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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18241: Convívios (839): 35º almoço-convívio da Tabanca da Linha, Algés, 18/1/2018 - As fotos do Manuel Resende - Parte II: Tudo gente magnífica... "Caras novas", com destaque para o pessoal da CART 1689, camaradas dos escritores Alberto Branquinho e José Ferreira da Silva


Foto nº 1 > O Armando Pires, de pé, o Jorge Rosales e o Mário Magalhães... Não sei se aquele dedo é "desafiador"... No final, até houve um cheirinho de fado, mas não na voz do "fadista de Bissorã"...


Foto nº 2 > O Armando Pires e uma "cara nova", o José Ferreira (, que vive no Barreiro, não confundir com o José Ferreira  da Silva,  do Bando do Café Progresso, Porto)...


Foto nº 3 > João Lourenço, uma "cara nova"... É membro da ONG Ajuda Amiga. Nasceu em 1944 e viveu na Guiné-Bissau até 1997 (se não erro). Fala crioulo, estudou no liceu de Bissau. O pai era empregado de uma da mais importantes casas comerciais.  Tem um irmão que foi alferes. Ele também a fez a tropa (e a guerra) no CTIG.  Fez o CSM em 1961.Foi convidado a integrar a Tabanca Grande.



Foto nº 3 > Sei que o primeiro, da esquerda, é o nosso grã-tabanqueiro Luís [Cândido Tavares] Paulino, de Algés, ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 (Cacine e Cameconde, 1970/72)... Está a organizar um encontro de arromba, 4 dias, com os seus camaradas açorianos. E foi quem nos ajudou a identificar o camarada da direita: "Chama-se Joaquim Grilo e é um beirão meu conterrâneo de Gouveia, residindo há muitos anos em Lisboa. É também um ex-combatente da Guiné, aliás, já tem estado presente noutros convívios da Tabanca da Linha. Vou-te mandar o email dele".

Foto nº 4 > O Alberto Branquinho, um dos nossos talentosos escritores,ex-alf mil op esp, da "mítica" CART 1689...


Foto nº 5 > Luís Graça, editor deste blogue, e Alice Carneiro, "não tão assíduos quanto gostariam"...


Foto nº 6 > Germana (, espos do Cralos Silva, régulo da Tabanca dos Melros), Elisabete e Francisco Silva (cirurgião ortopedista, depois de passar à "peluda")


Forto nº 7 > Tenho dificuldade em  dizer "quem é quem": o casal Santos, de Lisboa, e mais uma cara nova...


Foto nº 8 > José Miguel Louro e Maria do Carmo, que também não costumam faltar


Foto nº 9 > Os inseparáveis Gina e António Marques, membros vitalícios da Tabanca da Linha... Com muita pena nossa, vão falhar este ano o XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande: é que em 5 de maio, sábado, há a festa de anos do neto mais velho... Como sempre todos os anos, o António não se esquece do fatídico dia 13 de janeiro de 1970 em que caímos os dois numa mina A/C, com o nosso Gr Comb, em Nhabijões... Pediu-me desculpa por não me ter telefonado... O mais importante é que ele não se esqueceu da trágica efeméride...



Foto nº 10 > O Zé Carioca (que fez anos no dia 21...) e a esposa, Ilda (que, pela expressão, está a "torcer o nariz" ao bacalhau à minhota...)


 Foto nº 11 >  Os magníficos  Helena e Mário Fitas


Foto nº 12 > Helder Pontes, ex-fur muil CART 1689/ BART 1913, camarada de Alberto Branquinho, José Ferreira da Silva, Francisco Machado e Alberto Sousa. A CART 1689 era conhecidaomo "Os Ciganos", tendo demabulado por toda (ou quase toda) a Guiné. Tem mais de 120 referências no nosso blogue.  Andaram por sítios como , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, entre 1967 e  1969, dando e levando porrada da grossa. Só temos um Hélder (e é Sousa, de apelido) na Tabanca Grande, e para mais nunca pegou numa... G3, era um TSF... O Pontes vai ajudar-nos a compar a secção dos H, que está muito desfalcada...



Foto nº 13 > Francisco Machado, ex- fur mil da CART 1689 / BART 1913, igualmente camarada de Alberto Branquinho e José Ferreira da Silva. Fica convidado, o nosso camarada Francisco Macahdo, a sentar-se também à sombra do poilão da Tabanca Grande.


