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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Guiné 61/74 - P20045: Lembrete (32): Lançamento do livro "Ferrel através dos tempos", do nosso camarada Joaquim Jorge, ex-alf mil, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66)... Hoje, em Ferrel em Festa, sábado, dia 9 de agosto, às 17h00




Leiria > Monte Real > IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Joaquim da Silva Jorge e a esposa Esmeralda (Ferrel / Peniche)... É o membro nº 698 da nossa Tabanca Grande.

Foto (e legenda) : © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Pormenor da capa do livro do Joaquim da Silva Jorge


1. Lembramos aqui o convite do nosso camarada Joaquim [da Silva] Jorge, régulo da Tabanca de Ferrel / Peniche, ex-alf mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66, BCAÇ 619, Catió, 1964/66), bancário reformado, ex-autarca e ativista comunitário, para aqueles de nós que  puderem,  estarmos hoje, na sua terra natal, para o lançamento do seu livro "Ferrel através dos Tempos".

O evento realiza-se em Ferrel, concelho de Peniche,  hoje dia 9 de agosto, 6ª feira, às 17h00, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel.  (**)

Recorde-se, por outro lado, que Ferrel está em festa, desde o dia 5 até ao dia 10.  E no último dia, sábado, dia 10, às 15h30, irá realizar-se a famosa corrida de burros, seguarmente a mais dibvertida (se não mesmo a mais famosa!)  do planeta...  A não perder!... Absolutamente!... Vai já na 52ª edição!


quinta-feira, 25 de julho de 2019

Guiné 61/74 - P20009: Agenda cultural (696): Apresentação do livro do nosso camarada Joaquim da Silva Jorge, "Ferrel através dos tempos", 9 de agosto de 2019, 6ª feira, às 17h00, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel, "a capital da luta contra o nuclear"









Capa do livro do Joaquim da Silva Jorge, "Ferrel através dos tempos", edição de autor, 2019, 391 pp. Índice da obra e ficha técnica


1. Mensagem de Joaquim [da Silva] Jorge, régulo da Tabanca de Ferrel / Peniche, ex-alf mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66, BCAÇ 619, Catió, 1964/66), bancário reformado, ex-autarca e ativista comunitário:

Enviado: 8 de julho de 2019 19:43

Assunto: convite

Agradeço a tua presença na apresentação do meu livro "Ferrel através dos Tempos" que se realizará no dia 9 de Agosto (6ª feira) às 17h00, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel.

Obrigado!
Joaquim Jorge.

2. Há 43 atrás, em 15 de março de 1976, a população de Ferrel levantou-se em peso contra a planeada construação de um central nuclear no concelho de Peniche. 

Ficou desde então conhecida como a Capital da Lutra contra o Nuclear. Joaquim Jorge, membro da comissão de moradores de Ferrel, e posteriormente da CALCAN – Comissão de Apoio à Luta Contra a Ameaça Nuclear, teve na altura um papel destacado nesta luta, aqui evocada no seu livro (pp. 61-80), tal como a participação dos jovens de Ferrel quer na I Grande Guerra quer na guerra colonial (pp. 45-60).

A efeméride, o 43º Aniversário da Luta Contra o Nuclear, em Ferrel, foi devidamente assinalado,  com diversas atividades, no passado dia 15 de março de 2019. Foi descerrada uma placa com o marco da "Capital da Luta Contra o Nuclear". Destaque para a intervenção do nosso camarada e amigo Joaquim Jorge.
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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19996: Agenda cultural (695): o fabuloso grupo musical Galandum Galundaina, 4 vozes, 20 instrumentos, os sons únicos, ancestrais, das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano, hoje, às 24h00, na "Batalha do Vimeiro, 1808", Vimeiro, Lourinhã

domingo, 17 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17776: Consultório militar do José Martins (25): Lista das companhias que estiveram em Empada depois da CCAÇ 616 (1964/66), a pedido do Joaquim Jorge, régulo da tabanca de Ferrel, Peniche



Lista das companhias e pelotões que passaram por Empada, na região de Quínara, entre abril de 1963 e junho de 1974. Infogravura: José Martins (2017).


