domingo, 24 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18133: O meu Natal no mato (44): Naquele Natal de 1972, aprendi que os homens não são iguais, apenas porque uma toalha e um guardanapo os separam... (José Claudino da Silva, ex-1º cabo cond auto, 3ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)


"Tive um Natal feliz apesar da tristeza no meu coração"


“17H00 A nossa ceia de Natal terá todo o sabor de um Natal em nossas casas. Aqui não faltaram as rabanadas, o creme, bolinhos, vinhos da Metrópole, nozes, pinhões, uvas passas etc. Além do bacalhau com batatas." (....)

Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BART 6520/72 (1972/74) > A ceia de Natal de 1972 do 1º cabo cond auto José Claudino da Silva, "Dino" e dos seus amigos Luís, Zé Leal, Zé Alves, Carvalho, Moreira, Esteves. 


Fotos (e legendas): © José Claudino da Silva (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Do livro em pré-publicação, no nosso blogue, do nosso grã-tabanqueiro José Claudino da Silva (*), selecionámos o capítulo (nº 34) em que ele descreve, detalhadamente,  à sua namorada (e futura esposa), como foi o seu Natal de 1972, passado no mato, em Fulacunda.

[O autor, José Claudino da Silva, 'Dino', não corrigiu  intencional-mente as transcrições das cartas e aerogramas que  escreveu, nomeadamente à sua namorada (e sua futura esposa). Esses excertos vêm a negrito e a itálico, neste como nos restantes capítulos.

O 'Dino' nasceu  em Penafiel, em 1950, foi criado pela avó materna, e  reside hoje em Amarante. Está reformado como bate-chapas. Tem o 12º ano de escolaridade. Foi um "homem que se fez a si próprio", sendo já autor de dois livros, publicados (um de poesia e outro de ficção). Tem página no Facebook. É membro nº 756 da nossa Tabanca Grande .] .(**)


34º Capítulo > A CEIA DE NATAL DE 1972

Vou tentar transmitir a todos os meus leitores uma das cartas mais incríveis que tenho em meu poder e que foi escrita por mim, hora a hora, nos dias 24 e 25 de Dezembro de 1972.

A carta tem 17 páginas. Seria fastidioso narrar tudo o que está lá escrito, por essa razão irei avançar alguns dos parágrafos:

“17H00 - A nossa ceia de Natal terá todo o sabor de um Natal em nossas casas. Aqui não faltaram as rabanadas, o creme, bolinhos, vinhos da Metrópole, nozes, pinhões, uvas passas etc. Além do bacalhau com batatas. A única coisa que não há é hortaliça mas como já estamos habituados remedeia-se. Temos também o bolo-rei enviado por ti. Veio fazer tamanha balbúrdia que ninguém se entende parece que anda tudo maluco, tive que mostrar o bolo a cada um dos outros e mesmo assim custa-lhes acreditar em tão grande sorte de receber o bolo-rei na véspera de Natal. Obrigado amor deste-me a Maior alegria desde que cheguei aqui.
 

18H00 - Pouco trabalhei. Já está tudo preparado para se cozinhar, passou-se uma coisa que merece um comentário, trata-se da hipocrisia que reina nesta companhia a que infelizmente pertenço. A ceia de Natal para os soldados oferecida pelo comandante, foi batatas cozidas com bacalhau e grão-de-bico o mesmo prato de ontem. Nem um cálice de vinho do Porto ou outra coisa qualquer ofereceu, que fizesse lembrar este dia.
 

19H00 - Esta hora foi agitada. Vou resumir o que se passou. A luz eléctrica falhou, continuamos a cozinhar à luz das velas. Arranjamos um petromax a álcool que se incendiou e explodiu ferindo ligeiramente dois colegas, o apertado abrigo que estamos a usar como cozinha, começou a arder mas apagamo-lo rapidamente. A luz voltou (Tinha acabado o Gasóleo no gerador) e com a luz voltou a boa disposição.

Começamos a cozinhar às 19H45.

Aqui vão os nomes de todos que vamos jantar juntos. Dino, Luís, Zé Leal, Zé Alves, Carvalho, Moreira, Esteves. (Estes tiveram sempre nome. Ainda voltarei a referi-los).

Na mesa os aperitivos eram. Pinhões, nozes, uvas passas, bocadinhos de presunto e salpicão. As bebidas para os aperitivos. Whisky, Rum, Coca-Cola e Martini.

