-38.




Texto: Mário Leitão, com a seguinte mensagem, datada de ontem:

"Caro Luís! Certamente já viste este artigo publicado na Revista Limiana (I Série, 2007-2014,  nº 37, abril de 2014, director: José Pereira Fernandes). Volto a referi-lo para que, se assim entenderes, recortares e divulgares o poema OS DESEJADOS [, do poeta limiano António Trovela] que representa uma singela homenagem aos nossos Camaradas que foram a África e não voltaram. Neste tempo de Páscoa talvez possa ser um pequeno bálsamo para conforto das famílias que por eles tanto sofreram! Páscoa feliz, bom Amigo!

Um abraço do Mário Leitão".






(Continua)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17239: Os nossos seres, saberes e lazeres (207): Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (1) (Mário Beja Santos)

Tavira - Rio Gilão


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 12 de Janeiro de 2017:

Queridos amigos,
Por razões profissionais, passo intermitentemente por Tavira desde 1975, passagens de raspão, daquelas que permitem absorver fragmentos de um todo, uma ponte, uma vista do rio, parar mais tempo perante uma fachada, saborear uma caminhada até à Ria Formosa.
Desta vez, aqui aterrei para juntar peças, fazer o puzzle cronológico, sentir o pulsar de uma cidades mais lindas de Portugal, bordejada pela água, um contraste espantoso com a Serra do Caldeirão, Tavira é história, tem uma imprescindível história militar, como adiante se verá, e guardarei impressivamente na memória os passeios ao fim da tarde, avistando pauis e salinas, o ribombar das ondas a entrar na Ria Formosa, um local de fascínio para contemplar um pôr do sol, haja céu azul ou nublado.

Um abraço do
Mário


Tavira fenícia, árabe, portuguesa; a cidade e a água (1)

Beja Santos

Tavira é sede de um concelho em que 80% da sua área é constituída por serra e barrocal. Daqui dá-se a imagem do rio Gilão que liga com o rio Séqua, esta ponte terá origem árabe com todas as modificações do costume. O litoral tem uma frente de mar de 18 quilómetros, são praias situadas em pleno Parque Natural da Ria Formosa, uma jóia ambiental. Cidade cheia de história, temos aqui indícios da presença fenícia, a escassos quilómetros está situada Balsa, há arqueólogos que dizem que era maior que Conímbriga, a ocupação muçulmana deixou imensas marcas no urbanismo da cidade. Tavira era no século XVI o principal porto comercial e centro populacional do Algarve. Regressados da conquista de Ceuta, D. João I armou aqui os seus filhos cavaleiros.


Estamos agora no núcleo islâmico do Museu Municipal de Tavira, aberto ao público em 2012, este espaço foi construído no local onde em 1996 se encontrou o famoso vaso de Tavira e um troço da muralha islâmica.



O vaso de Tavira data do século XI, tem uma exuberante decoração com a representação anatómica da figura humana e de animais. Vemos uma figura feminina com a cara descoberta, hábito que é atribuído às mulheres do Al-Andalus, vemos igualmente um peão manejando uma besta; o bordo é vazado, assim como a “torre” ou funil e algumas figuras zoomórficas. Em Valência são conhecidos vasos aparentados mas sem a decoração naturalista que carateriza este exemplar. Muitos museus famosos disputariam.


Indício seguro da presença árabe no Algarve, é um simples guardanapo de jardim, ao passar por aqui o viandante, sabe-se lá porquê, lembrou-se de Córdova, mas Tavira está cheia de jardins, dos quais o mais famoso está na colina de Santa Maria, a colina da fundação, bem encravado entre a Tavira fenícia, almóada e medieval, não se vai a Tavira sem cheirar os odores que se espalham entre muralhas.



O viandante procurou munir-se de elementos sobre a Tavira arqueológica, já visitou o núcleo islâmico, segue agora para o Convento da Graça, onde está instalada uma pousada, vai visitar o que resta de um bairro almóada (fins do século XII princípios do século XIII), estes vestígios apareceram durante as obra de adaptação do antigo Convento da Graça, é um encanto visitar este pequeno núcleo de exposição. No Palácio da Galeria, o melhor edifício da arquitetura civil da cidade situa-se o museu municipal e logo à entrada podemos ver os poços rituais fenícios. Há também muralha fenícia. Esta imagem dá-nos uma visão do gótico, da Ordem de Santiago, quando os conquistadores cristãos consolidaram a sua presença civil, militar e religiosa. Tudo vai culminar com a arte manuelina, no auge do esplendor tavirense.