1.  Mensagem de Joaquim da Silva Jorge [ex-al mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66], régulo da tabanca de Ferrel, concelho de Peniche_

Data: 7 de setembro de 2017 às 14:45

Assunto: companhias que estiveram em Empada depois da CCAÇ  616


Caro Luís Graça: Boa tarde!

Há hipótese de descobrir as companhias que estiveram em Empada depois da minha 616?

A minha companhia saiu de lá em 24 ou 25 de janeiro de 1966. Tenho a relação completa de  1964 a 1974, mas não informatizei e não sei onde guardei essa relação que tenho em papel.

Estou a solicitar-te este favor para poder ajudar uma guineense a descobrir o pai da filha.

Desde já grato.

Um abraço, Joaquim Jorge


2. A pedido dos nossos editores, o nosso colaborador permanente José Martins mandou-nos, logo no próprio dia, a lista que publicamos acima, e que foi igualmente reencaminhada para o Joaquim Jorge. 


[Foto à direita: José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70)]


Camaradas como o José Teixeira e o José Belo (CCAÇ 2381) bem como o Xico Allen (CCAÇ 3566) também passaram por Empada em épocas diferentes.

Temos mais de 140 referências a Empada. O Francisco Monteiro Calveia também pertenceu à CCAÇ 616.

O nosso "Zé Sherlock Holmes" chama-nos a atenção para o facto de as duas primeiras companhias da lista, a CCAÇ 83 e a CCÇ 153,  não terem ido completas para a Empada, mas sim apenas com  1 ou 2 Grupos de Combate.  

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Nota do editor:

Último poste da série > 8 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17559: Consultório militar do José Martins (24): D. Cecília de Freitas, Dama Enfermeira, equiparada a Alferes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15700: Efemérides (209): Faz hoje 50 anos que a malta da CCAÇ 616 regressou a casa... E no fim de semana vai comemorar, em Fátima (Francisco Galveia, ex-1º cabo cripto / Joaquim Jorge, ex-alf mil, Empada, 1964/66)



Brasão da CCAÇ 616 (Empada, 1964/65). 
O lema, em latim, "Super Omnia", quer dizer "acima de tudo" (LG)



Fronteira, distrito de Portalegre > Ano escolar de 1950/51 >  Já eram poucos na altura os meninos (9) e as meninas (8) que andavam na escola primária... O concelho tem vindo a perder população desde 1960: eram na altura, pouco mais de 7 mil; hoje (2011) são à volta dos 3400. 

Descubram, no foto,  o nosso camarada, que 13 anos depois desembarcava em Bissau,  do T/T Quanza, mais a malta do seu BCAÇ 619 e da sua CCAÇ 616... 

Três camaradas, naturais do concelho de Fronteira, perderam a vida durante a guerra colonial: 2 em Moçambique e 1 na Guiné... Este último, natural de Cabeça de Vide, chamava-se Martinho Gramunha Marques e é um herói de Madina do Boé.

Foto da página do Facebook do avô Francisco Monteiro Galveia (, nascido em 6/9/1942)... 


Fotos: © Francisco Galveia (2016). Todos os direitos reservados.



1. Mensagem, com data de ontem, do Francisco Monteiro Galveia [ex-1º cabo cripto, CCAÇ 616 (Empada, 1964/66)] (*)


A CCAÇ 616 fez parte do BCAÇ 619.

Foi formada no Regimento de Infantaria da Amadora. Concluída a formação do Batalhão, fomos aguardar embarque para Leiria durante alguns dias, fomos de Lisboa para Leiria e  regresso num velho comboio, sem um minimo de condições. 