Eram 21H20 quando o bacalhau e as batatas vieram para a mesa. Antes de começarmos a comer o básico do meu capitão veio aqui dar-nos um bom Natal, logo seguido dos 4 alferes, que nem um cigarro ofereceram à malta. Em seguida e quando já estávamos a comer vieram os furriéis e sargentos também desejar-nos boas festas. Beberam e comeram o que lhes apeteceu e em seguida ofereceram uma cerveja a cada um de nós. Já tinham feito o mesmo a todos os camaradas (162) que embora pareça pouco, tem ares de muito porque a intenção é que conta.

Continuamos a refeição com uma disposição que só comprovarás quando vires as fotos que fomos tirando. A mesa foi ficando desarrumada e nós cada vez mais eufóricos. Havia 12 garrafas de vinho, 8 das quais da Metrópole, é evidente que todos estávamos animados. Às 22H00 já tinham passado por aqui mais de 20 colegas a desejar as boas festas. Foram recebidos com alegria e todos de uma coisa ou outra beberam e comeram.

Já passava das 22H30 quando começamos a comer as rabanadas, bolachas, mais nozes e o teu bolo-rei. Nesta ocasião já tinham sido bebidas 10 garrafas de vinho, uma de whisky e uma de Rum. Eu tinha uma garrafa de Porto fui busca-la, o Leal tinha outra também a pôs na mesa, assim como o Esteves. O Alves trouxe mais uma de Rum e o Carvalho uma de whisky.

Tivemos de sair do abrigo e vir para a caserna porque os meus camaradas continuaram a chegar para nos cumprimentar e o Natal de 7 passou a ser de 150. Para cada um. Cabo ou soldado. Furriel ou sargento, houve um copo, uma rabanada, ou uma simples bolacha.

Estás a ver querida? Um capitão e vários alferes cheios de dinheiro, não alegraram em nada os corações dos meus camaradas e nós, 2 cabos e 5 soldados, fizemos com que se canta-se, dança-se e sobretudo que se esquece-se por momentos os nossos familiares, na festa da família.

O teu bolo foi cortado às 22H55. Cortei uma fatia Maior para mim e saiu-me o brinde. Foi essa tartaruga que te mandei. As garrafas continuavam na mesa e o Leal em vez de vinho deitou azeite no copo que bebeu duma golada, foi mais um momento de humor.

Perto da meia-noite o Luís foi à cantina buscar café e o burro do Leal virou o dele pelas calças abaixo. Estávamos todos à civil contrariando as ordens do capitão que ao menos nessa noite, não nos colocou de vigia.

Estou na cama. São 00H30 do dia 25 de Dezembro de 1972.


Vou tentar continuar a escrever para vós, com algumas lágrimas nos olhos. Se alguém que me está a ler participou nesta estúpida guerra, decerto compreenderá as minhas lágrimas. Nos outros leitores também acredito que haja alguma sensibilidade.

Às 10H50 veio um avião Nord-Atlas que lançou três pára-quedas com caixotes que trouxeram fruta, ovos, peixe e frango, possivelmente é para se comer parte disso hoje. Aguardemos.

Até aqui o dia tem decorrido bem. Eram 11H45, estive a distribuir para o refeitório 14 garrafas de vinho do Porto e bolachas, por ordem do capitão, por isso estou a ver que o capitão afinal, decidiu dar hoje alguma coisa à malta. Até te digo! Hoje todos almoçamos no refeitório não é como nos outros dias que oficiais, sargentos e praças comiam em locais separados. Ainda bem. Haja fraternidade ao menos uma vez no ano.




13H00 - Olha meu bem! O capitão é um filho da puta, desculpa o termo mas é assim mesmo que devo dizer. Ainda não fomos comer mas já vi que há uma diferença muito grande. Os oficiais e sargentos têm toalhas e guardanapos nas mesas deles e nós não podemos ter, para nós, tem de ser a mesma coisa de todos os dias. Se eu não fosse obrigado a ir não punha lá os pés.

Hipócritas de merda que mesmo num sítio destes só têm peneiras de que são grandes.

Fui ao refeitório. A comida parecia estar boa mas meteu-me tamanha repugnância estarem os oficiais, furriéis e sargentos dum lado e nós do outro que eu, mais três amigos nem a provamos. Um colega tirou fotos com a minha máquina. Depois enviar-tas-ei para que vejas os senhores fulanos dum lado e o Zé soldado do outro. O engraçado é que no discurso que o capitão fez, afirmou que assim unidos é que estávamos bem. Ele merecia era ir comer com os porcos para perder as peneiras.

É assim, os superiores pouco ligam a nós também sermos seres humanos.