Na deambulação pelo centro histórico de Tavira há vestígios arquitetónicos góticos, portas antigas de arco quebrado, com sucessivas alterações, há reminiscências de mesquitas, caminhos antigos, avista-se a torre albarrã que vem do período almóada e as muralhas islâmicas de Tavira, com é evidente cruzam-se estilos no confronto das épocas, o que torna a viagem ainda mais aliciante: de que época é esta janela, esta porta, esta torre? E a vista deste pormenor de Tavira fala inequivocamente do passado árabe, é uma inconfundível organização do espaço, é uma evidência do legado islâmico.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17210: Os nossos seres, saberes e lazeres (206): Uma biblioteca de pedra na estação do Metro de Entre Campos (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17238: Tabanca Grande (434): Mário Magalhães, ex-2.º Sargento Miliciano da CCAV 252 (Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63), 742.º Grã-Tabanqueiro


2.º Sarg Mil Mário José Magalhães da CCAV 252 (Guiné, 1961/63)


1. Mensagem do nosso camarada, e novo amigo tertuliano, Mário Magalhães, 2.º Sargento Miliciano da CCAV 252, Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63, com data de 11 de Abril de 2017:

Caros Camaradas

Na sequência dos contactos estabelecidos convosco, venho reiterar o meu maior interesse em ADERIR à Grande Família "TABANCA GRANDE" para o que junto o meu CV e duas Fotos.

Igualmente, agradeço terem já considerado as N/ inscrições no Convívio do próximo dia 29.

Grato pela a V/ Atenção, apresento os meus melhores cumprimentos.
Mário Magalhães


Curriculum Vitae

- Nome: Mário José C R Magalhães
- Data Nascimento: 13 Set. 1937
- Estado Civil: Casado
- Habilitações Literárias: 7.º Ano Liceu
- Serviço Militar: (1.º) - 07ABR59 a 07MAR61 (EPC – CSM)
- BA 4 – Açores: Polícia Aérea
- Reintegrado em 06JUN61 – CIOE (Lamego)
- Serviço Militar: (2.º) - Guiné: AGO61 a NOV63 : Furriel Miliciano Un. Op. Cav. 252 
- Aquartelamentos Temporários: Bafatá, Nova Lamego, Buruntuma, Bula, Caió e S. Domingos.
- Múltiplas Actividades Operacionais nas Zonas de: Bula, Binar,Caió, Mansoa, Farim, Olossato, Oio/Morés, Susana, Varela, S. Domingos, Ingoré, etc.
- Promovido a 2º Sarg. Miliciano com data de 28FEV63.
- Carreira Profissional COMPAL: Gestor do Comércio Externo; Soc. Ind. ALIANÇA: Idem; Coordenador do Projecto OM (Adesão à UE); PANIBÉRICA: Director Comercial; Direcção / Administração de Firmas Familiares da Área de Combustíveis.
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2. Comentário do editor CV:

Caro Mário Magalhães, seja bem-vindo à nossa tertúlia.

O Mário pertenceu à primeira Companhia de Cavalaria a partir para a Guiné, cumprindo uma comissão de serviço de 27 meses (AGO61-NOV63), isto após ter cumprido, antes, 23 meses de tropa na Metrópole, entre Abril de 1959 e Março de 1961. Convenhamos que 50 meses de tropa, 27 dos quais na Guiné, é um castigo muito duro.

De todo este tempo há-de ter recordações, boas e más, que talvez queira partilhar connosco. Estamos ao seu dispor para recebermos o seu material e dar a conhecer à tertúlia. Se tiver fotos do tempo em que ainda se andava, digo eu, um pouco mais à vontade pelas lindas matas da Guiné, mande-as pois serão bem apreciadas por todos nós, os ligeiramente mais novos e que vivemos outro tempo e outro estágio de guerra.

