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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18080: Em busca de... (284): Veteranos da CCAÇ 797, "Os Camelos" (Tite e Nhacra, 1965/67), comandada pelo cap inf Carlos Fabião, e em especial os 8 elementos da secção do fur mil Júlio Lemos Pereira Martins, do 1º Gr Comb, comandado pelo alf mil inf Américo de Melo Pinto Lopes (Mário Leitão, autor do livro em elaboração "Heróis limianos da guerra do ultramar")


Guiné > Região de Quínara  > Tite > 1965 > CCAÇ 797 (Tite e Nhacra, 1965/67) > Grupo de furriéis e sargentos >


Guiné > Região de Quínara  > Tite > 1965 > CCAÇ 797 (Tite e Nhacra, 1965/67) > Grupo de furriéis e sargentos  (i) >O fur mil Júlio Lemos Martins é o nº 2, fila da frente, dos aninhados...



Guiné > Região de Quínara  > Tite > 1965 > CCAÇ 797 (Tite e Nhacra, 1965/67) > Grupo de furriéis e sargentos (II) > O nº 10 e nº 12 parecem ser sargentos. O nº 10 pode ser um civil, administrador ou chefe de posto...




Guiné > Região de Quínara  > Tite > 1965 > CCAÇ 797 (Tite e Nhacra, 1965/67) > Grupo de furriéis e sargentos (II)) 


Júlio de Lemos Martins Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 797 (Tite e Nhacra, 1965/67),  morto no TO Guiné em 12/8/1965, por afogamento, no rio Louvado.

Nasceu em Ponte de Lima, no Largo Rodriguies Alves.  Era um dos cinco filhoos de Francisco Pereira Martins (mais conhecido por "Chico Laptum"). Fez a recruta no RI 13 (Vila Real). Mobilizado pelo RI 1, foi partiu para a Guiné,  2m 23/4/1965, integrado na CCAÇ 797 / BCAÇ 599, do cap inf Carlos Fabião.  Morreu afogado em 12/8/1965.no rio Louvado ( vd. carta de Tite).  

Fotos (e legendas: © Mário Leitão (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Mário Leitão [ex- Fur Mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971 a 1973; membro da nossa Tabanca Grande; autor do livro "História do Dia do Combatente Limiano"]

Data: 23 de novembro de 2017 às 23:13
Assunto: Apelo àTabanca-Grande

Camarada Luís! Um grande abraço!

Peço-te o favor de divulgares o seguinte APELO:

Necessito de contactar veteranos da CCaç 797, "OS CAMELOS", que operou na Guiné entre 65/67, comandados pelo Cap Carlos Fabião.  (*)

Muito especialmente, desejo contactar alguns dos 8 elementos da secção do Furriel Júlio de Lemos Pereira Martins, pertencente ao 1º Grupo de Combate do Alferes Miliciano de Infantaria  Américo de Melo Pinto Lopes. (**)

O objectivo é esclarecer detalhes sobre a operação em que o Furriel Júlio Martins morreu afogado com o 1º Cabo Aux Enf Inácio de Freitas Ferreira, no dia 12 de Agosto de 1965, no Rio Louvado, região de Tite.

Também necessito de identificar o maior número possível dos militares que aparecem na foto anexa, em que o Furriel Júlio Martins é o primeiro da esquerda, aninhado.

Os dados destinam-se ao livro "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" em que se descrevem as vidas dos 52 rapazes de Ponte de Lima que perderam a vida pela Pátria, nessa guerra. Ficarei muito grato por toda a colaboração que possa surgir.


A 2ª Secção de Caçadores ("C" na História da Unidade da CCAÇ 797, "Os Camelos", Tite e Nhacra, 1965/67) era constituída por:


C – SECÇÃO DE CAÇADORES


Júlio de Lemos Pereira Martins – Furriel Mil – Atirador

António P. M. Morgado – Soldado 2930/64 – Atirador

Aníbal Alves Pires – Soldado 2939/64 – Atirador

Jorge Pina Filipe – 1.º Cabo 2944/64 – Atirador

Victorino A. Coelho – Soldado 2985/64 – Atirador

Joaquim da C. Machado – Soldado 300/64 – Atirador

José Herculano P. Ribeiro – 1.º Cabo 2927/64 – Atirador

António J. P.  Rodrigues – Soldado 3035/64 – Atirador

Manuel A. Amaral Nobre – Soldado 3026/64 – Atirador



Grande abraço para ti e toda a equipa!

Mário Leitão (Grã-Tabanqueiro 741)


2. Comentário do editor:

Infelizmente, não temos um único camarada, na Tabanca Grande, em 762 membros, que represente esta subunidade...

A CCAÇ 797, mobilizada pelo RI 1, partiu para o CTIG em 23/4/1965 e regressou a 19/1/1967, tendo passado por Tite, São João e Nhacra. Comandante: cap inf Carlos [Alberto Idães Soares] Fabião, um dos oficiais portugueses que melhor conheceu a Guiné. Recorde-se, morreu em 2006.

Temos um poste antigo donde constam 4 contactos de ex-camaradas da CCAÇ 797 (nomes e telefones/telemóveis), encontrados na Net pelo nosso coeditor Carlos Vinhal:
  • Emílio Abrantes, telef 238 691 390;
  • José Bayó, tm 917 291 778;
  • Jorge Duarte, tm 962 397 036;
  • Santos Costa, tm 917 415 288.
Mário, experimenta ligar-lhes.

3. Depoimento (notável) de Virgínio Briote sobre o Carlos Fabião (1930-2006) (***)

(...) O Cor Carlos Fabião estava doente há uns tempos e sabia-se que era uma daquelas coisas que raramente perdoam. Conheci-o na Guiné (o que não é para admirar uma vez que ele cumpriu lá, salvo erro, 3 comissões), era ele capitão. Numa das saídas do meu grupo para os lados de Tite, ainda nos finais de 65, ele comandou os dois grupos de combate que nos foram apoiar e recolher.

Recordo-me de ver um sujeito sob o forte, com uma varinha na mão, ar calmo. Via-se que lidava muito bem com o pessoal dele. Sentia-se que o rodeava uma aura mística, tinha carisma. E tu sabes o valor que isso tem nos soldados, o poder de os fazer acreditar que estavam protegidos. E tive oportunidade de constatar pesoalmente que os soldados tinham motivos, ele merecia que acreditassem nele.

Durante a minha comissão ainda tive o gosto de o rever mais duas vezes. E depois com o 25 de Abril, o Carlos Fabião tornou-se conhecido de quase toda a gente que viveu aqueles tempos, odiado por uns, amado por outros. Do que conheci dele, penso que a história não o tratou muito bem. Aqueles ventos chamuscavam os que andavam longe dos acontecimentos, quanto mais os que estavam no centro da fogueira. (...)
____________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 7 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18058: Em busca de... (283): 2º grumete fuzileiro Fernando Eduardo Pereira, natural de Lamego, e morto no CTIG c. 1963/64, deixando uma filha de meses que nunca chegará a conhecer o pai (Mário da Conceição Fernandes)

(**) Vd. postes de:




sexta-feira, 5 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17322: Homenagem aos limianos que morreram pela Pátria nas guerras do ultramar (Mário Leitão) - Parte IV





Mário Leitão,  farmacêutico reformado, 
residente em Ponte de Lima, ex-fur mil de Farmácia, Luanda, 1971/73. 



(Continuação)








De José da Silva Sousa a  Manuel Fiúza Parente Bouças  (n=14)
.

1. Continuação da divulgação do artigo publicado na Revista Limiana (I Série, 2007-2014, nº 37, abril de 2014, director: José Pereira Fernandes), da autoria do nosso camarada e grã-tabanqueiro Mário Leitão.

Proprietário da Farmácia Lopes, em Barroselas, Viana do Castelo, farmacêutico reformado, residente em Ponte de Lima, ex-fur mil de farmácia, Luanda, 1971/73, o Mário Leitão tem-se dedicado, de alma e coração, à recolha e tratamento da informação relativa aos limianos,  os naturais do concelho de Ponte de Lima, mortos nos TO de Angola, Guiné e Moçambique bem como no continente ou outros territórios, no cumprimento do serviço militar, no período que abarca a guerra  colonial (1961/74).

Júlio de Lemos Martins Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 779,
morto no TO  Guiné em  2/8/1965, por afogamento.  
A lista (52 nomes no total) é enriquecida com fotos e valiosas notas biográficas. Depois dos 24 primeiros nomes (*), publicam-se os 14 seguintes. Os camaradas mortos no TO da Guiné vão assinalados por nós a vermelho (sublinhado). São 4 nesta lista, tendo pertencido às seguintes subunidades/unidades:

DInt 707;
CART 3359 / BART 3844;
CCAÇ 797 / BCAÇ 559,

Não há indicação da unidade a que pertenceu o José da Silva Sousa.

Um dos nossos camaradas limianos que não voltou à sua terra natal foi o Júlio de Lemos, cuja memória já tinha aqui evocada pelo Mário Leitão (**). 