Vim para o meu abrigo, fiz uma omeleta com presunto e comi o resto do teu bolo-rei.

15H30 - Estou a jogar futebol pela formação contra o 1º pelotão.

16H00 - Agora ainda não posso escrever continuo a jogar.

17H00 - Ainda não acabou.

17H15 - Terminou o desafio. Perdemos 3 a 0. Não se pode ganhar sempre, os outros mereceram.

O capitão autorizou que hoje se andasse à civil da parte de tarde. Como estou, e, nem sei porquê, a ficar com espírito de contradição, não me vesti assim.

Fulacunda parecia em festa com os meus camaradas todos bonecos mas eu preferi ser militar.”


Não fui jantar o peixe frito com arroz. Os meus colegas faziam a festa na caserna ao som de viola e harmónica. Fiquei solitariamente no meu quarto até os meus amigos Alves, Leal e outros aparecerem com champanhe. “É bom ter assim amigos” - escrevi eu. Uns com os outros esquecíamos melhor as tristezas.

Terminei o meu relato da véspera e dia de Natal de 1972 exactamente às 22H07 com a certeza que, de facto, os homens não são iguais e isso iria mudar a minha vida futura. Naquele Natal, aprendi que os homens não são iguais, apenas porque uma toalha e um guardanapo os separam.

Ultima página:

“TIVE UM NATAL FELIZ APESAR DA TRISTEZA NO MEU CORAÇÃO.”

No dia 26, completei sete meses na Guiné.

Guiné 61/74 - P18132: Parabéns a você (1362): Fernando de Jesus Sousa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 6 (Guiné, 1970/71) e João Rebola, Fur Mil Inf da CCAÇ 2444 (Guiné, 1968/70)


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Nota do editor

Último poste da série de 23 de Dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18126: Parabéns a você (1361): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Guiné, 1973/74); Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Guiné, 1968/70); Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira e José Manuel Matos Dinis, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2679 (Guiné, 1970/71)

sábado, 23 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18131: Agenda cultural (623): Dois grandes concertos dos 'Melech Mechaya', a banda musical a que pertence o nosso grã-tabanqueiro João Graça: em Lisboa, no Tivoli, dia 27, 4ª feira; no Porto, Casa da Música, a 29, 6ª feira ( já esgotado este último concerto)




1. Lê-se na página do Facebook do grupo, de ontem, às 19h00:

Amigos, é com muita alegria que anunciamos que, a uma semana do concerto da Casa da Música, já não há bilhetes! :)

Malta de Lisboa (*): 



2. O nosso editor, Luís Graça, que é fã do grupo (declaração de interesses: é, além disso, pai do João Graça, também nosso grã-tabanqueiro), vai estar nos dois locais, em Lisboa, a 27, e no Porto, a 29... 

Ele sabe que, tanto num lado como no outro, irão aparecer alguns amigos e camaradas da Guiné...e terá muito prazer em dar-lhes um grande e festivo alfabravo. (**)

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 13 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18084: Agenda cultural (619): "Melech Mechaya", um "case study" para a história da música portuguesa: 10 anos de carreira, 4 álbuns, diversos telediscos, 150 concertos, 10 países, 3 continentes... Programação do fim do ano: dois grandes espectáculos, 27, 4ª feira, em Lisboa, Tivoli BBVA; e 29, 6ª feira, no Porto, Casa da Música... E eu vou lá estar em ambos, na assistência (Luís Graça)

(**) Último poste da série > 15 de dezembro de 2017 >  Guiné 61/74 - P18091: Agenda cultural (622): No centenário de Manuel Ferreira (1917-1992): sessão de evocação, Lisboa, CCB, sábado, 16, 15h00... Coordenação de João B. Serra, participação dos escritores Ana Paula Tavares (Angola) e Filinto Elísio (Cabo Verde)... Leitura de textos do histórico introdutor, na universidade, dos estudos sobre literatura africana de expressão portuguesa

Guiné 61/74 - P18130: Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (11): Ex-Cap Mil Jorge Picado; ex-Fur Mil TRMS Luís Fonseca; 1.º Ten RN Manuel Lema Santos; ex-Fur Mil Carlos Vieira; ex-Sold At Art Jaime Mnendes; ex-Alf Mil Op Esp Joaquim Mexia Alves; ex-Fur Mil Cav Benito Neves e ex-Alf Mil Inf Domingos Gonçalves

MENSAGENS NATALÍCIAS


1. Mensagem natalícia do nosso camarada Jorge Picado (ex-Cap Mil na CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, na CART 2732, Mansabá e no CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72):

A todos os Camaradas desta GRANDE FAMÍLIA que o Cmdt em Chefe LUÍS GRAÇA resolveu um dia criar, bem como as suas respectivas Famílias, nesta época em que tanto se apregoa de ser "de PAZ e AMOR" (mas por onde anda essa Paz e esse Amor espalhado pelo mundo que não os vejo?!), quero desejar a todos um FELIZ NATAL, passado em VERDADEIRA PAZ E COM MUITO AMOR e que o NOVO ANO de 2018 vos traga MUITAS ALEGRIAS, tudo regado com MUITA SAÚDE. 