Não sei se também lhe tocou estacionar em Mansabá, eu estive lá 22 meses, entre Abril de 1970 e Fevereiro de 1972. Era mau, mas não tanto como no seu tempo, quando aquela maldita estrada, a partir de Mansoa, era em terra batida. Só aquele itinerário é responsável por muitos mortos ao longo da guerra. A CART 2732, a minha Companhia, deixou lá dois.

Vai ser um prazer conhecê-lo em Monte Real, assim como a família que o acompanhar.
Até, deixo-lhe um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.

Se precisar de algum esclarecimento, tem o meu telefone ao dispor.
Carlos Vinhal
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3. CCAV 252 -  Síntese da actividade operacional

Do 7.º Volume - Fichas das Unidades - Tomo II - Guiné da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), com a devida vénia:


Refira-se que o primeiro Batalhão de Cavalaria a ser mobilizado para a Guiné foi o BCAV 490, que desembarcou em Bissau a 22JUL63, composto pelas Companhias operacionais: CCAV 487; CCAV 488 e CCAV 489, tendo esta última também estacionado temporariamente em Mansabá.

CV
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17237: Tabanca Grande (432): Mário Leitão, ex-fur mil farmácia. Luanda, 1971/73, passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 741... Está a ser um trabalho de grande mérito ao resgatar a memória dos 52 camaradas de Ponte de Lima que morreram nos 3 teatros de operações da guerra de África, do Ultramar ou colonial (como se queira)... e que estão na "vala comum do esquecimento"!

Guiné 61/74 - P17237: Tabanca Grande (432): Mário Leitão, ex-fur mil farmácia, Luanda, 1971/73, passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 741... Está a fazer um trabalho de grande mérito ao resgatar a memória dos 52 camaradas de Ponte de Lima que morreram nos 3 teatros de operações da guerra de África, do Ultramar ou colonial (como se queira)... e que estão na "vala comum do esquecimento"!


Mário Leitão, farmacêutico reformado, natural de Ponte de Lima,



BI Militar do Mário Leitão, ex-fur m,il de Farmácia,  Luanda, 1971/73


1. Mensagem do António Mário Leitão (*), com data de 8 do corrente

Amigo e Camarada Luís!

Obrigado pelas notícias! De facto, não quis forçar a entrada de um "angolano" na Tabanca Grande, por ter pensado (erradamente) que o Régulo só deixaria entrar na aldeia veteranos "guinéus"!

Aqui vão duas fotografias e um grande OBRIGADO pela tua amável insistência! Envio também o meu sentimento de HONRA por passar a pertencer a essa fraterna Família de Veteranos, guardiões das mais sagradas memórias que a Pátria produziu no século vinte! 

Sabes bem que o V. trabalho é de uma importância cósmica! Graças a vós, muitos de nós, ex-combatentes adormecidos pela balada perversa do regime que nos esqueceu, acordamos desse torpor e apressámo-nos a confiar as nossas vivências da guerra ao V. blogue, para que perdurem eternamente! Muito do espólio que iria ser queimado ou amarelecido pelo tempo ficará agora na Net, constituindo uma inigualável fonte de informação para os vindouros e permitindo desde já a todos nós, usuários da actualidade, cruzar dados, completar relatos e reconstituir acontecimentos já toldados pela poeira do tempo. 

Bem hajam pela vossa odisseia!

Querido amigo, se te aproximares de um raio centrípeto que te arraste até Ponte de Lima, trata de me avisar porque gostaria de te conhecer e dar um grande abraço!
Muita Força e determinação para o V. trabalho!
Obrigado, Luís!

PS - Caro Luís Graça, creio que precisas destes dados para o "ficheiro":
- Nascimento: 17 Fev 1949;
- Naturalidade: Ponte de Lima (freguesia de Correlhã);
- Residência: Sabadão - Arcozelo. 4990-256 Ponte de Lima;
- Farmácia MIlitar de Luanda (71-73);
- Participei no XI volume da obra "Guerra Colonial - a História na primeira pessoa" (QUIDNOVI, 2011 a pág. 18 a 28), com o artigo "A farmácia militar".

Espero que as fotos sirvam! Um abraço e obrigado!