Em 08/01/1964, embarcámos em Lisboa a caminho da Guiné no barco, velho,  o Quanza,  sem um minimo de condições para transporte de passageiros, dormitórios e refeitório no porão com cheiro a tinta que era insuportável, a maioria do pessoal nem lá entrava, passava o tempo na parte superior do barco. Muita gente ficou doente toda a viagem. 

Chegado a Bissau 15/01/1964, o barco não atracou ao cais, desembarcámos para um grande batelão, com todo o material às costas, foi uma operação difícil. 

Aqui chegados, fomos instalados no Quartel General de Bissau durante o mês de fevereiro. Em março estivemos instalados no BCAÇ 600. Recebemos o espólio duma companhia de açorianos que não tinha um rádio nem uma viatura a trabalhar, só ao fim de 8 dias os nossos mecânicos conseguiram colocar um jipe a funcionar. 

Continuando em 31/3/1964 , seguimos via Bolama, em   LDM, para  para Empada  substituindo ali a CCAÇ 427. Ficamos instalados na maioria em velhos barracões. 

Assim que possível continuarei esta caminhada.


2. Comentário do editor:

Soubemos, pelo Joaquim Jorge, ex-alf mil, que vive em Ferrel, Peniche, que a "sua" CCAÇ 616 vai comemorar o meio século do regresso a casa, nos dias 6 e 7,  em Fátima,  no hotel Pax,  local de resto já habitual para os seus convívios anuais. Para o Joaquim, o Francisco e demais camaradas da CCAÇ 616, vai um forte abraço do tamanho do rio Grande de Buba.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15012: Convívios (703): 1º encontro da tabanca de Ferrel, 12 de agosto de 2015 - Parte III (e última): seleção de fotos de Luís Graça


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Duas dezenas e meia de convivas, oriundos dos concelhos de Peniche e Lourinhã, mas também do Cadaval,  juntaram-se para celebrar, no "querido mês de agosto", a amizade e a camaradagem.



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O régulo da Tabanca de Porto Dinheiro (Lourinhã), que fez a convocatória do pessoal e trouxe as sardinhas, aqui com o seu neto "espanhol"... Um dos seus filhos vive e trabalha em Madrid... que este país, "à beira-mar plantado", é pequeno demais para tanta gente jovem que, se hoje não tem o fantasma da guerra a hipotecar o seu futuro próximo, tem que enfrentar  realidade, não menos brutal,  da precariedade do emprego e da falta de trabalho... (Recorde-se que o Eduardo Jorge Ferreira foi alf mil da Polícia Aérea, BA12, Bissalanca, 1973/74).


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Avó e neto... Uma "bajuda", a São,  que passou a adolescência em Bissau, onde o pai trabalhava nos CTT, na parte das telecomunicações...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > > O Pinto Carvalho e a sua "bajuda",  Maria do Céu... Vieram do Cadaval, onde os negócios hoteleiros continuam prósperos...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > > Pinto Carvalho e, na mesa, o João Sacôto e esposa, em conversa com a Maria do Céu...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > "Eu parece-me que vos conheço de algum lado!... Ah!, já sei, estivemos juntos na Escócia a semana passada, em viagem turística!", diz o António Miguel Franco para o João Sacôto e esposa... "Não pode ser!", ironiza o Joaquim Jorge que acabava de abraçar o  seu camarada de há 50 anos atrás, o João, pertencente ao mesmo batalhão, o BCAÇ 619 (Catió, 1964/66)...  O João pertenceu à CCAÇ 617, o Joaquim à CCAÇ 616...  Há 50 anos que não se viam...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O António Miguel Franco saudando os camaradas da Tabanca Grande... Casado, já pai de uma filha, foi mobilizado como capitão, em rendição individual... Foi substituir um capitão que tinha morrido em Pirada... Acabou por ir parar a Nhacra... E terminou a sua comissão, em Bissau, à frente da companhia de transportes: a missão, macabra,  que lhe foi destinada foi o transporte, para embarque,  de centenas de urnas com os restos mortais de militares metropolitanos, acumuladas nos últimos tempos da guerra... Foi um dos nossos camaradas que "fechou a guerra"...  (O camarada ao lado do Miguel Franco, o Luís Silva, foi combatente em Angola).




Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O Jaime, a Dina, e a Rosário Henriques, esposa do Estêvão Henriques (que está em vias de integrar a Tabanca Grande, mal nos mande uma foto antigq, do seu tempo de Catió:  foi furriel radiomontador, CCS/BCAÇ 1858, Catió, 1965/67; os dois casais são vizinhos, do Seixal, Lourinhã).



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Junto ao monumento aos combatentes: o professor Jaime Bonifácio Marques da Silva, elucidando a Maria Alice Carneiro  sobre alguns aspetos técnicos do monumento...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O "capitão  pira"(António Miguel Franco)  e o "alferes velhinho" (Joaquim Jorge)... Na vida real, dois e velhos amigos, e vizinhos, embora de freguesias diferentes e "rivais" (Atouguia da Baleia e Ferrel).


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Na hora da despedida: António, Joaquim e Eduardo, sob o olhar, já saudosista, do João...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Dois régulos de tabancas do oeste estremenho... Régulos de peso!... Falamos do Joaquim Jorge (Ferrel, Peniche) e Eduardo Jorge Ferreira (Porto Dinheiro, Lourinhã).. Obrigado, camaradas pela hospitalidade e logística!... Para o ano,  haverá mais!... Até lá, que Deus, Alá e os bons irãs acocorados no alto do poilão da Tabanca Grande nos protejam a todos/as!

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Último poste da série > 16 de agosto de 2015 >  Guiné 63/74 - P15009: Convívios (702): 1º encontro da tabanca de Ferrel, 12 de agosto de 2015 - Parte II: seleção de fotos de António Manuel Fonseca Pinto

domingo, 16 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15009: Convívios (702): 1º encontro da tabanca de Ferrel, 12 de agosto de 2015 - Parte II: seleção de fotos de António Manuel Fonseca Pinto


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Foto de grupo junto ao monumento aos comabtentes da guerra do ultramar... O Fonseca Pinto [que foi PM, Polícia Militar, não tendo sido nobilizado para o ultramar por ter sido o melhor classificado do seu curso] é o quarto a contar da direita para a esquerda: na primeira fila, Pinto Carvalho, Luís Graça, António Miguel Franco, Fosneca Pinto, Joaquim Jorge e Estêvão... O Fonseca Pinto, que foi bancário tal como o Jaoquim Jorge, é do luigar da Estrada,  freguesia da Atouguia da Baleia, concelho de Peniche...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O Estêvão Alexandre Henriques, do lado esquerdo...  Está há muito convidado para integrar a nossa Tabanca Grande...  É natural de Fonte Lima, Stª Bárbara, concelho da Lourinhã, vive no Seixal e ainda é parente do Joaquim Jorge.

Com a especialidade de Radio Montador, embarcou para a Guiné a 18 de Agosto de 1965 a bordo do navio Niassa, chegando a Bissau a 24. Era furriel miliciano. Fazia parte da CCS/BCAÇ 1858. [Tem página no Facebook, clicar aqui].


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Joaquim Jorge, régulo da tabanca de Ferrel,  e Luís Graça, na hora do café, no Riclé Bar.


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Joaquim Pinto de Carvalho e Jaime Bonifácio Marques da Silva


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > Da direita para a esquerda,  Joaquim Pinto de Carvalho, Dina (mulher do Jaime), Jaime Bonifácio Marques da Silva e Santíssima Trindade (um dos nososs amigos comuns, que não foi combatente, e vive na Atouguia da Baleia)



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > António Miguel Franco (ex-cap mil, no TO da Guie, 1973/74), Joaquim Jorge e Eduardo Jorge Ferreira... O Miguel Franco, um dos que "fechou a guerra" na Guiné, está também há muito convidado para integrar a Tabanca Grande...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > João Sacôto e Luís Graça


Fotos: © António Manuel Fonseca Pinto  (2015). Todos os direitos reservados  [Edição e legendagem: LG]

(Continua)
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Nota do editor:

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15001: Memória dos lugares (313): Ferrel, agora também nome de tabanca de que é régulo o nosso novo grã-tabanqueiro Joaquim Jorge... A freguesia teve centena e meia de combatentes durante a guerra colonial...

Ferrel; brasão de armas
1. A nova tabanca de Ferrel, cujo régulo é o nosso grã-tabanqueiro nº 698, Joaquim da Silva Jorge, mais conhecido por Jorge (*), fica em Ferrel, vila e sede de freguesia do concelho de Peniche.

Segundo informação do sítio da junta de freguesia local, Ferrel tem cerca de 3 mil habitantes, e mais de 2500 eleitores, ocupa uma área de 1360 ha, e confronta a norte com o oceano Atlântico, a sul com a freguesia de Atouguia da Baleia (Peniche), a nascente com o concelho de Óbidos e a poente com a freguesia de Ajuda (Peniche).

Sabemos que o nosso camarada Joaquim Jorge está escrever as memórias da sua terra... Alguns dos muitos capítulos do futuro livro estão quase fechados como o do dedicado à guerra colonial: Ferrel mandou 150 dos seus filhos para a(s) guerra(s) do ultramar! Dois deles morreram, um em combate (Henrique Ferreira da Anunciação Costa), e outro por doença (Armindo Victorino Henriques), e por sinal no TO da Guiné.
 
Outros dados:

 (i) atividades económicas: agricultura (e nomeadamente horticultura), construção civil e comércio;

(ii) padroeiro: N. Sra. da Guia;

(iii) festas e romarias: Padroeira (5 de Agosto), Bom Jesus (ao 4.º fim de semana de setembro), Santa Quitéria (último fim de semana de outubro);

(iv) património cultural e edificado: capela de Nossa Senhora da Guia (séc. XVI), em Ferrel, e capela St.º Estêvão, no Baleal;

(v) outros locais de interesse turístico: praia do Baleal e praia da Almagreira;

(vi) coletividades: Associação Recreativa Cultural Desportiva de Ferrel, Associação Rancho Folclórico "Os Camponeses da Beira-mar de Ferrel", Associação de Solidariedade Social, Associação para o Jardim-de-infância e Associação Juvenil de Ferrel.



Peniche > Ferrel > Localização > Fonte: Wikipédia (com a devida vénia)

2. História administrativa da vila e freguesia de Ferrel

Em 12 de julho de 1985 foi aprovada pela Assembleia da República a constituição da freguesia de Ferrel (que viria a ser fundada em 4 de outubro de 1985, e que até então fazia parte da freguesia da Atouguia da Baleia).

Em 22 de junho de 2011 foi aprovada pela Assembleia da República a elevação da povoação de Ferrel, no município de Peniche, à categoria de vila (Diário da República, 1.ª série — N.º 119 — 22 de Junho de 2011 Lei n.º 39/2011).

Constituída, na sua maioria, por uma população desde sempre dedicada à agricultura, Ferrel, mercê da sua privilegiada localização geográfica, banhada pelo Atlântico e com um magnífico pinhal, vê nos dias de hoje abrirem-se as portas do turismo.

A freguesia é composta pelas localidades de Ferrel, Baleal, Sol Village I, Sol Village II e Casal da Lagoa. Ferrel está situada a 5 Km da cidade de Peniche, sede de concelho.

A praia do Baleal,  descrita por Raul Brandão como "a mais bela das praias de Portugal",  é o ex-líbris da freguesia.

É desconhecida a data exacta em que as atuais terras da freguesia começaram a ser habitadas, mas supõem-se que terá ocorrido durante o início do séc. XVI. (Fonte: Junta de freguesia de Ferrel. Adaptado)


3. História e lenda de Ferrel

Há quem sugira que o primitivo lugar de Ferrel, muito perto do Baleal (na junção do istmo com o continente), tenha sido fundado por homens do mar.

Na verdade, sendo o litoral rico em pescarias, por que não admitir que um grupo de mareantes, ou pescadores, reconhecendo essa riqueza, não tenha resolvido colher as velas (ferrar) e lançar ferro (aferrar) ali defronte à antiga ilha do Baleal?

Mais tarde, possivelmente em face do assoreamento que, à semelhança do fenómeno ocorrida com Peniche, ligou a ilha ao continente, talvez que a fertilidade dos terrenos do atual Ferrel os tenha tentado mais para o interior, procurando a cultura dos campos…

Aliás, a ideia de um grupo de mareantes, lançando o grito de «ferremos aqui» como anda, em linguagem piscatória, na boca do povo, mas não estava muito longe da possível verdade.

(...) A lenda conta que, há muitos anos, um barco de espanhóis pescava na nossa costa mas perdeu-se com o forte nevoeiro que se fazia sentir.

A tripulação de barco (homens e mulheres) começaram a gritar pela Nossa Senhora das Neves que os guiasse no nevoeiro (daí a padroeira da terra ser a nossa senhora da Guia).

Ou foi o destino que assim (que se) o quis, ou a neblina tinha de passar, assim que se viram livres de perigo disseram uns para os outros:
- Ferremos aqui!

Com o passar dos anos, esta aldeia deixou de ser Ferrer, como os pescadores lhe chamavam,  para ser Ferrel, nome que ainda hoje perdura.

Ainda hoje de modo a justificar o nome da aldeia, os mais velhos afirmam que este provém do facto de haverem uns certos “antigos” que gritavam, com um tom de voz em esforço, uma expressão semelhante a: “Aferreil, aferreil”!

Fonte: Cortesia de Junta de freguesia de Ferrel 


Peniche > Vila e sede de freguesia de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º convívio da Tabanca de Ferrel, de que é regulo o Joaquim Jorge > Painel de azulejos no exterior do edifício do lavadouro público > Autoria de Gameiro Diniz, 1997 > Pormenor (1)


Peniche > Vila e sede de freguesia de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º convívio da Tabanca de Ferrel, de que é regulo o Joaquim Jorge > Painel de azulejos no exterior do edifício do lavadouro público > Autoria de Gameiro Diniz, 1997 > Pormenor (2): Legenda; "Lavando no Rio Catrina"


Peniche > Vila e sede de freguesia de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º convívio da Tabanca de Ferrel, de que é regulo o Joaquim Jorge > Painel de azulejos no exterior do edifício do lavadouro público > Autoria de Gameiro Diniz, 1997 > Conjunto


Peniche > Vila e sede de freguesia de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º convívio da Tabanca de Ferrel, de que é regulo o Joaquim Jorge > Painel de azulejos no exterior do edifício do lavadouro público > Autoria de Gameiro Diniz, 1997 > Pormenor (3):  Legenda: "Lavando no rio Tuel".


Peniche > Vila e sede de freguesia de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º convívio da Tabanca de Ferrel, de que é regulo o Joaquim Jorge > Painel de azulejos no exterior do edifício do lavadouro público > Autoria de Gameiro Diniz, 1997 > Pormenor (4):  Legenda: "Rio de Trás: depois da lavagem, é o regresso a casa".

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados
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Notas do editor:

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P14997: Convívios (701): 1º encontro da tabanca de Ferrel, 12 de agosto de 2015 - Parte I: ex-dois alferes milicianos do mesmo batalhão, o BCAÇ 619 (Catió, 1964/66) reencontram-se e abraçam-se meio século depois


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  A prova de que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande: dois camaradas, alferes milicianos, do BCAÇ 619 (Catió, 1964/66) encontram-se ao fim de meio século: do lado esquerdo, o João Sacôto (CCAÇ 617), acompanhado da esposa; do lado direito, o régulo da tabanca, o Joaquim Jorge (CCAÇ 616)... Mas houve mais surpresas, que relataremos na parte II...



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Junto ao popular Riclé Bar, os dois camaradas que possibilitaram este reencontro: o Joaquim Jorge e o Eduardo Jorge, um "veteraníssimo" da guerra da Guiné (ex-al mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66) e um "pira" (ex-alf mil, PA, Bissalanca, BA 12, 1973/74)... 

O Riclé Bar, hoje gerido pela filha do Joaquim Jorge, foi fundado pelo nosso camarada, uma figura popular da terra, que é um exemplo extraordinário de "empreendedorismo social"... O nosso convívio foi realizado nas instalações do Jardim de Infância de Ferrel, uma IPSS, em cuja fundação e gestão está envolvido, inevitavelmente, o nome do nosso camarada, que passa a partir de hoje a fazer parte da Tabanca Grande,  "de jurte" e "de facto", com o nº 698... Quanto ao Eduardo Jorge, é o nosso conhecido régulo da Tabanca de Porto Dinheiro, um homem sempre pronto para qualquer missão...


Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio > O João Sacôto, comandante da TAP reformado, e que veio propositadamente de Lisboa para dar um alfabravo caloroso ao seu antigo camarada de batalhão, estava encantado para a capacidade de empatia dos camaradas da Guiné: 50 anos são 50 anos,  de separação e de distância, mas ao fim de 5 minutos a velha camaradagem, amizade e cumplicidade vêm ao de cima... 

Os dois, o João e o Joaquim, só estiveram juntos em três ou quatro momentos; não sei se em Mafra, depois na formação do batalhão, na partida para Bissau, no T/T Quanza, em Bissau, e no regresso a casa... 

Depois cada um seguiu as suas vidas...  O Joaquim Jorge, profissionalmente, foi prospetor bancário, foi autarca, esteve à frente do Núcleo de Peniche da Liga dos Combatentes, liderou a luta dos ferralejos contra a tentativa de implantação de uma central nuclear na sua terra, em 1976, enfim, é um lider associativo e comunitário estimado e respeitado... Em Ferrel, na brincadeira, chamam-lhe o "dono disto tudo"... 



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  O Joaquim Jorge é um ferralejo dos quatros costados, embora tenha um avô ou bisavô paterno de origem minhota (veio de Ponte de Lima para o sul, tentar a sua sorte, com um irmão, que se instalou no concelho da Lourinhã). 

Nesta foto, vemos em primeiro plano o Joaquim Jorge junto ao monumento aos combatentes da guerra do ultramar, naturais da freguesia (que foi criada em 1985,  desanexada da freguesia de Atouguia da Baleia)... Ferrel (que incluiu a famosa praia do Baleal) deu à Pátria centena e meia de combatentes durante a guerra colonial ou do ultramar. Dois morreram na Guiné, um em combate e  outro por doença.



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Monumento aos combatentes da guerra do ultramar, erigido em 2008, ao tempo em que, se não erro, o Joaquim Jorge era o presidente da junta de freguesia de Ferrel.



Tabanca de Ferrel > 12 de agosto de 2015 > 1º Convívio >  Monumento aos combatentes da guerra do ultramar, erigido em 2008 > Lápide à memória do Henrique Ferreira da Anunciação Costa, sold at CCAV 2487 / BCAV 2868, morto em combate no decurso da Op Ostra Amarga (18/10/1969, Bula). está sepultado no cemitério da sua terra. É um dos raros camaradas cuja agonia foi gravada em vídeo (por uma equipa de televisão francesa).

(Continua)

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Último poste da série > 2 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14961: Convívios (700): Encontro do pessoal da CART 1659 (Gadamael - 1967/68), a levar a efeito no dia 26 de Setembro de 2015, na Batalha (Mário Vitorino Gaspar)