São estes os sentidos e verdadeiros desejos deste vosso octagenário Camarada Ilhavense. 
JPicado

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2. Mensagem natalícia do nosso camarada Luís Fonseca, ex-Fur Mil Trms da CCAV 3366/BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73, com o seu postal natalício:





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3. Mensagem natalícia do nosso camarada Manuel Lema Santos, (1.º Tenente da Reserva Naval, Imediato no NRP Orion, Guiné, 1966/68):

Votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo!
MLS


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4. Mensagem natalícia do nosso camarada Carlos Vieira (ex-Fur Mil do Pel Mort 4580, Bafatá, 1973/74):

Caros camaradas: 
Aqui vão os meus desejos de um Natal feliz bem como um ano novo de 2018 com muita saúde e a continuação da vossa disponibilidade para gerir e publicar as nossas recordações da passagem pele Guiné. 

Também estendo os meus desejos de boas festas a todos os seguidores da Tabanca Grande. 

Com amizade de 
Carlos Vieira 
Pel Mort 4580

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5.  Mensagem natalícia do nosso camarada Jaime Mendes (ex-Soldado At Art.ª da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69):




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6. Mensagem natalícia do nosso camarada Joaquim Mexia Alves (ex-Alf Mil Op Especiais da CART 3492/BART 3873, Xitole/Ponte dos Fulas; Pel Caç Nat 52, Ponte Rio Udunduma, Mato Cão e CCAÇ 15, Mansoa, 1971/73):

Feliz Natal e Próspero Ano Novo 2018, são os desejos sinceros do sempre amigo. 

J.M.Alves


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7. Mensagem natalícia do nosso camarada Benito Neves (ex-Fur Mil da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67):

Feliz e Santo NATAL de 2017
e uma excelente entrada do ano de 2018.

Votos de Benito Neves
e Família.


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8. Mensagem natalícia do nosso camarada Domingos Gonçalves, (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1546 / BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68):

Para todos os que à sombra da grande árvore central, da Tabanca Grande, vão pausadamente conversando belas histórias, que o Menino Jesus, tão simples e meiguinho, a todos deixe no sapatinho, 
Um santo Natal.

"Natal, é renascimento
Do homem velho,
Do homem cinzento
Que envelheceu na inverdade
E renova o seu coração."
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Com um grande abraço amigo,
Domingos Gonçalves

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Nota do editor

Último poste da série de 23 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18129: Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (10): Virgílio Teixeira, ex-Alf Mil SAM da CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

Guiné 61/74 - P18129: Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (10): Virgílio Teixeira, ex-Alf Mil SAM da CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

S. Domingos - Passagem de ano de 1968/69


Mensagem natalícia do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-Alf Mil, SAM, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69):


MENSAGEM DE NATAL 2017
 
GUINÉ 1967/2017 – Aniversário dos 50 anos

À minha mulher, aos meus filhos, aos meus netos e restante família, que me apoiaram ao longo destes 50 anos de travessia do deserto; A todos obrigado pela vossa dedicação, pelo apoio, pelo carinho e compreensão e por me aturarem as incontáveis vezes que tenho de falar da Guiné. Mas já sabem que foi o período mais marcante da minha vida e nunca escondi isso de ninguém e vou continuar a relembrar.

Bem hajam e que este Natal nos traga a todos a saúde, o bem mais precioso que nós temos.