2. Comentário do editor LG:

Meu caro Mário: já estás mais do que apresentado à Tabanca Grande, no último poste que te dediquei, anteriormente (*). Para já tinha a obrigação moral de te "tirar o quico" e de te "bater a pala" pelo teu trabalho de 25 anos em prol das lagoas de Bertiandos e S. Pedro d' Arcos, que é um património de todos nós, como também, e sobretudo, pelo amor à tua terra e aos teus conterrâneos que deram o melhor de si, a sua vida, na guerra de África, guerra do Ultramar ou guerra colonial, como se queira. Andas a arrancá-los, um a um, da "vala comum do esquecimento", e a escrever as suas pequenas/grandes biografias. Neles se incluem os nossos camaradas da Guiné. É um gesto de grandeza de alma a que não podemos ficar indiferentes. É por isso que tens lugar, e lugar de honra, na nossa Tabanca Grande. De resto, já cá temos alguns angolanos, cada um deles também por razões singulares: estou-me a lembrar de alguns camaradas como o António Rosinha, o Patrício Ribeiro, o Carlos Cordeiro, o Jaime Bonifácio Marques da Silva, e outros que agora não me ocorrem, e que integram a nossa tertúlia de há longa data...

Como deves calcular, só não abrimos o  nosso blogue a toda a gente que combateu nos 3 teatros de operações, por razões de economia de meios. Não teríamos capacidade técnica e humana para lidar com tão gigantesca tarefa. 

Por outro lado, falta-nos o "conhecimento do terreno" de Angola e Moçambique. A Angola já fui, várias vezes, a partir de 2003, em missão de cooperação. Em boa verdade, só estive em Luanda, uma meia dúzia de vezes, em ações de formação na área da saúde (administração hospital, gestão de serviços de saúde, medicina do trabalho). 

Não conheci Luanda, como tu conheceste em tempo de guerra. Em suma, não tenho nenhuma autoridade e competência para criar e gerir um blogue que integre os camaradas que estiveram em missões de serviço em Angola e Moçambique, dois territórios gigantescos comparados com a Guinézinha, como diria a Cilinha... 

Em suma,  meti-me nesta "história", em 2004, porque a Guiné era "maneirinha", e a guerra lá marcou-me para o resto da vida... 

Passas a ser o membro da Tabanca Grande nº 741, com os inerentes direitos e deveres de qualquer outro "camarada e amigo da Guiné". Sei que tens histórias para nos contar, e fotos para publicar, até porque também estamos curiosos em saber o que é que um furriel miliciano de farmácia fazia em Luanda, em 1971/73...

Pronto, já podes ver o teu nome, Mário Leitão,  na lista alfabética da Tabanca Grande, na coluna do lado esquerdo... Espero que fiques por cá por muitos e bons anos. Vamos tomar boa nota da tua data de nascimento: queremos comemorá-la todos os anos...
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 11 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17235: E as nossas palmas vão para... (13): Mário Leitão, farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, delegação nº 11 do Laboratório Militar, autor de "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012, 295 pp, mais de 500 fotografias), um homem de causas, agora empenhado em resgatar da "vala comum do esquecimento" os 52 bravos do concelho de Ponte de Lima que morreram na guerra do ultramar, 11 dos quais no CTIG

Guiné 61/74 - P17236: Parabéns a você (1238): Francisco Alberto Santiago, ex-1.º Cabo TRMS do BART 3873 (Guiné, 1970/72)

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Nota do editor

Último poste da série de 11 de Abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17231: Parabéns a você (1237): Jorge Félix, ex-Alf Mil Pilav Alouett III da BA 12 (Guiné, 1968/70); Jorge Picado, ex-Cap Mil da CCAÇ 2589, CART 2732 e CAOP 1 (Guiné, 1970/72) e Manuel Marinho, ex-1.º Cabo At Inf do BCAÇ 4512 (Guiné, 1972/74)

terça-feira, 11 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17235: E as nossas palmas vão para... (13): Mário Leitão, farmacêutico reformado, ex-fur mil, Farmácia Militar de Luanda, delegação nº 11 do Laboratório Militar, autor de "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012, 295 pp, mais de 500 fotografias), um homem de causas, agora empenhado em resgatar da "vala comum do esquecimento" os 52 bravos do concelho de Ponte de Lima que morreram na guerra do ultramar, 11 dos quais no CTIG

 

Capa do livro


Dedicatória manuscrita ao editor do nosso blogue


Ficha técnica












Contracapa


Dedicatória de Mário Leitão ao nosso editor:


"Ponte de Lima, 28/3/2017: Ao prof doutor Luís Graça com a minha homenagem pelo seu incansável trabalho pela conservação das memórias da guerra do Ultramar! Com um abraço do Mário Leitão".