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15000: Efemérides (195): O Furriel Júlio de Lemos faleceu na Guiné no dia 12 de Agosto de 1965 (Mário Leitão, Ex-Fur Mil da Farmácia de Luanda)

Mensagem do nosso camarada António Mário Leitão, ex-Fur Mil da Farmácia Militar de Luanda, dirigida ao nosso editor Luís Graça em 12 de Agosto de 2015:

Camarada,
Envio-te uma crónica que vai ser publicada amanhã no semanário CARDEAL SARAIVA, de Ponte de Lima. Dá-lhe o tratamento que entenderes, por favor.
O mesmo trabalho foi enviado pra UTW, para mais ampla difusão.

Aproveito para te dizer que o teu blog tem sido muitíssimo útil para as minhas pesquisas para a obra que poderá chamar-se "Participação limiana na Guerra do Ultramar", em vários volumes.
O primeiro refere-se apenas aos 52 Heróis Limianos que a guerra provocou.
Darei sempre notícias sobre ela.

Parabéns pela vossa extraordinária generosidade, que vai deixar para os nossos descendentes um acervo gigantesco de informação sobre a Guerra do Ultramar.

Abraço para todos do
Mário Leitão
Ex-Furriel da Farmácia Militar de Luanda


************

O Furriel Júlio de Lemos morreu há 50 anos

O Furriel Júlio Lemos, no final de uma operação complicada (em que a retirada exigiu cobertura aérea de morteiros, solicitada por via rádio a um pelotão de apoio da mesma companhia de caçadores) e quando a sua unidade de combate se preparava para proceder ao atravessamento do rio Bissilon (Bissilão), afluente do Rio Louvado, na região de Tite, tomou a iniciativa de efectuar a travessia a nado, com outro camarada de Guimarães. Algo correu mal. Nunca mais foi encontrado, mesmo depois das buscas efectuadas por meios navais. Tal facto terá estado relacionado com o seu pesado equipamento e com o efeito do macaréu, verificado no momento, que agravaram as condições lodosas características daqueles rios.

(Adaptado dos testemunhos que os seus camaradas publicaram no sítio da Internet “Luís Graça e Camaradas da Guiné”)

 Ponte de Lima, 12 de Agosto de 2015

************

No dia 12 de Julho de 1965 o Furriel Júlio de Lemos Pereira Martins morreu no decurso de uma operação, desaparecendo no leito lodoso de um rio guineense. Foi precisamente há 50 anos, mas parece que foi ontem que o drama da sua morte abalou a pacatez da nossa Vila. Recordo-me da tarde em que o comércio limiano fechou meias portas em sinal de pesar, como então se fazia. Eu tinha 16 anos e vinha da Vila Morais, de um ensaio para as récitas que o Teatro Académico Limiano fazia naquele tempo, nas férias grandes. Ao passar junto do mictório que dantes existia na parede nascente do quintal do então “Asilo dos Velhos” (a escassos metros do local onde está hoje a estátua de Norton de Matos), vi um grupo anormal de pessoas junto às portas do Restaurante GAIO, propriedade de seu tio Manuel Lemos, irmão de sua mãe Maria da Conceição Lemos(1). Aproximei-me e senti pessoas a chorar, algumas convulsivamente, ao mesmo tempo que ouvi alguém dizer “o Júlio LAIPUM morreu na guerra!”.

Esta cena e o ar pesado que se respirava na Pharmacia Brito, onde não se falava de outra coisa, ficaram gravados na minha memória e fizeram-me recordar aquele rapaz do Externato Cardeal Saraiva, sete anos mais velho do que eu, que fez parte do grupo de “matulões do 5.º ano” que me baptizou em Outubro de 1958, quando eu entrei para a 4.ª classe e admissão aos liceus: Júlio de Lemos, Júlio Vilar, Henrique Ramalho, Celso Barbosa, João Carvalho, Carlos Torres (TITÁ), Horácio, Alberto “TALENTE” e outros. E foi a partir desse acontecimento que eu passei a conhecer a realidade da guerra que se travava nas províncias ultramarinas e a compreender as aflições em que minha Mãe vivia, ao pensar que o filho mais velho (meu irmão Afonso Manuel) iria às inspecções militares no ano seguinte. Numa das fotografias, Júlio Martins aparece em primeiro plano (segundo a contar da esquerda) com um grupo de estudantes do externato, tirada aos 15 anos de idade (1957).

 Furriel Júlio de Lemos

Ontem, quarta-feira, 12 de Julho, um grupo de amigos do Furriel Júlio de Lemos participou numa missa por sua alma, na Igreja Matriz. Foi um lindo momento de oração pelo descanso eterno de um Amigo de juventude que só viveu 23 anos, ao qual se seguiu uma romagem de saudade até ao Memorial dos Heróis do Ultramar, junto aos Paços do Marquês, onde lhe prestaram homenagem e depositaram flores(2).

Aqui fica para a posteridade a nostalgia que nesta hora a todos nos invade. Que os vindouros saibam que o drama da Guerra do Ultramar foi uma coisa medonha que se abateu sobre os seus intervenientes e suas famílias, e que marcou as nossas vidas para sempre. Descanso eterno para o Furriel Júlio de Lemos, da Companhia de Caçadores 797, que operou no teatro de guerra da Guiné Portuguesa!
____________

Notas:

(1) Ver a crónica “Chico LAIPUM”, no C. Saraiva n.º 4505, de 12/12/2013.

(2) Relacionadas com o Furriel Júlio de Lemos, com a sua família e com outros temas da Guerra do Ultramar, a rubrica Gente Limiana já publicou: “Andam a morrer Veteranos”, CS n.º 4390, de 17/06/2011;
“Em nome da Pátria”, CS n.º 4394, de 15/07/2011;
“Os Mancebos de 66”, CS n.º 4430, de 20/04/2012;
“O Milo e o Zé”, CS n.º 4445, de 10/08/2012;
“As inspecções militares de 1962”, CS n.º4446, de 24/08/2012;
“Encontro dos Inspeccionados de 66”, CS n. º 4447, de 31/08/2012;
“Reunião dos Apurados de 62”, CS n.º 4457, de 23/11/2012;
“Heróis esquecidos”, CS n.º 4491, de 16/08/2013;
“Não voltaram todos”, CS n.º 4492, de 23/08/2013;
“Missão cumprida”, CS n.º 4493, de 19/09/2013;
“Páginas da História Limiana”, CS n.º 4519, de 03/04/2014;
“Dia do Combatente Limiano”, CS n.º 4540, de 04/09/2014;
“Morreram tão novos!”, CS n.º 4573, de 28/06/2015;
“Foram à guerra e não voltaram”, CS n.º 4574, de 04/07/2015.

(Artigo de Mário Leitão, publicado no semanário “Cardeal Saraiva” de 13/08/2015)
(gentelimiana@gmail.com)
____________

Nota do editor

Último poste da série de 9 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14854: Efemérides (194): No passado dia 20 de Junho, em São Miguel, foram inauguradas as obras de conservação e renovação do Museu Militar Militar dos Açores e impostas ao nosso camarada Carlos Cordeiro, a Medalha Comemorativa das Campanhas e a Medalha de Cobre de Comportamento Exemplar (José Câmara)

domingo, 8 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12016: Em busca de... (228): Foto do malogrado Júlio Lemos Martins (, da CCaç 797, Tite e Nhacra, 1965/67, afogado no Rio Louvado, em 12/8/1965) para inclusão em livro dos combatentes mortos na guerra do ultramar, naturais de Ponte de Lima (Júlio Pinto)


Guiné > Região de Quínara > CCAÇ 797/BCAÇ 599 (Tite e Nhacra, 1965/67) > A bordo de uma LDM, no Rio Geba > Camaradas do malogrado fur mil Júlio Lemos Pereira Martins,  natural de Ponte de Lima, morto por afogamento em 12/8/1965, no rio Louvado ( vd. carta de Tite).  Foto da autoria de Ilídio Fernando Silva Pedrosa Rocha, sold cond auto, CCAÇ 797, Tite e Nhacra, 1965/67, .reproduzida com a devida vénia do blogue Combatentes de Avintes


1. Mensagem de Júlio Pinto, nosso leitor e camarada (ex-2.º Sarg da CART 1769, Angola, 1967/69):

Data: 31 de Agosto de 2013 às 15:35

Assunto: Pedido

As minhas saudações

Venho mais uma vez junto do vosso blogue solicitar o seguinte:

Já em tempos solicitei e através do vosso blogue soube o que acontecido a um amigo e conterrâneo que morreu afogado no rio Louvado [, em 12 de Agosto de 1965], e era o Furriel Miliciano da CCaç 797, Júlio Lemos [Pereira] Martins,  natural de Ponte de Lima. (*)

Agora o que solicito é que através do vosso blogue apele a algum camarada da CCaç 797 [, /BCAÇ 599, Tite, 1965/67,] que possua uma foto onde esteja o Júlio Lemos, me façam o favor de ma enviar, como anexo, para o meu e-mail.

Este acção destina-se a inclusão num livro que um camarada nosso e Limiano está a fazer sobre os Limianos  [, naturais de Ponte de Lima,] que andaram na guerra do Ultramar [e .

O Comandante de companhia do Júlio era o então Capitão Carlos Fabião. [Imagem à esquerda: brasão da CCAÇ 797, reproduzida com a devida vénia do blogue Combatentes de Avintes, e que é da autoria de Ilídio Fernando Silva Pedrosa Rocha, sold cond auto, CCAÇ 797, Tite e Nhacra, 1965/67; sobre a história da CCAÇ 797, ver aqui poste do nosso camarada e amigo Carlos Silva; neste documento, a morte do Júlio lemos é datada de 12/8/1965].