E agora:
- Aos familiares dos meus camaradas do Batalhão de Caçadores 1933, que fez a comissão no CTIG - Comando Territorial e Independente da Guiné - entre Setembro de 1967 e Agosto de 1969, nas zonas de Nova Lamego, Bissau e São Domingos, que tombaram em combate ao serviço da sua Pátria, que morreram por acidente ou por doença, em consequência das terríveis condições em que tiveram de viver neste território Ultramarino; 
- Aos familiares de todos os camaradas e ex-combatentes, de todos os ramos das Forças Armadas Portuguesas, que morreram em combate, por acidente ou por doença no CTIG; » Aos familiares de todos os ex-combatentes, entretanto já falecidos; 
- A todos os ex-combatentes e familiares do BCAÇ 1933, ainda vivos; 
- A todos os ex-combatentes em geral, das nossas guerras de independência; 
- A todos os ex-combatentes ainda vivos, mas feridos ou doentes, que padecem por este país fora, por razões imputáveis à sua participação nas guerras de África, India e Timor; 
- A todos aqueles que foram feitos prisioneiros de guerra, nas várias frentes de combate, e marcados para sempre; 
- A todos os militares africanos, suas famílias e seu povo, que lutaram por Portugal; 
- Ao Bom Povo Guineense que sofreu também na pele os efeitos desta guerra; 
- A todos os camaradas e familiares, do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

A todos quero expressar, sincera e humildemente, a minha solidariedade desinteressada, pelo sofrimento de que ainda somos vítimas, com desejos de muita saúde, felicidade e amor, e que Deus nos recompense a todos, já que o Homem e o Estado não são capazes de o fazer.

Bom Natal de 2017 e Feliz Ano Novo de 2018

São votos do camarada,
Virgílio Teixeira
Ex Alferes Miliciano do SAM 
RI 15/BCAÇ1933 
Guiné 67-69 
Nova Lamego e São Domingos 
Em, 22-12-2017


Nova Lamego - Almoço de Natal de 1967

Nova Lamego - Jantar de Natal de 1967, na Messe de Oficiais. Ao topo o Comandante




S. Domingos - Almoço de Natal de 1968

São Domingos - Passagem de ano de 1968/69
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Nota do editor

Último poste da série de 23 de Dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18127 Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (9): Hugo Moura Ferreira, ex- alf mil CCAÇ 1612, Cufar e Cachil, e CCAÇ 6, Bedanda, 1966/68

Guiné 61/74 - P18128: Bibliografia (45): “Os Papéis do Inglês”, por Ruy Duarte de Carvallho; Círculo de Leitores, 2002 (2) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 22 de Novembro de 2017:

Queridos amigos,
Luandino Vieira foi o primeiro facho luminoso a anunciar uma nova literatura escrita em português e de coloração africana, genuinamente enraizada nos assuntos da terra.
Lembro nomes como Manuel Rui ou Pepetela e os fenómenos moçambicanos de Mia Couto ou João Paulo Borges Coelho, mas a lista, para felicidade da lusofonia, alonga-se cada vez mais.
Ruy Duarte de Carvalho é mais lembrado como poeta, mas como se pode ver aqui é um prosador exemplar. Temos depois outros fenómenos como a literatura luso-guineense, onde se impõe o nome de Abdulai Silá. Devemos ter orgulho que as independências africanas tenham assegurado este manancial de bela literatura.

Um abraço do
Mário


Os Papéis do Inglês, por Ruy Duarte de Carvalho (2)

Beja Santos

Ruy Duarte de Carvalho, angolano de origem portuguesa, nasceu em 1941 em Santarém. Viveu parte da infância e da adolescência em Moçâmedes. Temporariamente, viveu em Lourenço Marques e em Londres, no início dos anos de 1970. Regente agrícola, antropólogo, realizador de televisão, cineasta, artista plástico, poeta e ficcionista.

“Os Papéis do Inglês”, Círculo de Leitores, 2002, é um livro de difícil classificação, talvez uma novela às avessas, relato de viagens com dormências e reminiscências, páginas de um diário onde se imiscuem a polivalência e o autorretrato. Como nas bonecas russas, vão-se sucedendo figuras atrás de figuras, misturam-se figuras históricas, recorda-se um texto de Henrique Galvão a propósito do suicídio do inglês e de um assassinato por este praticado, embrenhamo-nos num fundo de África, as narrativas orais são um verdadeiro conto suspenso. E essas figuras surgem por bizarria ou extravagância, caso do inglês que toca violino ao cair da tarde, no acampamento. “Uma importante alteração ao programa viria a dar-se quando, na estação seguinte, o inglês passou a vir acompanhar, na sanzala, os solos de quiçanje do ganguela, surdina morosa em noites de lua e frias, e nos intervalos de alguns trechos mais sentidos era o lancinante contraponto do Stradivarius”. Surge uma americana e há um despertar de sensualidade, de pouca dura, Archibald (é este o nome do inglês) nunca esqueceu uma infidelidade do pai que ele acompanhou de perto, este pai que conhecia um segredo de um tesouro, assim descrito: “Consta agora que o célebre potentado negro Lobengula, depois da derrota que sofreu ao cabo de tanto serviço dado às tropas inglesas, se refugiou em Angola, para lá do Cuando, seguido de mais de 500 carregadores para poder levar consigo um fabuloso tesouro de marfim, pedras e ouro no valor de mais de 500 milhões de libras. Teria subido pelas margens do Luiana até encontrar uma floresta impenetrável onde enterrou o tesouro e se refugiou depois de envenenar todo o séquito”.