1. Mensagem do António Mário Leitão, um limiano de alma e coração, com data de 6 do corrente:

Caro Luís:

As minhas renovadas felicitações pelo V. magnífico trabalho! São incontáveis as buscas bem sucedidas que realizo no vosso  Blog para os meus livros. Obrigado!

Como não encontro o teu nº telefónico, queria saber se recebeste o meu livro sobre as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos, que enviei para a tua Universidade.

Um abraço!

Mário Leitão


2. Resposta do nosso editor LG, na volta do correio:

Querido amigo e camarada, recebi (e estou maravilhado com) o teu trabalho. Obrigado pela dedicatória. Prometo fazer uma recensão do livro, agora nas "férias" da Páscoa, que vou passar ao Norte, como de costume.

Quando voltar a Ponte de Lima, apito. Amanhã, telefono-te. O meu nº de telemóvel é o (...).

Tínhamos combinado, há uns tempos atrás,  se bem me recordo, que irias integrar a nossa Tabanca Grande (*). Acho que só faltavam as tuas duas fotos da praxe, uma do antigamente e outra atual. O convite continua de pé. Será uma honra ter-te cá, ao pé dos camaradas da Guiné, sentado sob o poilão mágico e sagrado da nossa Tabanca Grande.

Um, alfabravo, Luís


3. Comentário de LG:

O Mário Leitão já me mandou, entretanto,  todos os elementos para eu o poder apresentar, condignamente,  à Tabanca Grande como o grã-tabanqueiro nº 741.

O Mário Leitão não esteve na Guiné, esteve em Angola. Tem três ou quadro referências no nosso blogue. É  farmacêutico reformado. Foi furriel miliciano na Farmácia Militar de Luanda, delegação n.º 11 do LMPQF - Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, Angola, 1971/73.

O que é que ele tem feito, em prol da nossa causa comum, que justifique a sua entrada, pela porta grande da Tabanca Grande, honra essa que só é devida aos combatentes que passaram pelo TO da Guiné, de 1961 a 1974 ?

Muito simplesmente, o Mário Leitão é um homem de grandes causas: tem estado empenhado nestes últimos anos em honrar e preservar a memória dos 52 camaradas limianos que morreram (em combate, acidente ou doença) nos três teatros de operações, em África, seis dos quais ainda por resgatar (*).

Este homem, este camarada, farmacêutico reformado, antigo director técnico da Farmácia Lopes, em Barroselas, Viana do Castelo (, à frente da qual estão agora os seus dois filhos), podia estar quietinho nas suas tamanquinhas,  a "viver dos rendimentos", na sua bela terra, Ponte de Lima... Mas não, não é dessa têmpera, é um minhoto, é um limiano, é um poço de energia, tendo-se abalançado agora a resgatar da vala comum do esquecimento os seus camaradas que morreram na guerra do ultramar.... Ele está a recolher elementos para um livro e é, no que respeita ao TO da Guiné, um leitor apaixonado do nosso blogue... Quer, em outubro próximo, fazer uma grande homenagem aos bravos limianos, entre os quais se contam os nossos malogrados camaradas da Guiné:

António da Silva Capela (que morreu no decurso da Op Ostra Amarga),
Armando Ferreira Fernandes,
Celestino Gonçalves de Sousa,
Damásio Manuel Fernandes Cervães,
João Alves Aguiar,
João da Costa Araújo,
João Fernandes Caridade,
João Vieira de Melo,
José Pereira Durães,
José Rodrigues Barbosa,
Júlio de Lemos Pereira Martins.