Desde já agradeço a publicação deste apelo, se for possível. (**)

Cumprimentos,
Júlio Pinto.
____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de:

18 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Guiné 63/74 - P3213: O Nosso Livro de Visitas (28): Homenagem aos ex-combatentes da Guiné (Júlio Pinto)

1. Mensagem do nosso camarada Júlio Pinto, ex-2.º Sarg da CART 769, (Angola, 1967/69), com data de 13 de Setembro de 2008

Amigo Luís Graça,

Eu sou aquele combatente de Angola que um dia me dirigi a si para saber notícias sobre o desaparecimento do meu amigo e colega da juventude, Fur Mil Júlio Lemos, da CCAÇ 797 que esteve na Guiné, em Tite de 1965 a 1967 (1).

Já tenho muita informação sobre o sucedido e sinto-me muito mais aliviado. Obrigado a si e aos tertulianos.

Mas agora o motivo de me dirigir novamente a si, é outro.

Eu estive no nordeste de Angola na fronteira com o ex-Congo Belga, mas sempre atento ao que ia sucedendo tanto em Moçambique como na Guiné e não há dúvida que os jovens deste País, mais sacrificados, foram aqueles que tiveram de passar pela Guiné, pois a Guiné era um Vietname em ponto mais pequeno. Numa área tão pequena, tantos e tantos jovens para sempre ficaram.

Assim quero aqui prestar a minha HOMENAGEM a todos aqueles que estiveram na Guiné e para quem houve regresso, aos que pagaram com vida a defesa da Guiné espero que Deus lhes tenha reservado um lugar especial, pois eles merecem.

Os meus cumprimentos
Júlio Pinto,
Ex-2.º Sarg Mil
CART 769
Angola 1967/69


2. Comentário de CV

Caro Júlio Pinto

Se não te importas, à maneira da Tabanca Grande, vamo-nos tratar por tu.

Ficamos satisfeitos por te termos sido úteis na busca da causa do falecimento do teu amigo de infância, nosso malogrado camarada, Júlio Lemos.

Aceitamos e agradecemos a tua homenagem em nome de todos quantos combateram na Guiné. Sentimo-nos honrados pelo teu reconhecimento.

Na verdade neste TO, as condições de clima e terreno eram particularmente difíceis. O território ocupado por nós e pelo PAIGC, por vezes, estava separado por escassos quilómetros. Na Guiné, a guerra fazia-se quase porta a porta, mal se podendo sair do arame farpado em muitos quarteis. Permito-me salientar as ZA junto às fronteiras e no sul do território onde havia grandes dificuldades operacionais.

Ou era o IN, que por se infiltrar a partir principalmente da Guiné-Conacri, dificultava o movimento das NT, quer flagelando os quarteis, quer atacando colunas auto e embarcações da Marinha, quer as condições do terreno no tempo das chuvas, que danificavam irremediavelmente as picadas, dificultando o fornecimento de víveres e munições aos aquartelamentos, originando muita carência alimentar, escassez de meios de defesa e principalmente sérias dificuldades na evacuação de feridos e mortos.

Como deves saber, para se navegar nos rios da Guiné, mesmo nos principais, estávamos sujeitos às marés, pelo que até esta circunstância denunciava o momento da nossa passagem. Eles sabiam quando nos deviam esperar.

Viveram-se horas muito difíceis e mesmo a tropa especial, como os Comandos, Páras e Fuzileiros Navais passaram momentos dramáticos nas bolanhas, rios e matas daquele pequeno território. Não podemos esquecer os nossos bravos pilotos da nossa Força Aérea que arriscavam o material e principalmente a própria vida, para tentar chegar onde mais ninguém chegava.

Não se pode no entanto passar para segundo plano Angola e Moçambique, onde camaradas nossos passaram também maus bocados, embora com mais possibilidades de rotação para zonas menos más. Na Guiné não havia essa possibilidade, porque até Bissau chegou a ser atacada algumas vezes com foguetões.

Queremos que te consideres amigo da nossa Tabanca Grande e aparece sempre que queiras.

Um abraço fraterno da Tertúlia.
Carlos Vinhal
_____________

Nota de CV

(1) - Vd. postes de 18 de Setembro de 2007

Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

Guiné 63/74 - P2116: Fur Mil Júlio Lemos, da CCAÇ 797, morto em Rio Louvado, por ferimentos em combate (A. Marques Lopes)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2542: Em busca de... (20): Camaradas da CCAÇ 1487 (José Jerónimo)

José Jerónimo
ex-Alf Mil
CCAÇ 1487
Fulacunda
1965/67

1. Aqui ficam, para leitura atenta, diversas trocas de correspondência a propósito do pedido do nosso camarada José Jerónimo para encontrar camaradas seus da CCAÇ 1487.

Mais uma vez ficou demonstrado o espírito de camaradagem, (à moda antiga) que ainda perdura entre nós.
Desta vez a estrela foi o Santos Oliveira que levou a peito ajudar José Jerónimo que, por se encontrar no Brasil há 27 anos, perdeu o contacto com os seus antigos companheiros.

Esta ajuda do Oliveira ao Jerónimo, provocou uma reacção nunca vista, acho eu, até hoje, que foi um Oficial bater pala a um Sargento.

Esta homenagem, simbólica e não atentatória ao RDM, reforça a ideia de que nesta altura, a camaradagem é aquilo que perdura e une os ex-combatentes da Guiné.
C.V.

2. Em 26 de Janeiro de 2008, José Jerónimo dirigia-se a Luís Graça

O meu nome é José Amadeu de Jesus Jerónimo.
Fui Alf Mil da CCAÇ 1487, comandada pelo (naquele momento) Capitão Alberto Fernão de Magalhães Osório.

Comigo estiveram o Alf Mil Marques Lobato, Alf Mil Freitas Soares e Alf Mil Castro.

Pertencemos ao RI 15 - Tomar e estivemos em Fulacunda.
Actuamos como Companhia de Intervenção do Batalhão de Tite e várias vezes com a Companhia do Cap Fabião (Tite) e Companhia de Comandos do Cap Leandro (que nos comandava nas férias do Cap Osório).

Vivo no Brasil há 27 anos e perdi todos os contactos.
Gostaria de voltar ao contacto, pelo menos com os alferes meus colegas e sargentos, já que o Osório morreu na sua outra comissão com General Spinola (1).

Você pode ajudar?
Também posso colaborar no seu Blog com depoimentos sobre momentos vividos naquele tempo.
Façamos a nossa história

Meu contacto:
josama@uol.com.br
Tel. móvel; 00 55 11 8432 9647

Abraço,
José Jerónimo

3. Em 26 de Janeiro, CV enviava uma mensagem à Tertúlia no sentido de se encontrar alguém que pudesse ajudar o nosso camarada

Caríssimos companheiros e amigos:

Mais um pedido nos chegou. Desta feita do José Jerónimo que nos lê no Brasil, onde está há 27 anos.

Perdeu o contacto com os seus camaradas da CCAÇ 1487, onde esteve como Alf Mil.
Pergunta da ordem. Quem pode ajudar este nosso camarada?

Eu já fui à Pagina do nosso amigo Jorge Santos na espectativa de encontrar por lá alguém da CCAÇ 1487 a pedir contactos, mas infelizmente não há lá nenhum pedido.

Se alguém tiver uma dica para ajudar este nosso amigo, por favor informem-no directamente ou por nosso intermédio.

Desde já muito obrigado.
Um abraço e bom domingo para todos.
Carlos Vinhal

4. Os efeitos não se fizeram esperar e em 27 de Janeiro, o nosso Sarg Mil Santos Oliveira entrava em contacto com o José Jerónimo.

José Jerónimo:
Estou a envidar esforços para te poder ajudar.
Vou continuar a tentar, agora, junto de Companheiros da CCAÇ 797 do Carlos Fabião.

Seguem nomes idênticos aos que referes, mas faltam os nomes próprios e, isso, só tu podes decifrar.

Do Alf Castro, apenas com esta referência nominal, teríamos uma enciclopédia.
Se conseguires alguns elementos identificativos mais precisos, por exemplo, dos sargentos ou furriéis, podes ajudar-te imenso.
Por agora, o que consegui saber:
[...]
Paz à alma deste valoroso filho da Nação Portuguesa, cujo local de sepultura se indica a seguir:

- Major de Infantaria N.º 50972511, do Comando de Agrupamento Operacional / CTIG, Alberto Fernão Magalhães Osório: Cemitério Paroquial do Baraçal, Celorico da Beira [...]

De possibilidades de serem quem procuras, vê se é um destes nomes (*):

[...] Podes contar comigo

Um fraterno abraço, do

Santos Oliveira
Sarg Mil Armas Pesadas
Do Extinto Pel Ind Morteiros 912

5. Em 28 de Janeiro, José Jerónimo dirigia-se assim a Santos Oliveira

Santos Oliveira,

Muito obrigado também pela tua ajuda.
Vamos a ver no que eu posso ajudar também, depois das muitas andanças pelo Mundo, em que fui perdendo documentos que agora nos poderiam auxiliar.
A memória, depois de todos estes anos por longes terras, também não está tão clara quanto eu gostaria.
Mesmo assim lá vai o meu primeiro contributo, para ver se começamos por alguma ponta do fio para desenrolar o novelo, até que a minha memória comece a ficar um pouco mais clara.
Estou copiando o Briote, o Luis Graça, o Henrique Matos e o Henrique Cabral, porque também eles me estão ajudando.
Talvez em conjunto consigamos.