Não se esqueça que toda a trama do livro se organiza num diário de alguns dias que avançam para o fim do ano de 1999. Prossegue a viagem, o autor tem uma sensação premonitória do que o destino lhe prepara uma surpresa, entram novos personagens como o primo Kaluter, viagem difícil, esvoaçam muitas memórias e então abre-se em todo o seu fulgor um tempo africano: “Chegámos à Pedra do Tambor, onde pernoitaríamos antes de atravessar o Curoca e entrar no parque na manhã seguinte, já a noite vinha vindo. Com ela a aragem fria de uma brisa rasteira. É aquela hora que arrepanha a alma. E hora que estrangula a digestão das horas, o programa das rotas, a ordem das tarefas, o compromisso, a lei. A incidência derradeira daquela luz direta recolhia costas para o poente, a ver estender-se a sombra da pedra a quem encostava, a da margem de espinheiras que acompanhava o decurso de um declive”. Fez-se acampamento numa gruta e dá-se pormenores sobre a morte do rego: “Deve sem dúvida ter havido alguma altercação a preceder o trágico desfecho. Achibald Perkings não pode ter deixado de procurar induzir o grego a revelar-lhe detalhes que dessem sentido àquilo tudo. E o grego pode ter respondido de maneira a exasperá-lo”.

A narrativa anda à deriva, Archibald é a figura central, faz-se viagem para levar o corpo do grego, a trama é um misto de memórias e um olhar sobre aquele cortejo que avança quase ao Deus dará. Num dado passo, ouvimos uma reflexão sobre o estado de Angola: “Por toda a Angola se consome e vive como se o mundo fosse acabar amanhã, se calhar vai mesmo, e não há que reservar seja o que for para um improvável mais tarde. Ou não tirar o rendimento imediato possível do que se tem à mão Angola é grande e enganosa até inscrever no panorama geral da sua crise expressões de sofreguidão que afinal são antes de cultura e de sistema”. Reatam-se conversas, há imensos esclarecimentos antropológicos. Assim chegamos a 31 de Dezembro, é o momento azado para decifrar os papéis do inglês: “O caderno de terreno de Archibald Perkings andara muito tempo sem ser usado, tinha uma nota ou duas que remetiam a 1910, a seguir duas páginas com desenhos, uma a reproduzir a hidrografia da região e outra com o croquis e os alçados do sítios das pedras, e depois de repente registava tudo o que se tinha passado desde que fora pela primeira vez ao posto apresentar-se aos autoridades portuguesas e dentro do caderno, dobrado em três e ao comprido, havia o papel solto de uma carta. Depois, na primeira página vazia após os assentos de Archibald, escrita a lápis azul e grosso e em letras garrafais e toscas, encontrei uma só frase devida a outro punho”.

Este livro é não só inclassificável como permite dizer tudo e o seu contrário sobre este mistério supremo da vinda de um Archibald que vem à procura de um tesouro que nada tem de espetacular: “Angola está cheia de tesouros desses, enterrados não pela natureza, mas pela mão dos homens. Só no planalto do Huambo consta que existem pelo menos três: um de um rei egípcio, outro de pré-nacionalistas brasileiros que, na esperança de poder voltar um dia, tinham escondido o seu garimpo quando após muitos anos de deportação em Caconda lhes impuseram o regresso ao Brasil, e outro de um tal Pedro Cota, português, todo em ouro e guardado em gamelas de cera”.

E assim chegamos ao primeiro dia do novo século e toca a rebate o poeta Ruy Duarte de Carvalho no seu texto último de despedida depois de termos sido esclarecidos sobre o conteúdo dos papéis do inglês: “Todo este tempo sido de chuva e fui aferindo daqui, todas as tardes, os caminhos da água que inexoravelmente nos iam envolvendo umas vezes pelo Sul e depois a rodar para Leste, outras pelo Norte, uma massa pesada e compacta de céu muto escuro que do Oriente se estendia até muito longe, uma barreira azul-cobalto por detrás das nuvens mais próximas e das suas bordaduras, dos seus debruns, brancos e explosivos. Só o longínquo Ocidente preservava uma faixa de céu limpo, que o sol atingiu quando ia a pôr-se e de onde irrompeu então essa luz verde, rasante e limpíssima, que acontece às vezes e incandesce mais do que ilumina. De costas para o Ocidente, era o espetáculo destas fontes de inverosímil luz contra a barreira da chuva a Leste, painel total. A envolver o acampamento todo, o jipe de um lado, a tenda do outro, duas árvores no meio e entre e para além delas as pedras que nos servem de cozinha e as pessoas nelas, havia não apenas um, mas dois arco-íris, altos no céu, concêntricos e assentes no perfil do verde da mata próxima. E tudo exatamente no centro dos dois arcos. Uma coisa assim perfeita, concertada, determinada, irreal, e tão completamente ordenada em função daquele local, eclodia perfeita, qual aparição, e seria puro vício de prevenção não lhe conferir um estatuto de sinal”.

Obra inclassificável ou não, Ruy Duarte de Carvalho é nome cimeiro da língua portuguesa falada em africano.
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18093: Bibliografia (44): “Os Papéis do Inglês”, por Ruy Duarte de Carvallho; Círculo de Leitores, 2002 (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P18127 Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (9): Hugo Moura Ferreira, ex- alf mil CCAÇ 1612, Cufar e Cachil, e CCAÇ 6, Bedanda, 1966/68


Feliz e Santo NATAL de 2017
e uma excelente entrada do ano de 2018

Votos de Moura Ferreira
e Família 

Mensagem natalícia de Hugo Moura Ferreira (ex-Alf Mil da CCAÇ 1621, Cufar e Cachil, e CCAÇ 6, Bedanda, 1966/68):

tem mais de 60 referências no blogue.
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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18124: Feliz Natal 2017 e Melhor Ano Novo 2018 (8): Chegou o Natal, por Fernando de Jesus Sousa (DFA), ex-1.º Cabo da CCAÇ 6

Guiné 61/74 - P18126: Parabéns a você (1361): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Guiné, 1973/74); Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Guiné, 1968/70); Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira e José Manuel Matos Dinis, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2679 (Guiné, 1970/71)




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Nota do editor

Último poste da série de 22 de Dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18121: Parabéns a você (1360): Miguel Vareta, ex-Fur Mil Comando da 38.ª CComandos (Guiné, 1972/74)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18125: Tabanca Grande (455): José Parente Dacosta, ou 'José Jacinto', ex-1º cabo cripto, CCAÇ 1477 (Sangonha e Guileje, 1965/67)... Natural da Covilhã, vive em Dijon, França... Passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 764.


Foto nº 1 > O jovem militar José Parente Dacosta


Foto nº 2 >  Guiné > Região de Tombali > Sangonhá  > CCAÇ 1477 (1965/67) > O Dacosta (ou "Jacinto") junto ao monumento da CART 640 ("Quartel ocupado e construído pela CART 640, desde 21/5/1964. [CART] 640 / RAP2. [Há uma outra foto, no nosso blogue, com um monumento semelhante, mas de Cacoca, "quartel ocupado e construído desde 24/6/1964 pela CART 640").


Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Sangonhá  > CCAÇ 1477 (1965/67) > c. 1966 > "Benvindos a Sangonhá"


Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Sangonhá > 9 de junho de 1966 > "A nossa equipa de transmissões a plantar hortaliça para fazermos sopa. A água da duche era recuperada para regar. O chuveiro é o barril que podemos ver na foto com uma lata cheia de furos pendurada no barril para fazer de chuveiro. Assim íamos passando esses longos dias naquele quartel no meio do mato. Os tempos da nossa mocidade perdida."


Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Sangonhá > 24 de outubro de 1966 > Uma autometralhadora Daimler, ME-79-09.


Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1477 (1965/67) > 25 de janeiro de 1967 > Um grupo de militares, onde  está o nosso camarada José Pereira Dacosta, "Jacinto". A foto deve ser da autoria de outro camarada desta companhia, o Manuel de Sousa Correia Correia (,natural de Viana do Castelo, vive no Seixal).



Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1477 (1965/67) > O José Parente Dacosta com o Manuel de Sousa Correia [?]-


Foto nº 8 > Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1477 (1965/67) > 5 de março de 1967


Foto nº 9 > Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1477 (1965/67) > Quartel de Guileje > 15 de maio de 1967.


Foto nº 10 > Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1477 (1965/67) >  15 de maio de 1967 > Tabanca de Guileje onde vivia a população. Há um militar, ao centro, que parece ser um graduado (furriel ou alferes)...