Last but not the least, por fim e não menos importante, o Mário  Leitão é autor de um  livro  de referência, "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (Ponte de Lima: Lions Clube de Ponte de Lima, 2012, 295 pp.), de que se fizeram mil exemplares, e está hoje praticamente esgotado. Ele teve a gentileza de mandar um exemplar autografado, sabendo da minha admiração por esse rincão maravilhoso da nossa terra que é o concelho de Ponte de Lima e a Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d' Arcos

O que muita gente não sabia (incluindo eu próprio) é que o nosso camarada Mário Leitão foi um dos pioneiros (se não mesmo o mais antigo) dos estudiosos daquela que é hoje uma Paisagem Protegida,
reconhecida nacional e internacionalmente como um importante zona húmida, rica pela sua biodiversidade, "ponto de partida para o lançamento de um grande projeto de conservação da natureza, de construção social, desenvolvimento rural e territorial, que nasceu das possibilidades dum espaço singular, mas também da visão e do esforço coletivo de diversos agentes, na sua relação próxima com a população e proprietários locais"...

O Mário Leitão teve, neste projeto, uma quota-parte do grande mérito, eu acho que ele merece uma estátua, na sua terra, pelo trabalho excecional que fez, ao longo de duas décadas e meia, e ele toda um equipa de gente jovem, apaixonada pela ciência e pela natureza, incluindo o levantamento, a a identificação e a caracterização da fauna e flora, bem como a educação ambiental das populações.

Por tudo isso, e não é pouco, o Mário Leitão merece que a gente lhe tire o quico!... As nossas palmas desta vez vão para ele! (**)... Num próximo poste iremos apresentá-lo como o nosso novo grã-tabanqueiro, como o nº 741.

__________________

Notas do editor:

(*)  Vd. postes de:

26 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17180: In memoriam (281): João Vieira de Melo, 1.º Cabo Auxiliar de Enfermeiro da CCAV 1485, falecido, vítima de ferimentos recebidos em combate, no dia 20 de Fevereiro de 1966, um herói limiano que tarda em ser homenageado (Mário Beja Santos / Mário Leitão)

15 de fevereiro de  2016 > Guiné 63/74 - P15749: (De)Caras (29): Tentativa, frustrada, de criação do Dia do Combatente Limiano... Assembleia Municipal de Ponte de Lima chumbou a proposta (Mário Leitão, farmacêutico, ex-furriel mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do LMPQF - Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, Luanda, 1971/73)



(**) Postes anteriores da série >

10 de junho de 2016 > Guiné 63/74 - P16189: E as nossas palmas vão para ... (12): Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas", empresário em Bissau, português com P grande, que esperamos um dia destes ver condecorado no 10 de junho pelo presidente da República Portuguesa de todos os portugueses

1 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15694: E as nossas palmas vão para... (11): Catarina Gomes, a nossa amiga jornalista do "Público" que venceu o Prémio Rei de Espanha, na categoria imprensa escrita, com o trabalho "Quem é o filho que António deixou na Guerra?"... (Trata-se da segunda parte de um trabalho, iniciado em 2013, sobre os "Filhos do Vento")

30 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14420: E as nossas palmas vão para... (10): João Crisóstomo e António Rodrigues, amigos da causa de Aristides de Sousa Mendes (Parte II)


17 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13299: E as nossas palmas vão para... (8): Nuno [José Varela] Rubim, autor de vasta obra sobre a nossa história militar, com destaque para "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580"

7 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13252: E as Nossas Palmas Vão para... (7): José Carmino Azevedo, autarca de Vila Frechoso, Vila Flor, que quis doar à Tabanca Grande 0,5% do seu IRS de 2013... Que gesto magnânimo!!!... Infelizmente não temos estatuto jurídico...nem sequer número de identificação fiscal (NIF) e, como tal, não existimos face ao Estado Português...


1 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11176: E as Nossas Palmas Vão Para... (5): Daniel Rodrigues, 25 anos, português, fotojornalista, que ganhou o "óscar" da melhor fotografia, na categoria "Vida Quotidiana", do concurso de 2013 da "Word Press Photo", com um belíssima foto de uma jogatana de futebol entre miúdos de Dulombi, março de 2012 (Luís Dias)

18 de maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6424: E as Nossas Palmas Vão Para... (4): O Município de Vila Nova de Famalicão no Dia Internacional dos Museus, a que se associaram dez museus, públicos e privados, incluindo o Museu da Guerra Colonial

24 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 – P5005: E as Nossas Palmas Vão Para... (3): Medalha de Prata de Serviços Distintos, com Palma (José Martins)

30 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2316: E as Nossas Palmas Vão Para... (2): Os que lutam, na Guiné-Bissau, contra a Mutilação Genital Feminina (MGF)