Foto nº 14 > Alberto Sousa, mais outro ex-fur mil da CART 1689 / BART 1913... É uma boa altura para convidar o Alberto a integrar as fileiras da Tabanca Grande.


Foto nº 15 > O Carlos Silvério, meu amigo, camarada, vizinho e conterrâneo... Veio com a Zita. O casal é lourinhanense... "Periquitos", na Tabanca da Linha. Ele andou pelo Olossato e por Bissau, antes de a gente fechar as portas da guerra. A Zita esteve com ele em Bissau... Já o convidei meia dúzia de vezes para se sentar à sombra do nosso poilão... Mas ele diz que prefere o sol...Lugares ao sol..., não temos na Tabanca Grande, só à sombra... Espero que ele ainda entre ao 7º convite... Ficou a ponderar: parece que o problema é a foto... fardada. Enfim, temos que compreender e respeitar quem tem alergias às fardas...


Oeiras > Algés > Restaurante "Caravela de Ouro" > 35º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > 18 de janeiro de 2018 > Reuniu 78  dezenas de comensais (,estavam inscritos 80, houve duas desistências de última hora, por motivos de saúde)...

Publicam-se mais umas fotos do fotógrafo oficial da Tabanca da Linha, o Manuel Resende (cargo que acumula com outros: secretariado, comunicação & marketing, logística & operações, contabilidade & finanças...). Destaque para algumas caras novas, em especial do pessoal da CAT 1689,  sem esquecer os nossos "casalinhos".

Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17278: Convívios (795): XIII Encontro do Pessoal da CCAÇ 2726, dias 14 a 18 de Junho de 2017, no Funchal (Luís Paulino, ex-Fur Mil)

 Foto de família de um dos Convívios anteriores da açoriana CCAÇ 2726


Mensagem do nosso camarada Luís Paulino, (ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 Cacine e Cameconde, 1970/72), com data de 22 de Abril de 2017:

Caro Amigo e Camarada Carlos Vinhal 

A CCAÇ 2726 vai realizar o seu XIII Convívio, de 14 a 18/6, na cidade do Funchal, Ilha da Madeira. 

Agradeço que esta informação seja publicada no Blogue da Tabanca Grande. 

Saudações Fraternas,
Luís Paulino
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de Abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17262: Convívios (794): XV Encontro do pessoal da CART 2520, dia 20 de Maio de 2017, em Almeirim (José Nascimento, ex-Fur Mil)

domingo, 21 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14778: Convívios (692): XI Encontro do pessoal da açoriana CCAÇ 2726, a decorrer de 24 a 28 de Junho, em Ponta Delgada (Luís Paulino)

 X Convívio do pessoal da CART 2726 - Algés, 21 de Junho de 2014


Mensagem do nosso camarada Luís Paulino, (ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 Cacine e Cameconde, 1970/72), com data de 18 de Junho de 2015:

Caro Companheiro e Amigo Vinhal,
Tomo a iniciativa de te dirigir este email para informar que a CCaç 2726 vai reunir-se pela 11.ª vez, na Ilha de S. Miguel, de 24 a 28 de Junho. 

Tratando-se de uma Companhia com origem no BII 18 em Ponta Delgada, constituída por naturais dos Açores e do Continente, a comitiva do continente vai juntar-se aos restantes elementos no próximo dia 24.

Saudações Fraternais
Luís Paulino
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Nota do editor

Último poste da série de 18 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14763: Convívios (691): II Almoço do pessoal da Tabanca de Setúbal, dia 27 de Junho de 2015 na Praia de Albarquel (Hélder Valério de Sousa)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14216: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (31): Os CESSNA dos TAGP e os seus pilotos - Um aparelho com piloto automático? (Luís Paulino, ex-Fur Mil da CCAÇ 2726, Cacine e Cameconde, 1970/72)

1. Mensagem do nosso camarada Luís Paulino, (ex-Fur Mil da CCAÇ 2726, Cacine e Cameconde, 1970/72), com data de 28 de Janeiro de 2015:

Olá Companheiro e Amigo Vinhal,

Sequenciando o tema do companheiro Jorge Araújo, sobre a Aeronáutica na Guiné, veio-me à lembrança um voo que efectuei em Dezembro de 1970, de regresso a Cacine, após gozo de férias na Metrópole.

Parti do aeroporto de Bissalanca numa dessas Cessnas civis de apenas 2 lugares, em que o passageiro viajava ao lado do piloto.

Recordo-me que, após termos levantado voo conversámos algum tempo, mas fui-me apercebendo que lentamente, se ia perdendo a fluidez do diálogo.

Estranhando o sucedido, olhei para a minha esquerda, e para meu espanto, verifico que o piloto pendia a cabeça para a frente, com alguma frequência, dando a entender que estaria a dormitar.
Fiquei assustado e alertei-o de imediato com um valente berro.

Não sei se o aparelho tinha piloto automático, mas sei que a Cessna, durante esse espaço de tempo não alterou a rota, pois passados alguns minutos aterrámos em Cacine, tendo tudo acabado em bem.


Já em terra cumprimentámo-nos, tendo ele pedido desculpa pelo sucedido, tendo-se justificado com o cansaço provocado pelo excesso de horas de voo que estava a efectuar diariamente.

Saudações Fraternas,
Luís Paulino
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14215: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (30): "Blue on Blue" - Querem ver que acertei nos nossos? (António Marins de Matos, TGen Pilav Ref)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14002: Efemérides (180): A grande invasão a Conakry foi há 44 anos - Artigo da autoria de Luís Alberto Bettencourt publicado no "Açoriano Oriental" (Luís Paulino)

1. Mensagem do nosso camarada Luís Paulino, (ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 Cacine e Cameconde, 1970/72), com data de 9 de Julho de 2014:

Caro Companheiro Vinhal,
Anexo um artigo que foi publicado no Jornal Açoriano Oriental no passado dia 22/11, da autoria de Luís Bettencourt, companheiro da minha CCaç 2726, que esteve largos meses de preparação no Arquipélago dos Bijagós, para ser integrado na operação militar mais polémica desencadeada durante a Guerra Colonial - Operação Mar Verde.
À última hora e com alguma felicidade à mistura não foi selecionado, contudo conhece como poucos, os contornos que envolveram esta Operação.
Este Artigo tem a concordância do Jornal Açoriano Oriental e do autor, para ser publicado no Blogue "Luis Graça & Camaradas da Guiné".
Deixo à vossa consideração.

Saudações Fraternais
Luís Paulino



Guerra Colonial

CONAKRY – A GRANDE INVASÃO

Completam-se hoje quarenta e quatro anos desde que se realizou a operação militar mais arrojada e mais polémica que as forças armadas portuguesas levaram a cabo ao longo de treze anos de guerra em Africa – a «Operação Mar Verde».

O plano consistia em invadir Conakry, capital da república da Guiné, com o objetivo de depor o ditador Sekou Touré, e colocar à frente da Guiné Conakry um governo da confiança de Portugal. A destruição das bases militares do P.A.I.G.C., assim como a libertação dos prisioneiros de guerra portugueses, eram objetivos determinantes.
De salientar que a república da Guiné constituía o principal apoio logístico da guerrilha inimiga, com bases instaladas no seu território, onde então viviam os principais dirigentes inimigos, incluindo o próprio Amílcar Cabral, referenciado como possível alvo a capturar ou até mesmo a abater.

A ideia de que seria mais fácil vencer a guerra na Guiné destruindo as bases inimigas no seu próprio território foi sendo alimentada e planeada pelo comandante Alpoim Calvão, tendo este apresentado o plano a Marcelo Caetano, que inicialmente não se mostrou muito entusiasmado, temendo uma eventual reação internacional. Afinal, tratava-se de invadir um país soberano.


A PREPARAÇÃO

Em finais de 1969, o general Spínola anuncia a Alpoim Calvão que o ministério do ultramar tinha sido contactado por elementos dissidentes do regime da república da Guiné, que se encontravam dispersos em diferentes países de África e que solicitavam apoio para uma ação contra o presidente Sekou Touré. Estabelecidos diversos contactos, combinava-se a data e local de recolha, limitados ao período da noite e às horas das marés, escolhendo-se locais isolados, com boas possibilidades de embarque. Assim, percorreram-se as costas do Senegal, Gâmbia e Serra Leoa, até à fronteira da Libéria, utilizando as mais variadas praias para o fim em vista. Estava assim constituído o grupo de oposicionistas denominado Frente de Libertação Nacional da Guiné Conakry. Todos eles foram instalados na ilha de Soga, no arquipélago dos Bijagós, onde durante seis meses receberam treino operacional ministrado por uma elite de militares portugueses e que incluía, para além da preparação física, golpes de mão, assalto a objetivos, desembarques, etc.

Cumprido esse tempo, tem início a revisão da planificação final, tendo Calvão esboçado uma lista de cerca de 25 alvos a destruir que incluía, entre outros, o aeroporto, o palácio presidencial, a emissora local, a central elétrica e a prisão onde se encontravam os prisioneiros de guerra portugueses. A cada objetivo fez-se corresponder uma equipa chefiada por um graduado português, e ao grupo de dissidentes juntou-se a companhia de comandos africanos e o destacamento de fuzileiros especiais.

Com tudo pronto, faltava apenas a aprovação do professor Marcelo Caetano, que então deu a sua concordância com a indicação expressa de que não deveriam ficar vestígios da presença portuguesa no local da ação. Na véspera do embarque, o general Spínola deslocou-se à ilha de Soga e falou aos militares, fazendo um discurso empolgante, referindo que aquela operação poderia mudar o curso da guerra. Calvão reúne com as equipas de assalto e revê pela última vez as missões atribuídas.

Chegava a hora da partida, eram 20:00h do dia 20 de Novembro de 1970. A força naval invasora deixava a ilha de Soga com destino a Conakry.


A EXECUÇÃO

A viagem decorreu normalmente, tendo sido dada ordem para ocultação rigorosa de luzes e artilharia pronta. A bordo seguiam duzentos homens da Frente de Libertação Nacional da Guiné Conakry, cento e cinquenta da companhia de comandos africana e cerca de oitenta fuzileiros, sendo a força naval composta pelas lanchas de desembarque Montante, Bombarda, Hidra, Dragão, Cassiopeia e Orion. Em Bissau, a força aérea entrava de prevenção.
Com Conakry à vista, os navios da força rumaram para as posições mais convenientes a fim de desembarcarem as equipas de assalto. A bordo da Orion, Calvão dá finalmente ordem de desembarque por volta das 01.30h do dia 22.
Começava assim a invasão. Os grupos de assalto dirigiram-se aos respetivos objetivos, os fuzileiros chegaram rapidamente ao porto onde se encontravam as lanchas do P.A.I.G.C. e, abrindo as portas das cobertas, lançaram granadas de mão ofensivas para o interior das mesmas, neutralizando as guarnições e destruindo as embarcações.
A central elétrica é localizada e destruída, mergulhando a cidade numa escuridão total, que para além de causar pânico na população local, facilitava as operações de assalto.
Por outro lado, a equipa destinada ao palácio presidencial não encontra o presidente Sekou Touré nem Amílcar Cabral e abandona o objetivo alvejando-o com bazucadas e incendiando o palácio.
Alpoim Galvão, seguia atentamente o desenrolar das operações através de mensagens que lhe faziam chegar. Uma boa notícia então lhe foi comunicada: a equipa destinada à prisão do regime tinha conseguido, depois de uma breve batalha, libertar os 26 prisioneiros de guerra portugueses.
A emissora local, um dos principais alvos, continuava a emitir a sua programação normal, sinal de que não tinha sido ocupada. Na realidade, a equipa destinada a esse objetivo nunca conseguiu descobrir onde ela ficava, não permitindo anunciar, conforme previsto, o golpe de estado.
No assalto ao quartel da guarda republicana, o comandante do grupo alferes Abílio Ferreira é abatido quando tentava ocupar as instalações.
A ocupação do aeroporto resultou igualmente num imenso fracasso devido ao facto de o tenente dos comandos africanos Januário Lopes ter protagonizado um dos momentos mais dramáticos da operação, quando decidiu desertar com o seu grupo e entregar-se às autoridades locais. Mais tarde, seria executado juntamente com o seu grupo.


A RETIRADA

Com o tempo a passar, e apercebendo-se do falhanço de alguns objetivos, Alpoim Calvão faz regressar as equipas a bordo, dando ordem de retirada imediata, evitando assim qualquer resistência inimiga. Temia um possível ataque aéreo, uma vez que os aviões MIG17 não tinham sido encontrados e destruídos, missão que estava atribuída à equipa do aeroporto. Os seis navios que transportavam o contingente que tinha ocupado Conakry durante varias horas navegavam agora com destino à ilha de Soga em formatura de losango, a mais adequada contra ataques aéreos.
Para trás ficavam os elementos oposicionistas na esperança de ainda ser possível concretizar o golpe de estado, o que nunca veio a acontecer. Presos e torturados, acabariam por serem fuzilados sem direito a defesa. O insucesso do golpe de estado ficou-se devendo à manifesta carência de informação e apoios que não existiram ou, se existiram, não se concretizaram.
Nesta operação as forças portuguesas sofreram três mortos, seis feridos, e fizeram cerca de 500 mortos entre militares e civis da Guiné Conakry.


CONCLUSÃO

Embora não se tenha atingido o principal objetivo da invasão, a tão desejada implantação de um governo favorável aos interesses de Portugal, alguns aspetos positivos resultaram da operação, em especial a destruição de grande parte da força naval do inimigo, mas o único aspeto consensual acabou por ser o da libertação dos prisioneiros de guerra portugueses. No seu regresso às respetivas terras, tiveram de assumir perante a P.I.D.E / D.G.S. o compromisso assinado de nunca falarem na circunstância da sua libertação. Oficialmente, tinham conseguido fugir e chegar à fronteira da Guiné Portuguesa.

Luís Alberto Bettencourt
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Nota do editor

Último poste da série de 27 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13950: Efemérides (179): Deixem-me celebrar o dia de Ação de Graças, o Thanksgiving Day, no meio de vós, nos dois lados do Atlântico (José da Câmara, ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13382: Convívios (611): 10.º Encontro do pessoal da CCAÇ 2726 (Cacine e Cameconde, 1970/72), realizado no passado dia 21 de Junho de 2014 (Luís Paulino)

10.º Convívio do pessoal da açoriana CCÇ 2726

Mensagem do nosso camarada Luís Paulino, (ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 Cacine e Cameconde, 1970/72), com data de 9 de Julho de 2014:

Caro Amigo e Camarada,
Conforme havia informado oportunamente, realizou-se o 10.º Convívio da CCaç 2726, contemporânea da CART 2732, que nos acompanhou no caminho marítimo para a Guiné, a bordo do navio Ana Mafalda e no qual tu Carlos Vinhal, também viajaste.

Como habitualmente, os elementos açorianos residentes nos EUA deram-nos o prazer da sua presença, tendo em conjunto com os residentes nos Açores e continentais, constituído um grupo bastante animado, aliás como o foi durante a nossa comissão de serviço.

Os primeiros dias foram ocupados com deslocações do âmbito gastronómico e cultural, destacando em relação à segunda as visitas ao Palácio de Queluz e Forte do Bom Sucesso, sendo que neste último homenageámos os nossos concidadãos e camaradas, que morreram durante a Guerra Colonial.

O último dia foi ocupado na parte da manhã, com um acto religioso em memória dos elementos desta companhia que, infelizmente, já não estão entre nós, tendo a parte da tarde sido preenchida com o Almoço Convívio, animado por um entertainer, um grupo de guitarras que acompanhou uma fadista e um organista que abrilhantou o "bailarico", após o que se procedeu à abertura do bolo comemorativo, tendo o encerramento ocorrido pelas 19h00.

O próximo Convívio, que será o 11.º, irá ocorrer na Ilha de S. Miguel, cidade de Ponta Delgada, de 25 a 28 de Junho de 2015.

Saudações Fraternas
Pela CCaç 2726
Luís Paulino






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Nota do editor

Último poste da série de 3 de Julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13362: Convívios (610): Encontro do pessoal das CCAÇs 3326, 3327 e 3328, a levar a efeito no próximo dia 26 de Julho de 2014 na Quinta do Paúl, Ortigosa (José Câmara)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13138: Tabanca Grande (434): Luís Cândido Tavares Paulino, ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 (Cacine e Cameconde, 1970/72) - Grã-Tabanqueiro 655

Mensagens enviadas ao nosso Blogue pelo nosso camarada Luís Cândido Tavares Paulino, ex-Fur Mil da CCAÇ 2726 (Cacine e Cameconde, 1970/72):

Primeira mensagem:
Amigo e Camarada Luís Graça,
Tenho vindo a abrir com alguma frequência o blogue, que é o ponto de encontro de muitos que como eu, cumpriram as suas comissões de serviço nas Ex-Colónias desde o início da década de 60 até 1974 e sempre tive o desejo de um dia poder vir a contribuir para o seu enriquecimento, - por entender que muitas das memórias que aqui são narradas, irão pertencer à história da época colonial - e também para continuar a manter ligações com os que como eu, também palmilharam aquelas terras africanas.

Fui Fur. Mil. e pertenci à C.Caç. 2726, que cumpriu a sua comissão de serviço na Ex-Colónia da Guiné, tendo ficado estacionada em Cacine e Cameconde, desde Abril de 70 a Fevereiro de 72.

Esta unidade formada no BII18 em Ponta Delgada, era maioritariamente constituída por naturais dos Açores e comandada pelo Capitão David Magalhães, (hoje Coronel).

Em 2004, por mera casualidade, foi possível reencontrar um número significativo de elementos e a partir dessa data temo-nos reunido anualmente em convívios, cuja duração nunca foi inferior a 3 dias. Durante estes 10 anos, já percorremos desde o Minho e Trás-os-Montes ao Algarve e as Ilhas de S.Miguel, Terceira, Pico e Faial.
Para este ano já está praticamente organizado o 10.º Convívio, que vai ocorrer em Lisboa, de 20 a 22/6.

Do Programa constam visitas a lugares de interesse histórico e turístico, culminando com o habitual almoço convívio, abrilhantado por um conjunto de guitarra e viola que irão acompanhar uma fadista e organista que irá transmitir uma animação própria para estas ocasiões.

Saudações fraternas,
Luís Paulino



Segunda mensagem:
Amigo e Camarada Luís Graça,
Enviei ontem um email para o blogue e hoje ao proceder à sua abertura e após uma leitura pormenorizada, verifico que o médico Bernardo Silva, que passou pela nossa Companhia em Cacine, tem referido os nomes do Comandante - Capitão David Custódio Gomes Magalhães, o meu e de outro médico Mário Bravo, que também deu assistência à nossa Companhia.
Atendendo a que está para breve o nosso 10.º Convívio, seria interessante se fosse possível contactá-lo para o poder convidar.

Saudações fraternas,
Luís Cândido Tavares Paulino
Ex-Fur. Mil. C.Caç.2726


Com Este Sinal Vencerás


Terceira mensagem:
Caro Amigo e Camarada Vinhal,
Como já ontem referi num email que enviei para o blogue Luís Graça, sou o ex-militar que pelos vistos está a ser badalado no blogue dos que como eu prestaram serviço militar na Guiné.

O meu nome é - Luís Cândido Tavares Paulino e fui Furriel Miliciano na C. Caç.2726, que esteve estacionada em Cacine de 1970/1972.
Não sendo minha intenção desvalorizar os eventos de outras unidades que se têm organizado por todo o país, é de realçar a forma quase "profissional" como organizámos os 9 Convívios já passados. Como também referi, já percorremos o continente desde Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral, Estremadura e Algarve. Nos Açores já visitamos S. Miguel, Terceira, Pico e Faial.

Lembro-me que na viagem a S. Miguel faziam parte do grupo mais ou menos 90 pessoas. - Viagens de avião, alojamento em hotéis, transportes terrestres locais, para visitas turísticas, almoços extra-convívios, cerimónias religiosas, animação musical, (organistas, conjuntos de violas e guitarras com fadistas, ranchos folclóricos locais), tudo isto para animar o formal Almoço Convívio.

O meu amigo poderá questionar-se: se será possível que estes malucos ainda tenham pedalada para estas actividades? Podem acreditar que é mesmo esta a realidade dos nossos Convívio.

Também já li no blogue do Luís Graça que o médico Bernardo Amaral, que prestou assistência médica à Companhia, já fez referência à nossa singular dos nossos eventos. Gostaria que ele nos acompanhasse este ano em Lisboa, por ocasião do nosso 10.º Convívio de 20 a 22 de Junho. Também já contactei via telefone, o médico Mário Bravo, nesse sentido, pelo que a sua presença poderá ser uma realidade.

Agradeço, se for possível, que me contactem.

Saudações Fraternas.
Luís Cândido Tavares Paulino
Ex-Fur. Mil. C.Caç.2726

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cacine vista de uma embarcação no rio... à esquerda o antigo posto de socorros no tempo da CART 1692... Ainda hoje a povoação, embora degradada, está coberta de magníficos poilões e cabaceiras.

Foto: © Luís Graça (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


2. Comentário do editor

Caro camarada Luís Paulino,
Muito obrigado pelo teu contacto e por seres um dos leitores do nosso Blogue.
Em conversa telefónica, ontem à tarde, pudemos trocar imensas recordações dos nossos tempos de militares e dos caminhos que trilhámos quase ombro a ombro.
Para que quem me leia fique a saber tanto como nós, passo a explicar.
Fizemos ambos a recruta do CSM no RI 5 das Caldas da Rainha no segundo turno de 1969, de 21 de Abril a 3 de Julho, dia em que Juramos Bandeira. Tu pertencias à 2.ª Companhia de Instrução e eu à 6.ª. No meio ficava a 4.ª.
Tu foste depois fazer a Especialidade na arma de Infantaria (CISMI) Tavira e eu Artilharia (EPA) Vendas Novas.
Voltámos a andar juntos no XXXIII Curso de Minas e Armadilhas, na Escola Prática de Engenharia de Tancos (EPE), entre 20 de Outubro e 28 de Novembro de 1969. Eu na Turma B, tu não te lembras da tua.
Durante o Curso ambos fizemos amizade com o então Aspirante Couto que viria a integrar a minha Companhia na Guiné, onde viria a falecer no dia 6 de Outubro de 1970, vítima de uma mina antipessoal IN.
Findo o curso foste para os Açores e eu (em Dezembro) para a Madeira.
Quando mobilizados, ambos para a Guiné, tu saíste de Lisboa no dia 11 de Abril de 1970 com a tua açoriana CCAÇ  2726, no navio Ana Mafalda, que fez escala no Funchal no dia 13 para embarcar a minha madeirense CART 2732. De novo reunidos, desta vez num espaço bem mais pequeno.
Por certo fizemos as refeições juntos a bordo e dormimos em camarotes contíguos.
Chegados à Guiné, seguiste o teu destino para os Resorts de Cacine e Cameconde e eu, mais modesto, estive 23 meses nas Termas de Mansabá.
Regressaste a 27 de Fevereiro de 1972, sortudo, véspera do dia em que eu havia de abandonar definitivamente Mansabá para aguardar, em Bissau, embarque para a Metrópole, o que veio a acontecer só no dia 19 de Março.

Disse que te receberemos na tertúlia com todo o gosto, desde que prometas enviar-nos algumas das tuas memórias escritas e em fotos. Já sabes que para formalizar a tua admissão na Tabanca Grande, nome por que também é conhecido o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, nos deves mandar uma foto "daquele tempo", fardado, e outra actual (de preferência tipo passe, em formato JPEG) que se destinam, não só aos nossos arquivos, como também a ilustrar os teus postes, que como te expliquei também, somos nós a publicar.

As tuas mensagens com textos e/ou fotos a publicar devem ser enviadas para o Blogue, endereço luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com e para um dos co-editores: eu ou o Eduardo Magalhães.

Já que estamos em contacto, passo a informar, se ainda não sabes, que no próximo dia 14 de Junho se vai levar a efeito o IX Encontro da Tabanca Grande, convívio este aberto a todos os camaradas que palmilharam aquela terra vermelha, que molharam as fardas nas bolanhas e as secaram sob aquele tórrido sol. Isto nos une e nos faz irmãos. Por isso nos tratamos por tu, independentemente do que fomos (patentes militares) e do que somos agora como civis.

Caro Luís, já me alonguei muito. Logo que me mandes as fotos da praxe, publicá-las-ei neste mesmo poste para que te possamos conhecer aí pelos caminhos de Portugal.

Recebe um abraço de boas-vindas em nome dos editores e da tertúlia.
Fico por aqui ao teu dispor
Carlos Vinhal

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Setor de Cacine > Cameconde > 1968 > Três aspetos gerais do destacamento.

Fotos: © António J. Pereira da Costa (2013). Todos os direitos reservados


3. Em tempo

Fotos da praxe publicadas em 4 de Junho de 2014.
A propósito, posso dizer-te, caro Luís Paulino, que "a tua cara não me é estranha".
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 15 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12991: Tabanca Grande (433): Lucinda Aranha, filha de Manuel Joaquim dos Prazeres que viveu em Cabo Verde e na Guiné entre os anos 30 e 1972, e que era empresário de cinema ambulante