Estive em Tite com o (naquele momento) Major Jasmim de Freitas (2.° Comandante do Batalhão de Tite e antigo Comandante do meu Curso de Oficiais em Mafra).

1 - Informações sobre o Ten Cor Alberto Magalhães Osório, estão de acordo com o que sei.

2 - Quanto ao António F Freitas Soares - [...] estou quase certo que seja este.
Um dos furriéis do seu Grupo se chama Moniz e o Sargento Costa

3 - Quanto ao Alf Mil Marques Lobato. Estou quase certo que se chama José Marques Lobato e vivia em Penafiel em 1964 (filho de um Major do Exército)

4 - Quanto ao Alf Mil Castro. Não lembro se o nome era Sousa e Castro (é de Vila Nova de Famalicão)

5 - Furriéis do meu Grupo: Murça (acho que de Vila Nova de Famalicão) e Freire (Golegã

6 - Actuei inicialmente como Companhia de Intervenção no Batalhão de Bissau, actuando nesse curto espaço de tempo, pelo menos, em Mansabá e Mansoa.
Depois de chegar a Fulacunda actuei várias vezes em Gã Pedro, Gã Chiquinho, Braia, Tite, Louvado e Bila, Gandua Porto, Bária, Jufá, etc. e, na região de Jabadá, onde existia um Pelotão de Armas Pesadas de Infantaria comandado pelo Alf Mil Basílio (meu Curso em Mafra).

7 - Em Tite o (naquele momento) Major Jasmim de Freitas era o 2.° Comandante do Batalhão e antigo Comandante do meu Curso de Oficiais em Mafra).

Bom, estou certo que vamos conseguir muito mais informações e que nos encontraremos na minha próxima viagem a Portugal.
Obrigado pela ajuda.

Meu endereço actual é:
Rua Palacete das Águias, 842 - Apto. 53 Vila Sta. Catarina (ao lado do Aeroporto de Congonhas).
Codigo Postal 04635-023 São Paulo - SP - Brasil
Telemóvel: 00 55 11 8432 9647

Um grande abraço para todos
José Jerónimo

6. No mesmo dia Virgínio Briote mandava esta mensagem a Santos Oliveira

Caro Santos Oliveira,

Tenho estado a acompanhar o teu notável trabalho.
Quando penso que quem esteve no Cachil naqueles difíceis tempos, e quem o defendeu naquelas condições, bate certo, é o mesmo gajo que está a ajudar o Jerónimo a reencontrar os Camaradas, a reencontrar-se com ele próprio.

Eu sei, pelo que me lembro, que o que vou fazer não faz parte das etiquetas militares do nosso Exército. Mas tenho formação comando e nestas condições o que é bem feito deve estar acima de todas as praxes.

Deixe que lhe faça a continência, meu Caro Furriel Santos Oliveira,
vb

7. Ainda em 28 de Janeiro José Jerónimo dirigia-se a Santos Oliveira e a Virgínio Briote, assim:

Amigos,
Gostei desse fora das praxes militares sugerido pelo Briote. E também eu, saindo dessas mesmas praxes, vos faço a continência, pela ajuda que me estão dando. O que puderem fazer, é para mim muito importante. É como diz o Briote, um reencontro, pelo menos, com uma parte que estava perdida de mim mesmo.
Abraços para os dois.

J.Jerónimo


8. Santos Oliveira contactava de novo José Jerónimo

Amigo e Camarada

Tenho metade da CCAÇ 797 e da CCS do BCAÇ 1860 a procurar contactos. Passou muito tempo, não é? Também estive por Tite.

Bem, quero dizer-te que o Pelotão de Morteiros que encontraste em Jabadá, deveria ser o meu, o 912, sem uma Secção, que era a minha e que havia estado noutro lugar e noutra Missão.

O período, ou a data que lá passaste deve ter sido até Novembro de 1965.
Nesse caso, o Alferes que contigo Cursou não seria o Alf Mil Basílio, antes o Alf Mil António Fernandes O. Rodrigues [...] de Vila Nova de Gaia

Este, como tu e eu (EPI-1963) também teve por Director de Instrução o Major Jasmim de Freitas; mais tarde reencontrado como 2.º Comandante do BCAÇ 1860 em Tite.

Tenho estado a tentar ligar ao Freitas Soares (se é que é o mesmo). Vai para o Voice Mail onde deixo recado, mas que até agora, ainda não resultou.

Estou com esperanças de vir a ajudar.
Aguardemos mais um pouco.

Um abraço, do
Santos Oliveira

9. Resposta ao mail anterior de José Jerónimo

Amigo Santos Oliveira,

A minha memória parece querer clarear.
Lembrei de mais um nome. O do Sargento do Grupo do Alferes Castro de V.N.Famalicão. Se chama Sargento Gaspar (acho que era também do Minho e já tinha estado em Angola. Era o fotografo de todos nós e um militar destemido - Cruz de Guerra).

Aquele a quem eu chamo de Alferes Basilio é Indiano. Será que é ele a quem tu te referes?

Passei umas três vezes em Jabadá.
Uma, vindo de Gã Pedro (a primeira quase logo quando cheguei em Fulacunda.

Duas semanas antes tinha estado em uma Operação em ???? junto com a CCAÇ 797 . Foi quando conheci o Cap Fabião e a CCAÇ 797, que se encontrou com a nossa CCAÇ 1487 em Fulacunda, de onde saimos para a Operação)

Outra, a segunda vindo de Jufá. Nessa o Alferes Basilio (??? ou António Fernandes) com uma parte do seu Pelotão, nos esperava fora do quartel de Jabadá. Chegámos debaixo de fogo.

A terceira vez não lembro mais.

O meu cabo da bazuca, o Cerqueira, também tem uma Cruz de Guerra.

Conto contigo nesta tentativa de descoberta.

Abraços
J.Jerónimo

10. Em 29 de Janeiro, Santos Oliveira contactava Virgínio Briote com esta mensagem:

Caro Briote:

Obrigado pela tua consideração para comigo. Eu ajudo qualquer um de nós, porque um Ranger com preparação especial para ser infiltrado sozinho, é sempre um Homem solitário.

E se isso parece não me ter perturbado (pela preparação que então tive), com o passar dos anos vai-se tornando um enorme e gigantesco problema psicológico em que o pivot principal é a solidão.

Disso, creio, não me livro mais. É demasiado profundo. Portanto só resta abrir um pouco a mente e tentar ser o Eu original (sensível, atento, prestável, etc.).

Fiquei em sentido (e com as lágrimas nos olhos) com a continência que me fizeste.

Fizeste-me lembrar um episódio que se passou em Catió, em finais de 1964, quando aí me desloquei para assistência Médica mais especializada (urinava sangue, porque apenas bebia água, a qual era transportada em pipos de tinto e que a tinto sabia e cheirava).

Estava encostado ao muro da Messe de Sargentos e vejo, vindo desde o Quartel, um Militar Nativo, que, uns dez passos antes, se perfila e me faz continência, conforme os Regulamentos.

Olhei para um lado e para o outro, não vejo ninguém ali perto, correspondi à mesma e só então reparei que era um Alferes (segundo os galões que ostentava).

Hesitei, mas acabei por ganhar coragem e chamei: - Oh, meu Alferes! Por favor. Eu sou quem tem de lhe fazer continência.

Atrás de mim uma risada colectiva de vários camaradas.

-Ele não te conhece e por isso é que te fez continência.
-Porquê, perguntei.
-É que ele é Alferes de Segunda Classe.
-Segunda Classe? O que é isso? - Retruquei.
-Os nativos, quando comandam tropas, são uma espécie de Graduados, mas são sempre inferiores (esta doeu-me e ainda me dói) aos brancos.

Eu, nunca havia ouvido tal e fiquei escandalizado.

Voltei-me para o meu Alferes (de 2ª) e disse:
-Meu Alferes, quando se cruzar comigo, sou eu quem lhe deve continência. Está bem?
-Sim, meu Furrié.

Ali, fiquei a saber (o que era normal em Portugal, mas não desta forma) que havia, classificados, Portugueses de primeira e de segunda.

Foi deste modo que conheci, pessoalmente, o saudoso João Bakar Djaló, a quem, postumamente, homenageio.

Palavras para quê? Assim, já não tenho palavras.

Um enorme abraço, do
Santos Oliveira

11. E contactava também José Jerónimo

Amigo J.Jerónimo

Acabo de olhar vários mails e vou, por ordem de chegada, prestar as minhas informações e comentários.

Fico contente com o abrir da tua memória; é o que estou tentando fazer com a minha. É, seguramente, a melhor terapia, falar e ouvir os que por lá passaram e bem entendem e subentendem os nossos sentimentos, medos, frustrações, alegrias e tristezas. Por isso estou aqui e te disse: conta comigo.

O indiano Basílio, não é, com toda a certeza o Rodrigues. Esse, conheço bem demais e também não o estou a ver a sair do seu reduto para cobrir a segurança de quem quer que fosse. Por isso, a tua passagem por Jabadá, ter-se-á dado depois de Novembro de 1965.

Sem mais comentários sobre o indivíduo.

Não sei se existe listagem sobre as Cruzes de Guerra que foram atribuídas em Campanha; vou averiguar e se possível encontrar o Sargento Gaspar e o Cabo Cerqueira.

Vou dando notícias conforme forem aparecendo.

Um abraço, do
Santos Oliveira

12. Em 30 de Janeiro Santos Oliveira mandava nova mensagem a José Jerónimo

Amigo Jerónimo:

Creio que o meu percurso Militar foi um tanto diferente do teu.

Fiz todo o Curso de Sargentos Milicianos e a Especialização de Armas Pesadas de Infantaria em Mafra (seja: Canhões S/Recuo, Morteiros e Metralhadoras – tudo os tipos classificados Pesados).

A minha paixão era os Canhões S/Recuo, mas não foi por aí que andei.

Acabado o Curso de Sargentos Milicianos, como fui muito bom aluno e dedicado (naquele tempo os nossos destinos eram determinados pelas habilitações escolares e não pelos psicotécnicos) fui promovido a 1.º Cabo Miliciano (o Sargento económico da época; possuía Instrução de Oficial, tinha Responsabilidade de Sargento, Regalias e Pré, igual às dos Praças).
Isso, tu deves conhecer.

Talvez pelos resultados dos psicotécnicos ou pelas classificações obtidas, pude escolher uma Unidade pertinho de casa; escolhi o GACA3, em Espinho.

Três dias depois da minha apresentação, sem qualquer aviso prévio, fui carregado numa GMC com toldo, a juntar-me a outros, poucos, Cabos Milicianos e um Furriel do QP.

Na cabine, além do condutor, iam dois Oficiais: um Tenente do QP, com farda Portuguesa e um outro com farda estranha.

Para onde nos levavam era a pergunta que cada um de nós fazia ao outro. Mas ninguém sabia e o Furriel não se descosia. Sempre que tentamos espreitar pelas frinchas do toldo, éramos impedidos pelo nosso Furriel.

Ao fim dumas horas, já de noite, creio que estávamos nas traseiras do CIOE, em Lamego.

Ali mesmo, sem mais, começou o nosso Curso de Tirocínio de Rangers de Infiltração.

Eu nunca havia ouvido infiltração associado a Rangers.

O Oficial de farda estranha, era um Capitão dos Rangers Americanos, que havia feito duas comissões no Vietname, estava em Portugal como Conselheiro Militar(???), falava um espanhol abrasileirado no seu sotaque.

Partimos, de imediato, sei lá para onde naquela região; tínhamos, além da arma e ração de combate, uma corda de uns 10 metros, um mapa com os objectivos assinalados, uma bússola e uma lanterna militar. Quase nunca mais nos voltámos a ver; era um por si.

Claro que alguns trajectos finais passaram pelos esgotos (aí pude olhar gente).

A higiene era apenas quando se caía ao Rio e mais não estou a lembrar.

Altos e baixos, rochas e monte, apenas se ouviam os cães e se viam ovelhas ou carneiros e, aqui e ali se ouvia o assobiar típico dos pastores. Gente, não.

Sofri bem mais em Mafra, acredita.

E com a mesma e única porca farda malcheirosa, uma certa madrugada, lá voltamos a ser carregados na GMC com o toldo que já conhecíamos e nos transportaram para Tancos; aqui não havia engano possível.

Viam-se Boinas verdes por todos os lados.

Novo Tirocínio, desta feita para a preparação de Salto.
Nada de especial a não ser a velha torre, em cima da qual a nossa visão lateral não enxergava o patamar... apenas o chão cá em baixo.

Mais medos tive das águas do Douro.

Um salto dum velho Junkers e de novo o regresso à nossa conhecida GMC e... às nossas novas Unidades.

Era suposto ter dado uma Recruta (fazia parte dos Regulamentos) mas eu fui convidado pelo 2.º Comandante a formar uma equipa, ao lado da Sala do Comando, uma Secção Técnica onde abri a comunicação da minha própria Mobilização, em rendição individual, para a Guiné.

Antes disso, estava cumulativamente a fazer Sargento de Piquete e, porque a porta se encontrava aberta (a Secretaria Técnica era na Torre de Controle do aeródromo de Espinho - tudo vidro e calor insuportável) abusivamente, um Oficial entrou para saber assunto classificado e eu não lhe dei a informação que pedia e solicitei que se retirasse, porque a zona era Classificada.

Ele resistiu e apontei-lhe a FBP e perguntei se saía pelo seu pé, ou se de maca.

Ele participou de mim e eu apanhei oito dias de Detenção, que foram oito Sargentos de Dia que fiz pelos camaradas solidários.

Só passado o castigo é que apresentei, de acordo com o RDM, a minha parte do caso.

Foi anulado o meu Castigo e recebi um Louvor.

Igualmente não fui incomodado, quando algum tempo depois da tentativa de assalto ao Quartel de Beja, quando Sargento de Dia, durante a ronda nocturna, um das sentinelas disse ter ouvido restolho no meio do milheiral.
Tomei a Mauser e disparei depois de dizer que esta era para perto a próxima seria para acertar.
Acordei o Quartel às 4 da manhã.

Do resto, podes, no Blogue, clicar, Sábado, 15 de Dezembro de 2007
Guiné 63/74 - P2352: Ilha do Como: os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu... (Santos Oliveira)
que, no essencial está lá.

Vamos deixar esta longa História, noutros pormenores que te podem fazer avaliar se vale a pena… “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"
Luto pelo que acredito, crê

Santos Oliveira
___________
Notas dos editores:

(*) - Foram removidos endereços e números de telefones, por não ser ter a certeza de que as pessoas citadas eram as procuradas.

(1) - Vd. post de 11 de Agosto de 2005 > Guiné 63/74 - CXLIX: Antologia (15): Lembranças do chão manjaco (Do Pelundo ao Canchungo) (João Tunes)

(...) Quanto ao Major Osório, sempre de t-shirt branca, pouco falava mas era muito respeitado. Aquilo era gente de acção e quando a não tinham, cediam à espera tensa e ansiosa de mais acção. Em resumo, eram guerreiros em descanso forçado. (...)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2504: BCAÇ 1860 (1965/67), o 3º Batalhão em Tite (Santos Oliveira)

Cópia da capa da brochura da História do BCAÇ 1860.
Foto: © Santos Oliveira. Direitos reservados.

O BCaç 1860 terá sido o 3º Batalhão a ocupar, melhorar e renovar aquelas Instalações de Tite (tanto, que quando regressei do Como/Cufar, saí para o almoço, Porta de Armas fora para me dirigir à Messe de Sargentos…que era no exterior), escreveu assim o nosso Camarada Fernando Santos Oliveira (2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf.ª, Como, Cufar e Tite , 1964/66), a quem devemos o envio da História do BCAÇ 1860.



Tite. Na foto, a messe de Sargentos reporta a 1964, ainda com o BCAÇ 599.
Foto: © Santos Oliveira. Direitos reservados.
_________

BCaç 1860
1.Mobilização
O BCAÇ 1860 foi mobilizado pelo RI 15, aquartelado em Tomar.
Veio render o BCaç 599/RI 15 em duas fases. A primeira em Abril de 1965 e a segunda em Agosto do mesmo ano.

A maioria do pessoal é originário das Províncias do Norte (Minho, Trás-os-Montes e Douro), havendo ainda alguns elementos das Beiras, do Alentejo e do Algarve.

A concentração do pessoal (1ª e 2ª fases) fez-se no RI 15. A instrução decorreu nos moldes habituais tendo-se todos, de um modo geral, adaptado bem à ideia da breve vinda para o Ultramar.

A primeira fase, depois de ter passado por Santa Margarida, embarcou em Lisboa em 23 de Abril de 1965, no N/T Uíge, tendo comparecido à cerimónia da despedida um oficial General representando Sua Exª o Ministro do Exército.

A segunda fase teve uma cerimónia de despedida no RI 15. Embarcou em Lisboa em 18 de Agosto de 1965, a bordo do N/T Niassa.

A primeira fase era enquadrada pelos seguintes elementos (1):

Ten Cor Francisco Costa Almeida, Cmdt do B Caç 1860
Cap Inf Manuel Morujão Oliveira, Of. I. e Op.
Alf Mil Casimiro Costa Ferreira, Cmdt Pel. Reconhec.
" " António Carlos Agapito, Cmdt Pel. Sapadores
2º Sarg António Firmino Silva, Corneteiro
Furr Mil José Carlos Abrantes, Enfermeiro
" " José da Silva Soares, S.A.M.
" " Artur Sá Santos, S.A.M.
" " Manuel Castanho Morais, Sapador
" " Guilherme Medeiros Pacheco, Sapador
" " Joaquim Soares Simões, Transmiss.
" " Jorge Manuel M Lajas, S.A.M.

E a segunda pelos seguintes (1):

Maj Fernando M Jasmim de Freitas, 2º Cmdt BCaç 1860
Cap Manuel Pau Preto, Cmdt CCS
Alf Fernando Barreto, Ch Sec.
Alf Mil António A P da Fonseca, Transm.
" " Joaquim Pinto, Secret.
" " José M Brito Galvão, SAM
" " Joaquim Beirão H Ferreira, SMR
1º Sarg Maurício C A C Correia, Secret. Cmd
" " João António Madeira, Secret. CCS
Furr Mil Francisco Seixas Grelo, Op Inf
" " Sérgio do Rosário Maurício, Op Inf
" " Manuel da Costa Alonso, Op Inf
" " Mozart D Sousa Pires, Transm
" " José M C Boneca, Sapador
" " José Raul R Graciano, Amanuense
" " João M Borges de Campos, SM Mec Arm Lig
" Lúcio J Dias Segurado, SM Mec Viat
" " Victor M C Costa, AM Cont Pag

Em 28 de Abril de 1965, o N/T Uíge lançou ferro em Bissau. No dia seguinte, às 07H00, todo o pessoal da 1ª fase, em LDM, fez rumo ao Enxudé.

A chegada a Tite deu-se cerca das 11H00.

Em 23 de Agosto de 1965, chegou a Bissau a 2ª fase, tendo desembarcado no Enxudé no dia imediato.

2. Actividade do BCAÇ 1860

O esforço desenvolvido pelo BCAÇ 1860 nos diversos campos em que foi chamado a intervir pode considerar-se notável.

Nas páginas seguintes serão dados elementos significativos de todas as actividades, ao longo dos quase 24 meses de comissão, sempre em Sector Operacional.

Integrado no Agr 17 e, posteriormente no Agr 1975, sempre o BCAÇ 1860 deu o melhor de seu esforço num desejo sempre presente de bem cumprir as missões que lhe foram confiadas.

No resumo das actividades do BCAÇ 1860 inclui-se o período que decorreu entre 29 de Abril de 1965 e 24 de Agosto do mesmo ano, período esse que corresponde à permanência em Sector da 1ª fase do BCaç 1860, antes da chegada do pessoal da 2ª fase.

Imediatamente após a sua chegada à Guiné, o Bat. entrou em Sector. Foi-he atribuído o Sector S1, integrado no Agr. Sul.

O referido Sector apresenta a configuração de um rectângulo com 50x30 Kms, num total de cerca de 1500 Kms quadrados de superfície.

O terreno é plano, baixo, muito recortado por cursos de água e manchas de mato denso alternando com a nudez das lalas e das bolanhas.

A população está disseminada por todo o Sector, sendo mais densas populacionalmente as áreas de Tite, a leste da estrada Tite-Nova Sintra, regiões ribeirinhas do Geba e Península de Gampará. Distinguem-se as tabancas de Foia, Nã Balanta, Iusse, Bissassema de Cima, Brambanda, Nhala, Louvado, Bária e Jabadá.

As grandes riquezas do Sector são o arroz, gado vacum, frutas, mancarra e madeiras. O porto do Enxudé tem um movimento apreciável de passageiros e carga e serve toda a região de Tite. As principais localidades são Tite, Fulacunda, S. João e Jabadá.

Em Outubro de 1966 é atribuído ao Batalhão o Sub-Sector de Empada, enquadrando as penínsulas de Darsalame e Pobreza. Concomitantemente, passa a pertencer ao BCAÇ 1860 a CCAÇ 1423, aquartelada em Empada.

Sub-Sector rico, densamente povoado por populações somente controladas pelas NT em Empada, seria nele que se viria a efectuar a Operação Nora, que levou à captura de importantíssima quantidade de material de guerra.

O Destacamento de Ualada, local aprazível, foi pomposamente denominado pelas NT de Rancho da Ponderosa.

A actividade operacional desenvolvida desde Abril de 65 foi intensa.

Inicialmente, mercê de actuações tipo golpe de mão, executados pelas CART 565 e CCAÇ 797, o IN sofreu graves revezes, particularmente nas áreas de Guebambol, Jufã e Gâ Saúde em que perdeu grande quantidade de material, sofreu muitas baixas e viu os seus refúgios destruídos.

Depois, devido às alterações introduzidas pelo IN nos seus sistemas de detecção, ao uso de numerosas armadilhas e à dificuldade de se arranjarem guias de objectivos, houve necessidade de se abandonar as actuações daquele tipo, para se lançar mão de operações tipo batida, com efectivos que oscilavam entre uma e quatro Companhias.

Embora com resultados aparentemente menos espectaculares, este tipo de acções ajudou a manter a instabilidade do IN e a causar-lhe baixas importantes. É justo realçar o magnífico apoio que o BCAÇ 1860 recebeu da FA e das FN, quer pela cedência de meios de apoio quer em acções realizadas dentro do Sector.

As acções do BCAÇ 1860 tiveram o seu clímax na Operação Nora, realizada na Península de Pobreza, Sub-Sector de Empada, em que a par de importantíssima quantidade de material capturado - porventura a maior que se capturou na Província desde o início do terrorismo - se desarticulou completamente o dispositivo IN naquela área.

Tendo sido o BCAÇ 1860 o Batalhão em Sector com menor número de Companhias Operacionais, nem por isso a sua actividade foi menor, antes das maiores, conforme o atesta o elevado número de operações realizadas e a grande quantidade de material capturado.
Ficou-se devendo estes resultados ao excelente espírito de corpo e de missão que sempre existiu em todo o pessoal do Batalhão, agindo sempre como um bloco, sem quebras nem falhas.

As actividades operacionais de rotina do BCAÇ 1860 durante a sua permanência em Sector atingiram os seguintes quantitativos:

Emboscadas - 884
Viagens ao Enxudé - 853
Patrulhamentos - 1046
Patrulhamentos de itinerários - 157
Seguranças e Escoltas- 2160
Cerco/Limpeza povoações - 38
Kms percorridos - 35729
Operações ao nível de Batalhão
data, nome da op., região e efectivos envolvidos:
  • 09Mai65, Ivo, Gambinta e Bissassema, CCav 677 e CCaç 797
  • 25Mai65, Omo, Bissassema, Tite, S. João, CCav 677 e CCaç 797
  • 06Out65, Lenda, Gamol e Gangetrá, CCaçs 1420 e 1423
  • 06Out65, Lenda, Brandão e Serra Leoa, CCaçs 797 e 1424
  • 07Out65, Lenda, Gamol, CCaçs 1420 e 1423
  • 08Out65, Busca, Gamol e Gangetrá, CCaçs 797, 1420 e 1423
  • 18Out65, Ovo, Gamol, Bária e Sancorlá, CCaçs 797, 1420, 1423, 1424 e CCav 677
  • 14Nov65, Onça, Gampará, CCaçs 797, 1420, CCav 677 e Pel Páras
  • 10Jan66, Orfeu, Guebambol, CCaçs 797 e 1487
  • 22Jan66, Ozíris, Garsene, CCaçs 797 e 1487
  • 10Fev66, Osso, Pen, Jabadá, Jufá,CCaçs 797, 1487, CCav 677 e Pel Páras
  • 09Mar66, Nebri, Gã Chiquinho, Ganduá porto, CCaçs 797, 1487 e CCav 677
  • 30Mar66, Narceja, Gã Formoso, CCaçs 797, 1487, CCav 677, GrCmds, Pel Páras
  • 07Mai66, Novato, Flaque Cibe e Flaque Lala, CCaçs 797 e 1549
  • 09Mai66, Quiriri, Mato Grande, CCaçs 797 e 1549
  • 26Mai66, Quezília, Gã Saúde, Louvado e Erga, CCaçs 797, 1487, 1549 e 1499
  • 18Jun66, Naja, Pen, Jabadá, e Jufá, CCaçs 1487, 1549, 1566, Pel Mort 1039 e GrCmds
  • 08Ago66, Nervo, Gã Formoso, CCaçs 1487, 1499, 1549 e Cª Páras
  • 29Set66, Novilho, Umbá, Braia, CCaçs 1487 e 1591
  • 06Out66, Nalú, Gâ Formoso, CCaçs 1487, 1549, 1591 e 1566
  • 16Out66, Nêspera, Caur de Baixo Beafada, CCaçs 1567 e 1423
  • 08Nov66, Queima, Gã João, Garsene, CCaçs 1487 e 1549
  • 06Dez66, Nortada, Pen, Jabadá, Jufá, CCaçs 1487, 1549, 1566 e 3ª CCmds
  • 22Dez66, Nilo, Braia, CCaçs 1487 e 1624
  • 03Jan67, Navalhada, Guebambol, CCaçs 1487 e 1624
  • 07Jan67, Neon, Gã Valentim, CCaç 1566 e CArt 1613
  • 07Fev67, Quarentena, Gã Formoso, CCaçs 1549, 1567 e 1624
  • 25Fev67, Notário, Gamol, Bária, Gangetra, CCaçs 1567 e 1624
  • 06Mar67, Nora, Pen, Pobreza, CCaçs 1549, 1567, 1587 e CArt 1614
Operações isoladas executadas pelas sub-unidades do Batalhão
  • CArt 565 - 14
  • CCav 677 - 21
  • CCaç 797 - 45
  • CCaç 1420 - 14
  • CCaç 1423 - 6
  • CCaç 1487 - 28
  • CCaç 1549 - 30
  • CCaç 1566 - 22
  • CCaç 1567 - 4
  • CCaç 1587 - 8
  • CCaç 1624 - 8
  • Pel Mort 1039 - 14
  • Cª Mil 7 - 7
Desta actividade resultou a captura do seguinte material:
  • Canhão s/r B-10, 82 mm - 1
  • Morteiro 82 - 1
  • MP Zbroyovka, 7, 62 - 2
  • MP Goryunov, 7, 62 - 5
  • MP Degtyarev, 12, 7 - 3
  • ML Degtyarev- RPD, 7, 62 - 3
  • LGF Pancerova-P/27 - 1
  • LGF RPG2 - 3
  • PM M-23, 9 mm - 1
  • coldres, capacetes, cantis, cinturões, cargas propulsoras. cunhetes, medicamentos, canos....
Em consequência da mesma actividade o IN sofreu as seguintes baixas confirmadas, além de outras estimadas:
  • Mortos - 225
  • Feridos - 78
  • Prisioneiros - 563
  • Apresentados - 61
A par da intensa actividade operacional descrita, o BCAÇ 1860 dedicou-se a grande actividade nos campos psico-social, educacional, médico e de melhoramento de aquartelamentos.

Cabe aqui destacar o invulgar esforço que foi desenvolvido no melhoramento das instalações militares na sede do Batalhão. Como consequência desse esforço o actual aquartelamento de Tite pode ser considerado sem favor, como um dos melhores, senão o melhor aquartelamento de toda a Província.
Considerou-se muito importante este aspecto, porquanto para quem teve de permanecer 24 meses no mato, em constante actividade operacional, nada mais reconfortante do que umas boas instalações, onde foi possível recuperar as energias gastas nas sucessivas operações, de maneira a conseguir manter o mesmo ritmo de actividade ao longo de toda a comissão.

Deste modo se manteve o pessoal não operacional ocupado todos os dias, desde as 07H00 às 17H00, o que muito contribuíu para se manter um nível de disciplina altamente agradável, ao mesmo tempo que se conseguia que cada um praticasse , na medida do possível, no trabalho que já exercia na vida civil.
De igual modo, o esforço desenvolvido neste campo em Jabadá foi notável. Num local onde só existia uma tabanca, pode ver-se hoje um aquartelamento guarnecido por excelentes abrigo-casernas e outros edifícios construídos com o esforço dos militares ali estacionados.

A par destas actividades, desenvolveu o Destacamento de Jabadá uma intensa actividade operacional de que resultou um afrouxamento claro da pressão que o IN vinha exercendo sobre a tabanca e aquartelamento e que se cifrava em flagelações quase diárias.
Com o apoio da numerosa população, as NT ali aquarteladas construíram ainda uma pista, que permite a aterragem de aviões de pequeno curso e helicópteros.

Nos demais aquartelamentos do Sector também se mannteve actividade semelhante com o natural benefício para as populações e para as NT.
Dois anos se passaram no cumprimento de uma missão nem sempre fácil, bem pelo contrário, mas a nossa consciência diz-nos que a cumprimos o melhor que pudemos e soubemos.

O esforço pedido foi grande, é incontestável, mas a equipa que formámos tudo venceu, sem desfalecimentos, com a melhor boa-vontade e sem quebra de ritmo. Em qualquer aspecto, quer operacional, quer administrativo, quer ainda no contacto diário com as populações afectas a nós, ou até aquelas indiferentes, a nossa actividade foi grande e felizmente vimos sobejamente o proveito do nosso esforço.
No campo psico-social, procurámos em todas as oportunidades possíveis, desenvolver as actividades da população, quer criando um corpo de artífices, tão necessário à Guine, quer criando escolas no Enxudé, Ilha das Galinhas, Jabadá, Fulacunda, Empada e Tite, quer ainda fomentando-lhes a lavoura, não só com apoio técnico, mas também materialmente.
O aspecto religioso também não foi por nós descurado, dando possibilidade aos de religião moçulmana terem o seu templo para as suas orações. Para eles construímos a mesquita de Tite.

Por tudo o que nos foi permitido fazer, cremos que ao deixarmos a Guiné, deixámos uma região que sempre procurámos elevar e valorizar, constituída por homens de todas as cores, mas com um único desejo - manter Portugal Independente e Unido.


Aquartelamento de Tite. A foto da Porta de Armas é de 1964, aquando da partida do Fernado Santos Oliveira para a Ilha do Como/Cufar (BCAÇ 599).
Foto : © Santos Oliveira. Direitos reservados.

Ao regressarmos a nossas casas, embora possa parecer que a nossa missão findou, tal não sucede; ela terá que ser ainda maior e mais profunda, teremos que transmitir aos que nos rendem, aos nossos amigos e muito especialmente àqueles menos esclarecidos, os ensinamentos colhidos durante a nossa permanência, dizer-lhes que os nativos da Guiné necessitam do seu apoio e só assim poderemos afirmar que as vidas e o sangue dos nossos camaradas dados à Pátria tão abnegadamente, não o foram em vão.

Recompletamentos:
Devido a transferências foram aumentados ao efectivo do Comando e da CCS os seguintes oficiais e sargentos:
Cap Art Vítor M Torres Silva
Alf grad Capelão Francisco Borges Ávila
2º Sarg Eduardo da Silva Raposo
Furr Mil Helder M A Santos Costa
Furr Mil Rui Palmela Mealha
Sub-unidades do BCAÇ 1860
sub-unidade, sub-sector, período, cmdt
  • CArt 565, Fulacunda, antec. /10Ago65, Cap Reis Gonçalves
  • CCav 677, S. João, antec./ 20Abr66, Cap Pato Anselmo (2), Alf Ranito, Cap Fonseca
  • CCaç 797, Interv, 29Abr65/16Mai66, Cap Soares Fabião
  • CCaç 1420, Fulacunda, 11Ago65/08Jan66, Cap Caria, Alf Serigado, Cap Moura
  • CCaç 1424, S. João, 11Set65/25Nov65, Cap Pinto
  • CCaç 1423, Fulacunda e Empada, 30Out66/23Dez66, Cap Pita Alves
  • CCaç 1487, Fulacunda, 08Jan66/15Jan67, Cap Osório
  • CCaç 1549, Interv, 26Abr66, Cap Brito
  • CCaç 1566, S. João e Jabadá, 19Mai66, Cap Pala e Alf Brandão
  • CCaç 1587, Empada, 27Nov66, Cap Borges
  • CCaç 1567, Fulacunda, 01Fev67, Cap Colmonero
  • CCaç 1591, Fulacunda (treino op.), 18Ago66/01Out66, Ten Cadete
  • CArt 1613, S. João (treino op.), 03Dez66/15Jan67, Cap Ferraz e Cap Corvacho
  • CCaç 1624, Fulacunda, 05Dez66, Cap Pereira
  • Pel Mort 912, Jabadá, antec./26Out65, Alf Rodrigues
  • Pel Caç 955, Jabadá, antec./13Mai66, Alfs Lopes, Viana Carreira (3), Sales, Mira
  • Pel AM Daimler 807, Tite, antec./13Mai66, Alf Guimarães
  • Pel Art 8, Fulacunda, 10Fev66/03Mar66, Alf Machado
  • Pel Caç 56, Fulacunda e S. João, 31Out66, Alf Dias Batista
  • Pel Mort 1039, Jabadá e Tite, 26Out65, Alf Carvalho
  • Pel AM Daimler 1131, Tite, 12Ago66, Alf Antunes
  • Cª Mil 6, Empada, antec., Alf 2ª Mamadi Sambu e Dava Cassamá
  • Cª Mil 7, Tite, 05Ago65, Alf 2ª Djaló
Estas sub-unidades foram atribuídas ao BCaç 1860 durante a permanência em Sector (desde Abr65).
Contribuíu o BCaç 1860, durante a sua permanência em terras da Guiné, com a vida e o sangue dos seguintes militares, para quem vai a mais respeitosa homenagem e o agradecimento da Nação:
12Ago65, Fur Mil Júlio Lemos P Martins
12Ago65, 1º Cabo Inácio Freitas Ferreira
30Set65, Sold Aníbal A Pires
18Out65, Sold Diogo A Neves
01Nov65, Sold Manuel A A Nobre,
18Mar66, Sold Alberto T Silva
11Mai66, Sold Julde Mané
25Ago66, Sold José Maria F Carvalho
25Ago66, Sold Francisco António Lopes
06Out66, Alf Mil Carlos Santos Dias
29Dez66, Sold Malan Sambú
15Jan67, Sold António C do Nascimento
16Jan67, Sold Saliu Djassi
16Fev67, Sold Alberto Samba
01Mar67, 1ºCabo José Félix Lopes
04Abr67, Furr Mil Rui Palmela Mealha

Desaparecidos em Combate, em 07Out65, durante a op Lenda (4):

Alf Mil Vasco Nuno L de Sousa Cardoso
1º Cabo Fernando de Jesus Alves
Sold Armando Leite Nascimento
Sold José Ferreira Araújo
Sold José Vieira Louro
Sold Armando dos Santos
Quadro de Honra
Cruz de Guerra de 2ª Classe : 1
Cruz de Guerra de 3ª Classe : 3
Cruz de Guerra de 4ª Classe : 8
Mérito Militar de 4ª Classe : 5
Prémio Governador-Geral : 6
Louvores do Cmdt Chefe : 11
Louvores do Cmdt militar : 33
Louvores do Com Agr : 8
Louvores do Cmdt Batalhão : 186
Louvores do Cmdt Cª : 41
louvores do Cmdt Pel : 3
__________

Notas de vb:

(1) Os nomes dos restantes elementos constam na História do Batalhão, disponível no AH Mil.
(2) Transferido da CCav 489/BCav 490
(3) Esteve em formação no CICmds (Brá), tendo abandonado o curso
(4) Ver em "Rumo a Fulacunda", obra do nosso Camarada Rui Ferreira; Vd. também poste de 4 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2026: Antologia (61): Rumo a Fulacunda: uma estória que ficou por contar ou a tragédia das CCAÇ 1420 e 1423 (Rui Ferreira)
Vd também artigos de:
24 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2301: Tabanca Grande (41): Santos Oliveira, 2.º Sarg Mil de Armas Pesadas Inf.ª (Como, Cufar e Tite, 1964/66)
25 de Outubro de 2007> Guiné 63/74 - P2214: Historiografia de uma guerra (1): A questão (polémica) do início da luta armada (Abreu dos Santos)
18 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2190: PAIGC: Quem foi quem (4): Arafan Mané, Ndajamba (1945-2004), o homem que deu o 1º tiro da guerra (Virgínio Briote)
18 de Setembroe 2007 > Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Guiné 63/74 - P2119: A propósito do Lemos e das nossas fontes de informação: Quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto? (Afonso Sousa)

1. Mensagem do Afonso Sousa:

Caros amigos:

Este mail/informação do A. Marques Lopes (inserido no Post P2116) (1) não sei se visa contestar a informação do livro da CECA sobre os "mortos na Guiné" ou a informação que transmiti ao Júlio Pinto (Post P2115 - ponto 4) (2).

O furriel Jorge Duarte (CCAÇ 797) estava na margem do Bissilon (afluente do Rio Louvado) quando o furriel Júlio Lemos tomou a iniciativa (precipitada) de tentar a travessia a nado. É, logicamente, uma fonte fidedigna.

Nesta informação, veiculada pelo António M. Lopes, há uma falta de exactidão e uma verdade: "ferimentos em combate" e "corpo não recuperado".

Sabemos que os relatórios de actividade operacional enfermam de inexactidões. São documentos escritos à distância, por vezes, com a utilização de um narrador e com o uso frequente de estereotipos de linguagem. No caso presente, não seria muito aconselhável que o redactor escrevesse a verdade... então há que escrever "ferimentos em combate".

Ainda no passado Domingo estive a falar (via telefone) com um ex-2º sargento que, numa terrível emboscada, sofreu traumatismo craniano e um joelho fortemente atingido. Foi imediatamente evacuado de helicóptero para Bissau. O relatório de actividades do Batalhão (a que estava adstrito) refere-o como evacuado no dia seguinte, juntamente com outros 5 elementos. Portanto, aqui está mais um exemplo da tal falta de exactidão que os relatórios, por vezes, comportam.


Um abraço

Afonso Sousa

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Notas dos editores:

(1) Vd. post de 18 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2116: Fur Mil Júlio Lemos, da CCAÇ 797, morto em Rio Louvado, por ferimentos em combate (A.Marques Lopes)

(2) Vd. post de 18 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Guiné 63/74 - P2116: Fur Mil Júlio Lemos, da CCAÇ 797, morto em Rio Louvado, por ferimentos em combate (A. Marques Lopes)

1. Mensagem do nosso camarada A. Marques Lopes:

Caros camaradas:

No Livro do Mortos na Guiné da CECA (enviei-vos em tempos uma cópia da lista d' "Aqueles que nem no caixão regressaram") não diz bem o que contaram ao Afonso de Sousa (1):



Reproduzo: Júlio de Lemos Pereira Martins, Furriel, da CCAÇ 797, morto em 2 de Agosto de 1965, em Rio Louvado, na sequência de ferimentos em combate. Era natural de Ponte Lima. O corpo não foi recuperado.

Abraço

A. Marques Lopes

__________

Nota dos editores:

(1) Vd. post de 18 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

Guiné 63/74 - P2115: Em busca de...(12): Notícias do desaparecimento de Júlio Lemos, ex-Fur Mil da CCAÇ 797, Tite, 1965/67 (Júlio Pinto)

1. O nosso camarada Júlio Pinto, ex-combatente em Angola, em mensagem de 6 de Setembro de 2007, dirigia-se assim ao editor do nosso Blogue:

Vi estas indicações na internet pelo que presumo que esteve na Guiné na guerra colonial. Eu estive em Angola de 1967 a 1969.

Na CCAÇ 797 desapareceu um amigo meu de infância e de escola, o ex-Fur Mil Júlio Lemos. Gostava de saber mais sobre o seu desaparecimento, pelo que se for possível agradecia me dissesse algo.

Obrigado.
Júlio Pinto

2. Em 13 de Setembro o co-editor CV respondia:

Camarada Júlio Pinto:

Incumbiu-me o editor do Blogue, que eu te ajudasse na procura de elementos sobre o teu malogrado amigo e nosso camarada Júlio Lemos.

Assim no site www.guerracolonial.home.sapo.pt/, Secção de Convívios, Ponto de Encontro, encontrei 4 contactos da CCAÇ 797, onde poderás eventualmente saber alguma coisa do teu amigo.

Tenta pois com o Emílio Abrantes, telefone 238 691 390 e/ou José Bayó, telefone 917 291 778 e/ou Jorge Duarte, telefone 962 397 036 e/ou Santos Costa, telefone 917 415 288.

Vou também fazer circular por entre a nossa Tertúlia uma mensagem a perguntar se alguém tem conhecimento do que aconteceu ao nosso camarada Júlio Lemos.

Da nossa parte se houver novidades chegarão ao teu conhecimento. Entretanto espero que tenhas êxito junto dos contactos que te envio.

Um abraço do camarada
Carlos Vinhal

3. Ao mesmo tempo era enviada uma mensagem a toda a tertúlia nos seguintes modos:

Caros amigos tertulianos:

Haverá alguém entre nós que possa ajudar o nosso camarada Júlio Pinto?

Ele procura saber pormenores do desaparecimanto de um nosso camarada e seu amigo de infância de nome Júlio Lemos que pertenceu à CCAÇ 797. Esta Companhia esteve na Guiné entre 1965/67.

Se alguém tiver informações, pode enviá-las directamente para o Júlio ou para nós, que as faremos chegar ao destino.

Recebam saudações dos editores
Carlos Vinhal

4. Os resultados não se fizeram esperar.

O Afonso Sousa, nosso camarada tertuliano por demais conhecido pelas suas incursões no passado da Guerra Colonial da Guiné, prontamente deu resposta

Caro Carlos Vinhal & C.ª :

Acabo de falar com o ex-furriel da CCAÇ 797 Jorge Duarte que, sobre o assunto, diz:

O furriel Júlio Lemos, no termo de uma Operação e quando se preparavam para proceder ao atravessamento do rio Bissilon (Bissilão), tomou a iniciativa de efectuar a travessia a nado. Algo correu mal. Nunca mais foi encontrado, mesmo depois das buscas efectuadas por meios navais. Tal facto terá estado relacionado com o efeito do macaréu, verificado no momento.

Notas:

A CCAÇ 797 estava sediada em Tite (adida ao BCAÇ 1860)

CCAÇ 797 - RI 1 - Serra Carregueira/Lisboa, de Abril de 1965 a Janeiro de 1967

BCAÇ 1860 - RI 15 - Tomar, de Setembro de 1965 a Maio de 1967

Lista de mortos da CCAÇ 797

Inácio de Freitas Ferreira em 12-08-1965
Aníbal Alves Pires em 30-09-1965
Diogo Amaro Neves em 19-10-1965
Manuel António Amaral Nobre em 01-11-1965
Alberto Tibério da Silva em 18-03-1966
Jorge Augusto Maria Brás em 18-06-1966

Saudações
A.Sousa

5. Embora sabendo que o Afonso teria feito chegar esta informação ao Júlio Pinto, os editores do Blogue, redireccionaram-lhe esta informação.

Caro Júlio Pinto:

Reenvio-te uma mensagem do nosso tertuliano Afonso Sousa onde dá conta do episódio onde desapareceu o teu amigo Lemos.

Se mais não vieres a saber, tens aqui algo. Continuo ao dispor para o que precisares.

Um abraço e boa saúde

O camarada
Carlos Vinhal

6. Posteriormente, em contacto telefónico comigo, o Júlio Pinto agradeceu e confirmou as informações do Afonso. Comunicou com os camaradas do Júlio Lemos, que lhe indicámos, e eles corroboraram as trágicas condições da morte do seu amigo.
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Nota do co-editor CV

O Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné agradece a prestimosa colaboração do Afonso Sousa pela ajuda prestada a este nosso amigo. Agradecimentos também ao Jorge Santos que com a sua página
Guerra Colonial Portuguesa disponibiliza um vasto e actualizado manancial de informações. A ela recorremos inúmeras vezes para auxiliar o nosso trabalho de pesquisa.