Foto nº 11 > VIII Almoço convívio da CCAÇ 1477 em Tomar, em  5 de Agosto 2017: "a comemorar com familiares e amigos 50 anos de regresso a Portugal,  vindos da nossa antiga Província da Guiné Portuguesa".

Fotos (e legendas): © José Parente Dacosta (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Em 18 do corrente, o José Parente Dacosta e Tabanca Grande celebraram 6 anos de amizade no Facebook!

Dois comentários a propósito do evento:

Tabanca Grande Luís Graça:

Um abraço festivo do editor, Luís Graça. Mas, camarada Dacosta, não vejo o teu nome na lista dos762 membros da Tabanca Grande, no blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné... De qualquer modo, obrigado por seres amigo do Facebook da Tabanca Grande... Bom ano de 2018.

José Parente Dacosta:

Amigo,  jà faz 6 anos que faço parte do grupo (Tabanca Grande Luis Graça),  se o meu nome não figura na lista,  eu não tenho culpa...  Eu era 1° Cabo Operador Cripto da Companhia de Caçadores 1477, Guiné, Guileje, 1965/67... Guileje que  também tinha o nome  de "o corredor da morte"... Grande abraço e Feliz Natal.



A CCAÇ 1477 esteve seis meses e 20 dias em Guileje, de 3/12/1966 a 28/05/1967.

Infogravura: Carlos Guedes / Nuno Rubim / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2017)


2. Comentário do editor Luís Graça:

Caro Dacosta, ou melhor Zé Jacinto (como és conhecido entre os amigos e antigos camaradas):

Tens e não tens razão. Há o Facebook da Tabanca Grande Luís Graça (desde janeiro de 2011, se não erro) e o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (desde 23 de abril de 2004). A Tabanca Grande Luís Graça, página do Facebook, tem mais de 2600 amigos. O blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné tem 763 membros registados...

Tu és amigo do nosso Facebook, desde 18 de dezembro de 2011. Mas, por lapso teu e nosso, ainda não consta da lista alfabética, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné que estão registados no Blogue... Vejo que és mais facebook...eiro do que blogueiro. Mas não faz mal. Vamos corrigir hoje o lapso e colocar-te sob o nosso poilão. no lugar nº 764. Passas a ser grã-tabanqueiro, de facto e de direito. E o teu nome passa a constar da lista alfabética da Tabanca Grande, na letra J, visível permanentemente na coluna do lado esquerdo. 

Os editores do blogue só precisam, entretanto, que nos arranges uma foto tua atual, tipo passe, e que lhes envies o teu endereço de email, para futuros contactos.

Sobre a Guiné, Sangonhá e Guileje, falam as tuas fotos e legendas, que eu fui recuperar da tua página do Facebook. Num próximo poste publico mais algumas. E tu próprio podes contactar-nos diretamente através dos seguintes emails:

Toda a correspondência para o nosso blogue (e Tabanca Grande) deve ser enviada para um ou mais dos seguintes endereços de e-mail dos nossos editores:

(i) Luís Graça:

luis.graca.prof@gmail.com ou luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com

(ii) Carlos Vinhal:

carlos.vinhal@gmail.com

(iii) Eduardo Magalhães Ribeiro:

magalhaesribeiro04@gmail.com

Para os camaradas que querem saber mais sobre ti, aqui vai:

(i) o José Parente Dacosta. também conhecido por José Jacinto, trabalhou na empresa Automobiles Peugeot de agosto de 1969 a setembro de 2000; 

(ii) vive em Dijon, França; 

(iii) é natural da Covilhã, onde nasceu em 11 de setembro de 1943;

(iv)  tem página no Facebook;

(vi) esteve na Guiné, em Sangonhá e em Guileje, de 1965 a 1967. Em Sanginhá, em 1965/66 e Guileje, em 1967 (e da qual " infelizmente não tenho boas recordações", diz ele).

Só um pequeno reparo: Zé Jacinto, o quartel de Guileje não foi destruído pelo inimigo, foi abandonado em 22/5/1973, pelas NT, ocupado por escassas horas em 25/5/1973, portanto, três dias depois,  por 'Nino' Vieira e os seus homens, e  mais tarde destruído pela nossa Força Aérea.

Sê bem vindo à Tabanca Grande, ou seja, à comunidade constituída pelos membros formalmente registados no blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné [https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/].

Temos algumas regras de "conívio", uma das quais é o tratamento por tu, como camaradas de armas que fomos (e continuamos a ser). As 10 regras fundamentais podem ser lidas aqui.
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Nota do editor: