Mostrar mensagens com a etiqueta CCAÇ 6. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta CCAÇ 6. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16694: Agenda cultural (513): Apresentação do livro "Quatro Rios e um Destino", da autoria de Fernando de Jesus Sousa (DFA), ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, dia 10 de Novembro de 2016, pelas 15 horas, na Messe Militar do Porto, sita na Praça da Batalha


O nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704 / BCAV 705, Guiné, 1964/66, dá-nos notícia da apresentação de mais um livro, integrada no 16.º Ciclo de Tertúlias Fim do Império, a levar a efeito na próxima quinta-feira, dia 10 de Novembro, na Messe Militar do Porto.
Desta feita trata-se de mais um livro já nosso conhecido, "Quatro Rios e um Destino", da autoria do nosso camarada Fernando de Jesus Sousa.





16.º CICLO DE TERTÚLIAS FIM DO IMPÉRIO

149.ª TERTÚLIA

PORTO, 10 DE NOVEMBRO, 5.ª FEIRA, ÀS 15 HORAS

MESSE MILITAR DO PORTO



"Quatro Rios e um Destino", da autoria de Fernando de Jesus Sousa (DFA), ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71

Edição: Chiado Editora
Setembro de 2014
Número de páginas: 304
Género: Biografia

************

Prefácio do livro "Quatros Rios e um Destino", da autoria do Professor Doutor Amaral Bernardo, à data, Alferes Miliciano Médico em Bedanda.

“Julgo que ninguém que viu ou venha a ver este filme na plateia seja capaz de compreender estas situações e muito menos senti-las, porque vão muito para além da imaginação humana! Os horrores por mim ali vividos naquelas antecâmaras da morte!...”

“Hoje atrevo-me a dizer que foram os gritos de revolta destes deserdados da sorte que abriram as consciências! Foi com as lágrimas destes inconformados que foram regados os craveiros que fizeram florescer os cravos do 25 de Abril…” 

Fernando de Sousa


Se alguma legitimidade há para deixar aqui umas palavras prévias ao início destas Memórias de um período estigmatizante da vida do Sousa, ela poderá advir de duas circunstâncias.
Uma prende-se com o facto de termos sido contemporâneos em Bedanda durante seis meses (dos treze que lá passei), querendo isto dizer que além de camaradas ex-combatentes, estamos irmanados pelas vivências partilhadas no dia-a-dia de um aquartelamento (leia-se redil de arame farpado e pouco mais, mas uma praça militar fortíssima) daquela Região do Sul da então Guiné, naquele período; acresce que a CCAÇ6, ”Os Onças Negras”, que guarnecia este aquartelamento e garantia a segurança naquela zona, era uma Companhia de soldados africanos com quadros europeus - penso que não seríamos mais de vinte no total. Fizemos, pois, ambos, parte desta restrita família.
A outra, porque aquando do acidente grave relatado nestas Memórias, os cuidados de saúde estavam sob a minha responsabilidade naquela zona e, portanto, também estive naquele angustiante momento que fez com que o Sousa ficasse sem uma parte dele (leia-se, parte da vida dele). Primeiro, via rádio, enquanto lhe foram prestados os primeiros e fundamentais socorros no local, e depois no posto de socorros da unidade, com os demais elementos da equipe, e até à evacuação para o Hospital Militar em Bissau. Esta vivência foi profissional e emocionalmente muito marcante.

O facto que, certamente, esteve na génese do nascimento deste testemunho vivo que o Sousa nos dá, data de Julho de 1971 e, desde então, nunca mais tinha sabido nada dele (visitei-o em fins de Julho desse mesmo ano no Hospital Militar em Bissau - ele não se recorda). Só quarenta e um anos depois nos reencontramos na Mealhada, no almoço anual da Tabanca de Bedanda, que junta os ex-combatentes que lá estiveram - a família grande de Bedanda! Conheci, então, o homem que hoje é.

E quem é este homem? Onde e como cresceu e se fez, como foi preparado para uma guerra que nunca entendeu, que lhe arrancou parte da vida, que por pouco não o matou? E como chegou lá? A sua estadia nessas terras desconhecidas que vivências lhe ia dando? Como era o dia-a-dia num aquartelamento em zona de guerra? E passados todos estes anos, o que ficou?

Estas Memorias, escritas, melhor, faladas para o papel, de uma forma natural, espontânea e fluída…. Um filme bucólico e idílico e a cores por vezes, outras a preto e branco pesado, dão-nos as respostas.
Contam-nos como um jovem aldeão, com uma vida simples mas dura, embora cheia de esperança, é transformado num soldado, um número, e quais foram os caminhos que o levaram para a guerra, que nunca entendeu.
Denunciam com críticas pertinentes, adequadas e bem fundamentadas, que ecoam ora como um grito de alerta e revolta ora com grande desespero e pesar, os multifacetados aspectos deste monstro insaciável que é a guerra: políticos, económicos e sociais de uns, e a robotização e sofrimento dos que são a estrutura base desta máquina infernal de matar e morrer, a troco de nada.
Relembram-nos os imperdoável e injustamente esquecidos desta guerra - os soldados africanos mortos nas nossas fileiras e que não têm direito a constar ao lado dos nossos nos memoriais públicos.
Revelam-nos o pungente testemunho do regresso e permanência no Anexo do Hospital Militar em Lisboa que é, no mínimo, kafkiano.

“Para mim, esta fatalidade chegou! Como um deus em jeito de raio caído do céu, ou um demónio saído das profundezas da terra. Ou, até, talvez os dois juntos, cada um deles exigindo parte de mim, do meu corpo, da minha carne, do meu sangue, ….”

“Que pena não terem conseguido tudo, mas mesmo tudo de mim, para não mais os poder maldizer e amaldiçoar, como desde então o tenho feito, e o faço aqui e agora.”

“Era precisamente ali, dentro daqueles muros de três e quatro metros de altura, que o poder político nos escondia miseravelmente de tudo e da sociedade, totalmente alheia e indiferente à miséria humana, por todos nós, ali vivida! …”

“Era precisamente para ali que vinham em lindas caixas de madeira transportadas em cada regresso dos barcos os pobres soldados. Era dali que durante a calada da noite saíam, para os cemitérios de Portugal, os restos mortais daqueles que os deuses nos jogos da sorte e do azar condenara".

Dão-nos também outras vivências e emoções do dia-a-dia por que passa ou constata, salientando as que o exotismo africano lhe dá – populações, hábitos e costumes .
Mostram-nos a sua veia poética, com poesias a propósito e plenas de sentido, como a que explicita as consequências dos momentos de desprendimento onde a força das pulsões da natureza, num meio cheio de ambiência e receptividade para a sua libertação se concretizam, num dramático e actual poema - Criados à Margem.

Sementes do tuga
Foram tantos em amor escondidos
Lisonjeiros amores de soldado
De amores em pecados dormidos
Por filhos do vento hoje tratados
Entregues a si e abandonados
Órfãos de pai sem o amor merecido

E ainda nos dizem como atingiu a plenitude serena com a vitória sobre “os deuses e demónios” que o queriam aniquilar, ao renascer das cinzas que sobraram para uma nova vida.

“Esta viagem terminou na estação de Santa Apolónia, fisicamente, há quarenta e três anos. Porém, esta viagem, para mim, nunca terminará. Vai continuar, não tem fim! Apenas e só na última estação, no fim da linha, quando este comboio fantasmagórico, já velho, com todas as carruagens repletas de recordações e nostalgia percorrer toda a linha, com seu maquinista já vencido pelo cansaço, se deixar tombar com a mente adormecida num sono profundo”

Assim será com todos os ex-combatentes, “maquinistas” de ”comboios fantasmagóricos”, ou como disse o psiquiatra Afonso de Albuquerque: “Estes rapazes continuam na guerra”

Amaral Bernardo
(Ex-Alf.Mil Médico)
Porto 27 Julho de 2014
____________

Nota do editor

Último poste da série de 7 de Novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16691: Agenda cultural (506): SIC: Programa Perdidos e Achados, em 29 de outubro passado: onde estavam os repórteres da guerra colonial, onde estavam os nossos fotocines?

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16642: Agenda cultural (509): No dia14 de Outubro às 15 horas, acompanhado de muitos amigos, procedemos ao lançamento de "Sussurros Meus" (Fernando de Jesus Sousa)



1. Mensagens do nosso camarada Fernando de Jesus Sousa (ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, DAF), com data de 17 de Outubro de 2016, a propósito do lançamento do seu último livro "Sussurros Meus":

No dia14 de Outubro às 15 horas, acompanhado de muitos amigos, procedemos ao lançamento de "Sussurros Meus".[1]

Obrigado por terem participado nesta festa bonita. Foi para mim uma honra ter contado com a vossa presença.

Com respeito estima e consideração
Bem-hajam.
Fernando Sousa



____________

Nota do editor

[1] - Vd. poste de 11 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16589: Agenda cultural (500): Lançamento do livro de poemas "Sussuros Meus", da autoria de Fernando Jesus Sousa, dia 14 de Outubro de 2016, pelas 15 horas, no Salão Nobre da ADFA, Av. Padre Cruz, Lisboa

Último poste da série de 21 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16626: Agenda cultural (502): No passado dia 14 de Outubro de 2016, no Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, realizou-se a sessão de apresentação do livro "Memórias Boas da Minha Guerra" da autoria do nosso camarada José Ferreira da Silva

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15267: Bibliografia de uma guerra (78): Do meu livro "Quatro Rios e um Destino", excerto para o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (1): Viagem de Abrantes a Lisboa (Fernando de Jesus Sousa)

1. Mensagem do nosso camarada Fernando de Jesus Sousa (ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, DAF), com data de 9 de Outubro de 2015:

Boa noite Carlos Esteves Vinhal.
Junto um excerto do meu livro Quatro Rios e um Destino para publicar no Blogue se assim achar conveniente e possível.
Como tinha prometido que iria enviar de vez em quando uns textos, cá estou a fazê-lo a propósito de que vai fazer um ano do seu lançamento, estou a esgotar a edição.
Também para anunciar que dia 24 às 16 horas, vou proceder a mais uma apresentação1. Desta vez será no bairro onde morei muitos anos, em Santa Maria dos Olivais Lisboa, Na Casa da Cultura dos Olivais Junto ao coreto nos Olivais velhos Lisboa.
Se for possível dar conhecimento ao pessoal da Tabanca deste meu evento fico agradecido.

Abraço
Saudações de amizade para todos os tabanqueiros
Fernando Sousa

************

Viagem de Abrantes a Lisboa

Rumei a Abrantes, para recolher meus pertences e guia de marcha com destino aos Adidos em Lisboa, para aguardar embarque. No caminho para a estação, tive oportunidade de contemplar toda a beleza daquele vale do rio Tejo, de águas cristalinas, que em correrias deslizavam suavemente rumo ao seu destino, cuja foz ficava já ali ao virar da última curva. Também suas margens, tão bonitas como nunca as tinha visto, cobertas de flores das mais variadas cores naquela altura da Primavera. Fiquei encantado com aquela paisagem, que me deslumbrou, apesar do momento melancólico, pouco convidativo a deslumbramentos.

Apanhei o comboio na estação do Rossio de Abrantes, bastante apreensivo, por ser mais uma despedida. Comboio esse que já vinha bastante cheio e ainda assim ali embarcaram muitos militares, que como eu, rumavam a vários destinos.

Depois de procurar um lugar vago onde pudesse sentar-me, para, de forma solitária, dar aso à minha amargura, encontrei apenas um lugar vazio no mesmo compartimento onde viajavam três jovens moças, pela certa estudantes com uma guitarra, que uma delas fazia vibrar, repletas de boa disposição e alegria estas jovens, que se fartavam de tocar e cantar. Ainda hoje recordo algumas canções, como por exemplo (ribeira vai cheia e o barco não anda, tenho o meu amor lá naquela banda, lá naquela banda, e eu cá deste lado, ribeira vai cheia e o barco parado) às quais eu não dava grande importância, a sua alegria contagiante era por demais evidente e salutar, condimentos essenciais para uma boa viagem, se não fosse eu antes preferir martirizar-me, sentir pena de mim mesmo. Queria viver em pleno aquela minha tristeza, que me corroía as mais profundas emoções, até me incomodava o facto de elas rirem, tentei virar a cara para onde elas não me pudessem ver, nem adivinharem o que me corroía internamente. Também não eram aqueles rostos bonitos que eu queria ver e muito menos suas canções ouvir, que tal era o meu estado de espírito. A minha mente vinha totalmente absorvida desde o início, nesta grande viagem na minha ida para uma guerra, que já não tinha forma de evitar.

Contudo, não passaram despercebidas estas minhas misturas de fortes emoções a estas moçoilas, que estranharam o meu alheamento quase total, até que uma ousou perguntar-me o porquê. Parecia que eu não estava ali, ia triste, questionou outra, ao que eu respondi que esta podia muito bem ser a minha última viagem de comboio, porque estava de partida para África. Por uns momentos fez-se silêncio, silêncio ainda mais profundo que todas as minhas mágoas, era precisamente isto que eu precisava para continuar a ter pena de mim. Sem querer reparei que na cara de uma delas corria uma lágrima, que apressadamente limpou, tentando disfarçar a emoção. Continuou um melancólico e quase fúnebre silêncio, com uns suspiros à mistura, até que me senti na obrigação de o quebrar, e disse estas palavras: Ó meninas, esta viagem ainda não acabou e muito menos eu morri, continuem com a vossa alegria, sejam vocês felizes por mim. Vá lá, toquem e cantem mais um pouco. Mas o silêncio continuou, por mais uns instantes, até que aquela da lágrima desabafou que tinha o seu namorado também na guerra e, por muito que desejasse, não saberia se o voltaria a ver. Muito a custo consegui conter as minhas.

Quiseram dar-me o seu endereço para lhes escrever quando chegasse ao meu destino, as três me franquearam a sua amizade e faziam gosto em ser minhas madrinhas de guerra. Agradeci delicadamente e não aceitei, respondi que isso traria amizades que se poderiam tornar em mágoas, sobretudo para elas, e para mim ilusões que não deveria nem podia alimentar.

Mostraram compreensão e respeito pela minha atitude, desejaram-me saúde, sorte e felicidades, ao que, com um embargo na garganta, agradeci e também desejei tudo de bom para elas. O resto da viagem não mudou de tom, a alegria até ali constante esvaíra-se como fumo. A guitarra foi posta de parte e não mais tocou durante o resto da viagem.

Recordo ainda hoje com muito carinho este trecho da minha vida, não me lembra o nome de nenhuma dessas raparigas, porque não fiz questão de o guardar, e já passaram muitos anos, mas esta viagem marcou-me profundamente, a estas jovens, que talvez tivessem a minha idade, desejo que tenham tido toda a sorte do mundo nas suas vidas e sejam muito felizes, porque este pequeno gesto tocou bem fundo todo o meu ser, este gesto nobre fez-me sentir bem pequenino perante tamanha grandeza.

Este gesto despertou a minha consciência para uma nova realidade sentimental que está presente em todos os seres humanos, à qual nunca até então tinha dado o devido valor, que é ser solidário, fraterno e amigo, para com quem precisa. E eu naquele momento precisava de verdade. Precisava de uma palavra amiga, de ânimo e conforto. Aquele silêncio comovido foi para mim sentido como que uma homenagem, um capítulo escrito num livro sem palavras e letras nenhumas, foi daqueles momentos de ouro que surgem uma vez na vida de cada homem, a que por vezes nem damos a devida importância, porque não é palpável nem o vemos, mas que nos marca profundamente, porque são silêncios vindos do mais puro dos sentimentos que todo o ser humano tem, que nem todos os barulhos do mundo os abafam e são suficientemente audíveis a muitos anos de distância, neste tal livro da vida sem palavras, sem letras, poucos gestos, apenas muita emoção e uma lágrima no canto do olho.

Esta viagem terminou na estação de Santa Apolónia, fisicamente, há quarenta e um anos. Porém, esta viagem, para mim, nunca terminará, vai continuar, não tem fim, apenas e só na última estação, no fim da linha, quando este comboio fantasmagórico, já velho, com todas as carruagens repletas de recordações e nostalgia percorrer toda a linha, com seu maquinista já vencido pelo cansaço, se deixar tombar com a mente adormecida num sono profundo.

Fernando Sousa
____________

Notas do editor

1 - Vd. poste de 14 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15251: Agenda cultural (429): Apresentação do livro de Fernando de Jesus Sousa, "Quatro Rios e um Destino", na Casa da Cultura dos Olivais, Lisboa, dia 24, às 16 horas

Último poste da série de 12 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14996: Bibliografia de uma guerra (77): Do meu livro "Paz e Guerra - Memórias da Guiné", excerto para Luís Graça & Camaradas da Guiné (2) (António Melo Carvalho, Coronel Inf Ref)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15251: Agenda cultural (429): Apresentação do livro de Fernando de Jesus Sousa, "Quatro Rios e um Destino", na Casa da Cultura dos Olivais, Lisboa, dia 24, às 16 horas

1. Mensagem, com data de 5 do corrente, de Fernando de Jesus Sousa [ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, DAF, natural de Penedono; confidenciou-nos, há tempos, na sede da ADFA, que agora anda, entusiasmado, a escrever poesia]:


Ver aqui a recensão feita pelo
nosso colaborador permanente,
o camarada Beja Santos
 Boa noite, amizades.

Venho informar que no dia 24 deste mês, às 16 horas, vai ser apresentado, na Casa da Cultura de Santa Maria dos Olivais, o meu livro, "Quatro Rios e Um Destino" [Lisboa, Chiado Editora, 2014, 304 pp].

Conto com a vossa presença, amigos e camaradas. Tragam os vossos amigos e conhecidos.

No final, temos um beberete para suavizar a alma

A Casa da Cultura dos Olivais fica nos Olivais Velhos, R. Conselheiro Mariano de Carvalho 67, 1800 Lisboa [Ver página no Facebook, aqui].

Vou dando mais notícias.

Abraço a todos,

Fernando Sousa
_________________

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15059: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (7): Bedanda


1. Parte VII de "3 anos nas Forças Armadas", série do nosso camarada Tibério Borges (ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726, Cacine, Cameconde, Gadamael e Bedanda, 1970/72).


3 anos nas Forças Armadas (7)

Bedanda

Em Bedanda a companhia era de africanos com excepção da maioria dos graduados. Fui encontrar, imaginem, o Zé Cavaco que é meu conterrâneo. O mundo é pequeno. Apenas fui tapar um buraco durante um mês. Alguém que foi de férias ou que chegou ao fim da comissão. Quem sabe se doente! Pode ser que um dia saiba mais coisas através do Zeca. Sei que o Comandante era o Capitão Ayala Boto. Nesta unidade havia um padre.


Bedanda era um lugar onde os ataques se davam. Num dia de trovoada precisamente no momento do estalar do primeiro trovão sofremos um ataque ao arame. Nas férias antes de vir para este aquartelamento adquiri um gravador de bobines com muita música gravada em casa dos meus amigos Marino Lemos e Maria Teves e estávamos a ouvir boa música clássica quando esse ataque se deu.


Ficamos hesitantes uma fracção de segundo sem saber se era a guerra ou se era trovoada. Mas eram as duas coisas ao mesmo tempo. Larga pés para que vos quero a caminho das valas. Porém as fotos não passam dum momento de boa disposição, treinando, imaginando um ataque.

Mas a guerra tem muitas facetas sendo uma delas a Marinha que pela Guiné andava a desminar rios. E aconteceu enquanto lá estive. O rio Cumbijã que banhava aquela zona foi minado e tivemos sorte porque foi na altura da maré vazia que alguém deu por isso. Era por ele que as LDG’s ou LDM’s abasteciam, via marítima e fluvial, o aquartelamento. Assim vieram os peritos tratar do assunto.


Nesse mesmo rio fui uma vez com o sintex fazer uma caçada ao crocodilo pois disseram-me que esses hidrossáurios apareciam por ali. Apanhei um. Alguém da milícia prontificou-se para tirar a pele e prepará-la para um colega do Porto a levar para ser tratada e que depois ma enviaria de retorno. Até hoje. A carne de crocodilo acho que foi o preço de preparar a pele. A pele de crocodilo dava para fazer malas e sapatos, na altura, e que custavam muito dinheiro. Na altura o exército estava com falta de capitães e arranjou maneiras de cativar civis para esta tarefa.



Que era perigoso andar por ali, era, mas quando somos novos não medimos bem as consequências. A guerra apresentava-nos muitas surpresas e tudo podia ter acontecido. Apanhar material de guerra ao inimigo também aconteceu.


Os nossos obuses não eram rebuçados nenhuns e cada bujarda levava 45kg. E lembro-me uma vez que fui fazer um patrulhamento para uma zona de aldeamento onde andavam pessoas não controladas por nós,  combinando com o artilheiro o lançamento destes rebuçados para pontificar a pontaria do obus. Sei que vi do lado de lá do rio pessoas a andarem de canoa e outras pessoas que ali viviam.



Por vezes o abastecimento dos alimentos nem sempre eram feitos por LDG’s e em alternância os aviões deixavam esse precioso bem cair de paraquedas.


Ir de férias era muito bom, nem que fosse o tal artigo do RDM que nos dava 5 dias. Sair do mato e no meu caso estar em Bissau era fugir do inferno e chegar ao paraíso. Chegava a Bissau completamente descontrolado, desnorteado mas sabia que estava melhor do que no mato. Já não me lembro como sabíamos que era num dia marcado mas o certo é que íamos de avioneta para Bissau. Sei que nos instalávamos no hotel e depois era passear por Bissau. Comprar uma bebida, normalmente cerveja, era o ritual normal e que vinha acompanhado sempre dum pratinho de camarão. Os serões eram passados no QG onde se jogava bingo e saíam bons prémios, como frigoríficos. Estes no mato trabalhavam a petróleo. Foi no QG que encontrei o Capitão Albergaria que conheci em casa do Marino Lemos. Muito isolado e retirado. Lembro-me de ter conversado com ele. Aqui em Bissau ouviam-se todas as histórias passadas em todos os aquartelamentos. O hospital era o centro de todas as notícias más que aconteciam no mato. Soube que muita tropa dos comandos morreram e muitos dos que tiraram a especialidade comigo em Lamego. Era tropa de intervenção juntamente com outra como fuzileiros, rangers, etc. Lembro-me vagamente de ter estado em casa dum militar cuja mulher estava em Bissau.

No mato o tempo era difícil de passar e para distrair um pouco íamos até à tabanca. Éramos rodeados de muito miúdos pois entrar em diálogo com a população não era fácil pois existia sempre uma desconfiança. Outra maneira de viver e estar ocupados por outro povo que não os deixava estar livres e a fazer a sua vida não era fácil.


Outra distracção era o futebol que nos abstraía de tudo o que era guerra. Fazíamos boas partidas deste desporto.


Dentro do quartel as mais diversas situações proporcionavam as mais diversas conversas cavaqueiras ora amenas ora tristes mas tínhamos um médico, o Bravo, com o qual passávamos horas de boa disposição pois ele tinha jeito para as anedotas ou histórias.


Outras vezes vestia-me à civil para fazer crer que não estava no mato.


Por vezes dava uma voltinha fora do arame farpado, também, para distrair.


O General Spínola visitava as suas tropas sem prévio aviso. Metia-se num helicóptero e foi o que nos aconteceu por altura do Natal.


Um certo dia tive uma surpresa. O meu colega Silva que me enviou para Bedanda veio fazer-me uma visita.



Em Bedanda passei por um mau momento em que o meu estado psicológico não foi dos melhores.

Publicado por Tibério Borges
____________

Nota do editor

Postes da série de:

8 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14850: Tabanca Grande (469): Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726 (Cacine, Cameconde, Gadamael e Bedanda, 1970/72)

15 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14879: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (2): Passagem pelo BII 18 de Ponta Delgada, IAO no RI 11 de Setúbal e embarque em Lisboa no Ana Mafalda

23 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14921: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (3): De Bissau para Cacine

5 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14974: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (4): Cacine

15 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15006: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (5): Invasão a Conakry e, Entre Cacine e Cameconde
e
23 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15031: 3 anos nas Forças Armadas (Tibério Borges, ex-Alf Mil Inf MA da CCAÇ 2726) (6): Gadamael Porto

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13923: Notas de leitura (652): “Quatro Rios e um Destino”, por Fernando Sousa, Chiado Editora, 2014 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 11 de Novembro de 2014:

Queridos amigos,
É um livro, a vários tipos, raro. Raro pela confidência, raro pelo filtro que o autor se impõe quanto ao sujeito da memória: a infância, a recruta, a especialidade que culmina, praticamente, com a convocatória para a guerra.
Não se sabe porquê, desembarca em Luanda e é direcionado, de supetão, para a Guiné, viaja até Bedanda.
Não se perde em considerandos nem faz crónica da guerra, regista estimas e chega depois a hora do sinistro que o transfigurou, até hoje. Impressiona quando escreve sobre os guineenses, captou-lhes a ternura, o gosto pela música, a afabilidade.
Temos aqui um livro que é também um grito de revolta, é alguém que superou o pesadelo e não o esconde. É um livro raro, encontrou um caminho inesperado depois da agonia de se ver sem duas pernas, venceu o destino.

Um abraço do
Mário


Quatro rios e um destino

Beja Santos

“Quatro Rios e um Destino”, por Fernando Sousa, Chiado Editora, 2014, é um registo de vivências singular, onde se cruzam o enaltecimento de valores e o grito de protesto pelas desumanidades que experimentou no Anexo do Hospital Militar, após o grave sinistro que teve na Guiné.

O enaltecimento de valores arranca logo com a descrição da sua infância, um texto singelo, carregado de amor familiar e telúrico, tudo contado sem arrebiques, com o gosto de confidenciar:

“Aos sete anos, já acompanhava o meu pai na colocação de armadilhas para apanhar caça, sobretudo coelhos e perdizes, que por ali havia em abundância. Porque, naquela terra, longe de tudo, era importante aprender a sobreviver (…) Aos seis anos, já calcorreava todos os caminhos e veredas que conduziam às várias propriedades da família, tendo como companhia nestas andanças uma burra, que tudo levava e tudo trazia, e muitas vezes agarrado ao rabo dela, para a poder acompanhar naquelas caminhos pedregosos, repletos de altos e baixos”.

Lembra-se das férias que passou na colónia balnear infantil de O Século, Lisboa deslumbrou-o, foi cidade que o marcou para sempre. Salta destas recordações de infância para a sua entrada no RI 14, e passar de mancebo a instruendo militar, estávamos em Outubro de 1969. Não gostou das carecadas nem das outras praxes. O comandante de pelotão é tratado como ratazana de esgoto:

“Por pura vingança desmedida, procurava os sítios onde houvesse mais água e lama, dentro e fora

do quartel, para obrigar todos a rastejar e rebolar, até que ficassem completamente encharcados e cobertos de lama, para, de seguida, se rir e gozar. Todos nós passámos um sacrifício tremendo com aquele pulha”.

Em Janeiro de 1970, veio a caminho do RI 2. Em Março, é chamado
Fernando Sousa.
Entrou para a Tabanca Grande 
em 6/8/2014
a secretaria e informado quetinha sido mobilizado em rendição individual. Vai despedir-se dos seus a Bebeses, concelho de Penedono. Serão tempos dilacerantes, despede-se com um “até um dia destes”. Em Maio, está a caminho de Luanda, a viagem deixou-lhes as piores recordações. A experiência luandense também não foi muito feliz. É aqui que recebe guia de marcha com destino para a Guiné, paragem na ilha do Sal e depois Bissau.

Para ganhar uns cobres, desata a colorir fotografias a preto e branco. Mandam-no de viagem a Bambadinca, vai acompanhar material que foi metido num batelão. Durante a viagem ao longo do Geba, foi surpreendido por um instrumento musical que desconhecia, o korá:

“Fiquei na dúvida se seria uma cabaça redonda cortada ao meio, onde fixaram uma pele de cabra ou de outro animal para mim desconhecido. Numa das metades da dita cabaça, as cordas que serviam de fixação dessa mesma pele, da qual se repercutia o som, eram também tiras talvez desse ou outro animal, sabiamente cortadas e de forma harmoniosa fixas para manterem a pele principal devidamente esticada, onde tudo batia certo e estava perfeito, menos as cordas de produzir o som que eram fio de náilon habitualmente usado pelos pescadores, que prendiam na cabaça em algumas dessas tiras de pele ainda com pelos do animal, de forma inteligente, e no outro extremo, fixos na ponta de um bambu, como que feito à pressa, e mal conseguiam manter a tensão necessária para que o som produzido tivesse qualidade”.

Ia atento às belezas que avistava nas margens do Geba. Viu um crocodilo a apanhar sol e um pássaro às bicadas no meio dos dentes. Feita a descarga regressa a Bissau e dão-lhe como destino a CCAÇ 6, em Bedanda, ia atormentado e a viagem foi uma tormenta. Já conhecia dois rios, o Tejo e o Geba, agora vai a caminho do Cumbidjã, dali seguirão para o rio Ungauriuol, este com curvas muito apertadas e estreitas, em que os barcos quase roçavam no tarrafo.

Faz estimas, logo com o Furriel Ribeiro e o 1.º Cabo Leito, apreciou as qualidades do capitão Ayala Botto. Todas as suas descrições deste teatro de operações serão sincopadas, enxutas, fala dos seres humanos que o cativaram, caso do marido da lavadeira que o convidou para almoçar. Está polarizado os maus momentos que se seguem, aquela manhã igual a tantas outras manhãs, na encruzilhada entre o Cumbidjã e o Malamba, será ali que toda a sua vida se transfigurou, ao princípio não sentiu nada depois despertou no meio de chamas a arder:

“Ardia sobre o meu corpo retalhado, num buraco que a própria explosão cavou. Ali mesmo reconheci que já não era mais eu! Vejo que uma perna tinha pura e simplesmente desaparecido, restando dela farrapos de carne pendurados! Da outra, apenas via um osso completamente descarnado, espetado naquele chão ardido, e ao lado uma bota com um pé nela metido, pendurado por um tendão, agarrado àquele osso lambido, que, outrora, tinha feito parte integrante do meu corpo”.

Inicia-se o calvário dos tratamentos no Hospital Militar em Bissau. Ao ganhar consciência do sucedido, com todas aquelas dores como facas cravadas, amaldiçoa a sua sorte. Pede ao sargento de enfermaria para lhe pôr termo à vida. Tomba os frascos indispensáveis ao seu tratamento, é amarrado à cama. O 1.º Cabo Sousa chora copiosamente. Era um homem de fé, um homem que rezava, agora está enraivecido, aquele tempo marcou-o para sempre:

“Ainda hoje me dói o arrancar das ligaduras, das compressas, daquela carne dilacerada e queimada! O tormento de acordar de cada anestesia!”.

E passa a confrontar-se com as dores dos outros naquele espaço que ele designa por antecâmaras da morte. Um dia ganha coragem e escreve à família, carta tranquilizadora, levava 22 dias de sofrimento atroz. Suavizou-o a visita da mais velha das cinco mulheres do seu colega de Bedanda, que tanto estimava. Está impaciente para partir para Lisboa, esse dia acabou por chegar. E em Lisboa vai viver tempos terríficos. Odeia que lhe digam coisas como “Sabes meu filho, tu até tiveste muita sorte!”. Há uma atmosfera de tragédia ali à volta: “Era desgraçadamente ali que muitas namoradas, noivas e madrinhas de guerra sofriam a maior desilusão das suas vidas, ao encararem com o que restava das suas paixões, tornando seus sonhos em pesadelos!”.

Toda a sua escrita ressuma cólera não contida pelo que viu e viveu no Anexo do Hospital Militar Principal, lugar maldito, só ao fim de oito meses que cederam uma cadeira de rodas. Livro profusamente ilustrado, e escreve a legenda, estamos em 1972, vemo-lo passivo, desalentado, numa cadeira de rodas:

“A total decadência. O passar uma tormenta. O viveu num inferno. Um condenado. Um sobrevivente. Um nascido do nada. Um irreverente. Um inconformado. Um renascido para a luta. Mas sempre eu, consciente de mim, do que fui, do que era e do que teimosamente ambicionava ser”.

Aprende a outra dimensão da autonomia, a depender, com todas as suas forças de si mesmo, cria novas convicções. Volta a Bebeses, descobre que não tem ali lugar, refugia-se na cidade, transforma-se no homem que é hoje. Irá até cais de Alcântara para prestar homenagem a si mesmo, como sinal de que tinha regressado e estava vivo.

Hoje assume-se como não-crente, basta-lhe acreditar em si e em todos os homens de bem, confessa que terminou a última parte das suas recordações com dificuldade. Quer que o leitor não duvide dele: “Porque de verdade tudo isto que passei vos relato foi real. Foi mesmo assim”.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 17 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13905: Notas de leitura (651): 1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (3) (Mário Beja Santos)

sábado, 8 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13860: Agenda cultural (351): Lançamento do primeiro livro do nosso camarada bedandense, Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino", no passado dia 30 de outubro, na sede da ADFA, em Lisboa

Autor: Fernando Sousa
Editora: Chiado Editora
Local: Lisboa
Data de publicação: Setembro de 2014
Número de páginas: 304
ISBN: 978-989-51-2033-8
Colecção: Bios
Género: Biografia
Preço de capa: 14€ (papel) | 3E (eBook) [Encomendar aqui]

Sinopse

"Este livro  fala de realidades. Fala de mim, da minha vivência, da minha forma de ser e de estar, da minha entrega a tudo aquilo em que acredito. Das minhas convicções, dos meus sentimentos, da minha passagem por uma Guerra e suas consequências,  de pesadelos sem fim, das muitas emoções.

Nele procurei inserir e exaltar os ensinamentos assimilados, das várias gerações com que me fui cruzando neste caminho da vida, de várias épocas, em dois mundos e duas culturas diferentes.

É também e, sobretudo, o meu testemunho, um avivar de memórias, um sopro da alma, um grito de revolta, de uma dor comida, um desejo ardente, um despertar de consciências e um exemplo de vida
."


Fernando Sousa

Fernando [de Jesus] Sousa  [, foto atual, à direita]


(i) é membro da nossa Tabanca Grande desde 6 de agosto último (*):

(ii) foi 1º cabo 1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71;

(iii) foi gravemente ferido em Julho de 1971;

(iv)  nasceu a 24 de Dezembro de 1948 em Bebeses, concelho de Penedono distrito de Viseu;

(v) "marcado pela dureza do trabalho desde tenra idade,  sem possibilidades de poder estudar" (...) vveu na primeira pessoa a guerra na Guiné, hoje “Guiné Bissau"  /(...); fFormado na escola da vida, tirando proveitos das poucas habilitações literárias,  desfrutando de uma vivência sempre em constante aprendizagem, e nunca enjeitando desafios" (Fonte: Chiado editora):




Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.).(**) > Aspeto geral da assistência.



Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.) > O autor, Fernando Sousa, é o segundo a contar da esquerda para a direita: "Tenho à minha esquerda Rita Costa,  directora de edição da Chiado Editora, seguida do apresentador do livro,  prof. Dr. António Lavouras Lopes" (...) "e á  minha direita, o comendador José Eduardo Gaspar Arruda, presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas".



Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.) > A sessão de autógrafos.

Fotos do Bruno Sousa, inseridas na página doi Facebook da Tabanca Grande (2014).
__________________


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Guiné 63/74 - P13467: Tabanca Grande (442): Fernando de Jesus Sousa, ex-1.º Cabo da CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/71)

1. Mensagem do nosso camarada e novo amigo Fernando de Jesus Sousa, ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, com data de 31 de Julho de 2014:

Luís Graça,
Primeiro deixe que me apresente.
Sou Fernando de Jesus Sousa, nascido a 24 de Dezembro de 1948, ex-1.º Cabo n.º 18954869.

Embarquei para a Guiné no navio Niassa em 20 de Maio de 1970.

Regressei, creio que em Novembro de 1971, evacuado para o HMP de Lisboa, por ter sido gravemente ferido, onde estive internado até Abril de 1973.

Fiz a minha comissão de serviço em Bedanda, integrado na CCAÇ 6.

Luís Graça, já nos encontrámos numa sardinhada em Peniche, promovida por um grande Bedandense e bom amigo Belmiro da Silva Pereira. Logo ali prometi-lhe que me iria associar a este fantástico grupo.

Acredite que foi por causa deste blogue que tudo fiz para aprender um pouco de internete, a fim de poder acompanhar tudo o que dissesse respeito à Guiné. Só eu sei, as emoções que sentia, com as vossas imagens e questões ligadas àquela terra, fotos e comentários de amigos em comum.

Por tudo isto obrigado.

Quero também anunciar-lhe que já acabei a escrita do meu livro, que irá ser publicado em Novembro.
Logo após isso irei enviar-lhe alguns enxertos de textos sobre a Guiné, que escrevi, onde abordo muitas questões pertinentes e falo abertamente do acidente de que fui vítima.

Fernando Sousa


CCAÇ 6 - Bedanda - Guiné - 1970/1972 - Trabalho do camarada José Carvalho publicado no Youtube


2. Comentário do editor:

Caro camarada Fernando Sousa,
Muito bem-vindo à Tabanca Grande.
É para um nós um orgulho saber que somos lidos por muitos camaradas. Pena que a maioria não se manifeste e não se dê a conhecer, tal como tu fizeste agora.
Pede-me o Luís para te dizer que aqui na Tabanca nos tratamos todos por tu, independentemente dos antigos (e actuais) postos, da nossa idade, da nossa formação académica, profissão, etc.
Une-nos aquele pedaço de África que nos marcou para sempre.

Pelo que nos dizes, és deficiente das Forças Armadas resultado do acidente de que nos falarás um dia. É um dos assuntos que só o próprio sabe como e quando aflorar. A nossa página pretende, entre outras coisas, ser um meio de catarse, pelo que estamos ao teu dispor.

Dizes que irás publicar um livro onde relatas episódios da tua comissão na Guiné, e que o mesmo será apresentado em Novembro. Fica desde já o nosso Blogue ao teu dispor para dar notícia desse evento. Quando quiseres, manda-nos por mail um convite digitalizado, assim como a capa do livro para publicarmos em devido tempo.

Posto isto, resta-me enviar-te o abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores que esperam muitos textos e fotos teus para publicação.

Ao teu dispor, o camarada e amigo
Carlos Vinhal
____________

Nota do editor

Último poste da série de 9 de Julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13383: Tabanca Grande (441): Mário Jorge Figueiredo Lourenço, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista da CCAV 2639 (Binar, Pete, Bula, Ponta Consolação e Capunga, 1969/71)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13324: Convívios (608): Tabanca de Bedanda: 4º Encontro de bedandenses, 4ª CCaç / CCaç 6: Mealhada, 28 de junho (Hugo Moura Ferreira / Vasco Santos)



1. Mensagem do Hugo Moura Ferreira:

Data: 6 de Junho de 2014 às 00:54

Assunto: 4º Encontro de Bedandenses - 4ª CCaç / CCaç 6

Meu caro Luís:
Faço grandes votos que a saúde, acima de tudo se mantenha em óptimas condições.
Possivelmente já terás tomado conhecimento de que o 4º Encontro da "malta" da CCaç 6 vai, mais uma vez, decorrer no último sábado de Junho que, este ano, calha a dia 28.

Já fiz alguma circulação de informação através de mail e alguma divulgação, não tendo ainda enviado nada para ti, porque queria fazer-te o convite pessoal e formal, para estares presente e até teríamos muito gosto se tua Mulher, a simpática Alice, também fosse, porque o Encontro está "aberto" às Senhoras, que tanto nos têm aturado nestas andanças militares. A Lorena este ano não falha.

Assim, reafirmo que teríamos (não falo só por mim, posso garantir-te!) todo o gosto na tua companhia.
Este é o primeiro encontro pós-Toni estando eu, no Sul e o Vasco Santos, no Norte, a fazer um esforço para levar isto em frente, em memória do que ele sempre desejava fazer e que tanto gosto lhe dava.

Portanto, ficarei a aguardar uma resposta tua, que espero seja afirmativa, mas compreenderei se os teus afazeres que certamente serão imensos te impedirem.  Ah! E não telefonei, simplesmente porque pretendo que este convite fique registado, tentando demonstrar que te adoptamos como Bedandense de corpo inteiro.
Em anexo, segue a convocatória que foi para a rapaziada para que tenhas conhecimento de todos os pormenores.

Um grande abraço de amizade, Hugo

Nota: Aproveito para te pedir que caso aches oportuno e se entenderes como correcto possas colocar uma qualquer referência no Blogue!


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > Agosto de 1972 > O obus 14

Foto: © Vasco Santos (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]

2. Convocatória > Lisboa, 1 de Junho de 2014

Caros Bedandenses.

Em memória do nosso Toni Teixeira [1948-2013], este ano, eu e o Vasco Santos, estamos a concentrar esforços no sentido de que a nossa reunião, aprazada de há 2 anos para cá, para dia 28 de Junho, na Estalagem PORTAGEM, na Mealhada, possa voltar a ter o mesmo sucesso que sempre.

Assim:

Ambos informamos que alguns contactos já foram estabelecidos, tendo-se já obtido algumas respostas favoráveis e outras nem tanto. Com muita pena nossa, diga-se.

Durante a semana que entra (2 a 7 de Junho) vamos precisar saber quem vai e quantas pessoas acompanham cada um de nós, dado ser necessário comunicar o número exacto de convivas, aos responsáveis do Restaurante, no mais breve espaço de tempo, por a sala já se encontrar reservada para nós, nesse dia.

O repasto será em tudo semelhante ou igual ao do ano anterior e terá um custo equivalente.
Pelo que o Vasco, que mantem o contacto com a PORTAGEM me informou, a ementa será como a seguir se indica e o custo por pessoa inclui gratificação, como se indica.


EMENTA

Entradas  > Paté de atum  | Rissois – croquetes  ! Camarão

Pratos  > Sopa (do dia)  | Bacalhau c/ broa e grelos (à Estremoz) servido c/ batata a murro  | Leitão à Bairrada com batata salada de alface e laranja

Buffet de sobremesas  > Pudim caseiro  | Salada Fruta  | Mousse  ! Arroz doce  | Bolo bolacha  | Bolo comemorativo

Bebidas > Água  | Sumos  | V. T. Casa  | V. B. Casa  | Castiço Frisante  | Vinho espumante da casa  

Café  | Digestivos (uísque novo e aguardente)

Preço por px – 29 € (já inclui uma pequena gratificação de €1/pax)

Caso queiram quartos disponíveis para ficar : (Convém avisar com tempo porque estes são preços especiais para nós,  mas ainda estão sujeitos a confirmação, visto serem os praticados o  ano passado) 

Single – 30 €  | Twin – 40 €

Portanto, fazem favor de dizer alguma coisa por qualquer das seguintes vias:
Moura Ferreira
Tlm – 969 922 669
Fixo – 218 681 014 (só à noite)
mail - mouraferreira@gmail.com

Vasco Santos
Tlm - 917 343 382
Fixo - 252  692 183
mail - vascosan50@gmail.com

E não esqueçam.  Até dia 7!!!... Uma semana para decidirem se vão ou não é mais que suficiente!!!

Até lá… Um abração!!!!

Hugo Moura Ferreira
Vasco David de Sousa Santos

Nota Importante:  Queremos saber da vossa opinião e quais os vossos alvitres, ou se haverá alguns de vós que e voluntariem para providenciar a próxima reunião em 2015. Convém começarem a pensar, para que cheguem ao nosso encontro deste ano já com ideias objectivas, visto que o assunto vai ser colocado à consideração de todos.

3. Comentário de L.G.:

Meus queridos amigos e camaradas bedandenses:  Fico feliz pela realização deste 1º encontro da Tabanca de Bedanda (, está na altura de a batizar como deve ser!), a seguir ao desaparecimento do nosso já muito saudoso António Teixeira, o Toni.  Fico orgulhoso de me aceitarem e tratarem como bedandense. Infelizmente, não poderei estar no sábado convosco, na Mealhada. 

Ainda no fim de semana passada, estive a almoçar, eu e a Alice, com outro bendandense, o Pinto de Carvalho e a esposa. A boa notícia que vos posso dar é que o nosso camarada Pinto Carvalho está a recuperar bem do seu problema de saúde. Encontrei-o ativo, positivo, cheio de energia e com grande vontade de viver e estar com os amigos. A má notícia é que também ele tem o mesmo compromisso que eu: um convívio no mesmo dia, no Vimeiro, Lourinhã,  que vai juntar 8 dezenas de velhos amigos do oeste.  A iniciativa, de há muito programada,  é do Eduardo Jorge Ferreira, também nosso grã-tabanqueiro. 

Como não temos o dom da ubiquidade, escolhemos ficar mais perto de casa. Por outro lado, os nossos problemas de saúde (eu, da minha parte, ainda a recuperar, bem, da minha artroplastia total da anca) não nos aconselham grandes viagens... Pensaremos em vós, nesse dia, e nos camaradas bedandenses que já nos deixaram, como o Toni. Que seja mais uma grande jornada de convívio, camaradagem e amizade. E doravante eu trato-los-ei como bravos tabanqueiros da Tabanca de Bedanda.
_____________

Nota do editor:

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12521: Convívios (556): Almoço de Natal dos bedandenses do sul, com homenagem ao Tony Teixeira (1948-2013) (Hugo Moura Ferreira / Manuel Lema Santos)



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013>  O lugar (vazio) deixado em memória do Tony Teixeira (1948-2013)


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Da esquerda para a direita, Gualdino da Silva, o lugar (vazio) deixado em memória do Tony, e o Joaquim Pinto Carvalho


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Aspeto parcial da sala (que tem uma lotação de 40 lugares)... Ao fundo, vê-se o Hugo Moura Ferreira, de pé, a falar com o Pinto Carvalho,



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Em primeiro palno, o veteraníssimo Rui Santos...


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Em primeiro plano, o João António Carapau (médico reformado) e o João Martins... Ao fundo,   Renato Vieira de Sousa (. cor ref) e o Gualdino Silva e o Pinto Carvalho.


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Da esquerda para a direita, o Guerra, o Victor Luze e o José Vermelho (, de camisola amarela...).


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Ao fundo, o   Renato Vieira de Sousa e o Gualdino Silva; em primeiro plano, o Rui Santos e o  Carlos Jesus Pinto (Pel rec Daimler, Bissau e Bissorã) (sobre o quaL diz o Hugo Moura Ferreira: "Ao ver o teu anúncio no Blogue de imediato se associou; e por ser um tipo simpático vai passar a ser convidado!... Não tem, obviamente nada a ver com Bedanda").


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Mais um aspeto da sala em que é visível Maria Helena "Salazar" (, esposa do Eduardo Cesário Rodrigues "Salazar"), o Fernando Sousa, a Maria dos Anjos Sousa, a Manuela Carronda Rodrigues, e Cor Carronda Rodrigues. (que andou a pisar a bolanhas de Bedanda como Alferes).


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Ao centro, o Carlos Silva, preparando-se para tirar uma foto.


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > O Manuel Lema Santos e o Carlos Silva.


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013> Algumas esposas de camaradas bedandenses do sul ... A do canto do lado direito parece-me ser a esposa do Hugo Moura Ferreira, a Lorena (que viveu 4 meses na Guiné, no tempo da comissão do marido).


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013> Da esquerda para a direita, o João Martins, Carlos Carronda Rodrigues (coronel, que se Reformou há poucos meses) e o Carlos Silva.



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013>  Da esquerda para a direita, o Fernando Sousa, o Pinto Carvalho e o Hugo Moura Ferreira



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > O Pinto Carvalho lendo o seu texto poético de homenagem ao Tony, seu camarada e amigo
do peito (**).


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Um das imagens-ícones do Tony.


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Aspeto parcial da sala, com a projeção dos "slides" do Pinto Carvalho de homenagem ao Tony.



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > Moura Ferreira e Sónia, do Restaurante O Gomes.


Fotos: © Manuel Lema Santos (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.; legendas; L.G. e Hugo Moura Ferreira]



 
1. Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica, 19 de dezembro de 2013... Como previsto realizou-se, no sul, o anunciado almoço de Natal, tão desejado pelo António Teixeira (Tony), ainda em vida (*)...

Foi um convívio maravilhoso, no dizer do Hugo Moura Ferreira, que foi o chefe de orquestra. Foram também recordados o Fernando Roque, açoriano da diáspora, a viver no Canadá, bem como o Alberto Rocha,alferes do pelotão de artilharia, em Bedanda.



2. Estas fotos, do Manuel Lema Santos,  foram-nos gentilmente disponibilizadas pelo autor e pelo João Martins que, em 21 do corrente, nos mandou a seguinte mensagem:

Com um grande abraço, envio as excelentes fotografias da autoria do Manuel Lema Santos que, muito provavelmente, já vos enviou.

Aproveito para desejar a todos um Santo Natal e um excelente Ano Novo. Grande abraço, João Martins.

Por sua vez, em mensagem, no Facebook, na página do grupo (secreto...) Bedanda / CCAÇ 6, o Manuel  Lema Santos escreveu,  para o Hugo Moura Ferreira, o seguinte:

Considera as fotos que realizei do almoço,  como pertença da 'comunidade bedandense'. Publica as que quiseres da forma que melhor entenderes, sem problemas! Fica o meu agradecimento a todos pela participação no agradável convívio havido.


3. Mensagem, posterior,  do Hugo Moura Ferreira, respondendo a um pedido meu para corrigir e completar as legendas:


(...) Só te peço mais uma coisa. Para colocares mais uma foto, referenciando o Salazar (podes chamá-lo assim, simplesmente). Ele é o único que não aparece em nenhuma das que aqui estão. Mesmo que apagues uma das que pretendias colocar. Não têm a melhor qualidade mas servirão para o fim em vista. En mando-as aqui em anexo. Uma é dele apenas e outra é visto ao fundo da foto numa imagem geral da sala.

E por aqui me fico. Um abração e MUITO OBRIGADO, pela forma como tratas estes Bedandenses "loucos por aquela terra e aquelas gentes" (...)



Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 >  Aspeto geral da sala.


Amadora, Venda Nova, Restaurante O Gomes, às portas de Benfica > 19 de dezembro de 2013 > "O Eduardo Cesário Rodrigues, mais comnhecido por Salazar. Este nome que lhe é dado desde os anos 50, faz quase parte do nome dele. Eu costumo colocar no final do nome dele Salazar entre aspas. Como se fosse um títítulo! (HMF).


Fotos (e legendas): © Hugo Moura Ferreira (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]
______________

Notas do editor:

(*) Vd. postes de: